Na Minha Vida escrita por André Tornado


Capítulo 8
Dentro de um barco


Notas iniciais do capítulo

No capítulo anterior:
John, Paul, George e Ringo tocaram a sua primeira canção, de improviso e numa completa harmonia musical. Mas a polícia apareceu...



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O som ansioso das sirenes crescia imparável, formando um aviso de que o tempo era curto e de que em breve se esgotaria. De alguma maneira a polícia descobrira o esconderijo aparentemente inviolável de Ringo, o armazém do cais antigo, e estava a dirigir-se para lá com grande pressa. Teria havido uma denúncia, sem dúvida. Alguém que tinha reparado num carro enferrujado a andar entre os contentores também cobertos de ferrugem, alguém que reparara no exaurido Renault ali estacionado, alguém que simplesmente vira os quatro suspeitos a entrar no armazém. Alguém que os seguira… menos provável, mas todas as teorias eram válidas naquele momento.

Não importava. O que interessava era que tinham sido descobertos e havia que reagir com rapidez para voltarem a iludir as autoridades e não terminarem numa prisão onde passariam aquela noite.

John Lennon rasgou um sorriso torto. Era uma estupidez a polícia estar a chegar com as sirenes ligadas e naquele alarido. A intenção era ter prioridade no trânsito, claro, pois estava em marcha de emergência e precisava que os outros automóveis lhe desse passagem na aproximação ao cais antigo. Mas por outro lado… avisava quem queria surpreender. Partiam do pressuposto de que eles estavam encurralados, de que não podiam fugir.

E eles podiam ainda fugir… certo?

Paul, George e Ringo entreolharam-se assustados.

— O que faremos agora? – perguntou George em pânico.

— Podemos fazer alguma coisa? – analisou Paul nervoso.

Errado. Estavam encurralados e não podiam fugir. John reparou na palidez de Ringo e lembrou-se da localização daquele armazém, junto a um ancoradouro desativado, num beco, a estrada que terminava naquele lugar era de dois sentidos apenas. Um para entrar, outro para sair. Os carros de polícia iriam criar uma barreira, deviam estar já a ocupar as duas faixas. O seu chaço também não aguentaria outra competição a alta velocidade e o combustível não chegaria para essa aventura. Olhou para Ringo que saltava de detrás da bateria.

— Venham! Depressa!

John lembrou-se do dinheiro e, ainda com a guitarra pendurada ao pescoço, cinto a bater-lhe no esterno, lançou-a para as costas e agarrou-se ao monte de notas. Enfiou-as dentro do saco castanho que apanhara do chão.

— Vamos onde?! – indagou Paul a gesticular intensamente, a apontar para o teto, para o portão, para os caixotes do cenário, para a janela. – A polícia está a chegar!

— Talvez possa justificar-me e contar-lhes que sou um refém…

— Cala-te, George! – vociferou Paul.

— Só disse talvez… – murmurou George encolhendo os ombros. Tinha as mãos a tremer.

— Isso. Cala-te, George – concordou John fechando o saco puxando os cordões da abertura, atando um nó firme.

Ringo arrastou a mesa para o lado, deu duas patadas no soalho que levantou uma nuvem de pó. John ergueu o saco num gesto insano, para que não se sujasse. Era leve, demasiado leve para quatrocentos mil euros bem contados e bem redondos. Paul aproximou-se receoso, espreitando o portão, controlando o som gradual das sirenes.

— O que estás a fazer?

— A tentar descobrir… Ah, aqui está!

Ringo atirou as mãos ao soalho e pôs-se a raspar com as unhas, até que encontrou o que queria. Enfiou um dedo, dois. Tateava uma figura geométrica que começou a desenhar-se na sujidade. O risco que se ia formando eram as arestas de um quadrado.

— Mas o que está ele a fazer?

— Qualquer coisa serve, neste momento, Paul – disse John, ajeitando a guitarra numa mão, o saco do dinheiro na outra. – Não podemos sair pelo portão, a polícia está a chegar e as traseiras desta espelunca estão bloqueadas com todos aqueles caixotes, material de pesca e sabe-se lá o que mais. Parece-me que ele tem um plano.

— Os planos do Ringo não são confiáveis.

— É um bom baterista, contudo.

George também se aproximou.

— O que queres fazer, fá-lo depressa!

As mãos de Ringo pararam numa das arestas. Agarraram numa pega, um manípulo feito de um coto de áspera corda entrançada, deu um puxão enérgico e abriu-se um alçapão.

— O que é isto? – admirou-se John dando um salto.

— Vamos, metam-se por aí! É uma porta secreta.

— O que está lá em baixo?

— Estás com medo, George? – troçou John.

George fez uma careta. Respirou fundo e para demonstrar que não estava com medo, desceu pela abertura escura formada por aquele quadrado aberto no chão e foi o primeiro a sair do armazém. Levava a guitarra com que tinha tocado e ninguém achou estranho. A seguir foi Paul a descer, entre gemidos e resmungos, também com a viola-baixo a tiracolo e ninguém teceu qualquer comentário.

John olhou para Ringo que correu para a bateria e começou a tapá-la com o lençol.

— O que estás a fazer?

— Aqui existe muito pó.

— A polícia está quase a entrar por aqui adentro como uma manada de agentes furiosos para te prender e estás preocupado com o pó?

— A bateria custou-me bom dinheiro! É o ativo mais importante do meu conjunto de instrumentos. E não posso levá-la comigo. – Sacudiu as mãos freneticamente. – As guitarras são portáteis, vocês podem transportá-las, mas eu não consigo fazer o mesmo com a minha querida bateria que me confortou da solidão durante muitas noites. – Murmurou emocionado: – Voltarei. Prometo, amiga. – Esfregou os olhos com uma mão, aclarou a voz e declarou: – Mas não vou de mãos vazias…

Agarrou nas baquetas, enfiou-as no bolso de trás das calças.

— Então, não te importas que fiquemos com as guitarras?

Ringo olhou-o como se estivesse a ver através dele. Estava elétrico e suado, os cabelos molhados por causa da transpiração, o corpo a agitar-se em espasmos. 

— Tens o saco do dinheiro? Ótimo! É a tua vez de te meteres pela porta secreta.

— O alçapão…

— O que seja! Vá, depressa! Oiço as sirenes junto ao portão.

— E tu?

— Eu saio em último e fecho isto, pelo menos ganharemos algum tempo, deixando a polícia a procurar por aí, à espera de nos ver escondidos nalgum canto, entre os caixotes. Até descobrirem o alçapão estaremos longe daqui.

— Tens um plano, percebo… Afinal, sempre tens um plano.

John não recebeu a ordem pela segunda vez. Saltou pela abertura quadrada no soalho e sumiu-se como se tragado pela terra. Ringo atirou-se ao interruptor, apagou a única lâmpada que oscilava sobre o alçapão e, como conhecia aquela casa como ninguém, fora o seu lar naqueles últimos tempos, foi fácil regressar ao ponto de fuga. Agarrou-se à tampa e o salto que deu para a fundura serviu de impulso para fechar a porta secreta e esta voltou a ficar disfarçada no soalho empoeirado. O que poderia denunciá-la seria a mesa afastada, mas a polícia iria pensar que algum deles tinha encalhado nesta e a tivesse arrastado na tentativa de se esconder nalgum lugar dentro do armazém.

No fundo do alçapão os outros três estavam à espera dele para prosseguir pois não conheciam o lugar e naquele bréu nem conseguiam ver onde estavam.

— Ringo, e agora? – perguntou John.

— Sigam-me! – indicou Ringo.

— Alguém tem uma lanterna?

— Que ideia infeliz, George! – censurou Paul. – Se acenderes uma lanterna és logo descoberto.

— Não consigo ver nada à frente do nariz.

— Acho que ninguém consegue.

— Obrigado, John!

— Nham, nham.

— Parecem criancinhas! John, para de implicar com o George – avisou Paul desconfortável.

Falavam todos em voz baixa. Ringo começou a andar, assumindo a liderança do grupo e todos lha cederam de bom grado, pois acreditavam que ele, sendo o anfitrião, dono da casa e guardador do alçapão, haveria de conhecer melhor aquela via secreta. Fizeram uma fila, todos atrás de Ringo que lhes pediu que baixassem a cabeça pois aquele corredor não era alto. Era também inclinado, verificaram, pois perceberam que estavam a descer uma ladeira que se tornava cada vez mais íngreme.

Poucos passos depois começaram a chapinhar e os sapatos ficaram húmidos.

— O que é isto?

— Molhada e fria. Parece-me… água, John!

— Obrigado, George!

— Calem-se, vocês os dois – pediu Paul impaciente. – Estou a afundar-me em lodo. O que se passa?

O solo inicialmente duro amolecia numa lama que lhes tragava o calçado com sons de sucção, lama essa que cobria-se com um fino lençol aquático. E antes de Ringo poder responder uma pancada reverberou no ar. Escutou-se um vibrar dissonante das cordas da guitarra. George gritou e logo os seus eventuais gritos seguintes foram abafados pelas mãos de John que lhe taparam a boca, vindo de trás, prendendo-o num abraço. O saco de dinheiro balançou à frente dos dois. O rapaz mais novo começou a protestar para que o soltasse, mas só saíam murmúrios incompreensíveis.

Paul esticou um braço a tatear a penumbra e parou quando encontrou o poste onde George dera a cabeçada. Aos poucos os olhos habituavam-se à ausência de luz, as formas opacas do cenário que os rodeava principiavam a surgir e já era possível orientarem-se melhor, distinguindo os prováveis obstáculos. Ao dobrar o pescoço, levantando os olhos contraídos, distinguiu uma plataforma sustentada por aquele poste e por outros que surgiam, quais troncos desfolhados de árvores mortas.

— Estamos debaixo do ancoradouro.

— Sim, estamos – confirmou Ringo.

— Por onde nos estás a levar?

— Confiem em mim, está bem? Vamos sair daqui… Não quero ser apanhado e vocês também não. Não vos estou a enganar. Se o quisesse fazer, teríamos ficado no armazém e deixava que a polícia aparecesse.

John largou George, que tropeçou nas próprias pernas. Afastou-se a soltar pragas que, mais uma vez, foram incompreensíveis, ditas entre dentes. Significava então que, debaixo do ancoradouro, iam na direção do mar. Os cheiros nauseabundos a peixe e a lixo insinuaram-se por ali, foram reconhecidos pelos narizes dos quatro que, passada a adrenalina da evasão, recuperavam o sentido do olfato.

— Continuem a seguir-me – pediu Ringo, retomando a caminhada. – E sem fazer barulho. Estamos na fase crítica da nossa fuga. A polícia deve estar muito perto, a avaliar pelo barulho das sirenes.

Atenderam ao pedido de Ringo e, mesmo com os pés encharcados, o frio da água do mar a penetrar-lhes pelas pernas, através das canelas e das bainhas das calças ensopadas, continuaram a andar, pisoteando o terreno mole e irregular.

O nível da água começou a subir e já atingia os joelhos. Os três, John, Paul e George, limitaram-se a resmungar mas não voltaram a parar, seguiram o líder confiando, pelo menos tentavam confiar, na boa orientação de Ringo. Levantaram as guitarras, colocaram-nas acima da cabeça para não se molharem.

As ondas ligeiras, barradas pelos pilares do ancoradouro que, ao embaterem aí, abrandavam a sua força, já lhes davam na cintura quando Ringo anunciou num murmúrio breve de que tinham chegado. John exclamou que já não era sem tempo, que já estava a pensar que iria ficar com água até ao pescoço, Paul, mais pragmático, perguntou onde tinham chegado pois não via nada em volta a não ser o mar e vultos oscilantes que correspondiam aos destroços que juncavam aquele velho ancoradouro, George nada disse, tremelicando de frio porque era, dos quatro, o mais magro.

Ringo afastou-se alguns passos, varrendo a água com as mãos como se assim pudesse andar mais depressa, e regressou puxando uma embarcação que, ao contrário das demais, flutuava e parecia estar em boas condições de navegabilidade. Estava até equipada com um motor.

Em silêncio, pois todos perceberam a intenção de Ringo, entraram para o pequeno barco, que se assemelhava a um bote salva-vidas, construído em fibra de vidro e madeira. Primeiro foi George, gelado e trémulo. Alçou-se para o barco, tendo primeiro passado a guitarra. O mesmo fizeram John e Paul, que colocaram os instrumentos musicais no barco e depois foram eles. Ringo foi o último a sentar-se nos bancos de madeira pintada, aproveitando o impulso para empurrar o barco que se deslocou silencioso sobre a água.

John perguntou, olhos estreitados, a tentar ver no escuro o conteúdo que se alojaria no fundo, debaixo dos bancos, onde estavam os seus pés:

— O que vamos fazer agora?

— Agarrem num remo e ponham-se a remar – respondeu Ringo dirigindo-se para a popa, onde estava montado um motor de fraca potência. – Assim que nos afastarmos o suficiente, ligo o motor e fugimos.

— Dentro de um barco? – observou George com os dentes a bater.

— Onde estão os remos?

— Aqui, Macca – informou John apontando. – Estão aí de lado. Vá, agarras um que eu agarro no outro. Força nesses braços!

O barco deslizou um pouco mais impulsionado pelas remadas de John e de Paul, a estibordo e a bombordo. Coordenavam os seus movimentos para que andassem em frente e não se pusessem aos círculos sem sair do mesmo lugar. Quando passaram o extremo do ancoradouro, Ringo soltou a trava do motor e mergulhou a pequena hélice na água. George abraçava-se a si próprio, numa tentativa para se aquecer. As guitarras e a viola-baixo estavam junto a ele, as baquetas continuavam espetadas do bolso de trás das calças do baterista.

As luzes dos automóveis policiais chegaram ao armazém, as sirenes soavam numa barulheira medonha, as portas dos carros abriam-se e saíam homens armados, aos berros, excitados, mas eles já não estavam tão apreensivos ou amedontrados. No interior do barco sentiam-se seguros, sentiam que estavam efetivamente a escapar das autoridades e que o mar os iria ajudar e, principalmente, não os iria sabotar. Ringo carregou no botão e o motor arrancou, dando potência à hélice que, sob as águas, começou a girar, imprimindo uma marcha mais rápida do que as remadas de John e de Paul, mas estes, embrenhados nessa ação, não pararam de dar aos braços mesmo com o barco a ganhar velocidade. O som das sirenes abafou o ruído do motor e assim, desta forma, nas costas da polícia, os quatro conseguiram escapar.

O mar negro estendia-se insondável à sua frente e a visão começava a diminuir à medida que o crepúsculo dava lugar à noite. Com a pressa da fuga só tinham trazido os instrumentos musicais e o saco de dinheiro. Nem uma mochila com mantimentos, nem uma lanterna e agora a lembrança de George fazia mais sentido. Ringo pediu a John e a Paul que parassem de remar. Ele mantinha-se à popa a dirigir o leme, através de um manípulo acoplado ao motor já que o leme propriamente dito estava perto da hélice. À medida que cortavam as ondas baixas, o barco ia deixando uma esteira de espuma e de água revolta, afastando-se cada vez mais da costa, onde se situava o cais antigo com o armazém a ser vasculhado e vigiado pelos agentes e o velho ancoradouro.

Paul arrumou o seu remo onde o tinha retirado, mas John atirou com o dele e este ficou espetado, como um mastro desfeito, na proa.

— Já estás mais aquecido ou precisas de um abracinho, George?

Ele não respondeu e John olhou por cima do ombro. Viu-o com um braço sobre o peito, na outra mão tinha um pequeno objeto espalmado que tocava com o polegar.

— O que estás a fazer?

— A verificar o meu telemóvel…

Ringo deu um estalo com a língua.

— Agora é que te lembras? Com um telemóvel podíamos… Não sei o que podíamos fazer. Muito provavelmente no meio do oceano não temos rede!

George sacudiu o smartphone.

— Eu não tenho é bateria, o ecrã está preto.

— Está preto a toda à volta! Como sabes se é só o ecrã? – disse John desdenhoso.

— Ainda temos alguma claridade – disse Ringo, por sua vez, animoso, a ver se os contagiava com a sua fingida boa-disposição. Mas como ninguém reagiu, ele deixou descair os ombros e apertou o manípulo do leme, fixando os olhos no horizonte alaranjado.

— Se tivesse bateria, o ecrã iria acender-se e deixaria de estar preto – disse Paul a arrastar as palavras, fatigado.

George perguntou a John, voltando a guardar o seu telefone no bolso de trás das calças, de onde o tinha retirado:

— E tu, não tens telemóvel?

— Tenho, mas não tenho saldo para fazer chamadas – respondeu John pedante.

— Quer dizer que tens bateria… mas não tens saldo? Que desperdício!

John voltou-se para o amigo abatido:

— E tu, Paul? Onde está o teu telemóvel? És sempre tão certinho. De certeza que vais ter saldo e bateria.

— Deixei o meu telemóvel no escritório.

— O quê?!!

— Podes praguejar à vontade. Isso não vai trazer-nos o meu telemóvel com carga e saldo para fazer chamadas. E daqui, depois de toda esta situação, querias telefonar a quem?

— Eu tinha a quem ligar – disse George encolhido, pelo frio e com receio de outra reação negativa de John.

Mas John, com o instinto de sobrevivência ligado, já estava a pensar noutra questão e tinha deixado a implicância com George para segundo plano.

— Alguém tem alguma ideia para onde estamos a ir?

— Estamos a fugir – respondeu Ringo.

— Esse motor funciona a combustível – explicou John com um certo azedume. Estava também cansado, por causa do seu orgulho nunca o iria confessar. – Pelo cheiro parece-me gasolina. E quando a gasolina acabar seremos náufragos. Vamos devorar-nos uns aos outros, tirar à sorte para saber quem vamos comer primeiro? O George nem carne tem sobre os ossos! Acho que antes morreremos de sede… Não temos comida, nem água neste miserável bote. E isto aguenta uma tempestade? Agora o mar está calmo, mas e se se levanta uma ventania?

— Calma, John!

— O que foi, Macca? Estou a ser realista e a analisar a nossa presente situação!

Paul apontou para o horizonte que escurecia. Em breve deixariam de conseguir ver-se uns aos outros, na mais absoluta e densa escuridão.

— Por ali, para oeste, está uma pequena ilha. Conheço-a. Tem uma mansão que nesta época está desabitada. Não é longe daqui.

George assentiu e declarou:

— Sim, concordo com a ideia do Paul. Vamos para a ilha!

Ringo franziu a sobrancelha e John quedou-se simplesmente a olhar para o amigo.


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Notas finais do capítulo

E os quatro rapazes prosseguem na sua fuga e mais uma vez conseguiram iludir a polícia.
Mas os meios que estão a utilizar são cada vez mais rebuscados - agora, estão num barco, está a anoitecer e não têm um destino definido. Paul apareceu com uma solução - uma ilha? Será uma boa opção?

Próximo capítulo:
A ilha da salvação.