7 minutos antes da meia-noite escrita por princesahyuuga1


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Olá, leitores lindos que me seguem!!!!
Tudo bom com vocês??? =D

Hoje trago uma one-shot fofíssima com o nosso Naruto Hokage e sua esposa Hinata Uzumaki. Sempre quis escrever sobre eles já casadinhos. Vou te falar que nosso casal ternurinha está tão doce que vai dar cárie a vocês. Preparem-se! rs

Quem já leu minha outra one-shot "Feliz aniversário, Naruto-kun" sabe o quanto gosto de uma fic com viagem no tempo! Espero que gostem desta também. Fiz com todo meu coração. :)

Boa leitura!



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Naruto jogou todo o peso do corpo para trás, deixando as costas descansarem no encosto da cadeira no escritório de Hokage, onde tinha trabalhado exaustivamente o dia inteiro. Fechou os olhos, respirando bem devagar e quase dormiu no processo tão cansado que estava. Ainda de olhos fechados, estralou o pescoço de um lado para o outro, relaxando os ombros rígidos. Exalou o ar tão devagar quanto o aspirou. Reabriu os olhos lentamente, bocejou. Lá fora era noite, quase meia-noite, deu-se conta quando mirou o relógio de parede do escritório. Já estava mais que na hora de voltar para casa.

Suspirou cansado, sabendo que encontraria as crianças já dormindo, que Hinata estaria tentando se manter acordada à sua espera na sala de estar só para poder dizer a ele “Okaerinasai¹” em resposta ao seu “Tadaima²”, um sorriso tímido, mas viçoso brotou nos lábios do Hokage.

Deu uma última olhada no escritório antes de apagar as luzes e partir. Corria mais rápido que podia – ainda que estivesse morto de cansaço – queria mais do que tudo chegar em casa. Desde que se casara com Hinata não houve um dia em que se sentisse só. Voltava para casa com alegria incontida, profundamente emocionado com a ideia de encontrar a casa cheia, ainda que seus habitantes estivessem dormindo, ele não estava mais só. Nunca mais estaria.

Mesmo ele não merecendo.

Quer dizer, ultimamente estava sendo um pai e marido ausente de merda. Não que tivesse lá muita opção. A vila dependia dele. Já os filhos, tinham Hinata. Ele tinha Hinata. Não sabia o que faria sem ela.

Apertou o passo, a urgência martelando no peito, ansioso por sentir aquele calor aconchegante que permeava todo o interior da casa Uzumaki. Naruto tinha certeza, não era só porque a estrutura era feita de madeira, nem porque Hinata gostava de assar coisas, era também e principalmente pelo amor que habitava junto deles.

Cansado, finalmente chegou em casa. Tinha no rosto um sorriso brilhante e já ia dizendo "Tadaima" quando ouviu Hinata chorando ao telefone:

— Ah, Sa-sakura... eu sei que ele não se esqueceu de propósito.

Do outro lado da linha Sakura respondeu algo que Naruto não foi capaz de escutar, mas foi algo grave, pois, Hinata uniu as sobrancelhas como costumava fazer quando estava contrariada.

— Eu sei... mas... mas ele trabalha muito - disse Hinata chorosa enquanto escutava pacientemente Sakura dizer algo.

Hinata suspirou profundamente como costumava fazer quando estava se recuperando depois de muito ter chorado.

Naruto engoliu a seco, aflito, por não conseguir imaginar o porquê daquilo. O que tinha feito de errado dessa vez? Aliás, o que tinha deixado de fazer??? Ultimamente era só o que "fazia": não fazia nada que dizia respeito às crianças ou à casa.

Um dia chegou um pouco mais cedo e encontrou Konohamaru concertando o pé da mesa de jantar deles. No outro dia, encontrou Shino ajudando-a podar as folhas do jardim. Num outro dia, Kiba e Akamaru brincavam com as crianças no quintal. Até seu antigo sensei, Kakashi, fora encontrado tomando chá com sua esposa e conversando amistosamente.

Hinata retorcia as mãos nos joelhos, mania que tinha quando tentava controlar as emoções negativas. Naruto tinha aprendido a decifrar Hinata como se fazia com um pergaminho raro. Sua mulher era cheia de sutilezas que ele aprendera a desvendar. Amava tudo nela, cada detalhe, só não gostava de vê-la chorar.

Ela suspirou fundo. Tinha conseguido vencer a batalha do choro. Com a manga da blusa limpou as lágrimas que já estavam no rosto e disse com a voz embargada:

— Ele não vai vir hoje, Sakura. Capaz de estar dormindo no escritório outro vez. Talvez eu passe lá daqui a pouco quando me acalmar. Agora vou limpar a mesa e guardar o jantar - pausou para ouvir Sakura e continuou a seguir: - Eh.. bem, sim. Eu fiz um jantar especial hoje porque sou trouxa. Eu devia saber que ele não viria para casa de novo. Não seria a primeira vez... – Outra pausa. – Eu não estou brava com ele. Não consigo. – Pausa. - Sim, chateada sim. Mas brava não. Sou incapaz de ter raiva de Naruto. Ele é o meu amor e sei que não faz por mal. - Outra pausa. - Haha! Não precisa bater nele. Vai ser pior para mim e para você. Naruto doente e machucado é muito manhoso! Ultimamente tenho tido tantas obrigações que não seria capaz de dar a ele a atenção que precisaria. Talvez até seja melhor assim... que ele não tenha tanto tempo para nós afinal de contas.

Um chidori no peito teria doído menos, pensou Naruto que permaneceu quieto escutando.

— Eu sei que não devia... que eu devia era falar com ele, mas ele chega tão cansado todos os dias... eu não tenho coragem de cobrá-lo, Sakura! Ainda que hoje seja dia dos namorados. – Pausa. - Sim, eu tinha pedido a ele para vir mais cedo hoje. Até me certifiquei com Shikamaru para fazê-lo vir mais cedo hoje, mas deve ter havido algum imprevisto.

Naruto levou a mão a testa. Por isso que Shikamaru fora categórico ao repetir pela décima vez que deveria ir para casa antes das 19 hoje. "Baka! Baka"

— Eu vou dar o presente dele em outra ocasião - Hinata corou ao dizer aquilo.

Naruto se amaldiçoou internamente. Sabia bem que tipo de presente ganharia se tivesse chegado na hora. "Baka! Baka!!!" Estava muito puto consigo.

— Está bem, Sakura. Eu ficarei bem. Tenha uma ótima noite você e Sasuke-kun. Perdoe-me por ligar a essa hora. Quase sete para meia-noite e eu te atrapalhando! Me perdoe. Eu precisava conversar com alguém - pausa. - Está certo. Até amanhã. Boa noite!

Naruto correu para fora da casa antes que ela colocasse o telefone no gancho. Correu tão rápido que tinha certeza de que ela não o vira. Sorte a dele andar com o chakra ocultado a maior parte do tempo –  como Hokage tinha de zelar pela própria segurança e na maior parte do tempo se mantinha em alerta constante. Hoje, isto lhe salvara o casamento.

Ele não tinha se lembrado do pedido da esposa para voltar mais cedo, não se lembrava que era dia dos namorados. Nem mesmo os enfeites nas lojas e na rua o lembraram da data. Era muito mais baka do que queria admitir. Não sabia como alguém como Hinata fora se apaixonar por ele, mas não seria ele a questionar tal fato. Era baka, mas nem tanto. Amava demais aquela mulher. Tanto que faria de tudo por ela.

Por isso, retornou ao escritório determinado a corrigir a burrada.

Foi até a ala da biblioteca que continha os principais pergaminhos proibidos da vila e procurou por um, viagem no tempo.

Estava quase perdendo a fé quando finalmente o encontrou escondido a sete chaves num armário a parte.

Naruto olhou o relógio de parede. Já passava da meia-noite, o dia dos namorados tinha oficialmente terminado. Mas agora com esse pergaminho mudaria seu passado para construir um futuro diferente.

— Hehe! É isso, dattebayo!

Fez os selos que o pergaminho exigia e mentalizou onde queria estar, o que queria fazer. Naruto foi cegado por uma luz branca muito forte e sentiu-se sendo engolido para dentro do pergaminho.

— Aaaaaaaah!

No segundo seguinte encontrava-se novamente na sala. Olhou ao redor e tudo parecia estar nos seus conformes. Olhou no relógio: 18:55.

— Ioshiiii! – Comemorou o feito. Tinha voltado no tempo exatamente o quanto precisava.

Assim sendo, guardou o pergaminho em seu devido local e partiu rumo à sua casa.

Corria afoito pelas ruas de Konoha e nem se dava ao trabalho de pedir desculpas ao esbarrar nas pessoas. Tudo o que tinha em mente era chegar em casa no horário.

— Agora eu mandei bem, tebayo!!!

Sorria feliz da vida quando de repente seu sorriso murchou.

No local onde deveria estar sua casa, não havia nada senão um terreno vazio.

As batidas do coração antes desenfreadas deram um solavanco violento quase parando de bater. Desespero era tudo de que era feito no momento. O que tinha feito de errado dessa vez?

— Naruto-nii-chan! - Ouviu a voz animada de Konohamaru o chamar.

— Konohamaru? – Saldou o mais novo com alívio.

— Há! Sabia que era você, nii-chan! Está trabalhando no seu Henge no Jutsu? Sabe, essa aparência lhe cai bem. Até parece homem de verdade - ele disse brincalhão, o sorriso enorme, pois, sabia que Naruto ficaria irritado e correria atrás dele, assim iniciando uma lutinha básica entre eles, mas para surpresa de Konohamaru, Naruto não fez isso, mas sim perguntou:

— Que ano estamos?

— Que?

— Que dia é hoje, dattebayo?! - Exasperou-se o loiro.

— Ah! Não precisa gritar! - Reclamou o mais novo, mas antes que pudesse responder, Naruto descobriu por si mesmo.

— Estamos na época do sexto? – Perguntou boquiaberto encarando o rosto de seu sensei esculpido na montanha e ao lado direito dele, onde deveria estar o seu rosto, não havia nada.

— Mas é claro, kore! – Konohamaru disse e completou: - Faz uns dois anos que ele está no comando de Konoha.

Naruto engoliu a seco. Tinha voltado não só algumas horas, mas uns quinze anos! Estava perdido.

— Nii-san, porque está suando frio? – Konohamaru perguntou, preocupado com o loiro.

— Não é nada, Konohamaru! Preciso ir ao prédio Hokage resolver uma coisa... até logo - disse Naruto sem se despedir direito. Se era verdade mesmo que estava no passado (quinze anos para ser mais exato) era melhor que não fizesse besteiras sob o risco de mudar algo no futuro. Não podia arriscar.

Como o ninja habilidoso que se tornara, esgueirou-se entre as sombras das árvores para que ninguém o visse. Seu objetivo era chegar ao prédio Hokage sem que fosse notado e pudesse voltar ao seu tempo.

Só não esperava encontrar com si próprio na versão passada. Escondeu-se a tempo de não ser visto, nem sentido por ninguém. De longe, observava seu eu do passado sendo tão panaca como sempre foi.

Estava rodeado de meninas, de Konoha e de outras vilas, todas lhe davam presentes e lhe convidavam para encontros. Ele que era muito inocente na época, achava somente que todas queriam ser suas amigas. Finalmente era reconhecido! Com um sorriso bobo no rosto e constrangido, aceitava os presentes ofertados, mesmo que aquilo o deixasse um pouco sem graça e sem saber o que fazer.

— Sakura-chan! - Ele do passado gritou ao ver a amiga. Sabia que ela iria tirá-lo daquela situação.

Sakura do passado revirou os olhos e bufou indo até onde ele estava e as fan girls.

— Muito bem, queridas, o show acabou! Vamos indo!! – Sakura disse autoritária enquanto liberava Naruto das meninas mais assanhadas.

— Oh! É a companheira de time dele! Dizem que é a namorada – uma das fan girls disse e todas as outras soltaram um muxoxo desanimado.

— Não é nada disso! - Sakura ralhou com elas que obviamente não acreditaram.

Não muito longe dali, mas distante o suficiente para se manter fora da confusão, uma morena baixinha e tímida assistia à cena com profundo pesar. Seus lindos olhos lacrimejaram tornando o brilho perolado mais intenso, ela apertou as mãos em punho a ponto de deixar os nós dos dedos brancos. Naruto (atual) sabia, ela estava tentando conter alguma avalanche de emoções negativas. Provavelmente ao vê-lo naquela situação, cheia de mulheres ao redor. Contudo, o que fez o loiro gelar até o último fio de cabelo foi o que saiu dos lábios dela. Uma sentença muda que o atormentou até a alma.

“Eu desisto” ela moveu os lábios em silêncio para si mesma.

Naruto já não era mais tão tapado assim, entendeu a situação logo de cara e exasperou-se com a ideia de perdê-la. Olhava sua futura esposa, agora com seus 19 anos, fugir correndo dali enquanto seu próprio eu da mesma idade se afastava para o outro lado com Sakura a tiracolo, sem a menor noção do que acontecia.

— Não... - ele disse. As palavras se perdendo no vento.

Hinata já tinha sumido de vista e neste momento Naruto desejou poder fazer algo. Dar um belo de um tapa em sua própria cara do passado para ver se assim acordava. Como era baka, por céus!!!

— Hinata...

A ausência dela se fazia presente a cada segundo desde que partira. De repente, foi acometido de uma urgência sufocante. Precisava agir. Embora sua consciência lhe alertasse do contrário, ele não conseguia impedir as pernas de se moverem indo atrás dela.

— Uma olhada... não custa nada! - Mentiu para si mesmo. Precisava ver se ela estava bem.

Seguiu por onde Hinata havia partido, encontrando-a bem à frente, já nos portões do componente Hyuuga, mas em vez de entrar, ela estancou onde estava.

— Droga! – Naruto resmungou. Ficara tão aflito de preocupação pela morena que esqueceu de si mesmo, deixou que o chackra escapulisse.

Ainda de costas para ele, era possível ver os ombros miúdos de Hinata tremendo com violência por conta do choro que tentava conter.

Aquilo partiu o coração de Naruto em tantos pedaços que mandou as precauções para o espaço. “Foda-se tudo!”

— Hinata – ele a chamou com emoção incontida.

A moça petrificou ao som daquela voz que ela conhecia tão bem porque sonhava com ela todas as noites. Não precisava se virar para ver quem era. Já o tinha sentido antes mesmo de ouvi-lo. No entanto, havia algo de diferente nele. Além do timbre mais grave, a presença dele era muito mais grandiosa e potente, com o Byakugan pôde ver que dentro dele se escondia um poder incomensurável. Viu também o quanto o coração dele batia acelerado quase como o de um beija-flor. Hinata sabia, podia ser tão frágil quanto um também.

— Quem é você? - Ela por fim perguntou, a curiosidade a dominando. - Eu o vi saindo com Sakura-san agora há pouco. Como pode estar aqui não sendo um clone e desse jeito?

Naruto sorriu em deleite. Não importava a época, Hinata sempre o reconheceria. Era parte da natureza dela, tinha todo um jeitinho de deixá-lo sem palavras.

Tomado de coragem que só os apaixonados sentem, Naruto se aproximou deixando-a alarmada.

— Não vou machucá-la. Jamais faria isso.

— Não propositalmente... – sussurrou para si mesma, mas ele ouviu.

— Desculpe – disse chegando um pouco mais perto.

Ela nada respondeu, mas ele não se deu por vencido e por fim, a alcançou. Tocou-lhe delicadamente os ombros e a virou de frente para ele, assim podendo olhá-la de frente como ela merecia. O rosto da moça de byakugan desativando ao encará-lo de volta estava vermelho do choro, a tristeza presente em cada traço maculando o lindo rosto. E a culpa era sua, pensava Naruto. Com delicadeza, passou a ponta dos dedos pelo rosto dela com a intenção de secar cada uma de suas lágrimas.

— Por favor, não chore. Nunca mais chore por mim.

Hinata enrugou o cenho, contrariada, entendendo outra coisa pela frase dele.

— Está me dizendo que não vale a pena chorar por você?

“Que eu e você somos uma causa perdida?”, quis perguntar, mas não teve coragem. Agora era a hora da confirmação que tanto a atormentava: ele não a amava.

Naruto riu, a voz grave ressoando em seu largo tórax. Hinata sentiu o corpo todo vibrar junto ao som daquela nova risada dele. Gostou muito daquela sensação.

Por fim, ele disse:

— Sim, mas não do jeito que está pensando. Você merece ser feliz a cada dia da sua vida, nada além disso. Está me entendendo?

Ela lhe sorriu mesmo triste.

— Você não me ama – chegou à conclusão.

Naruto a fitou sério e levantou o queixo fino com as pontas dos dedos para que ela lhe olhasse diretamente nos olhos e visse que ele falava a verdade. Com a mão da prótese, tomou uma das mãos dela e a pousou sobre o peito.

— Hinata, peço que tenha paciência. Que espere por mim e que por favor, não desista porquê...porque daqui exatos 62 dias vai acontecer uma coisa que vai me fazer perceber o quanto você importa para mim - ele disse emocionado, lembrando-se de quando ela partira com Toneri e ele sentira seu mundo acabar. – E... nós vamos ficar juntos depois disso. – Revelou, mas não terminou por aí. - Vamos nos amar como nenhum outro casal jamais se amou. Nós vamos nos casar e ter dois filhos... - pausou, pois, falar com o nó que se formara em garganta era tarefa difícil. - Nós vamos amá-los tanto e um ao outro que chega a doer! – Pausou para retomar o fôlego. - Tudo que nos separa dessa realidade são 62 dias. - Naruto olhou para o horizonte, mirando a Lua Cheia que os banhava em silêncio. - Mas estou aqui agora porquê... - ele olhou para o rosto esperançoso da futura esposa soube porque estava ali. - Porque eu quero esses 62 dias extras com você. Eu quero cada um deles com você. E se eu não puder tê-los, eu aceito os próximos minutos antes que alguns dos guardas Hyuuga apareçam e me soquem do pé a cabeça porque eu... eu amo você. Eu sempre vou amar você. Até o fim dos meus dias e além.

— Oh! Naruto! - Hinata chorava porque seu peito transbordava de felicidade.

Para ela não importava o fato de que ele não era o Naruto de agora, e sim um do futuro como ele próprio deixara claro em seu discurso eloquente. Tudo o que queria era sentir os lábios dele sobre os seus. Por isso, fechou os olhos conforme ele se aproximava. Queria aproveitar ao máximo aquele primeiro beijo que daria no homem de seus sonhos.

Ele era tão carinhoso. Doce. Hinata poderia beijá-lo pela eternidade. Sorriu timidamente quando terminaram e se olharam cheios de amor em um segredo cúmplice. Ela esperaria por ele com toda a certeza do mundo.

Mas então, tal como Naruto profetizara, Ko, um dos guardas pessoais de Hinata apareceu para golpeá-lo. Não poderia culpá-lo, afinal. Na verdade, ficava grato que tivesse quem a protegesse enquanto ele não fazia isso porque era baka.

Mais guardas chegaram e antes que fosse apanhado, sorriu matreiro como costumava fazer quando criança. Deu uma piscadela sapeca para Hinata antes de desaparecer no meio da noite.

Naruto voltou rapidamente - e dessa vez, tomando o cuidado extra para não ser pego por mais ninguém. Foi até o escritório do Hokage, conseguindo entrar sem ser notado porque conhecia aquele local como a palma de sua mão. Em silêncio procurou o pergaminho, mas desesperou-se ao não encontrá-lo.

— Procurando por isso aqui?

— Aaaah! - Naruto gritou assustado ao vislumbrar seu sensei com o pergaminho nas mãos o olhando com a habitual cara de tédio - O que faz aqui, Naruto?

— Como sabe que não sou um inimigo disfarçado?

— Ninguém conseguiria copiar o chackra da Kyuubi - disse como se fosse óbvio demais.

— Ah, sim...claro.

— Então... sétimo, hein!

— Ah, isso! - Naruto exclamou ao notar que ainda usava sua capa de Kage.

— Não foi muito inteligente ficar perambulando por aí vestido assim.

— Foi por isso que soube que eu era eu e pegou isso aí? - Naruto se referia ao pergaminho na mão de Kakashi.

— Isso mesmo. Digamos que quando fui avisado de que havia 2 Narutos na vila, um usando o robe de sétimo, fiquei alarmado. E, bem, quando vc deixou escapar seu real chackra não tive dúvidas de que era você.

Naruto ficou vermelho de repente.

— Seu pervertido! Isso quer dizer que você nos viu!

— Eu não, mas os anbus sim. Fui reportado no mesmo instante.

Naruto colocou a mão no rosto em repreensão. Se o objetivo era não chamar atenção, tinha falhado miseravelmente.

Kakashi-sensei riu de cara de desolação do ex-aluno.

— Acho que chega por hoje, né?

— Com certeza. Alguém me espera – Naruto disse.

Kakashi-sensei sorriu por baixo da máscara.

— Tenho certeza que sim.

Dito isto, Kakashi lhe entregou o pergaminho e Naruto prontamente executou os selos, ia ativar o último quando seu antigo sensei o alertou:

— Cuida dela. Amor é raridade e devemos cuidar tanto quanto cuidamos dos amigos.

Naruto assentiu e então desapareceu no jutsu do tempo.

Poc!

Um estalido forte, um clarão e estava novamente na ala proibida da biblioteca. Olhou o relógio: 23:50.

Guardou com cuidado o pergaminho e correu para casa, afobado. Não sem antes se certificar de que se encontrava no tempo certo. Foi com alívio que encontrou seu rosto esculpido no monte Kage.

Entrou correndo, tropeçando no carpete, nem tirou as sandálias para pisar dentro de casa.

Hinata estava ao telefone com Sakura, mas dessa vez, não chorava.

— E-eu sei, Sakura-chan, mas eu não consigo ter raiva dele... Eu.. oh! – Foi surpreendida ao ser suspensa pelo marido.

— Tenho um presente a dar à minha esposa. Amanhã ela liga para você – Naruto falou apressadamente para Sakura.

— Naruto, seu pervertido, vou meter a mão na sua cara, seu sem vergonha! - Sakura berrou com ele do outro lado da linha, mas ele nem deu bola. Desligou na cara dela.

— Desculpe o atraso, amor - ele disse carregando Hinata no colo e se aconchegando na curva do pescoço dela, aspirando o cheiro suave de lilás.

Hinata riu ao sentir cócegas.

— Desculpe ser um tonto que não te dá a devida atenção. Eu sei que faço tudo errado sempre, mas acredita em mim quando digo que te amo, senhora Uzumaki. Por favor, aceite meu presente atrasado - dizendo isto, Naruto roubou-lhe um beijo de tirar o fôlego.

Quando terminaram o beijo, encostaram-se as testas. Hinata tinha um lindo sorriso nos lábios ao dizer:

— Ainda são 7 minutos antes da meia-noite. Tecnicamente ainda é dia dos namorados. Então você está dentro do prazo!

— Você me mima muito, hime! - Disse lhe enchendo de beijinhos pelo rosto, pescoço, colo, parou nos seios. - Mas deixe que esta noite seja eu a mimá-la.

Hinata corou de um jeito adorável, os olhos nublados de prazer, a boca entreaberta respirando com dificuldade. Ela toda pedia por ele, e, ele se daria todo para ela. De corpo e alma.

— Feliz dia dos namorados, hime - ele disse a levando no estilo princesa para o andar de cima da casa.

— Feliz dia dos namorados, querido! – Ela respondeu dengosa se aconchegando nos braços fortes do homem que amava.

FIM


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Notas finais do capítulo

aíiiiiii? Gostaram? Deixem comentários! ♥
A autora agradece!!!!
Pretendo escrever mais "ones", são super divertidas e dão menos trabalho. kkk
Ah, curiosidades: a cena de Naruto Hokage se declarando para a Hinata do passado foi inspirada em uma cena de Ted Mosby em "How I met your mother". Inspiração NÃO É plágio, hein, galera! ;) Vamos ficar atentos com isso, sim?

E para quem não sabe a tradução de ただいま/おかえり(なさい)Tadaima/Okaeri(nasai) são expressões utilizadas ao retornar para casa.
Tadaima: Estou de volta.
Okaerinasai: “Seja bem-vindo de volta. Você deve ter se cansado (deve ter sido um dia puxado)”.

Esta Fanfic Naruhina participa do #DiaDosNamoradosFHN, tag criada pelo grupo Fanfics Naruhina: https://www.facebook.com/groups/1752547481730098/