Na Minha Vida escrita por André Tornado


Capítulo 17
Evasão do pesadelo


Notas iniciais do capítulo

No capítulo anterior:
George e Ringo são a apresentação especial da festa que acontece na tribo que vive na ilha e estão cheios de medo. John e Paul, que assistem à provação dos dois amigos, decidem ir salvá-los.



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O apogeu da celebração chegava e todos sabiam disso.

O curandeiro calou a sua ladainha e ficou, simplesmente, com os braços levantados, mãos de dedos esticados e abertos em direção ao alto. A pose era dramática, majestosa, magnífica, intimidante. O homem religioso estava de costas para os postes onde se atavam as oferendas divinas e apelava naquele silêncio à complacência dos deuses que estavam ali a homenagear.

Um som cavo surgiu, um único bombo a ser tocado numa cadência precisa, controlada, constante, um apelo mínimo como o bater de um coração, a vida a ser ilustrada por esse batuque teimoso.

Ringo e George sentiram-se incrivelmente desamparados.

Num giro teatral, o curandeiro voltou-se para eles que se empertigaram, nervosos. Ainda não tinham visto o curandeiro de frente, nem tão próximo que lhes fosse possível ler as expressões faciais daquele homem sagrado que todos na tribo respeitavam com uma reverência muda e fanática. Faziam-no agora. Viam o curandeiro de frente. Era alguém desagradável, antipático, impaciente, de olhos amarelos e boca torcida numa permanente careta de desagrado, desprovida de lábios, um simples traço rasgado na face. Usava pinturas coloridas na cara enrugada e seca, ao contrário dos outros que usavam decorações brancas na pele, que combinavam com as penas de pássaro que se penduravam numa fita que lhe cingia a fronte, como um diadema. Ringo e George experimentaram terror e descrença. Por fim o desfecho temido iria acontecer.

Um rapaz adolescente, daqueles que tinham usado as pederneiras para acender o fogo, acercou-se do curandeiro, de costas dobradas em reverência e entregou-lhe uma malga de barro e uma faca. Este recebeu os objetos sem sequer olhar para o rapaz ou fazer qualquer gesto de reconhecimento. Beijou o gume da faca, baixou-a sobre a malga e sobre esta desenhou algumas linhas imaginárias, a cortar algo invisível. Murmurava sem parar e, de passos lentos, acercou-se dos postes.

Alguém avivou as chamas com curtas aspersões de gordura. Um contrassenso se não queriam esturricar o que iriam assar, mas nada do que se estava a passar ali pertencia à classificação de questão ajuizada, ponderada, civilizada. Era tudo uma enorme loucura, impensável até para a National Geographic Society. Numa ilha deserta habitava uma tribo hostil de canibais que assim que deitavam a mão a forasteiros… ofereciam-nos aos deuses para que fossem devorados, com requintes de malvadez.

Os tambores recomeçaram a sua música ritual, com mais fervor. Os aldeões entraram em polvorosa, gritando, agitando os braços. Todos, as mulheres e as crianças, os jovens adultos, homens e mulheres, o chefe e os seus guerreiros, todos menos os anciãos que estavam imunes ao encantamento do festim devido à sua provecta idade e à sua indiferença derivada porventura da experiência.

O curandeiro dirigia-se lentamente para os postes. Tinha a malga de barro na mão esquerda, a faca na mão direita. Os passos pisavam o solo do terreiro com uma precisão cerimonial que não conseguiria ser imitada por mais ninguém. George engoliu em seco e encostou-se ao seu poste para poder escapar-se daquela presença opressiva. Os olhos amarelos desse sacerdote maligno não o olhavam, particularmente, nem sequer fixavam Ringo. Estavam dirigidos para um ponto longínquo situado entre os postes. Desprezava os sacrificados por serem inferiores à sua condição de homem santo, iria usá-los com um propósito e não os via dignos da sua atenção.

Num arrebate de lucidez, no centro daquele vendaval de fanatismo, George percebeu para que iria servir a malga e a faca. O seu corpo gelou, deixou de sentir as extremidades dos dedos das mãos e dos pés. O coração subiu até à garganta e batia aí, estrangulando-o.

O curandeiro voltou-se para Ringo e parou.

Eles não iriam ser assados diretamente na fogueira. Antes…

George estava zonzo só de pensar aquilo.

Antes iriam ser sangrados e o seu sangue oferecido aos deuses esquisitos da tribo. Pelo menos não sofreriam com o fogo e rezava para que o golpe fosse preciso para que não demorasse demasiado tempo, para que o fim fosse rápido e indolor.

Não pode ser que vá acabar assim…, pensou sem qualquer esperança.

Olhou para o companheiro.

Desejou ter tido mais tempo para que pudessem voltar a tocar juntos. Tinha gostado de tocar guitarra ao lado de Ringo que fazia soar a sua bateria com alegria, paixão e mestria. Tinha gostado de tocar guitarra ao lado de John e de Paul. Tinha gostado de ouvir as músicas originais de John e de Paul, eram excelentes compositores, com ideias únicas que tinham aquela marca especial do sucesso. Bastava gravar qualquer uma das suas canções e chegariam ao topo das principais listas musicais. Ele também tinha algumas canções suas. Agora, ninguém saberia desse seu segredo, nem do seu talento.

Olhou para o companheiro e disse-lhe:

— Tem calma. Pensa em coisas felizes.

Ringo semicerrou os olhos, gemeu e soluçou.

— Eu farei o mesmo, amigo – prosseguiu George para lhe dar alento. – Eu vou pensar em coisas felizes.

O curandeiro ergueu a faca.

Um urro cortou o ar, soou acima do rufar dos tambores, soou acima de qualquer ruído que enchia o terreiro, soou acima da floresta e do mundo. Um bramido selvático e zangado que se sobrepunha com autoridade à celebração, que exigia reconhecimento e também veneração. O poder escorreu daquele som bestial.

Existia uma pedra colocada entre dois aglomerados de cabanas, uma rocha grande e negra, achatada no cimo, que exibia oferendas na base. Era descomunal e não parecia que tinha sido arrastada para ali, parecia que sempre tinha estado naquele lugar, desde que rolara de algum desmoronamento. A aldeia talvez se tivesse erguido por causa daquele marco geográfico único, um sinal de que aquele era um bom sítio para pessoas habitarem e fazerem as suas vidas. A partir dessa pedra tinha-se uma excelente visão do terreiro e foi sobre esta que surgiu uma figura enlameada, com folhas, ramos e penas colados a essa pasta peganhenta que lhe cobria o corpo retorcido numa posição assanhada. O berro tinha partido dessa figura que agora bufava e resfolegava.

Os tambores calaram-se e os aldeões encolheram-se temerosos. Voltavam-se para o curandeiro à espera que ele lhes desse indicações de como deveriam reagir perante aquela criatura que tinha surgido sobre o altar sagrado da tribo, a pedra consagrada aos deuses que estavam, naquele preciso momento, a honrar. Era um portento que não podiam ignorar. A expetativa que perpassava por todos adensou o ambiente já de si pesado e húmido. O fogo estralejou e algumas faíscas explodiram no ar.

A cabeça de George tinha-se voltado para a direita, na direção da pedra, assim que escutou o urro. Ringo, envolvido com o seu sacrifício iminente, estava petrificado num esgar, à espera de sentir a faca na sua jugular. Mas George reconheceu a misteriosa figura e gritou de alegria.

— John!!

Ringo ofegou.

— John?...

E também olhou para a pedra.

O medo não lhes estava a pregar partidas e eles não estavam a alucinar. Não, era mesmo John Lennon que grunhia e fungava sobre a pedra, sujo da cabeça aos pés, coberto com uma pasta onde se misturava terra, água, restos de plantas e de animais. Até um pequeno osso tinha encontrado no chão daquela floresta e atravessara no cabelo.

A esperança insuflou-se dentro de George e de Ringo, aquecendo-lhes o sangue, ressuscitando os seus pobres espíritos que feneciam. Eles não estavam esquecidos!

Admirado com a interrupção e furioso com a falta de respeito demonstrada por aquela criatura que ousava pisar a pedra sagrada, o altar que dedicavam aos magníficos mistérios do mundo, o curandeiro foi até à pedra, com passadas resolutas para demonstrar toda a sua indignação. O chefe abandonou o seu lugar importante, os guerreiros acompanharam-no, de seguida foram os rapazes, as mulheres e as crianças, até os anciãos acharam que aquele evento merecia mais a sua atenção do que o banquete e levantaram-se dos seus bancos.

John Lennon prosseguia na sua atuação histriónica. Movia-se como um boneco desajustado, emitia barulhos como um demente sem controlo nas suas cordas vocais. Rosnadelas, uivos, berros. Estalos com a língua e assobios. Patadas que caíam pesadas sobre a pedra. A tribo a contemplá-lo encolhia-se sempre que ele simulava que iria investir sobre eles, saltando do cimo da rocha, para voar como um pássaro sobre o terreiro. À frente da multidão estava o curandeiro, a apertar o cabo da faca com força, de dentes cerrados. Decidia-se sobre que avaliação fazer e se hesitava era porque estava na dúvida se estaria perante um ser divino. Não queria enganar-se numa questão tão sensível, relacionada com a sua religiosidade e, no fundo, com a sua reputação de sacerdote e homem versado no oculto e nas forças da Natureza.

George sentiu um puxão nas cordas que o manietavam e soltou um grito sufocado. Ringo tentava soltar-se movimentando os pulsos, mas parou de se mexer assim que percebeu que alguém estava atrás dos postes.

— Chiu! – pediu Paul agachado.

Ringo engasgou-se. Emocionado, murmurou:

— Paul?

— Sim, sou eu. Estejam quietos, tenho de ser rápido para soltar-vos enquanto o John está a fazer aquela macacada toda para atrair a atenção dos canibais.

— De quem foi a ideia? – arquejou George ansioso.

— Dele, pois claro. Acho o plano completamente estúpido e perigoso, mas não tinha nenhum melhor.

Ao pescoço, pendurado pelos cordões, Paul tinha o saco de dinheiro, para poder ter as mãos livres que usava para desatar os nós. A corda de George abriu a folga suficiente para ele soltar os braços e quando ia afastar-se do poste, Paul fê-lo encostar-se novamente.

— Não! Continua onde estás – pediu. – Saímos todos juntos, a correr, depois de eu soltar o Ringo. Se alguém nota que não estás na tua posição, vão desconfiar.

— Sim, sim – concordou Ringo. Expôs os pulsos atados. – Ajuda-me, depressa!

Sem dizer palavra, Paul começou a trabalhar nos nós que prendiam o baterista.

A expetativa era enorme, a tensão mais elevada do que quando troavam os tambores. Os corações dos aldeões, que antes tinham estado alegres e exultantes por causa da festa, na antecipação de um bom repasto concedido pelos deuses, batiam naquele momento angustiados devido à preocupação de que algum preceito falhara ou esses mesmos deuses não teriam enviado um dos deles para avisá-los. A criatura em cima da pedra rangia agora os dentes, dando pequenos arranques como se fosse saltar. As mulheres guinchavam, agarrando-se aos pequenos, os velhotes franziam as sobrancelhas.

O curandeiro sabia que ele precisava de quebrar aquele mistério que enchia os seus seguidores de dúvidas. Olhou para o céu e viu um bando de pássaros passar. Sorriu com malícia.

Ringo impacientou-se.

— Então?

Paul limpou o suor da testa com o braço.

— As tuas cordas… têm os nós mais apertados. Espera, está quase.

— Despacha-te, por favor!

— Sim, despacha-te – pediu também George.

— Porque é que te ataram melhor? – perguntou Paul a raspar a corda com as unhas para encontrar uma folga onde enfiasse um dedo.

— Ele é que andou demasiado agitado e deve ter apertado esse laço.

— Queria fugir! – explicou Ringo numa lamúria.

— Chiu, vocês os dois! Não quero que ninguém olhe para cá! – exigiu Paul.

O curandeiro elevou a faca que ainda segurava na mão direita. Desenhou um círculo no ar, inspirou profundamente e fez uma curta declaração no seu dialeto. Quatro, cinco, sete palavras. Uma afirmação inequívoca, um comando. A voz era grossa, possante, dominadora. Houve um curto instante em suspensão, para que as palavras acamassem, para que a mensagem se instalasse e fosse compreendida em toda a sua dimensão. A apreciação do curandeiro era lei, sempre que ele se predispunha, do alto da sua posição venerada, a assistir a tribo com a sua sabedoria. Tudo o que ele dizia, cumpria-se.

Sobre a pedra, na sua posição animalesca e ameaçadora, John susteve a respiração. Os seus olhos abriram-se, brancos, uma alvura alarmada no meio da escuridão que o cobria.

Os guerreiros soltaram um grito de guerra, elevando as suas lanças. John endireitou as costas, compreendendo que o seu disfarce acabava de ser destruído pelo curandeiro que o avaliara como uma falsidade. A mole humana atrás desse sacerdote contraiu-se escandalizada e amedrontada com o desfecho imprevisível. Tinham-no como um verdadeiro deus, convocado pela sua piedade naquele dia em que iam fazer a mais elevada das dádivas à eloquente memória sobrenatural.

No entanto, aquela criatura poderosa e invocativa não era um deus… A deceção era mortal para aquelas gentes que se tornaram mais permeáveis às ordens do curandeiro. O chefe exigia respeito e o povo exigia retribuição.

John saltou da pedra abaixo e desatou a correr pelo meio das casas da aldeia. Os guerreiros, impulsionados pela ordem do curandeiro, pela exigência dos aldeões que se enfureciam, saltaram igualmente atrás do falso deus, com a sanha de lobos esfaimados e começaram a persegui-lo para capturá-lo.

— Já está! – anunciou Paul triunfante.

Ringo ergueu os pulsos à altura dos olhos, comprovou que estava livre do poste que o fixava naquele sítio horrível, abriu a boca num sorriso espontâneo. Paul, que estivera a operar agachado, levantou-se. George puxou pela blusa de Ringo. Nisto, paralisaram.

O curandeiro, resolvida a pendência com a imitação de deus que tinha perturbado indecentemente a tribo numa hora festiva, confiava que os guerreiros em breve trariam o maldito impostor à sua presença e à presença do chefe para que pagasse com a vida aquela ousadia, regressava ao terreiro, com toda a gente a segui-lo.

As fogueiras ardiam, a madeira chiava à medida que ardia.

Os dois sacrificados… estavam soltos dos postes. E havia um terceiro homem branco, suado e afogueado, que deveria ter sido o autor do sacrilégio de libertar o par que iria ser oferecido aos deuses da tribo.

Mais uma vez a trupe de aldeões ficou atónita com o que sucedia naquele dia extraordinário. Mais do que indignação havia um terror opaco que os fez estacar, encolhidos como um bando assustado de patéticos supersticiosos, sem poderem mover-se.

E mais uma vez foi o curandeiro que conseguiu raciocinar friamente perante a enormidade dos acontecimentos que afligia os seus conterrâneos crédulos e infantis. Cerrou os dentes, os seus globos oculares injetaram-se de sangue e parecia que iriam saltar das órbitas. A cabeça afundou-se no pescoço, os ombros subiram e o velho sacerdote déspota encurvou-se como um animal perigoso. Rosnou, arrebitando os cantos da boca que revelaram as gengivas escuras e os dentes amarelos. Numa mão apertava o cabo da faca, na outra, a malga de barro.

Os três, Ringo, George e Paul, juntaram-se, recuando um passo.

Então, na audiência muda, uma criança desatou a chorar. A mãe agarrou-se ao pequeno que quebrava, de uma forma vergonhosa, a ansiedade que envolvia o terreiro, abraçou-se ao filho e também chorou, em silêncio, lágrimas a deslizar pelas faces magras. As outras mulheres rodearam-na para protegê-la da ira do curandeiro, mas este focava todos os seus sentidos, toda a sua raiva, todo o seu desdém nos dois prisioneiros e no infeliz que os tinha desamarrado.

A faca tremia-lhe na mão quando ele levantou o braço e apontou, regougando e bufando como o ímpio enlameado que tinha acabado de expulsar da pedra sagrada da aldeia. Estava tão furioso que a bílis lhe subia do fígado para encher-lhe a boca de fel. Queria-os todos castigados, queria-os todos mortos. Seria a sua mão que imporia essa sentença e fá-lo-ia com prazer. Haveria de saborear aqueles quatro corações com um deleite pecaminoso, lambuzando-se e rindo-se.

— Oh… oh… Acho que já nos descobriram… – disse George trémulo, recuando outro passo, puxando Ringo consigo pois ainda não largara a blusa deste.

Paul olhou para os dois companheiros, olhou para trás, para o caminho de onde viera. Estava desimpedido. Tinham de ser rápidos e tinham de vencer o medo que sentiam.

O curandeiro gritou um segundo comando. As palavras vieram ferinas, contundentes, irrevogáveis, imbuídas de uma ira nunca antes presenciada. O chefe enrijou-se, apertou o cajado que indicava a sua posição de líder. Sentiu-se ínfimo diante da cólera ferida do sacerdote.

Uma exclamação assombrada cruzou a multidão. Apareceram outros choros, infantes que não aguentaram a pressão da cena, a instabilidade que fazia vacilar os mais velhos e eles não viam onde se podiam apoiar para ultrapassar o que estavam a presenciar e que os amedrontava. Todos dominados pelo sobressalto e pela surpresa. Aldeões e forasteiros, a festa estragada. As fogueiras continuavam a arder, um testemunho solitário de uma celebração que terminara antes de principiar.

Um clamor elevou-se das traseiras da pequena multidão. Pontas de lanças surgiram entre as cabeças rebrilhando ao sol que, num lampejo, penetrou naquele reduto, atingindo o terreiro com os seus raios quentes e calmos.

Calmaria, contudo, era o que não existia.

Agarrados às lanças vinham guerreiros, rapazes que se juntavam aos guerreiros. Gritos, adrenalina, obediência à ordem do curandeiro, aos desejos do chefe. A tribo queria comer num banquete, a tribo fora enganada.

— Corram! – ordenou Paul e desatou a fugir.

George e Ringo foram atrás dele e em breve os três rapazes corriam pela floresta como coelhos assustados, impulsionando as pernas até ao limite das suas pobres forças.


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Notas finais do capítulo

O louco, louco e destemido John resolveu-se a enfrentar uma tribo inteira, com aquele terrível curandeiro à frente da multidão, para que Paul pudesse libertar George e Ringo dos postes onde estavam atados.
Agora é correr, rapazes!
Será que vão conseguir fugir da tribo enfurecida ou serão novamente capturados?

Próximo capítulo:
Fugir pela vida.