Socorristas escrita por BlueBlack


Capítulo 40
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Eu sou Imune.

 Era o pensamento que eu repetia sempre antes de dormir e sempre ao acordar. Era um consolo. Meu tempo no CRUEL não duraria muito mais, eu podia sentir, mas, ainda assim, eu estava ali, confinada na sala mais silenciosa do mundo. Literalmente. Recebia comida três vezes ao dia, a mesma da primeira vez, exercitava-me da melhor maneira possível e procurava formas de passar o tempo. O tédio me revelou um esporte preferido novo (menos maluco que escalar muros por heras), e eu tinha quase certeza de que estava me sentindo melhor que os outros Clareanos, qualquer que fosse o lugar em que estavam.

 Tudo que eu precisava refletir e planejar já estava formulado. Ou assim eu pensava. De qualquer modo, eu me sentia relativamente bem. Conversava mentalmente com o universo sobre o tempo que eu precisava esperar. Eu podia estar pior. Certamente a recuperação das memórias era outra Variável e até mesmo eu achava que estava respondendo bem.

 Eu precisava responder bem.

 A ideia que rondava minha cabeça como um diabrete parecia querer falar comigo, discutir, debater, resolver. Mas eu a ignorava por eu ser cabeça dura e, no fundo, também por insegurança. Depois de tudo, esperança era o meu maior medo; não era o CRUEL em si nem tudo que obviamente me amedrontava. Deparar-me com uma possível solução e confiar nela, compartilha-la com outras pessoas e envolve-las nisso era o meu medo. O CRUEL havia feito isso. Eu sabia: já tinha aprendido com os erros deles e tinha conhecimento do que não fazer. Ou seja, amadurecer aquela ideia devia ser a atitude mais imediata. Mas eu adiava. Ela era como aquele amigo chato, que perturba o dia inteiro, mas você não abre mão. Quase comecei a chama-la de Chuck.  

 Newt sempre me vinha à mente após ser atormentada por essa ideia. Não deveria haver dúvidas sobre tentá-la ou não, considerando o estado dele, mas, mesmo assim, eu hesitava, como se algo dentro de mim sugerisse que eu permanecesse racional, sem a interferência das emoções. Meu novo esporte era o suficiente para eu descarregar tudo que sentia em relação a não imunidade dele, e isso me mostrava o quão centrada eu estava. É claro, chorar doía menos que socar o acolchoado que cobria o interruptor, mas também não expressava o que eu realmente sentia. Estava triste, óbvio, por inúmeras coisas, mas teria tempo para usar isso depois. Eu preferia pensar assim, até porque sentia que a mudança ocorrida na minha vida após a perda de memória jamais deixaria de ser uma tormenta.

 Aquela Jordan antes do Dissipador parecia ter existido há séculos. Eu era orgulhosa dela, de certa forma, mas havia ficado para trás. Eu não sabia explicar, mas nenhuma razão que se considerasse lógica era plausível o suficiente para eu deixar de sentir o que sentia por Newt, ou simplesmente ver Gally com outros olhos. Eu não conseguia e nem achava certo. Nenhum de nós que passasse pelo efeito da máscara esquisita largaria completamente o que viveu no Labirinto e no Deserto. Fomos moldados outra vez pelo que passamos lá, e foi real. O Experimento fazia parte da nossa vida, gostando ou não dele. Esquecer o passado ou admitir ele era apenas questão de escolha.

 A sala em que haviam me colocado (que mais tarde descobri se chamar câmara anenoica) após o bate papo era diferente da em que acordei do Dissipador. Ainda era forrada de branco, sim, e as luzes nunca se apagavam, mas isso era o de menos. As quatro paredes, e inclusive o chão abaixo do chão transparente em que eu pisava, eram, na verdade, agrupamentos de esponjas em formato triangular, cujas pontas ficavam voltadas para o interior da sala, com espaços para separá-las e deixar qualquer som produzido soar muito mais baixo do que realmente era. Demorei alguns dias para entender o que era aquilo, de fato, mas consegui. Os baixos sons que eu fazia refletiam em direção às esponjas e entre elas, e os mais altos eram absorvidos, o que anulava qualquer eco. O espaço era relativamente grande, mas eu podia bater palmas e o som saía morto e seco, o que foi angustiante nos primeiros dias, pois me fazia ter a impressão de que estava confinada. Além disso, aquela foi a única Variável que pareceu ter algum fundamento. Devia ser perturbador para qualquer um, considerando que era possível eu ouvir o menor barulho produzido. O menor mesmo. Fiquei confusa com o sequencial “tum, tum... tum, tum...” que ouvi ao ser deixada ali, mas só podia ser as batidas de um coração, do meu coração. Caso eu me recolhesse para um canto e prestasse bastante atenção, poderia sentir meu corpo vibrar com as batidas e ouvir o sangue fluindo pelo meu corpo; era um som parecido com um zumbido e uma pulsação ao mesmo tempo. Todo fluido na minha boca e na minha garganta era perfeitamente audível também; eu costumava mastigar a comida num certo ritmo e de olhos fechados, enquanto andava de um lado para o outro com calma, tentando não ficar maluca com aquilo. O farfalhar das minhas roupas era a coisa mais barulhenta de todas, sem dúvidas. Não teve um dia em que não pensei em ficar completamente despida ali dentro. Apesar de saber que estava sendo observada, a ideia era muito tentadora.

 Durante os breves exercícios físicos diários, o som das juntas dos meus ossos se esticando eram minha companhia. Antes de dormir, quando eu me deitava para procurar o sono, podia ouvir meus olhos se movendo nos globos oculares. Passei alguns dias sem dormir, no início, até que consegui me policiar para mantê-los completamente imóveis, mesmo com toda aquela luz. Eu jamais teria tanto contato com o corpo humano na minha vida, mesmo que o mundo fosse um lugar normal e eu me tornasse mesmo uma médica profissional. Precisei fazer minha própria terapia ali dentro e exercer alguns métodos precários de meditação para não perder a cabeça. Eu sempre estava a apenas um passo de distância do precipício da loucura, então não havia um dia que se passasse sem que eu tivesse meditado ou descontado minhas emoções num boxe improvisado contra o limitado espaço estofado da parede.

 Eu talvez pudesse passar o resto da minha vida dentro daquela sala, jamais decoraria a cor, o gosto, o cheiro ou a temperatura que cada som trazia. Eram inúmeros e, diferente do que ocorria com as vozes, viviam mudando. À mínima mudança no ritmo dos meus batimentos cardíacos, a sensação se transformava. Decerto, era um milagre que eu não tivesse enlouquecido.

 Estava contando meu vigésimo segundo dia dentro daquela sala, olhando para o nada do chão depois de comer e esperando algum tempo antes de me exercitar, quando a porta foi novamente aberta. Eu imaginei por um momento se aquela seria minha nova rotina: visitas daqueles caras após um período de tempo. Os guardas me viram esfregando as mãos pensativamente uma na outra e logo um deles ergueu uma seringa. Eu não lutei. Queria ver exatamente por onde eu passaria para conseguir fugir depois. Quase não foi possível, pois a cachoeira de sons que invadiu meus ouvidos foi quase arrebatadora quando me aproximei da soleira ao segui-los. Fiquei zonza e por alguns momentos tive a impressão de que todos os meus sentidos iam e vinham do meu corpo. Não sabia o que era pior: ficar na câmara ou no mundo real.

 Fui levada para conversar com a Chanceler novamente, naquela sala que possuía uma parede de vidro separando-me dela, e sua voz me irritou muito mais do que o normal. Havia médicos na escuridão atrás dela, certamente analisando meus dados enquanto ela explicava sobre a câmara e fazia perguntas a mim. Nada relevante aconteceu, a não ser o fato de haver alguém da minha idade do outro lado do vidro. Foi estranho ver uma pessoa tão diferente dos médicos e guardas, e ainda por cima desconhecida, que me fizesse sentir que era íntima. Contudo, não era como se adultos tivessem sido meus ídolos ultimamente mesmo, então a presença de um adolescente naturalmente me deixava reconfortada.

 A garota possuía cabelo curto até acima dos ombros, um pouco volumosos, o semblante inexpressivo me observando, as mãos unidas atrás de si. Eu poderia considera-la uma das médicas pelos trajes, a postura e o olhar atento. A súbita chama de esperança que senti ao vê-la foi, aos poucos, desaparecendo, deixando apenas o gosto do que devia ser vinho. Eu já tinha coisa demais com que me preocupar para me importar com uma desconhecida. Ela parecia bem arrogante até.

 Ava começou a dar encerramento à conversa e, num ímpeto, meu cérebro acionou as engrenagens, pois talvez eu precisasse aproveitar logo aquela oportunidade para fugir. Quem sabe me mantivessem na câmara anenoica por mais vinte e poucos dias?

 A porta da sala foi aberta, os guardas entraram. Eu tentei, mas não consegui deixar de cerrar os punhos, lembrando todos os socos que desferi naquele acolchoado. Agarraram-me pelos braços e começaram a me guiar para fora, pelo caminho que usamos para chegar ali. De repente, eu soube qual o corredor mais interessante para se tomar. Viramos em um. Viramos em outro. Faltavam dois. As marteladas do meu coração, que, numa época, aumentavam meu nervosismo, desta vez apenas me deixavam mais atenta. Cinco passos para o corredor. Eu respirei fundo e tencionei os músculos, pronta para correr.

 E então não consegui mover mais nada por minha conta.

 Meu corpo não me respondeu quando quis erguer o ombro para me debater. Eu continuava andando pacificamente entre os dois guardas. Tentei estacar no lugar, livrar-me deles, ao menos mover a cabeça para o lado, mas não consegui. Alguém estava me controlando. Era tudo de que eu precisava: que eles interpretassem meus pensamentos e conseguissem me impedir de tomar uma atitude. A frustração me abateu. Quando me dei conta, estava sendo deixada em outra sala branca, diferente da câmara. O guarda avisou que eu passaria uma noite numa sala comum e na manhã seguinte seria transferida para trabalhar com os Psis.

 Só o que pude fazer foi torcer para que nada desse errado na próxima vez que saísse.

— Não pergunte, não questione, apenas escute.

 Uma voz feminina e firme interrompeu meu sonho com Newt no interior do Campo-Santo, fazendo todo o cenário ao meu redor sumir e eu ficar presa num lugar escuro e cheio de nada. Eu podia sentir a presença da dona da voz, mas, de alguma forma, sabia que não poderia alcança-la.

  — Seus amigos não estão mais no complexo, Ava mentiu para você, e todos eles aqui continuarão mentindo mesmo que concorde com o plano do Experimento. Terá que confiar em mim, se quiser sair daqui. É sua única chance. Removeram sua perturbação do Dissipador e logo depois implantei, em segredo, um dispositivo que permitisse que eu me comunicasse com você dessa forma e te ajudasse. Você ainda está segura, não se preocupe. Tudo que tem feito sozinha até agora tem sido promissor, por isso gostaria que continuasse assim. Vou explicar com todos os detalhes o que você deverá fazer exatamente a partir do momento que tirarem você do quarto amanhã, então preciso que preste atenção.

 Eu estava muito bem disposta a ignorá-la completamente e tentar voltar ao meu sonho, mas senti que, se tentasse, não conseguiria, e precisaria ouvir o que ela tinha a dizer independente do que eu faria depois. Havia 99,9% de chance de ser mais uma Variável, quem sabe uma emboscada direto para o corredor da morte? Podia até mesmo ser um sonho qualquer, meu desespero representado de outra maneira. Se haviam usado até Newt para me induzirem a obedecer, não duvidava de mais nada.

 Eu estava cansada disso: cair em tudo que o CRUEL planejava para nós. Fizemos isso por meses e por nada mais que ignorância, pois sabíamos que estávamos jogando o jogo deles do mesmo jeito que queriam que fizéssemos. Caso dessa vez fosse igual e eu realmente não pudesse confiar na voz, daria o que fosse necessário para fazer meu próprio caminho para fora dali. Precisaria agir rápido.

 Assim, acordei na manhã seguinte decidida a fazer exatamente o que a voz sugerira.

 Não me sentia nem um pouco descansada quando a porta se abriu e deu passagem a dois guardas, e meu peito estava inflado como se pudesse enfrentar o mundo inteiro infestado pelo Fulgor e pelo CRUEL. Para mim, pelo menos, eu precisava fingir que estava confiante. A presença da seringa no cinto do guarda me desanimou um pouco mais, mas fiz não nota-la e ser a moça mais bem comportada que já viram. A consciência de que Ava Paige e seus Psis estavam me observando também não me fez tão bem, pois me lembrava da possibilidade do sonho não ter sido uma armação e mesmo assim eles terem acompanhado cada palavra dita.

 Fechei os olhos e respirei fundo para afastar todos esses pensamentos da minha mente, enquanto precisasse me concentrar no plano. Se era para eu me preocupar tanto assim, deveria ter feito algo antes de entrar no maldito Berg para sair do Deserto.

 Sendo segurada pelos braços por cada um dos guardas, passei por um, dois, três corredores e senti meu sangue começar a esquentar. Eu me preparara psicologicamente para fazer qualquer coisa caso a voz não cumprisse com o plano, mas ainda assim estava nervosa. O momento chegou, e quase o deixei passar. Eu me debati para me livrar das mãos dos guardas, tirando a seringa deles rapidamente e guardando comigo. As tasers na cintura deles foram acionadas e os eletrocutaram na perna, logo antes de eu sair correndo. Não levou dois segundos até que os alarmes do lugar estourassem nos meus ouvidos, obrigando-me a responder à adrenalina e ir mais rápido. Um guarda surgiu no fim de outro corredor, então estaquei e mudei a rota. Involuntariamente, um sorriso escapou dos meus lábios quando lembrei as vezes em que corri por aquele Labirinto e sobrevivi; quando todo aquele esforço e desgaste emocional se revelou útil e pude escapar do CRUEL por mais um dia. A sensação foi melhor ainda quando comecei a reconhecer os corredores pelos quais passava, onde brinquei com eles quando mais nova e os fiz perder tanto tempo tentando me controlar.

 Seria de um prazer imenso continuar pensando nisso, se não fosse pelo golpe de um corpo forte contra o meu na saída do corredor. Ouvi o zumbido da taser e senti a arma do guarda na minha perna, e bati minha cabeça contra a dele sem pensar. Só serviu para me deixar tonta e com os olhos marejados de dor. Meio às cegas, tirei a seringa da minha roupa e enfiei-a com tudo no pescoço do homem. Ainda pude sentir um leve choque na minha costela antes de me levantar e sair dali. A mudança de rota me colocara no caminho errado e cada vez mais vulnerável à quantidade de guardas. De repente, minhas pernas literalmente pararam de me obedecer e tomaram o próprio rumo, movimentando-se ainda mais rápido. Isso me confundiu, pois a voz havia dito que poderia apenas manipular o armamento dos guardas e que não poderia me ajudar diretamente enquanto fugia. Tive receio também. Se ela ainda podia me controlar...

 De qualquer forma, corredores depois, eu sabia exatamente para onde ir e estava novamente no controle.

 O plano da voz me era barbaramente estúpido, já que Ava e os Psis poderiam facilmente adivinhá-lo, mas eu ainda não havia pensado numa alternativa.

 Fiz de tudo para tirar as seringas dos guardas que surgiam e precisei evitar a luta corpo a corpo. Eles apareciam aos montes, subitamente, e não tardavam a erguer os Lança-Granadas na minha direção. Tentei carregar uma dessas armas enquanto corria quando a roubei de um deles, mas meu desespero para sair daquele lugar com o mínimo de impasses era gigantesco, então precisei contar apenas com os dias de boxe dentro daquela câmara.

 Faltavam dois andares para o estacionamento, quando finalmente me lembrei do hangar. Eu visitara aquele lugar apenas uma vez, ao ajudar Gally na reparação de um Berg, mas o caminho até lá estava bem gravado na minha mente. Mudei o plano arquitetado com a voz e tomei as escadas de serviço; empurrei a porta com violência ao alcançar o andar certo e avistei as portas duplas para o hangar no fim do corredor. Corri o mais depressa que pude e estava bem perto, quando mãos pequenas agarraram meus braços e me fizeram parar. Reconheci quem era antes de pensar em reagir.

  — Andrômeda... – sussurrei sem fôlego algum, ainda mais pelo assombro de vê-la na minha frente. Não sabia como eu sabia, mas era ela, de fato, a dona da voz, a mesma garota vestida de jaleco no meu último encontro com a Chanceler. Seu cabelo estava armado e sua respiração, descompassada.

  — Que diabos está fazendo aqui?! – ela replicou claramente irritadiça.

  — O estacionamento é estupidez, já usei aquela saída. – disse de uma vez, sabendo do pouco tempo que tínhamos.

  — Por acaso, sabe pilotar um Berg?

  — Não, mas pode me ajudar, agora que está aqui.

  — Tarde demais, já estou em muitos problemas.

  — Então não tem nada a perde...

 Um disparo veio do fim do corredor atrás dela e a granada quase a atingiu. Segurei-a pelo pulso e entrei pelas portas do hangar, mas ela conseguiu se livrar do meu aperto e me trancar ali dentro com um cartão de acesso. Andrômeda deu um sorriso ligeiro por trás das portas e, nesse instante, eu tive quase certeza de que era uma emboscada.

 Contudo, seu sorriso deu lugar à preocupação, ela passou o cartão de acesso para mim por baixo da porta e foi atingida por uma das granadas. Contive o ímpeto de me aproximar e tentar arrombar a porta. Não podia me dar o luxo. Até ali, tudo que eu sabia era que não sairia nunca se não fosse logo.

 Havia dois carros para manutenção no hangar, e não pensei duas vezes antes de começar a desencapar os fios para fazer ligação direta. A posição para isso, no entanto, me fez perceber a chave guardada debaixo do banco. Eu revirei os olhos e ouvi uma porta alternativa do local se abrir com um rangido ecoante, junto à movimentação de pelo menos dez guardas entrando com armas em posição de disparo. Liguei o carro e me senti ridícula ao me colocar atrás do volante. Não havia portas nem janelas para me defender das granadas. Afundei o pé no acelerador, o carrinho arrancou de repente, mostrando-se muito mais leve do que parecia. Chacoalhei para todos os lados enquanto tentava guiar o volante melhor, e isso foi uma vantagem, pois os guardas não pareciam ter uma boa mira. Passei por entre os Bergs, estantes e carros, fazendo ziguezague e tentando me aproximar da saída. Avistei a fenda na grande porta onde passar o cartão e comecei a rezar. Com o cartão entre os dentes e as mãos apertando o volante o máximo possível, fui ainda mais rápido para lá, ouvindo e sentindo as granadas tentando me atingir. Passei o cartão de uma vez só, quase sem diminuir a velocidade do carrinho, logo antes de um tiro certeiro do Lança-Granada destruir o dispositivo que abre a passagem. Não foi a tempo, no entanto, pois logo o estrondo da alta e pesada porta foi ouvido.

 Continuei dando voltas para longe dos guardas e me esquivando dos tiros, até que ouvi um deles gritar para alguém trancar o hangar. Imediatamente eu me voltei para a saída, a tempo de vê-la começar a se fechar. Abri mão dos ziguezagues e afundei mais o pé no acelerador. Metade do carrinho passou sem dificuldade. A porta amassou parte da armação lateral e uma granada atingiu um dos pneus traseiros. Com a velocidade em que ele girava, no entanto, ela foi destruída, e logo eu estava longe o bastante para que não pudessem fazer mais nada.


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Notas finais do capítulo

Huuumm, o que acham que rola agora? O que seria a ideia-Chuck? E que criatura é essa que brota do CRUEL como uma amiga? Será que nem todos eles são uns FDPs?
Andrômeda foi inspirada numa amiga minha (@AndromedaMessier no Wattpad) e acho que é a primeira personagem assim em que tenho tanto empenho. Creio que vão gostar do que está por vir!

Até o próximo! ♥



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