Accidentally in Love escrita por Apollo, Kess


Capítulo 8
Kisses


Notas iniciais do capítulo

Demoramos um pouquinho, mas nada muito alarmante, certo?
Enfim, outro capítulo quentinho, cheio de, como o próprio título sugere, pegações.
Veremos alguns primeiros beijos de alguns casais ♥
E veremos casais que já se pegaram se pegarem mais ainda.
Esse capítulo é enorme sim, mas mesmo assim eu acho que é o meu favorito, o que eu mais gostei de escrever.
Enfim, boa leitura, aproveitem.
Ass: Violet.



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Lily Evans

"O que você tem, todo mundo pode ter, mas o que você é... Ninguém pode ser."— A Bela e a Fera.

...

..

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Londres, Inglaterra.

Século XXI, 08:46.

Lily acordou ouvindo o toque do celular ecoar por todo o quarto. Amaldiçoando até a quinta encarnação do ser que ousara ligar para ela as 8:46 da manhã de um sábado, a ruivinha pegou o aparelho sobre a cômoda vendo um numero não registrado aparecendo na tela.

— Que é?- Perguntou rudemente enquanto esfregava os olhos em uma tentativa inútil de expulsar o sono.

— É assim que você atende uma ligação de trabalho, Mrs. Evans, tsc, tsc, estou decepcionado e ofendido— A voz irritante de James Potter se fez presente do outro lado da linha.

Você?— Sibilou a jovem sentindo o sangue ferver- James, o que diabos você está fazendo? Sabe que horas são?

— Sei sim, eu tenho relógio, sabia?

— Ah, é? Então já que você não usa ele de forma correta enfia ele no seu-

— Olha a boca, Lilyzinha, não é assim que você trata seu chefe.

— Você não é meu chefe, seu arrogante prepotente.

Tecnicamente sou sim, Lily flor. Agora dá para parar de me elogiar enquanto eu tento ser profissional e falar sobre assuntos de trabalho com você? Sério, isso está ficando embaraçoso.

— O sarcasmo é a forma que você encontrou para não demonstrar que meus comentários totalmente verdadeiros feriram gravemente seu ego? Pois não está funcionando.

Você estava certa, sabe— James soltou de uma vez, como se estivesse se livrando de um peso.

Sentindo a tensão dele, Lily respondeu:

— Eu geralmente estou- Brincou a garota- Sobre o que exatamente?- Perguntou com a voz suave.

Sobre eu ter medo do meu pai. Você tinha razão.

Lily ficou em silêncio, sem saber exatamente o que dizer. Nunca fora muito boa consolando pessoas, essa era a área do Frank ou da Dorcas. Normalmente era boa em por as pessoas para baixo, mas, por alguma razão, não queria deixar James triste ou desamparado.

— Isso me deixa meio receosa de perguntar para seu pai se ele quer café ou chá, ele não vai jogar a xícara em mim, não é?

James soltou uma sonora gargalhada antes de responder.

Não se preocupe, desde que você não coloque açúcar ou adoçante não correrá perigo. Ele odeia doces.

— Que crime, quem não gosta de doces?- A ruiva perguntou retoricamente- Obrigada pela dica. Tem mais alguma?

Talvez. Podemos falar mais sobre isso em um jantar, que tal?

Foi a vez de Lily rir antes de trocar o celular de uma orelha para a outra.

— Foi para isso que você me ligou? Para me dizer que eu tinha razão e me chamar para sair.

E também para ouvir o doce som da sua voz, e para você ouvir meu timbre sexy, másculo e sedutor.

— Irritante.

Mente lindo— Completou o rapaz.

— Okay, James, eu saio com você.

Serio?— O jovem perguntou empolgado.

— Sim, nos marcamos no serviço comunitário hoje, okay? Quem sabe você não tenha mais dicas uteis para me dar.

Yeah, okay.

— Tchau, James, até mais tarde.

Tchau ruivinha.

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— Como assim você não vai ajudar a gente? Que tipo de amigo é você!?- Jimmy exclamou encarando o amigo que estava jogado em um dos sofás.

— O tipo de amigo que não foi pego pichando um muro- Remus replicou sem fazer esforço algum para levantar-se do móvel.

— Então é assim? Você vai simplesmente nos abandonar sozinhos para cumprir essa difícil tarefa? Depois de anos e anos de dedicação é assim que tudo acaba? Eu esperava mais de você, Lupin- Sirius falou enquanto colocava uma mão na testa de forma teatral.

— Pare com isso, Sirius, você está se tornando uma perfeita Drama Queen.

Sirius estava prestes a retrucar quando James apareceu na sala com um sorriso enorme estampado no rosto.

— James, nós sabemos que você tem todos os dentes na boca, não precisa ficar mostrando assim.

O jovem Potter apenas ignorou o comentário feito pelo amigo.

— Vocês ainda estão aqui? São quase nove horas, temos que ir.

— Nós já teríamos ido se o Reminhos aqui não estivesse fazendo doce.

— Fazer o que, Padfoot, eu sou difícil.

— Você não vai, Moony?- James indagou vestindo o casaco e colocando suas chaves no bolso.

— Não, eu tenho muitas coisas pra fazer hoje, sabe.

— Okay, então, eu digo para a Dorcas que você mandou um oi.

James, Sirius e Jimmy já tinham alcançado a porta quando ouviram o amigo levantar-se do sofá rapidamente.

— A Dorcas vai?

— Yeah, o Frank disse que ela ia ajudar.

— Ótimo, eu vou com vocês.

— Mas você não acabou de dizer que estava cheeeio de coisas para fazer?- Jimmy perguntou sorrindo de lado.

— O que eu posso fazer? Largo tudo para ajudar meus amigos.

Jimmy sorriu amplamente, rolando os olhos para cima antes de jogar suas chaves para cima e as capturar com uma mão logo em seguida.

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Lily, Mary, Frank, Dorcas e Marlene chegaram no endereço dado pelo pai de James quinze minutos atrasados. O local era um edifício cimentado, sem portas e janelas e com baldes de tinta, sacos de cimento e outros matérias de construção na frente.

— Vamos entrar logo, já estamos atrasados- Marlene adiantou-se apertando o casaco sobre o corpo esguio.

— Não estaríamos atrasados se alguém não tivesse insistido em parar para tomar chá gelado- Lily disse olhando acusadoramente para Mary.

— Ah, por favor, é serviço comunitário! Qual a pressa em fazer o trabalho que o governo deveria estar pagando alguém para fazer?

Dorcas sorriu seguindo os amigos para dentro do local. Simplesmente amava os comentários que eles soltavam, sempre inoportunos e muitas vezes inapropriados, mas totalmente verdadeiros.

O interior do prédio não diferia muito do exterior, e do lado de dentro estavam James, Sirius, Jimmy, Remus e Alice agrupados em uma linha com um policia com cara de poucos amigos parado na frente deles.

— Estão atrasados- O guarda pronunciou vendo os cinco garotos reunindo-se a fileira.

— Não me diga- Lily retrucou petulante antes de sentir o cotovelo de Dorcas bater com força contra seu braço.

— Perdão policial Cooper- Frank respondeu dando uma rápida olhada no crachá pequeno de metal pendurado logo abaixo do distintivo preso a roupa do homem.

— Ele é seu pai?- Mary, que havia se colocado ao lado de Jimmy perguntou aos sussurros.

— Yeah, para minha sorte e azar... Mas como você sabe meu sobrenome?- O garoto perguntou erguendo uma sobrancelha inquisitivamente.

— Existe uma coisinha mágica hoje em dia chama internet, Jim, e com ela conseguimos acessar varias redes sociais, como o Facebook.

— Então você pesquisou por mim?- Jimmy retrucou sorrindo de lado.

— Mr. Cooper, Mrs. McDonnald, será que vocês podem prestar atenção enquanto eu digo o que vocês terão que fazer, por favor?- O policial pronunciou levantando o tom de voz e olhando irritado para o filho.

— Desculpe, pai.

— É policial Cooper para você. Enfim, como eu ia dizendo, vocês terão que reformar esse abrigo de animais.

— Reformar? ‘Tá mais para reconstruir, esse local está caindo aos pedaços- Mary proferiu chutando um pedaço de cimento com sua bota.

— E é por isso que vocês precisam reformá-lo- O homem completou- As donas do abrigo chegarão logo, logo para supervisionar e ajudar, junto com alguns voluntários. Vocês devem estar aqui todos os dias das quatro da tarde as oito da noite, com uma hora e meia de pausa para o almoço e o lanche da tarde, que será trazido pelas donas do edifício. Se qualquer um de vocês faltar por qualquer motivo que não seja doença terão que pagar uma multa de quinhentos dólares. Alguma pergunta?

Lily levantou a mão lentamente com receio de irritar ainda mais aquele homem assustador.

— Se a gente tem que vir aqui toda tarde, porque estamos aqui às nove da manhã de um sábado?

O olhar que o policial lhe lançou poderia fuzilar qualquer um.

— As donas queriam conhecer os delinquentes que iam ajuda-las para ter certeza que vocês não iam piorar ainda mais o local.

Alice lançou um olhar desconfortável para Frank, cruzando os braços em frente ao peito e olhando para um ponto qualquer da parede.

— Tenho que ir agora, podem ir começando a limpar o local. Aquela parede ali- Falou enquanto apontava para uma parede branca- está pronta para ser pintada. Tentem não cometer nenhum crime no período que estiverem aqui- E saiu não sem antes lançar um olhar de advertência para Jimmy.

O grupo suspirou auditivamente quando o policial enfim saiu do prédio. Relaxando a postura, cada um pegou um equipamento de obra e se pôs a trabalhar.

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Marlene e Sirius estavam pintando uma parede de azul e amarelo enquanto conversavam animadamente. Já passava das cinco da tarde e as donas do edifício- Duas senhoras simpáticas que insistiram que todos comessem cookies de chocolate com leite- estavam no escritório arrumando uma papelada.

A jovem percebeu que, apesar de bastante galinha e paquerador, o garoto era engraçado e sabia manter uma conversa interessante.

— ...E então minha avó pulou na piscina para procurar a dentadura dela, mas ela não sabia que meu avô tinha escondido.

A moça gargalhou apoiando uma mão na parte da parede que ainda não havia sido pintada.

— ‘Tadinha da sua avó, dá até dó de imaginar ela, toda velhinha e enrugada, pulando na piscina.

— Ei, não chame minha avó de velha enrugada!- Sirius brincou empurrando o ombro da garota suavemente.

— Toda velha é enrugada, Black.

— Se você disser isso de novo eu vou...

— Vai o que?- Marlene desafiou chegando mais perto do garoto.

— Vou fazer isso- Falou passando o pincel cheio de tinta amarela na cara da morena.

— Você vai se arrepender, Sirius Black- A castanha retrucou sujando a mão de tinta azul e passando na boca do rapaz. Quando Sirius ia responder com mais uma mão de tinta, Marlene levantou ambos os braços em rendição e os posicionou próximos ao rosto- Okay, trégua, desculpe ter chamado sua avó de velha e ter sujado sua carinha, apesar de eu achar que azul é definitiva sua cor.

— Tudo bem- Concordou o jovem Black sorrindo- Desculpe pintar sua boca de amarelo, Lene.

— Sabe o que essas cores formam juntas?- A garota perguntou sorrindo de lado enquanto erguia uma sobrancelha- Formam o verde. (N/a: Alguém ai assistiu iCarly? Cena totalmente inspirada em um dos episódios).

E colou sua boca a do menino, passando os braços pelo pescoço dele e enlaçando a cintura do rapaz com suas pernas torneadas. Sirius não perdeu tempo em aprofundar o beijo, apoiando as costas da menina em uma parede, uma mão apertando sua cintura e a outra passeando por sua coxa.

— Então tudo isso era apenas uma desculpa para me beijar, McKinnon?- O jovem Black perguntou separando os lábios dos da garota por breves segundos.

— Fazer o que? Eu não resisto aos cafajestes e pelo jeito que você está me agarrando eu diria que não fui a única que gostou da trepada.

Sirius jogou a cabeça para trás gargalhando auditivamente antes de ser puxado para outra rodada de beijos.

— Galera, já fomos liberados do serviço por hoje, então nós e os rapazes vamos ao parque de diversão perto daqui para... Ops, interrompi alguma coisa?- Dorcas apareceu lançando um olhar malicioso para o casal.

— Obviamente sim, Doe, mas tudo bem, eu estava mesmo a fim de andar de montanha russa- Marlene retorquiu descendo do colo de Sirius e lhe dando um ultimo beijo rapidamente antes de seguir a amiga.

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Assim que chegaram ao parque, Lily tentou arrastar Mary para a roda gigante, mas a moreninha insistiu que queria comprar um algodão doce, então a garota acabou indo com Dorcas, Remus e o irritante James Potter.

— Vamos Doe?- A ruiva perguntou quando chegou sua vez de andar no brinquedo.

— Na verdade, Lily, eu vou sentar com o Remus- A amiga respondeu lançando um olhar de desculpas para a outra,

James, que já estava sentando no banco de metal da estrutura, sorriu abertamente e estendeu a mão para lhe ajudar a subir.

Aposto que eu sei aonde você queria sentar agora— Lily sussurrou por sob o fôlego, olhando para a loirinha amargamente antes de enlaçar seus dedos aos de James e sentar confortavelmente ao seu lado.

La do alto ela podia ver a cidade, com suas luzes, carros e pessoas- que mais pareciam formigas- andando de um lado para o outro. Lily desviou o olhar para mais alto, para o céu estrelado. Apesar da iluminação, ainda dava para ver as estrelas piscando, coloridas e alegres em meio ao negror. Uma das coisas que a garota mais amava era o céu à noite.

— Olhe- Sussurrou cutucando o jovem suavemente- Tão imenso, tão lindo.

— É realmente bonito- O rapaz sussurrou em resposta, dando uma rápida fitada no céu antes de voltar seus olhos para a garota ao seu lado.

— Eu adoro olhar o céu à noite, minha mãe até me deu um telescópio quando eu tinha sete anos. Eu o levo a praia às vezes, lá da para ver melhor as constelações.

— Qual sua constelação favorita?

— Eu não sei, gosto de todas na verdade, elas fazem parte do infinito.

— Então esse é seu passatempo? Olhar o infinito? Isso me da algumas dicas sobre onde te levar no nosso encontro amanhã.

A moça assentiu levemente virando a cabeça e encarando James pela primeira vez desde que subiu na roda gigante. Os olhos dele eram castanho-esverdeados e, lá do alto, refletiam suavemente o céu.

— Eu vejo estrelas nos seus olhos- A jovem sussurrou fascinada.

James sorriu antes de inclinar a cabeça para o lado e encostar seus lábios suavemente nos de Lily. Quando ela não se afastou, o rapaz aprofundou o beijo colocando ambas as mãos na cintura dela, a trazendo para mais perto.

Lily sabia que devia se afastar, não podia estar beijando o arrogante, prepotente, mas incrivelmente sexy James Potter. Devia empurrar ele da roda gigante por tê-la beijado, mas, por alguma razão, não conseguia. Em vez disso, colocou uma mão no pescoço dele e a outra em seus cabelos despenteados e rebeldes. Lembrou da primeira vez que o viu, em como quis passar as mãos nos fios bagunçados, ver se eles eram tão macios quanto aparentavam.

A língua dele deslizou suavemente por seus lábios, explorando, provocando. Por Deus, James era um cretino, mas não podia negar, ele beijava muito bem.

Mordiscando levemente o lábio inferior dela, o rapaz encerrou o beijo, falando suavemente:

— O infinito se torna ainda mais bonito visto com você.

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— Sabe, a maioria das garotas esperaria um pouco antes de agarrar um garoto- Remus falou interrompendo o beijo que estava rolando momentos antes. Assim que sentaram no banco de metal, a garota não perdeu tempo em puxar o rapaz pelo colarinho e unir seus lábios.

— Eu pareço como a maioria das garotas?- Dorcas retrucou puxando o rapaz mais para perto- Você está reclamando?

— Não mesmo. Você beija muito bem.

— Espera só até ver o que mais eu sei fazer com a boca.

Remus engasgou com a própria saliva, tossindo descontroladamente antes de perguntar num fio de voz:

— O que?

A jovem olhou para ele enigmaticamente antes de unir seus dedos em uma espécie de circulo achatado, os levar até a boca e soprar, fazendo com que um som alto e agudo saísse: Um assovio.

Remus olhou atônico por um segundo, antes de rir.

— Eu já falei o quanto você é doce?

— Já sim. ‘Ta precisando relembrar que eu não tenho gosto de açúcar?

— Acho que sim!- E sem perder tempo, Remus lambeu levemente a bochecha da garota, fazendo uma cara pensativa logo depois.

— Ewww... Que nojo, Lupin!- Exclamou a baixinha limpando o local com a manga da camisa.

— Não, você não tem gosto de açúcar, mas sabe de uma coisa?

— O que?

— Doce é enjoativo, e eu não acho que vá enjoar de você.

E uniu suas bocas novamente em um beijo selvagem.

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Do outro lado do parque, um casal conversava tranquilamente sentado em um banco de madeira. Marlene e Sirius já haviam andado em quase todos os brinquedos e agora aproveitavam a companhia um do outro.

— Então você lê muito?- O jovem perguntou estendendo o saco de pipocas para que ela pudesse pegar um pouco.

— Bastante, mas eu não escrevo nada. A escritora do grupo é a Mary- Falou enquanto enchia a boca com o petisco salgado- Meu livro favorito é Quem é você, Alasca? (N/a: Livro favorito de ambas as autoras).

— É bom?

— Bom? É um dos melhores livros já escritos! Os personagens são maravilhosos, a escrita é impecável, e o final é emocionante. Eu poderia falar a noite toda de como eu amo esse livro.

— Deve ser bom mesmo, já que você fala com tanta paixão sobre ele.

— E é, eu só não amo mais ler do que dançar.

— Você dança?

— Yeah, eu fiz ballet clássico até os quatorze, mas parei por um ano. Depois eu voltei a fazer nos fins de semana.

— Isso é demais, Lene- Sirius disse impressionado- Quando vai ser sua próxima apresentação? Será que eu posso ver?

— Eu adoraria! Te dou um panfleto com a hora e o local assim que minha escola marcar de dança, ‘tá bom?

— Combinado- O garoto falou animadamente, virando o saquinho de ponta cabeça ao constatar que ele estava vazio- Você ainda está com fome? Vem, vamos procurar o cara que vende algodão doce- E lhe deu um selinho antes de puxa-la pela mão em direção ao amontoado de pessoas de rodavam pelo lugar.

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Frank havia acompanhado Alice até a pista de patinação do outro lado da rua. A baixinha havia o convencido a treinar um pouco, então agora ele calçava um par de patins que o faziam parecer um recém nascido tentando dar os primeiros passos.

— Você tem que flexionar mais os joelhos, Frank, assim- A garota pronunciou enquanto demonstrava, girando em volta dele com tamanha facilidade que o fez querer jogar os patins para longe.

— É fácil para você falar, você anda nessa armadilha sobre roda desde sempre, até participou de competições. Eu só observava.

— Porque você está aqui, Frank?- Alice perguntou de repente muito seria, parando na frente dele e o encarando fixamente- Podia estar no parque se divertindo com os outros.

— Acontece que eu queria ficar com você.

— Por quê?- Insistiu a garota- Só quero que me responda. Por que você está querendo passar tanto tempo comigo? Porque está aqui se poderia estar com seus amigos? Por que quer que eu te ensine a patinar?

— Por que eu quero passar mais tempo com você, Alice- O rapaz respondeu impaciente.

— Mas por quê?

— Por que mais seria? Por eu gosto de você!

Os dois se encaram por alguns segundos, e Frank se perguntou se eles estavam fazendo uma competição para ver quem piscaria primeiro.

— Diga isso de novo.

— Alice Potter, eu gosto de você desde que éramos crianças e eu te via patinar por toda a casa, vestindo um tutu de ballet e uma coroa de princesa.

Alice piscou uma, duas, três vezes antes de perceber que de fato não estava sonhando e, colocando-se na ponta dos pés, beijou o garoto a sua frente sentindo o coração bater tão rápido quanto as asas de um colibri.

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Mary McDonnald estava parada a quase dez minutos em frente a uma barraca de prêmios onde seu parceiro no parque- que ela queria muito matar agora- tentava acertar um alvo com uma bola de borracha, tudo para lhe conseguir um maldito panda de pelúcia que ela nem ao menos queria.

Quando Jimmy errou o alvo pelo que parecia ser a enésima vez, a morena jogou os braços para cima irritada antes de empurrá-lo para o lado.

— Chega para lá, deixa que eu consigo o maldito panda.

— Mas eu queria ganhar ele para você, Mary- O garoto respondeu tristemente.

— Eu sequer gosto de bichinhos de pelúcia- Pronunciou a jovem enquanto pegava a bolinha e mirava- Agora fica quieto enquanto eu ganho esse jogo- E lançou a bola, que acertou em cheio o centro do alvo.

O dono da barraca parabenizou a jovem com um sorriso, antes de lhe entregar o pandinha.

— Aqui- Mary estendeu o objeto felpudo para Jimmy com um sorriso- Um presente para você, por ter tentado tanto me agradar.

Jimmy aceitou a pelúcia com um sorriso, abraçando o bichinho.

— Sabe, normalmente é o garoto que presenteia a garota com um ursinho.

— Não seja machista. Qualquer um pode ganhar um prêmio em um parque para presentear quem gosta.

— Então isso quer dizer que você gosta de mim?- Jimmy retorqui mexendo as sobrancelhas de forma engraçada.

— Não force a barra- Mary retrucou batendo seu ombro no do rapaz antes de pegar sua mão e o puxar em direção ao carrossel.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. Comentem, okay?
Quero saber o que acharam.
Até o próximo, tchau, tchau.



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