Na Minha Vida escrita por André Tornado


Capítulo 37
Primeira gravação


Notas iniciais do capítulo

No capítulo anterior:
John Lennon vê-se novamente na sua vida miserável de antes da aventura, mas ele com os amigos estão apostados em seguir o sonho da música. Então, ele e Paul, George e Ringo vão até uma loja de música onde esperam encontrar Brian Epstein, que poderá servir-lhes de empresário musical, pois assim lhes foi recomendado.



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Havia uma certa forma bruta e desconcertante de John Lennon se dirigir ao mundo, como se tudo fizesse parte de uma conspiração que ele devia desfazer com as suas palavras afiadas de escárnio e de insultos, numa negligência grosseira perante qualquer noção ou compromisso, mas essa vulnerabilidade disfarçada de força era insinuante de uma maneira tão crua e despojada, que Brian Epstein sentiu-se inclinado à dissecação daquele mistério. Ao contrário do que Paul julgara, não se ofendia com a agressividade de John, antes compelia-o a desarmá-lo com um arsenal inédito. Jogar peças diferentes e declarar vitória no tabuleiro que o próprio John preparara. Uma finta inteligente que o outro conseguisse reconhecer e assim ganharia o seu respeito eterno.

— O vosso nome é muito interessante – admitiu Epstein analítico. – Beatles com um “a”… Não é assim?

— Sim, é esse o nome da nossa banda – replicou John.

— Por que desistiram de “Johnny & The Moondogs’?

— Só nos chamámos assim para aquela noite, no Caverna – disse Paul sério.

— E porque apareceram outros com o mesmo nome – acrescentou George. – Quero dizer, eles é que são os originais, o tal tipo que veio falar contigo, senhor Epstein. Fomos… chamados pelo gerente do clube quando esse Johnny o deixou pendurado. Anunciou-nos como os ‘Johnny & The Moondogs’ e nós atuámos. A história é essa.

— O nome é algum problema? – perguntou Ringo.

— Não, estou perfeitamente à vontade com as vossas escolhas em termos de como desejam ser conhecidos no meio musical – respondeu Epstein conciliador. – Se agora se chamam The Beatles, perfeito para mim. Entretanto, desapareceram. O que vos aconteceu?

— Estivemos na cadeia – contou John com naturalidade.

Paul corou, apertou os lábios. George e Ringo também olharam para John.

— Não ficaste até ao fim da atuação, Eppy? – continuou ele, para desespero de Paul pois tinha começado a tratar o gerente por uma alcunha inventada no momento. – Fomos interrompidos quando a polícia entrou no clube.

— As rusgas policiais são comuns naquele bairro, por suspeitas relacionadas com substâncias ilícitas. Drogas, compreendem… Clubes noturnos, bandas musicais, gente menos respeitável. O costume. Pareceu-me mais uma ação policial comum, saí antes de a confusão aumentar com a ajuda do gerente da casa, que é meu amigo. Percebi que os agentes tinham atacado o baterista. – Olhou para Ringo compassivamente. – Julguei que fosse um suspeito…

— Ei, estou limpo há meses!

— Bem, Eppy, a polícia esteve no Caverna à nossa procura, porque tínhamos feito uma asneira muito grande. A seguir fomos presos e saímos há pouco tempo da cadeia, em liberdade condicional. Essa é a razão do nosso desaparecimento.

— Tecnicamente, nós é que nos entregámos à polícia – acrescentou Paul numa tentativa de amenizar a impressão que estavam a passar. Mas Brian Epstein pareceu não se importar com aquele percalço do passado deles.

— Queremos reabilitar-nos e ser úteis à sociedade – cantarolou John trocista. – Esquecer os erros do passado, sermos pessoas melhores. Pensámos em continuar com a música, que é excelente para criar… felicidade. Uma sociedade mais feliz é uma sociedade melhor.

Brian riu-se, para alívio de Paul. Bateu as mãos uma na outra e anunciou:

— Meus senhores, querem acompanhar-me até ao segundo piso?

A disposição de John transformou-se. Endureceu as feições, tornou-se ofensivamente severo, todo ele estremeceu. Voltou a agarrar em Paul, a cingi-lo contra si e declarou:

— Senhor Epstein, quem julgas que nós somos? Não estivemos tempo suficiente na prisão para aprender os seus segredos mais negros e inenarráveis! Não iremos contigo para o segundo piso, onde seremos presa fácil das tuas fantasias eróticas, onde certamente seremos trancados num recinto mais discreto destinado a uma orgia!

Paul fechou os olhos e suspirou:

— Oh, não…

— Não estamos interessados numa ménage… a cinco! E além disso, não consentirei que toques no Paul. Ele ainda é demasiado inocente e sei que é tentador desencaminhar alguém… puro. Não! O Paul é meu amigo, confia em mim e não trairei a sua confiança.

George e Ringo estavam perplexos. Brian Epstein era uma estátua inescrutável, dir-se-ia que tinha deixado de respirar, de existir na sua forma humana. Paul sacudiu o amigo. A indignação fazia-o tremer e gaguejar.

— John! Senhor Epstein, peço-te que desculpes o meu amigo… Ele… O que te deu, John?

George perguntou receoso:

— O que existe lá em cima?

— Acho que precisas de um cigarro… – apontou Ringo descontraído. – O senhor Epstein não é… Bem, é uma pessoa séria! Não faria uma proposta descabida dessas quando nos acabou de conhecer.

Brian colocou um punho sobre a boca, aclarou a garganta.

— Lá em cima, meus caros, tenho um pequeno estúdio particular, onde guardo instrumentos musicais. Um piano, guitarras, uma bateria e outras peças de percussão. Uma pequena consola equipada com gravadores e um computador onde poderei registar… o vosso som. Como afirmei, gostei muito de vos ouvir no clube Caverna. Vieram até à minha loja para me conhecerem e para que oriente a vossa carreira musical. No fundo, ser o vosso empresário. Não o mencionaram diretamente, mas eu percebi o que pretendem de mim. No Caverna mostraram algum potencial. Matéria em bruto, um diamante a ser lapidado numa magnífica joia! Mas eu não posso convencer gerentes de clubes, promotores musicais que organizam concertos e editores discográficos para contratá-los sem algo concreto para lhes mostrar. O vosso talento numa gravação oficial. Mas já que não estão interessados… Lamento muito, queria imenso ajudar-vos.

George e Paul gritaram ao mesmo tempo:

— Ei, nós estamos interessados!

— De certeza?

— Vai existir um contrato? – perguntou Ringo ansioso.

— Tudo em seu devido tempo, senhor Starkey. Primeiro quero gravar-vos.

— Nós estamos interessados. Nós queremos gravar qualquer coisa – insistiu Paul. – E queremos… assinar esse contrato.

— Não supliques, não vale a pena – admoestou John arrogante. – Se ele quiser mesmo ficar connosco, tem de gostar de nós, com sinceridade… Alguém que consiga perceber quem nós somos e que aguenta, principalmente, o que nós somos. Isto vai ser mais intenso e sagrado do que um casamento.

— Sou mais do que aquilo que aparento, senhor Lennon.

— Eu também, senhor Epstein.

— Eppy? – referiu Brian crispando a testa.

— Achei que condizia com esse lenço que tens ao pescoço.

Utilizaram o elevador para irem para o segundo piso. Era um edifício moderno, equipado com comodidades rebuscadas como um elevador interno para que não se cansasse as pernas ao usar as escadas. Em qualquer canto havia o asseio, a frescura e a eficiência de um lugar urbano, uma casa ordenada segundo os cânones restritos do conforto e da sobriedade. Passaram por um corredor com quadros nas paredes, assinados pelos respetivos artistas, uma coleção privada de arte. Boquiaberto, pois nunca tinha visto nada semelhante, George parou para admirar algumas pinturas, gostara das cores, dos motivos. Paul chamou-o entre dentes para que não se afastasse demasiado. No fim desse corredor decorado ricamente, Epstein abriu uma porta e eles entraram numa sala onde existia o estúdio improvisado. Tapetes persas ornamentavam o soalho de madeira, havia uma parede com revestimento de esponja para melhorar a acústica, um biombo de vidro que dividia o espaço entre aquele onde estava o equipamento de gravação e aquele onde repousavam os instrumentos.

Paul acercou-se ávido e deslumbrado de um piano de cauda. Verificou que se tratava de um Steinway e sentiu um arrepio de prazer. O melhor piano do mundo! Acanhou-se momentaneamente, nunca tinha tocado num piano tão requintado como aquele, não se sentia preparado, mas fechou os olhos e pensou: “Que se lixe! É só um piano…”. Sentou-se no banco forrado a couro, que estalou com o seu peso, abriu a caixa articulada, pôs-se a contemplar o teclado magnífico marfim, as mãos ainda hesitantes, os dedos a clamar por tocar naquele alinhamento impecável de peças brancas e pretas.

George agarrou numa guitarra elétrica com os olhos a brilhar de encanto. Uma Rickenbaker da mesma cor que o teclado do piano. Branca e preta. Ringo soltou uma exclamação de assombro ao ver a bateria Ludwig a brilhar de nova, a pele dos bombos esticada e perfeita, sem lascas, os pratos cintilantes. Começou imediatamente a rodar o banco para ajustá-lo à sua altura, cheirando as baquetas suaves e leves.

E John escolheu uma guitarra acústica Gibson, que produziu um som envolvente quando fez uma passagem pelas cordas de aço. Estava perfeitamente afinada e ele olhou para Epstein que se tinha sentado a uma pequena mesa que se colava ao biombo de vidro. Ligava um computador e um gravador digital gerando um ligeiro zumbido. O gerente devia pedir que afinassem os instrumentos do estúdio diariamente. Era um amigo da perfeição e estava sempre pronto para receber os artistas que lhe agradavam, que ele queria gravar e promover. E ele andara à procura deles, a banda que fugira quando a polícia irrompera pelo clube Caverna.

Quando pedira a Paul que não suplicasse, tinha a certeza de que não seria necessário e ali estava a prova. Tinha igualmente, contudo, a terrível dúvida de que pudesse estar enganado e então deveria aceitar as consequências dos seus atos – algo que ele nunca fora muito bom a fazer.

Ringo fez uma passagem pelos tambores e pelos pratos, num riff de aquecimento e depois começou uma batida simples, de introdução, como se esperasse pela deixa para acrescentar o seu estilo rítmico a uma composição. Paul tomou coragem e começou a tocar piano, escolhendo acordes simples e melodiosos, os dedos a viajarem pelas teclas em carícias apaixonadas. George apertava a guitarra contra si e dedilhava as cordas com um carinho inspirador, tocava numa coisa amada, numa coisa querida. John, a parte volúvel, inconformada e rebelde, arrancava sons pujantes e agrestes da sua guitarra, experimentando acordes rudes. Não se escutavam uns aos outros, a cacofonia era estridente, cada um estava envolvido com a sua própria música, isolado no seu mundo egocêntrico, ouvidos surdos ao que se passava à sua volta.

Pararam ao mesmo tempo e entreolharam-se. Acenaram com a cabeça. John perguntou a Paul se tinha alguma coisa, ele respondeu-lhe que sim, que tinha uma canção nova, simples de acompanhar. John disse que iriam tocar essa canção, fazer um pequeno ensaio e depois voltar a tocá-la para que fosse gravada por Epstein. Paul deu a indicação dos acordes dominantes, George colocou uma dúvida e fez uma proposta em relação à sua participação, Ringo afirmou que estava pronto.

— É suposto entrarmos no solo? – perguntou John com os dedos a postos sobre as cordas.

Yeah— respondeu Paul, olhando por cima do ombro. Sentado ao piano estava de costas para os outros.

— Está bem – acedeu John baixando a fronte.

— Isto vai... Isto vai surpreender-te, rapaz… – murmurou Paul.

Fez uma respiração profunda. Os seus dedos pressionaram as teclas e produziu uma melodia nostálgica e quente, que os envolveu imediatamente. Concentrados, escutavam, olhando para as suas guitarras, para os tambores, para perceberem o que deveriam fazer a seguir. Entrar no solo e na nota certa. Paul cantou.

 

When I find myself in times of trouble, mother Mary comes to me

Speaking words of wisdom, let it be

And in my hour of darkness she is standing right in front of me

Speaking words of wisdom, let it be

 

Quando me encontro com problemas, Mary, a mãe, vem até mim

E fala-me palavras sábias, deixa estar

E na minha hora de desespero ela está mesmo à minha frente

E fala-me palavras sábias, deixa estar

 

John recordava-se vagamente de Paul ter mencionado recentemente que tivera um sonho com a sua mãe que se chamava Mary. Vira-a nas sombras do quarto e ela sorrira-lhe com placidez. Ele sentira-se imediatamente reconfortado. E também se devia ter sentido inspirado.

 

Let it be, let it be

Whisper words of wisdom, let it be

 

Deixa estar, deixa estar

A suspirar palavras sábias, deixa estar

 

Os quatro rapazes viviam tempos conturbados, não apenas Paul que, no meio do seu desalento, invocara a memória da mãe que tinha morrido quando ele era um adolescente. Não gostavam de como ocupavam os seus dias, sentiam-se demasiado cansados para aproveitar as noites, arrastavam-se indolentes pelas semanas enquanto tentavam sobreviver.

Mas havia uma ténue esperança… A música…

 

And when the broken-hearted people living in the world agree

There will be an answer, let it be

For though they may be parted there is still a chance that they will see

There will be an answer, let it be

 

E quando as pessoas de coração partido, quando todas concordarem

Haverá uma resposta, deixa estar

Pois embora estejam destroçadas, haverá ainda uma hipótese que as deixa ver

Haverá uma resposta, deixa estar

 

E enquanto existisse esperança, e enquanto existisse música, haveria sempre uma razão para continuar, para sorrir, para respirar fundo e obrigar as pernas a continuar a dar os pequenos passos daquele caminho.

A canção, apesar de tão carregada com as suas desilusões recentes e com os seus pesos supérfluos, era inspiradora. Sobretudo era consoladora.

 

Let it be, let it be

Yeah, there will be an answer, let it be

 

Deixa estar, deixa estar

Yeah, haverá uma resposta, deixa estar

 

A voz delicada e maviosa de George no coro que partilhava com John, olhavam-se e meneavam a cabeça por estarem tão em sintonia, afinando-se mutuamente, acrescentava uma leveza quase sobrenatural àquela composição musical sublime. A batida de Ringo criava a união entre todos os instrumentos, o pulsar do coração que sublinhava o piano apaixonado, a guitarra elétrica lamentosa, a guitarra acústica determinada.

 

And when the night is cloudy there is still a light that shines on me

Shine until tomorrow, let it be

I wake up to the sound of music, mother Mary comes to me

Speaking words of wisdom, let it be

 

E quando a noite está encoberta, existe sempre uma luz que brilha sobre mim

Brilha até ao futuro, deixa estar

Acordo ao som da música, Mary, a mãe, vem até mim

E fala-me palavras sábias, deixa estar

 

Paul repetiu o refrão com fervor. Era uma prece que implorava por conforto, por um carinho, um abraço caloroso que devolveria as certezas e as convicções, a felicidade, a confiança. Tudo iria ficar bem, no fim de contas.

 

Let it be, let it be

 

Deixa estar, deixa estar

 

Os derradeiros acordes foram feitos somente ao piano e Paul encerrou a canção. John encostou a boca ao microfone e fez soar a sua voz num registo grave e majestoso:

— Acho que isto foi mesmo grandioso… Levava-a para casa comigo! – Olhou para Epstein e assinalou, erguendo o braço: – Muito bem, podes gravar-nos.

O homem atrás do biombo de vidro sorriu-lhe, mordaz e divertido. John percebeu o que tinha acontecido. Endireitou as costas. Viu Epstein mostrar-lhe o polegar esticado, num gesto de que estava tudo conforme. Ele tinha gravado o ensaio. Ele tinha feito a gravação sem que eles se tivessem apercebido.

— O quê?! Seu amoral, seu trapaceiro!

Epstein riu-se.

Paul prendeu a respiração. Rodou no banco forrado a couro.

— John…

— O que foi? Ele gostou do pequeno teatro – informou Lennon sacudindo os ombros.

O gerente da maior loja de música da cidade contornou o biombo, postou-se no meio deles, cruzou os braços, olhou para os quatro rapazes, um por um, e declarou:

— Sim, fiz a gravação e não quis que soubessem que estava a fazê-lo. Quis apanhar-vos completamente descontraídos e informo-vos que o resultado foi extraordinário. Se gravássemos agora, iriam acrescentar pormenores completamente desnecessários a esta canção lindíssima, iriam sobrecarregá-la e transformá-la em algo que ela não é. O mesmo se passa convosco. – Fez uma pequena pausa para analisar-lhes as reações. – Quando estão dentro do vosso mundo, a música, soltam-se, são completamente diferentes. Livres, geniais e harmónicos. Foi isso que vi na vossa atuação, no Caverna… Oh, claro que têm muitos aspetos que precisam de ser trabalhados e melhorados. A vossa exuberância, irreverência e imprevisibilidade são cativantes, mas em doses exageradas pode ser ofensiva e desproporcional. Pode prejudicar-vos mais do que ajudar-vos.

Paul aproveitou para lançar a crítica:

— Ouviste, John? Modera os teus impulsos.

John fez uma carranca de desagrado. George sorriu e Ringo semicerrou os olhos, à espera de uma réplica ácida. Brian Epstein interveio para apaziguá-los:

— Oh, não, meu caro Paul. Deixa-o solto. Ele é a energia dos Beatles. Tu és a melodia, a dança doce que nos embala. Enquanto tu, George, és a alma silenciosa e tu, Ringo, és o pilar em que tudo assenta. Vocês são um excelente grupo. Mantenham a vossa personalidade, a vossa unidade. Eu garanto-vos o sucesso! Acreditam em mim?

— Acreditamos, Eppy! – responderam os quatro rapazes.


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Notas finais do capítulo

Os Beatles realizaram a sua primeira gravação no estúdio improvisado da loja de música de Brian Epstein. Para esta história escolhi uma gravação fantástica da canção "Let It Be" que consta da compilação Anthology, Volume 3, de 1996. Gostaria muito de vos apresentar o vídeo, mas não existe. Usei na história a conversa que existiu antes e que existiu depois, embora tenha alterado o significado da frase de John Lennon "Let's track it", pois traduzi para "Podes gravar-nos" - quando não é bem isso que Lennon diz na gravação original. Os insultos proferidos aconteceram mesmo, mas na gravação original Lennon estava a referir-se a si próprio,

Brian Epstein tornou-se no empresário dos Beatles e definiu-os, segundo as suas próprias palavras. Gostaram?
Ficou também com a alcunha de Eppy - que era realmente a sua alcunha junto dos rapazes.
As marcas dos instrumentos são reais e são consideradas as marcas topo de gama para cada instrumento apresentado neste capítulo. O piano, a bateria, a guitarra elétrica, a guitarra acústica...

Os rapazes acreditam em Brian Epstein. Será que tudo vai correr bem a partir daqui? Ou haverá ainda obstáculos no caminho?

Próximo capítulo:
Acreditar sempre.