O Diário de Thalia escrita por Luena


Capítulo 1
● Capitulo 1


Notas iniciais do capítulo

Olá bbs,olha quem voltou eu mesma... nem demorou tanto. Não houve mudanças drásticas ,mas havia muitos probleminhas... enfim fiquem com o mais novo capítulo



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—Thalia, já é hora de acordar. – Gritou minha mãe. Affs,como assim já  eram sete horas?! Para mim parece que eu deitei agora. Que saco é a vida de universitário. Dorme tarde, acorda cedo, isso nem é vida, tenho que entrar na faculdade às 08:20, que saco. Eu amava Química, mas esse lance de faculdade não é para mim,  além de tudo ter que ficar num local em que cabe tanta gente é o pior. Minha cabeça não se dá bem com todas essas informações. Será que eu tenho mesmo que ir hoje? Vamos tentar mediar com minha angelical mãe.

— Me diz qual é o sentido de se levantar todos os dias a essa hora pra ir a um lugar onde ninguém nem lembra que você existe. – Respondi do alto da torre. (E assim que eu chamava o meu quarto, que eu não gostava nenhum um pouco, mas desde de que nasci eu era obrigada a passar todas as longas noites ali. O quarto era um mimo,mas meu medo de altura não deixava eu gostar dele.) Confesso que fui um pouco infantil em minhas palavras. No entanto, infantilidades são um ótimo argumento, não é? Pelo menos eu espero que seja.

— Thalia, eu não vou falar de novo. – Minha mãe odiava aquele lenga lenga logo cedo. – Você sabe que eu não posso te levar e se você continuar enrolando terá que ir a pé. Porque Jason não vai te esperar. – Disse minha mãe em resposta a minha grosseria.

— Mas mãe, eu não  posso ficar em casa só hoje? – Intercedi parecendo uma pessoa que precisava de atendimento médico urgente. No caso, eu precisaria de um psicólogo já que aquela pressão toda iria me deixar louca.

— Filha porque você não larga logo a faculdade e vira hippie. – Pois é, agora vocês acabaram de conhecer a super-deusa do deboche, não seria bem mais fácil falar de um jeito materno bruto.

— Por favorzinho…- Supliquei.

— Não me teste Thalia Grace, você precisa estudar pra ser alguém. Então desça logo para não se atrasar.–  Disse ela no tom mais autoritário possível. Afinal não foi uma escolha minha fazer uma faculdade idiota. Eu queria ter passado um tempo viajando pelo mundo, conhecendo  povos e suas culturas. Mas minha mãe e meu “pai” (na verdade ele não era meu pai. Era o pai do meu irmão. Mas ele sempre cuidou de mim como se eu fosse sua filha também. Como meu pai biológico sumiu pelo mundo. Eu o adotei como meu papis. Ele mesmo disse que sou filha dele, então usufruo de tudo como os filhos biológicos). Desça logo!

— Ok, vou me arrumar e já vou descer. – Respondi, apesar de não gostar muito da minha condição atual, sei que minha mãe tem os motivos dela, criar dois filhos praticamente  sozinha não é fácil. Ela fazia o melhor para cuidar de mim e do meu irmão (Que mesmo trabalhando nunca sobreviveria sem a sua ajuda, já que além de ajudar em casa paga sua faculdade de Física) desde sempre. Ela sempre se matou com voos extras, principalmente por causa de mim, diferente do pai de Jason, o meu sumiu e nunca mais se viu ou ouviu algo dele. Ser mãe solteira não é fácil e é por isso que tenho muito orgulho da minha, porque ela nunca deixou que algo ruim acabasse com a sua vida inteira. Nunca mesmo, Beryl Grace é uma sobrevivente em todas as áreas. Vou obedecer a minha mulher-maravilha.

Depois de cinco minutos olhando para o teto deixando a preguiça me dominar. Me levantei e fui em direção ao guarda-roupas e tirei de lá uma roupa qualquer (que aliás, era bastante brega) e também o mesmo sujo e velho sapato de patinho feio. Corri em direção ao banheiro e ao me olhar no espelho quase dou um infarto com o susto que levei (imagina a situação  da pessoa). Um guaxinim raivoso estaria com os pelos menos embaraçados que o meu cabelo. Então decidi que não ia ter uma guerra com as minhas madeixas coloridas logo cedo. Por isso corri em direção ao chuveiro. Um banho rápido e eficiente, logo em seguida vesti minhas roupas surradas, peguei minha mochila e desci.

Ao chegar na cozinha vi a minha mãe. Que como sempre estava linda, perfeitamente maquiada e penteada, a ponto de qualquer ser humano não acreditar que fazíamos parte da mesma família. Minha mãe era aeromoça de voos internacionais e executivos (o que a fazia passar muito tempo fora),por isso sempre estava maquiada e devidamente penteada, mesmo nos seus dias de folga. Sentado no balcão estava meu irmão mais velho ,Jason. Ele estuda na mesma faculdade que eu, só que pertencemos a grupos bem distintos. Ele tenta fingir que não é meu irmão, mas eu não o culpo. Afinal eu sou uma vergonha ambulante.

— Thalia que cabelo é esse?! – Perguntou meu irmão enojado. Dessa vez eu nem posso discutir, porque eu mesma acho essa coisa na minha cabeça bem nojenta.

— Filha porque você não penteia esse cabelo? – Perguntou minha mãe com aquele ar de “eu só  posso ter quebrado as tábuas de Moisés” para ter uma filha dessas.

— Porque se nem Jesus agradou todo mundo, quem sou eu pra fazer isso? – Respondi enquanto agarrava uma caneca de café e dava uma golada. – E também não daria tempo, então aceitem que dói menos. Eu vou com o cabelo desse jeito.

— E depois você me pergunta porque eu não ando com ela na faculdade mãe, Thalia anda parecendo uma louca varrida e ainda por cima parece que odeia gente. – Na verdade eu odiava mesmo. Pra mim a maior parte das pessoas naquela faculdade são pessoas fúteis que não entendem o verdadeiro valor de nada. – E eu não posso aguentar isso. – Disse meu irmão parecendo o exemplo perfeito de padrão exercido pela sociedade. O pior é que ele era mesmo, loiro, olhos azuis intensos, musculoso, bronzeado, cheiroso, milionário e super inteligente.

— Isso Jason, admite que prefere seus amigos a sua família. Agora sinto te dizer que quando precisar de alguém pra limpar a sua bunda, eles não vão estar lá, Jason Grace. – Disse com todo cinismo. Sim eu falei isso mesmo, porque às vezes parece que meu irmão não me ama mais.

— Cala a boca sua descabelada. – Respondeu meu irmão furioso.

— Eu não vou calar nada. Parece até que tem vergonha da sua família. – Aleguei, eu estava bastante magoada, mas Jason era insensível demais.

— Eu não tenho vergonha da minha mãe! Só tenho vergonha de você. – Disse ele enquanto eu sentia meus músculos se controlarem para não socarem ele. Meus olhos começaram a lacrimejar, no entanto, tratei de me controlar, nenhum homem era digno de minhas lágrimas, nem mesmo meu irmão. Eu estava possessa de ódio, mas no fundo do meu coração eu sei que ele só  age dessa maneira porque não concorda com algumas decisões que tomei em meu passado. Jason, diferente de mim, tem a noção do quanto eu prejudiquei meu emocional. Jason é um irmão bastante protetor e carinhoso, logo ele não consegue ver eu me destruir pouco a pouco. Imagino como deve ser difícil para minha mãe e para o Jay olharem pra mim e não reconhecerem a pessoa que eu era. Devia ser difícil pra ele, me olhar e não enxergar a sua garotinha.

— Parem com isso agora. Ainda é muito cedo pra isso. – Disse minha mãe super irritada. Ela simplesmente odiava nos ver brigando.

— Mas mã… – Dissemos em uníssono.

— Mas nada. Jason, mesmo que sua irmã não seja a perfeição em pessoa, ela continua sendo a sua irmã. Thalia você  não precisa ser tão arisca com seu irmão. Sincera e honestamente, queria entender o que aconteceu com vocês dois, eram tão próximos e tão unidos. Simplesmente não tenho lembrança de vocês brigando na infância. Mas desde de que voltei do coma vocês parecem cão e gato. Vocês são irmãos, quando todos irem embora, vocês  terão somente um ao outro. – Se minha mãe soubesse que eu e Jason já tínhamos passado por situações que comprovaram sua fala. – Ai meu Deus, andem logo com esse café, se não vão chegar atrasados.

    Eu e Jason terminamos o nosso café na velocidade da luz e depois fomos para o carro do meu irmão (isso mesmo todos os dias eu era obrigada a pegar carona com ele, já que minha mãe insistia em dizer que eu não estava pronta pra ter meu próprio veículo). Da janela eu dei um tchauzinho pra minha mãe, enquanto sentia o carro acelerar.

Durante alguns minutos o silêncio constrangedor imperava dentro da linda Maserati do meu irmão (Vocês devem estar pensando como o meu irmão tem uma Maserati e sofre para pagar sua faculdade. Simples, o pai dele se chama Liam Williams um famoso socialite do país. Resumindo o Jason pode pedir um pedaço das ilhas malvinas e o pai dele compraria. Mas quando se tratava de estudos ele não ajudava muito. Principalmente se meu irmão estuda Física em vez de administração). O barulho do celular do meu irmão acabou interferindo meus pensamentos. O toque do Jason era Naked do James Arthur. Sério isso? Era muito previsível até mesmo para ele. Jason é um cara de 1,80 que é fofo igual  a um coreano de 1,60, ele tipo um urso fofo. Sempre pronto a te proteger e te dar carinho.

— Thalia, pega meu celular na mochila. Por favor!- disse ele com toda a sua atenção voltada para o trânsito. Gente Jay é certinho demais. Dá até  um ranço, pelo menos isso reduz o risco de acidentes em quase 100%.

— Toma. – Respondi depois de 30 segundos entregando o celular em suas mãos. Ele olhou o visor com surpresa. A ligação caiu e ele tratou de parar no acostamento.

— Fica aqui, já  volto. – Ele saiu para retornar a ligação. Ele havia  deixado a porta do motorista aberta, o que me permitiu ouvir praticamente a conversa inteira. – Mãe não pode ser verdade, ele sumiu faz anos, nunca sequer ligou pra saber nada sobre Thalia, agora a mãe dele aparece aqui assim do nada. — Um silêncio provavelmente para a resposta da minha mãe. – Mãe se ela não quiser ir ver essa mulher eu não vou obrigá-la. — Mas um silêncio que me deixava aflita porque eu sabia que se tratava de mim. Quem queria falar comigo? – Mãe eles querem levá-la? – Essa resposta pelo que pareceu ficou no vácuo, pois minha mãe desligou sem respondê-la. Deixando meu irmão mudo e com os olhos cheios de lágrimas. – Ainda é cedo demais. – Disse entrando no carro mais para si mesmo do que pra mim. Enquanto lágrimas ameaçavam escorrer pelo seu rosto. Fiquei morta de medo. Afinal Jason não é do tipo de cara que chora o tempo todo.

— Jason está tudo bem? Se quiser podemos ficar mais um tempinho parados, não tem problema chegar atrasado uma vez. – Disse numa calma que nem parecia eu quem falara. Entrelacei nossas mãos, para lhe passar  segurança- Eu sempre vou está aqui. – Jason se acalmou e logo me respondeu:

— Thalia não vamos pra faculdade hoje! – Ele se recompôs. E disse isso numa calma que eu juro que achei que ele estava louco.

— Jason, o que está acontecendo?- Perguntei aflita. Ok, hora de levar aquele traste num psiquiatra.

— Nada! – ele respirou fundo – Lembra do seu pai? – perguntou ele olhando sério pra mim.

— Daquele miserável que nunca sequer ligou nos meus aniversários. – Respondi com todo ódio que eu nutria pelo mesmo.

— Ele mesmo! – Disse Jason com mais deboche que eu.

— Lembro! – Respondi num tom seco. – Porque?

    —Nada não. A mãe dele ligou pra Beryl (vulgo mamãe) e marcou de se encontrar com você às 14:30 da tarde de hoje!

 


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Notas finais do capítulo

No próximo capitulo vou trazer novidades... ata digam o que acharam bjs amores♥



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