Três em um escrita por Mente suicida


Capítulo 6
De volta às festas


Notas iniciais do capítulo

Gente, conheçam Augusto. Esse é um dos principais personagens para levar o rumo da história para outro lado. Leiam e guardem bem esse nome.

*AGUARDEM PARA OS PRÓXIMOS CAPÍTULOS*



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Depois de um começo turbulento, parecia que estávamos indo bem. Mas existia um grande problema: Bianca queria muito sair comigo, mas ela tinha medo, pois não sabia andar sozinha. Por esse motivo, queria que Gustavo sempre fosse conosco. Logo, eu rebatia, pois não tinha lógica alguma e devido a isso, a gente nunca conseguira sair. O máximo que a gente fazia era se ver poucos minutos na empresa. Eu me incomodava com tudo isso, pois era tudo tão bom, mas eu queria mais. Queria poder fazer sexo com aquela menina como um casal normal do século XXI. Porém, em uma de nossas conversas, ela me disse que era virgem e consequentemente sentia um certo medo.  

De certa forma eu respeitei, pelo fato dela ser muito mimada e criada em um meio religioso. Mesmo assim, como um machista a moda antiga, aquilo era uma grande vontade minha. Eu estava mudando, mas não era tanto, pois tinha "necessidades"...

Eu havia recebido meu primeiro salário. Era uma sexta-feira e eu tinha prometido aos meus "amigos" que após receber o primeiro salário, pagaria bebidas e drogas em uma noite. Parecia que eles tinham adivinhado e não pararam de me ligar naquele dia. Um deles eu atendi e após muita insistência, combinei de ir para o mesmo lugar de sempre, o "cativeiro".

A ansiedade tomava conta de mim. Foi então que o expediente acabou e eu corri para o local. Ao chegar, realmente parecia uma festa. Mulheres, bebidas e drogas tomavam conta do lugar. Eu cheguei, sentei naquele velho sofá rabugento de sempre, ao lado de três amigos. A cocaína já estava pronta em um prato. Então peguei uma nota de 100 reais, enrolei e ingeri a primeira "carreira do pó". Quando todos viram a nota de 100 reais comigo, gritaram, aplaudiram e falaram:

— HOJE É TUDO POR CONTA DE MIGUEEEEL.

Aquelas palavras me deram incentivos para continuar aproveitado a noite. Bianca não parava de me ligar, e eu simplesmente desliguei o celular. A noite só estava começando. Duas garotas se aproximaram, as bebidas começaram a chegar em grande quantidade. Dois amigos pagaram suas motos e foram atrás de mais drogas.

Eu não parava de ingerir drogas e bebidas. Estava fumando um cigarro atrás do outro. O dia já estava amanhecendo, algumas pessoas já tinha ido embora, outros estavam dormindo e havia alguns transando nos quartos disponíveis. Foi então que decidi fazer o mesmo. Convidei uma das garotas que me deram mole a noite toda e fui para o quarto.

No dia seguinte, ainda sobre o efeito de drogas, acordei e liguei o celular. Havia diversas ligações de Bianca, então liguei para ela. Mas terminamos brigando novamente. Então voltei para mais um dia de festa. Já estava no segundo dia, eu já não estava aguentando tudo aquilo e resolvi ir para casa. Ao chegar, minha mãe me recebeu com reclamações:

— Eu não acredito que você está voltando a fazer aquelas coisas, Miguel. Você tinha me prometido que iria parar. Por favor, pareee. – Minha mãe chorando, implorou. Após me ver naquele estado.

— Ah, mãe. Eu estava precisando, tinha muito tempo que não fazia isso. Agora ver se não enche meu saco, que eu quero dormir...

Na segunda-feira, em mais um dia trabalho, encontrei Bianca e Gustavo juntos. Dessa vez, o Gustavo sorriu para mim, apertou minha mão e perguntou se eu estava bem. Aquilo tudo era super novo. "Será que ele está começando a gostar de mim?" – Esse era um pensamento de um idiota cheio de esperanças. – Ainda estava cheio de dúvidas, de fato eu não entendia, então falei com Bianca e entrei. Parecia que estava tudo muito bem.

Durante a semana, meus amigos não paravam de me ligar novamente, pois no fim de semana haveria o carnaval fora de época e precisávamos brincar como sempre fizemos.

Ao chegar o próximo final de semana, eu sair de trabalho e fui encontrar as mesmas pessoas da festa anterior. Em uma noite de sexta-feira, aconteceria o bloco de rua, onde anunciava o começo desse grande evento em minha cidade. Eu mais uma vez, estava lá com outros 5 amigos. Eu não conseguia ver nada corretamente naquela multidão, mas de longe pude ver uma ex ficante. Como ela conhecia todos meus amigos, decidimos ficar todos juntos. Porém, ela estava acompanhada de um amigo gay e durante toda a noite esse garoto ficou me olhando e eu como um drogado sem ter consciência de nada e com dificuldade para enxergar, não percebi a forma com que ele me olhava.. Na minha percepção, eu não estava com nenhuma intenção, pelo contrário, o olhar frequente dele me incomodava e eu retribuir o olhar por está incomodado. Mas talvez, meus olhares estavam sendo interpretado de outra forma por ele.

Após um dias, ainda comemorando o carnaval fora de época, fui com os mesmos amigos para um show gratuito que todos os anos acontece na minha cidade. Um show com uma grande estrutura, onde arrasta multidões devido as atrações que são apresentadas. Entre as idas e vindas de tanta gente, me esbarrei com o mesmo garoto de dois dias atrás. Dessa vez, eu estava apenas sob efeito de bebidas alcoólicas e pude observar ele melhor. Consequentemente, eu passei cerca de 30 segundos o observando, até ele se perder na meio de toda aquela gente. 

No dia seguinte, ao amanhecer e na volta para casa, eu estava no ponto do ônibus e mais uma vez esbarrei com o mesmo garoto. - Parecia que eu ou ele estava combinando, pois eu sabia que ele morava perto, sabia seu nome, sabia que nós dois tinham amigos em comum, sabia que já tinha estudado na mesma escola. Porém, sempre foi raro me encontrar com ele com tanta freqüência.

Ao chegar em casa, recebo uma mensagem em uma rede social. É Augusto, esse mesmo. O garoto gay...


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Notas finais do capítulo

Temos novidades. Verifiquem no aviso inicial.

Obrigado pelo carinho e até a próxima!



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