Para chegar ao dormitório da lufa lufa era necessário passar pelo mesmo corredor que levava a cozinha do castelo, seguindo adiante passando pelo quadro da natureza morta. A entrada da casa era uma pilha de barris encontrada em um sombrio recuo e pedra no lado direito do corredor, o segundo barril de baixo pra cima, no meio da segunda linha se abrirá caso receba batidas no ritmo de “ Helga Hufflepuff “ , caso algum intruso bata no barril errado  fará com que a tampa exploda e tome um banho de vinagre ... Amarilis tinha retornado a escola dois dias depois junto com a sua prima Mare, elas não viam o porquê de ficarem em suas casas pensando na Tete. Quando entrou no dormitório os alunos pararam de falar e quando amarilis pensou em ficar triste o fantasma Jimmy apareceu.

— Amarilis - disse ele amavelmente e ela pensou como seria se a sua prima fosse um fantasma - a lufa lufa preparou uns pães de mel pra você.

Tamires apareceu com uma bandeja.

— Isso é so um gesto da nossa família para que você saiba que estamos com você nessa  e. - Tamis colocou a bandeja na mesinha ao lado abraçou Amarilis que começou a chorar. - e não somos so nós alunos, olhe.

Amarilis olhou na direção da lareira que ficava ao lado da entrada dos dormitórios . Vários professores e exs professores da lufa lufa desceram cada um com uma bandeja com algo para unir mais ainda a casa naquele momento, Jade, Ellen, Yuri, Aron, Damiani que agora trabalhava no departamento de mistérios da magia, Cássio do profeta diário e ... Ate Babs que viajava pelo mundo cuidando e estudando animais fantásticos e onde estes habitavam. Todos estavam com um sorriso lufano no rosto mostrando lealdade e companheirismo.

— Vocês são as melhores pessoas que conheço. Obrigado mesmo.

Outros lufanos se reuniram ao abraço, os exs professores, atuais  e até mesmo Leo chegou perto e Amaris olhou para ele.

— Amigos ... somos ... somos seus amigos sua safada – Disse ele

Amarilis sorriu com lágrimas de felicidade em seu rosto.

— Vem aqui Leo. - e ele se juntou ao abraço coletivo que rolava na lufa lufa e ficarem ali um tempo até que Dan quebrou o clima.

— Quenhe que ta pegando na minha bunda ?

— Ah. Desculpa. Fui eu – Disse professora Ellen

— O que ta acontecendo. - Debochou dan e todos caíram na gargalhada.

Um barulho enorme vinha do lado de fora dos terrenos da escola, parecia mais um grito descomunal. Bela atravessou o arco que levava para o lado de fora.

—Alguém cala a boca desse diabrete por amor de Salazar. – Gritou ela quando viu uma criança do primeiro ano no meio do pátio gritando. – Cala a boca desgraça.

O moleque ficou calado e olhou para Bela. Logo depois começou a pular e gritar novamente.

— Olha seu – Bela apontou a varinha para o moleque e antes mesmo que pudesse lançar algum feitiço sua varinha foi tirada da sua mão, Bela virou –se e viu que a diretora da corvinal tinha em suas mãos a sua varinha. – Como ousa tomar a minha varinha sua corvina imunda. – Disse ela.

— Tomo a ousadia no momento que você tenta azarar uma águia minha diretora da sonserina. – Nisso todos os alunos e alunas faziam um circulo ao redor das professores enquanto o aluno corvino assistia a tudo.

— Devolva a minha varinha. – Bela avançou a passos lentos abrindo os braços e uma onda de energia emanou dela arremessando a diretora da corvinal para trás e fazendo a varinha da Bela ia retornar a sua mão, mas Lari se adiantou e apontou a sua varinha para Bela que se transformou em uma chinchila.

Bela ficou dando voltas em círculos.

— Isso foi para você nunca mais tentar azarar uma águia minha. – Lari se virou para o garoto que estava rindo. – E você ... não devia ficar gritando feito um ogro das montanhas, não volte a fazer isso. Ouviu ?

— Sim professora. – Disse ele.

— O que esta acontecendo aqui. – Disse Milord saindo de dentro da escola. – E de onde surgiu essa chinchila.

— Ah oi Milord.- Disse Lari – Não é exatamente uma chinchila, é a professora Bela.

— Como ?  A professora Bela ? – Perguntou Milord em tom de quem estava perdido enquanto a chinchila dava pulinhos no chão e andava em círculos.  – Aquela varinha ali é a da Bela ? – Apontou Milord e a Chinchila Bela foi até a varinha, rodopiou de volta e retornou a forma humana.

— Ah sua vaca...você não vai aprender a nunca mais me azarar. –Bela e Lari levantaram as varinhas prontas para duelar.

—  Já chega. – Milord desarmou ambas e tomou suas varinhas. – Olhem ao redor de vocês ... Olhem, perdemos uma aluna e vocês ficam brigando entre si. Chega meninas. Tudo a troco de que ? Logo eu não estarei mais aqui para ficar separando a briga de vocês.

Todos olharam para o diretor.

— Desculpe ... como Cobra Mor ? – Perguntou Bela e Milord respirou.

— Meninas – Milord devolveu as varinhas – Precisamos conversar na sala dos professores, venham e o restante de vocês ... voltem para as suas aulas ... agora. – Todos correram de perto do diretor e Milord viu que lá no canto isolado a aluna Ray estava muito calada e isolada, achou aquilo muito estranho.

Na sala dos professores todos estavam conversando sobre a insegurança dos pais e se a escola de fato era segura.

Jade estava ao lado de Aron e do professor Yuri, todos conversando sobre a recente visita dos demais professores da lufa lufa. Ale estava do outro lado da sala ignorando a professora Bela que retribuía a gentileza com um sorriso no rosto com a professora Manu ao seu lado. Ellen tinha tirado uma licença  licença ajudando a família da Esther que estava desolada. Malu estava com uma garrafa de rum na mao e estava bêbada num canto, raramente a professora ficava sóbria. Lucca estava de braços cruzados numa cadeira no canto mais escuro da sala, Vick estava na mesa corrigindo provas e lançando notas com um acenar da sua varinha e Lari estava sentada aguardando as palavras do diretor.

— Professores – Começou Milord – O ministério ainda esta analisando o sumiço da varinha do ministro e como essa apareceu na nossa escola, tudo que se sabe é que no dia do julgamento da maria alguém conseguiu cessar o tempo.

— Desculpe. Como Milord ? – Perguntou Vick pousando sua pena na mesa e olhando atentamente para o diretor.

— Sim Vick, alguém conseguiu parar o tempo suficientemente para roubar uma varinha.

— Mago, mas ninguém consegue parar o tempo, voltar já é impossível porque os vira tempos foram destruídos, mas voltar ... que feitiço faria isso ?

— Não é feitiço, é uma técnica... – Lucca tomou a frente da conversa. – A muitos anos atrás um bruxo fazia isso, conseguia parar o tempo de maneira que ninguém percebesse.

— Mas isso é um mito Lucca. – Disse Vick

— Bem Vick, nós também somos um mito e existimos. – Disse Aron

— Mas Aron isso é diferente ... nós escondemos o nosso rastro e algo do tipo não ficaria escondido tanto tempo ao menos que a pessoa ...

— A pessoa tivesse herdado isso diretamente desse outro bruxo que ninguém sabe quem era. – Completou Ale. – Gente, vários bruxos ao longo dos anos herdaram dons de seus antepassados, o MIlord por exemplo herdou o poder de manipular as pessoas a sua vontade.

— Poder este Ale que eu não uso desde a minha reencarnação. – Disse ele.

— De nada amor. – Disse Lucca.

— Eu nunca pedi para retornar Lucca, sou grato pela intenção, mas você sabe muito bem que foi errado o que você fez.

— Ta, mas e o que vai acontecer agora ? –Perguntou Yuri.

— Bem Yuri ... em relação a varinha o Ministério ainda esta seguindo as pistas deixadas pela pessoa.... – Disse o Diretor

— Mas Milord, porque a varinha do Ministro ? O que essa varinha tem demais, se a pessoa queria assassinar a Tete podia ter roubado qualquer outra varinha.

— Aquela Tete era uma delicinha. – Todos olharam para Malu – Ta bom gente, eu me calo então ...riquete ...- soluçou ela - credo

— Mas a questão é essa Manu, a pessoa não queria simplesmente matar a Tete, ela tem outra utilidade para a varinha. – Pontuou Bela ignorando o comentário de Bela

— Que seria ?  - Perguntou Yuri.

— A varinha do Ministro funciona como a chave da cidade dos trouxas. – Lari tomou a frente. – Quando o ministro toma posse legitimamente a varinha dele passa a ter esse tipo de autorização, tipo o Milord que consegue aparatar na escola e quando o escritório se abre só para ele.

— Exato Lari. A varinha do Ministro não tem restrições . – Afirmou Milord.

— Ta, mas a pessoa deixou a varinha lá ao lado do corpo da Esther, porque a pessoa deixou ela lá?Essa é a questão. – Pontuou Vick.

— Bem Vick isso é algo que o Ministério estará analisando ... – a porta da sala dos professores se abriu e todos viram Thamer e Mai entrando.

— Oi Maira e Thamer, isso é uma reunião particular do corpo docente da escola, sabiam ? – Disse Vick reparando no sorriso breve de canto dos dois.

— Milord ... você ainda não deu a noticia ? – Perguntou Mai.

—Noticia de que ? – Perguntaram a maioria dos professores da mesa e Bela e Lari se levantaram juntas.

— Cobra Mord. – Disse Bela

— Mas Milord. – Questionou Lari

Pirraça apareceu na sala com o que parecia um balde de pipoca e um copo de refrigerante que pareciam fantasmagóricos

— Ai que delicia, não perderia essa cena por nada. – Disse ele escorrendo uma baba de canto.

— Eu perdi alguma coisa ? – Disse Aron.

Milord se levantou.

— Bem professores e professoras, o ministério foi instruído pela alta corte dos bruxos a me afastarem do cargo de Diretor, acreditam que a minha liderança não está sendo tão eficaz e até que tudo seja resolvido, Maira e Thamer serão os novos diretores interinos da escola.

— QUE. – Disseram todos ao mesmo tempo quando viram Thamer estalar os dedos e o pescoço