Na Minha Vida escrita por André Tornado


Capítulo 26
Uma nova cidade


Notas iniciais do capítulo

No capítulo anterior:
Depois de os rapazes se divertirem e rirem muito com a "surpresa" que o John guardava no porta-luvas, fizeram uma paragem numa estação de serviço para se abastecerem de comida e de combustível e é então que descobrem que estão mesmo a ser procurados pela polícia. Existem cartazes com as suas caras espalhados pelo país...



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O ambiente dentro do carro tinha esfriado consideravelmente depois de saberem que estavam a ser procurados pela polícia no país inteiro, ao ponto de haver informações sobre eles, nomeadamente as suas caras, e sobre o que tinham feito numa estação de serviço decadente junto da fronteira.

Pelos vistos, o assunto não interessaria a uma aldeia remota como Viejos, ou teriam sido logo denunciados nesse lugarejo perdido no meio do deserto. Ou talvez as notícias de que eram fugitivos só tivessem chegado depois da saída deles, o que estaria a destroçar ainda mais o coração da Conchita, da irmã e da amiga. Quanto à mulher da estalagem, devia estar a rir-se ao imaginar que partilhara a sua cama com um rapaz procurado.

Bem, podia encarar aquilo pelo lado humorístico ou pelo lado mais sério. John Lennon optou, claramente, pela primeira vertente. Os seus companheiros, pelos vistos, tinham escolhido a segunda.

Mal tinham tocado na comida que o cartão de crédito de Paul pagara, mais uma vez, até George se mostrara comedido e relutante em alimentar-se, o que não era nada normal. Beberam uma cerveja cada um, alguns bolos e nem sequer tocaram no feijão, nas batatas fritas, nos palitos de queijo, nas barras de cereais. O resto da comida empacotada espalhava-se no banco de trás, onde Ringo se sentava, direito como uma tábua, a remexer os dedos que estavam unidos no colo.

Paul cruzava os braços e olhava pela janela, George roía as unhas. John conduzia e pensava. Tinha de pensar, porque parecia que os outros ficaram catatónicos e com o cérebro embotado depois de verem aquele cartaz que exibia a palavra “Procurados” num tom carregado de negro no cabeçalho. Aliás, parecia que eles continuavam a ver só aquele maldito cartaz, não conseguiam visualizar para além deste, ou sequer visualizar outra coisa qualquer.

Ele, pelo menos, tinha a estrada e concentrava-se nessa longa serpente artificial que rasgava a paisagem desértica. Tinha também uma certa propensão para destrinçar os problemas até reduzi-los a uma essência ridícula que o tornasse superior e, por definição, capaz de uma resolução a seu favor.

Eram procurados, mas também não deviam ficar admirados. Seria um resultado lógico depois de se terem escapado da polícia, que viera prendê-los no velho armazém do cais antigo, onde se situava o lar de Richard Starkey. Ora, se a autoridade não lhes deitara a mão e apresentara-os à justiça, queria dizer que iria procurar por eles no passo seguinte para cumprir com o objetivo. Ou seja, deitar-lhes a mão e apresentá-los à justiça.

E eles continuavam em fuga – recentemente Paul tinha recordado esse facto.

Só que uma coisa era falar, outra era verificar que o que se imaginava era bem concreto e definido. Que tinha implicações gravosas, que significava uma mudança de estado. Livre, preso. Liberdade, prisão.

Estranhamente, John Lennon sentia-se calmo.

Começava a detestar aquele silêncio quase mórbido, não pela ausência de ruído em si mas porque estava a ter implicações no seu raciocínio, no seu bom humor e no seu otimismo. Pediu:

— Ei, Paul. Canta alguma coisa.

George baixou a mão, fazendo um trejeito com a boca antes de cuspir um pedaço de unha que estava a roer. Lá atrás, Ringo não escutara convenientemente o pedido ou simplesmente ignorara-o, não se movimentando um milímetro. Paul fingira que nada ouvira, o que era bastante pior do que a atitude hirta do baterista.

— Paul…

— Não me apetece, Johnny.

— Paul! – insistiu.

— O que queres que cante? – Paul exasperou-se e bateu com as mãos nos joelhos.

— Qualquer coisa – disse George, por sua vez.

— Sim, qualquer coisa – repetiu John. Apontou para uma cavidade no tabliê. – Não temos rádio e isto aqui dentro já começa a parecer um funeral. A minha capacidade de motorista está a ser afetada e posso perder o controlo dos meus movimentos corporais, fazer uma guinada e conduzir o Cadillac pelo deserto afora, sem rumo.

Paul suspirou longamente. Quando ia abrir a boca, Ringo debruçou-se sobre o encosto dos assentos dianteiros.

— O que acham que vai acontecer agora?

— Nada! – cortou John, de forma abrupta.

— Como, nada? Vocês viram, como eu vi, o cartaz da polícia. Somos oficialmente procurados por causa do que aconteceu no Banco Central.

— E depois?

— Johnny, diz o que tens em mente… – suspirou Paul.

— Não nos vai acontecer nada – reforçou John com uma estranha voz autoritária. – Aquele cartaz só existe porque estamos perto da fronteira e a polícia julga que vamos fugir do país. Aquela estação de serviço é a primeira que te aparece neste novo país. É uma paragem obrigatória se quiseres seguir viagem pelo deserto.

— Mas nós estamos quase a atravessar a fronteira – indicou George preocupado, cuspindo outra unha.

— No sentido inverso! A polícia não julga que queiramos entrar, pensa que queremos fugir… saindo.

— Então, estás a dizer que passar a fronteira vai ser simples? – perguntou Ringo.

— Sim, claro que vai ser simples. Ninguém vai fazer perguntas. Acredito que os guardas fronteiriços estarão dormentes em relação a viajantes que venham deste lado. Oh, claro que terão o mesmo cartaz que foi distribuído pela estação de serviço, mas não vão ligar os pontos e relacionar-nos com a célebre quadrilha de ladrões de bancos em fuga!

— Estou a ver outro problema – disse Paul. – Nós não temos cartões de identificação. Só eu, que ainda tenho a minha carteira. Lembro-me que a tua ficou no chão do Renault, quando o Ringo estava a tentar assaltar-te e aposto que o Ringo não anda com uma carteira, se estava precisamente a assaltar-te. Como vamos passar a fronteira sem documentos?

John cerrou os dentes.

— Eu tenho o meu cartão de identificação – contou George, pondo um dedo no ar.

Paul quase gritou:

— Como é que isso é possível? Então quer dizer que tu tens andado com a tua carteira, com dinheiro e cartões de crédito e eu é que tenho andado a pagar tudo? Ainda por cima com um saco recheado de dinheiro a reboque?!

— Ei, só tenho o cartão de identificação— esclareceu George. – E tinha um telemóvel. Estava no banco, lembram-se? Quando fui feito refém pelo Ringo. Ia tratar de um empréstimo, para uma viagem… Tinha a minha identificação para tratar da papelada.

— Ah… – Paul acalmou-se, afundando-se no assento.

George retirou o objeto referido do bolso de trás das calças. Prendeu-o entre dois dedos e mostrou-o.

— Aqui está. Sobreviveu à ilha dos canibais como todos nós.

— Bem, se temos dois cartões de identificação, podemos safar-nos – disse John, dando pancadas no volante, a emular um batuque nervoso. – Basta mostrarmos os cartões, dois a dois. Temos é de ser rápidos… e convincentes. Como num truque de ilusionismo.

— Oh, percebo! – disse Ringo com uma inesperada alegria na voz. – Vais entregar o par de cartões aos guardas fronteiriços duas vezes. Assim serão… quatro cartões.

Paul revirou os olhos, passou uma mão pelo rosto. Já tinha desistido de argumentar contra aqueles esquemas loucos. Até à data e até haver algum imprevisto impossível de contornar, tinham resultado e eles continuavam na sua vida. Mais ou menos. A fazer uma viagem inesperada, juntos num grupo improvável, mas a continuar a sua vida sem prestar contas a ninguém.

— Precisamente! – concordou John entusiasmado com a sua própria esperteza. – Temos cortes de cabelo parecidos, fazemos uma expressão carrancuda também parecida e os guardas nem irão aperceber-se de que os cartões são os mesmos.

— E os nomes? – perguntou George.

— Não vão lê-los. Só se vão interessar pelas fotografias.

— Acho ótimo! – exclamou Ringo. Abriu um pacote de dónutes. – Alguém quer comer?

Pelos vistos, o apetite regressava. George voltou-se para trás e retirou um dos bolos açucarados. Paul declinou a oferta que Ringo lhe fazia. O baterista encolheu os ombros e deu uma dentada generosa num dónute. John espreitou o amigo que ainda não estava inteiramente convencido daquele plano mirabolante e arriscado, mas desde quando eles tinham sido cautelosos durante aquela aventura? Aceitou um dónute, mordeu-o, soube-lhe bem. Mantinha a mão direita no volante, comia com a esquerda. George pediu mais, Ringo abriu um segundo pacote. Perguntou-lhe se queria uma cerveja, antes que ficassem demasiado quentes. O mais novo aceitou a bebida.

— Agora, Paul… canta alguma coisa – repetiu John de boca cheia, a mastigar ao mesmo tempo que falava. – Estás em condições para isso, és o único que não estás a comer.

— Eu não sou tão... desmancha-prazeres como está a parecer. Nem tão pessimista. Tenho uma visão até bastante razoável e aberta do mundo.

— Eu sei, Macca. Estás receoso e quando ficas nesse estado, tornas-te mesmo num desmancha-prazeres insuportável, se queres que eu te diga.

— Aguenta-se bem – informou George concentrado em alimentar-se, olhos nos dois dónutes que segurava em cada uma das mãos, a dar dentadas à vez, num e noutro. A lata de cerveja estava presa entre as coxas. – Não me importo que sejas desmancha-prazeres… Às vezes faz falta ouvir a voz da consciência.

— Eu não sou a voz da consciência! – cortou Paul ofendido.

— És um tipo porreiro, mas chato – disse Ringo dando-lhe um toque no ombro. – Concordo com o John. E com o George. Também podias comer… ou cantar. Faz alguma coisa para libertares essa tensão que te está a corroer. Se insistes nesse estado ainda arranjas uma úlcera. Demasiada preocupação, amigo!

Paul olhou para o baterista, por cima do ombro.

— Tu és demasiado leviano, sabias?

— Canta, Paul! – insistiu John com uma risada. – Ei Ringo, tenho a garganta seca. Uma cerveja, por favor!

Paul inspirou profundamente. Irritado, desatou a berrar uma canção com um refrão repetitivo:

Why dont’t we do it in the road?

 

Porque não o fazemos na estrada?

Os outros escutavam-no em silêncio, mastigando, engolindo, dando novas dentadas, bebendo pequenos tragos da cerveja que já não estava tão fresca como quando a tinham comprado. O maldito carro não tinha rádio, nem ar condicionado. O melhor seria beber a terceira lata antes de o líquido se transformar numa água choca. E Paul prosseguia naquela canção monótona.

No one will be watching us.

Why don’t we do it in the road?

 

Ninguém vai estar a observar-nos.

Porque não o fazemos na estrada?

A voz de Paul modulou-se em graves e agudos, como se quisesse experimentar as cordas vocais em vários tons, como se quisesse apurar qual a melhor afinação para aquele refrão que dizia apenas aquilo. Mais nada. Seco como o solo do deserto, estéril como aquele panorama que suportava temperaturas extremas.

Why dont’t we do it in the road?

 

Porque não o fazemos na estrada?

E, de repente, terminou. Paul estendeu um braço e pediu as suas duas cervejas.

George disse, depois de empurrar o último bocado de dónute com o último gole de cerveja da segunda lata:

— É boa! Também gostei dessa. Com uma boa guitarra fica espetacular. Como um mantra, uma frase que se repete infinitamente, que nos leva por esta estrada fora.

— Muito profundo! – disse Ringo, soltando um breve assobio.

O sinal verde plantado à beira da estrada, inclinado devido aos ventos fortes do deserto, descorado por causa do sol abrasador, indicava que faltavam duas milhas até ao posto fronteiriço. Nas letras pequenas havia uma pequena frase que informava os viajantes que preparassem os seus documentos de identificação. Ringo escondeu o saco do dinheiro debaixo do assento dianteiro, empurrou-o com os pés. George juntou os dois cartões, o dele e o de Paul, combinou com John a melhor maneira de aplicar o plano definido por este, ou seja, como entregar, receber e devolver o par de cartões, fazendo-o duas vezes, sem que o guarda se apercebesse que eram os mesmos. Ringo iria entrar no pequeno teatro e Paul faria um gesto que distrairia o homem que os estaria a fiscalizar. Haveria alguém que iria verificar o porta-bagagens onde tinham as guitarras, ou talvez nem isso. Nem sabiam se aquilo iria correr bem, mas não matutavam nas possibilidades adversas. Já tinham percebido que conseguiam desenvencilhar-se em ambientes complicados que obrigava a usar a imaginação e o saldo era a seu favor, claramente. Não se sentiam nervosos, tensos ou preocupados.

E aquilo correu muitíssimo bem!

No posto fronteiriço estava um homem dos seus cinquenta anos, demasiado entediado para prestar o seu serviço com os requisitos mínimos de eficiência e de brio profissional. Era calvo e anafado, as pregas de gordura na nuca estavam luzidias do suor, todo ele brilhava por causa da transpiração abundante. Recebeu os dois cartões com uma indolência pegajosa. Deitou uma breve olhadela ao interior do carro, conferiu a informação identificativa, devolveu os cartões e pediu os outros dois, ao mesmo tempo que lhes perguntava o motivo por que regressavam ao país mastigando as palavras. John respondeu, com todo o à-vontade, que tinham ido tocar música nas festas religiosas de Viejos. Se quisessem, podiam conferir os instrumentos musicais que estavam no porta-bagagens. E com todo este palavreado, o homem recebeu o segundo par de cartões, murmurou um “hum” que significava que não se importava com o que eles tinham ido fazer, que não iria conferir nada pois estava muito bem onde estava, muito obrigado, ou que também podia significar que acreditava nas suas declarações e que julgava que não havia nada para conferir. Cidadãos nacionais que regressavam ao seu país de origem, tudo em ordem. Demorou-se no segundo par de cartões o mesmo tempo que se demorou no primeiro, nada encontrou de extraordinário. Os rapazes tinham puxado as respetivas franjas para a testa e olhavam a cabina da alfândega de baixo para cima, numa expressão atravessada e angulosa que mostrava mais nariz do que queixo, num rosto a três quartos para esbater as possíveis diferenças, para que Paul fosse ele próprio e John, para que George fosse ele próprio e Ringo. Ou Paul que fosse Ringo e George que fosse John…

Nada a assinalar, receberam ordem de marcha e entraram no país.

O Cadillac branco rolava na estrada, horizonte sempre em frente.

Gargalharam divertidos com a facilidade de tudo aquilo. Paul repetiu a sua canção de um único verso, com mais vigor e alegria, John e George fizeram coro com ele, Ringo assumiu a batida com as suas baquetas indomáveis. Porque não o fazemos na estrada?

Um novo sinal verde, poucas milhas após a fronteira, indicava-lhes qual a distância que faltava até à cidade.

— Cinquenta milhas e estamos a começar uma nova vida! – anunciou John ufano. – Vamos poder ter um cantinho para nos refugiarmos, descansar e pensar com mais calma no que iremos fazer. Escondemos o dinheiro, entramos em contacto com os que nos são próximos e controlamos a busca da polícia. Em breve, as coisas vão se acalmar e pronto, podemos gastar a nossa fortuna e sermos pequenos reis. Entretanto, fundamos uma banda e vamos atuar todas as noites. Conhecer miúdas e tocar rock ‘n roll. Esse é o paraíso para mim!

Os outros três aquiesceram, acrescentando detalhes sobre o que cada um queria para si. Uma bateria, lembrou-se Ringo. Um restaurante fino para ir jantar, indicou George. E que tal um trabalho diurno respeitável, perguntou Paul. Riram-se descontraídos, felizes, esperançosos.

Quando faltavam vinte milhas para a cidade apanharam uma autoestrada movimentada. A condução de John foi mais cuidadosa, não desejavam chamar a atenção de ninguém naquele lugar impecável e por estrear. Nada de multas de trânsito, nada de passos em falso. A sua ficha era limpa e continuaria limpa por muito tempo, assim resolveram.

A cidade apresentou-se faiscante, bela e irreal como num cenário desenhado digitalmente para um filme. Enormes arranha-céus, prédios espelhados, a mancha verde de um parque para a esquerda, uma faixa azul a indicar o mar e uma costa. Casas mais baixas para a direita, que escalavam uma elevação de terreno onde existiam pinheiros entre as construções simpáticas que formavam os bairros habitacionais. Calaram-se inopinadamente, a contemplar o novo lugar onde teriam um outro lar, construído de raiz. Perfeito, sem qualquer erro do passado. A não ser aquele percalço do assalto, mas na verdade nenhum deles pensava nisso naquele momento de contemplação embevecida.

Decidiram fazer uma pausa e beber um café, um lanche com pão e queijo, uma pequena refeição quente que lhes confortasse o estômago, algo substancial que não fosse apenas açúcar e cerveja.

Tomaram a primeira avenida que se lhes apresentou, após penetrarem no perímetro urbanizado da cidade. Rolaram alguns metros, admiraram as lojas bem arranjadas com vitrinas apelativas e coloridas. Descobriram um toldo e um grande letreiro que anunciava o que eles queriam e estacionaram o Cadillac num lugar que ficava próximo. Apearam-se, caminharam um pouco espreguiçando-se e esticando as pernas entorpecidas da longa viagem, comentando como o clima estava agradável.

Entraram na cafetaria. Era arejada e fresca por causa do ar condicionado, lá dentro cheirava a café, a chocolate, a queijo derretido e a carne grelhada. George aspirou deliciado esses perfumes. Ringo concordou com o companheiro, o aroma era divinal. John indicou uma das mesas que se encostavam à grande montra, servidas por cadeiras listadas de verde e branco de costas coladas, como assentos de comboio. Paul adiantou-se e, de repente, estacou.

Reconheceu a mulher que se sentava na mesa imediatamente anterior àquela que eles tinham escolhido e que estava desocupada.

— Margaret!


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Notas finais do capítulo

Aconteceu muita coisa em mais um capítulo desta história!
Os rapazes cantaram - e pela primeira vez não vos posso apresentar a ligação desta canção monótona mas incrivelmente rockeira por não existir no YouTube, Why Don't We Do It in the Road, do álbum The Beatles, conhecido por álbum branco devido à sua capa despida - imaginaram um esquema e passaram a fronteira sem que nada lhes acontecesse, regressaram ao seu país, entraram numa nova cidade cheios de esperança e reencontraram... a Margaret!
Será que as coisas irão melhorar?

Próximo capítulo:
Amiga.