Accidentally in Love escrita por Apollo, Kess


Capítulo 7
Reckoning


Notas iniciais do capítulo

Olar.
Mais um capítulo pra vcssss.
Boa leitura!
Ass: Celeste



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Jimmy Cooper

Existir é sobreviver à escolhas injustas.

 

Londres, Inglaterra

Século XXI, 14:00

Era inegável que Lily estava mais contente que nunca, qualquer um notaria o sorriso mais largo que o normal no rosto garota, afinal, nunca havia sentido-se tão útil como hoje quando conseguira a sua parte no dinheiro que deviam à Mike. Ao pedir um adiantamento, Lily ficara desconfortável, especialmente porque James tentou -discretamente - descobrir o porquê da urgência, mas no fim, resolveu a questão com um telefonema simples. 

Enquanto isso, no café onde Mary e Marlene trabalhavam, um jovem rapaz adentra o ambiente sorrindo de canto ao ver a garota que não saía da sua cabeça.

—Mary! -Marlene chama a atenção da amiga. -Não vai atender a mesa 7? 

—Tenho certeza que ele precisa mais do seu atendimento. Vai logo, deixa que eu termino isso. -Responde Mary, fazendo menção ao expresso que Marlene estava preparando.

Contra sua vontade, Marlene apanha um bloco de notas e sua caneta sobre o balcão e sai.

—Sirius. -Diz forçando um sorriso.

—Também estou feliz em te ver, Lene. -Diz brincalhão. -Como tem passado?

—Sem enrolação, por favor. Já sabe o que vai pedir? -Responde cortante evitando olhar nos olhos do rapaz.

—Ah, é claro que sei. Seu número, por favor. -Marlene contém o riso. -Que tal pizza a margherita?

—Hum... Isso é um café, Sirius, não temos pizza.

—Eu sei. Só estava tentando prolongar a conversa. -Dessa vez Lene não consegue segurar o riso, fazendo com que Sirius sorria também. -E que tal um Mocha com Croissants?

—Já trago seu pedido. -Diz retirando-se.

—Ei, Lene. -Sirius chama fazendo com que a garota virasse o fuzilando com o olhar. -Hoje é seu aniversário?

—Hum... Não. -Diz confusa. -Por que?

—Nada não. É que você tá de parabéns.

—Cala a boca, Sirius.

O garoto ficou por ali por bastante tempo, observando Marlene ir e vir até as mesas.

—Já vamos fechar. -Marlene fala indo até a mesa de Sirius. -Não acredito que perdeu 3 horas do seu dia me olhando. Não levei tão a sério o lançe de que minha mãe passou açúcar em mim, mas bem... Agora vejo que deve ser verdade.

Sirius inclina a cabeça para trás de tanto rir.

—Você é uma comédia. -Diz colocando uma mecha de cabelo atrás da orelha da garota. -Escuta, você quer pegar um cinema, ainda dá tempo de pagarmos a sessão das 17:00hrs.

—Não posso, tenho que ajudar Mary a fechar.

—Ah, não se preocupe... Eu termino sozinha. Divirtam-se. -Mary diz entrando na conversa com um sorriso sacana.

—Certeza? -Lene pergunta.

—Não é como se eu nunca tivesse feito isso antes. Precisa de alguma coisa? Pastilhas? Camisi...

—Mary! -Exclama Marlene envergonhada. -Até mais tarde.

—Não esquece que o Frank vai lá em casa hoje para falarmos daquilo.

—Não vou, prometo.

Sirius mal podia acreditar que a Srta. Marlene Intocável McKinnon aceitara sair com ele, o sorriso no rosto era a prova disso.

—E então, alguma preferência de filme? -Pergunta Marlene ao chegarem no cinema sorrindo de canto com o sorriso do garoto.

—Um de terror, quem sabe. -Responde Sirius sem tirar os olhos de Lene.

—Por que? Você espera que eu me assuste em uma cena, segure sua mão e você me beije?

—Na verdade meu plano era te beijar durante todo o filme.

Marlene ri de um jeito fofo, até mesmo pra ela. Era inegável que Sirius mal conseguia se conter para não agarrá-la. Depois de comprar pipoca e alguns Snicks, os dois entraram na sessão, acabaram escolhendo um suspense que estava em estréia.

—Só uma dúvida, eu preciso esperar uma cena específica pra beijar? -Pergunta Sirius com seu sorriso cafajeste. 

—Os traillers são chatos, ta a fim de se distrair?

Sirius não esperou que ela dissesse mais nada, apenas aproximou seu corpo e passou uma das mãos pela cintura da garota, pondo a outra na nuca da mesma, enquanto suas línguas exploravam animalescamente a boca um do outro. O beijo era tão urgente que quase esqueceram que precisavam respirar, Sirius distanciou suas bocas por um instante e distribui beijos por todo seu pescoço fazendo Marlene arquejar.

—Ei... Que tal sairmos daqui? -Lene sugere.

—Ótima ideia, meu anjo. -Responde levantando-se e estendendo a mão para a garota.

Assim que saíram da sala em que estavam, Marlene lembrou-se que uma vez perdeu-se por ali e acabou topando com uma sala interditada, provavelmente de projeção, ela não tinha certeza.

—Por aqui. -Disse guiando Sirius por um corredor. A única luz ali vinha de alguns pequenos refletores. 

Logo, os lábios dos mesmo se encontraram e suas línguas voltaram a brigar por espaço, Sirius colocou Marlene contra a parede e começou a descer as alças da blusa da garota, deixando pequenos chupões próximo aos seis da mesma.

—Ei, Sirius, sabe de uma coisa? Uma vez me perguntaram se eu já havia feito sexo com animais. -Diz tentando recuperar o ar.

—E o que você respondeu? -Sirius perguntou olhando-a com perplexidade.

  Que não, é claro!- A morena respondeu e logo depois sorriu maliciosamente enquanto o puxava para perto e tirava a camiseta do mesmo. -E até ontem isso era verdade.  

...

Já era noite, quando a jovem Potter decidiu ir ao apartamento do irmão, e teria sido um pouco mais fácil se não tivesse esbarrado com o pai na sala de estar.

—Onde pensa que vai essa hora, Alice? -Indagou o homem encarando-a imponentemente.

—Eu... Eu só ia ver o James. Por favor, papai. Ainda são 19:00hrs.

—Querida, eu iria preferir que você fosse estudar. Como anda a faculdade? -Alice suspirou cansada. -Veja... aqueles... hum... Aqueles delinquentes que seu irmão ousa chamar de amigos não são uma boa companhia. Tampouco, o James. São uns irresponsáveis que não amadureceram. Eu tenho outros planos pra você. Gostaria que não os estragasse.

—Eles não são... -Alice estava prestes a continuar quando o seu pai arqueoou uma sobrancelha. -Tem razão, papai. Eu preciso mesmo terminar um trabalho, não vou jantar esta noite, ok? Estou sem fome. Até amanhã.

—Alice? -Chamou com o tom de voz rígido. -Espero que eu possa me orgulhar de você como não pude do James.

Essa foi pesada, pensou Alice, mas a única coisa que fez foi forçar um sorriso fraco. Assim que o Sr. Potter se retirou da sala de estar, a garota pegou sua bolsa sobre o sofá e saiu às pressas para o apartamento do irmão, durante o caminho não conseguia parar de pensar nas palavras do pai.

Eu tenho outros planos para você.

Que diabos ele pensava que ela era? Uma marionete?

—Alice? -Exclamou Jimmy ao vê-la entrando pela porta do apartamento.

—Que tem a... -Frank vem até a sala ao ouvir a menção do nome da garota. -Ah, oi... Ahn, o James não está aqui. Ele foi fazer compras.

—Tudo bem, eu posso esperar? -Perguntou tímida.

—C... Claro. Sua casa é nossa casa. -Frank embaralha-se e Jimmy solta uma risada escandalosa, fazendo com que Frank apressasse em corrigir-se. -É... Quero dizer, nossa casa é... É sua casa.

—Cara, você tá tão na dela. -Sussurra Jimmy no ouvido do amigo saindo da sala em seguida. -Espera só até o James saber que você virou papa anjo da irmã dele.

—Vá se foder, Cooper. 

Só então, Frank lembra-se que Alice ainda estava na sala, agora sentada no estofado.

—Perdão. -Diz sem jeito.

—Por xingar? -Alice ri. -Eu não sou uma criança, Frank, já basta meu pai e todo...

Alice se cala e trava uma batalha contra as lágrimas. Odiava que seu pai a tratasse como um de seus investimentos.

—Você está bem? -Pergunta Frank, ousando deslizar suas mãos sobre os cabelos da garota.

—Sim, eu só...

A porta se abre, mostrando James e Remus cheios de sacolas, Frank logo afasta-se de Alice.

—Ah, boa noite, anjo. -Cumprimenta Remus.

—Boa n... -Alice responde.

—Ah, eu estava falando com o Frank. Assumimos nosso amor recentemente. -Remus faz graça para evitar que James perguntasse o que Frank fazia tão próximo da irmã.

Alice solta uma gargalhada e James a acompanha.

—Felicidades aos pombinhos. -Diz a garota, mal controlando a risada.

—Obrigada, querida. Pode nos ajudar a escolher o nome dos nossos filhos. -Frank entra na brincadeira. -Tô morrendo de fome, o que trouxeram?

—Foi mal, a gente esqueceu sua ração. -Responde James.

—Tudo bem, ele pode comer a... -Diz Jimmy saindo da cozinha.

—Bom, tenho que ir ver as garotas agora. Até mais. -Interrompe Frank apanhando um noodles de uma das sacolas de Remus.

Alice mudou sua expressão rapidamente e estava pronta para perguntar que garotas quando percebeu que seu irmão a encarava.

—Tchau, Frank. -Diz, mas o mesmo não responde, apenas sai deixando a porta aberta.

Um clima tenso se instala na sala, mas Sirius chegou logo após acabando com o mesmo enquanto contava sobre como seus lábios estavam hidratados.

...

—Olá, vadias. -Marlene diz entrando pela sala. 

—Uau, Lene... -Dorcas começa indo até a amiga. -Seus olhos estão brilhando.

—Nossa, é mesmo. -Concorda Mary. -O Sirius é tão bom assim?

A pergunta de Mary faz com que todas na sala deem risadas.

—Ei, onde está o Frank? -Pergunta Lene mudando de assunto.

—O chefe do clube só pôde liberar a grana hoje a noite, então ele foi lá buscar. -Lily responde entrando na sala comendo um pedaço de brownie.

—Hum... O que tem pra comer? Brownie? -Pergunta Mary.

—Se fosse o Remus perguntando eu certamente diria "eu".

—Aposto que diria, Dorcas. -Zoa Lily e as amigas riem.

O celular de Dorcas vibra sobre a mesa de centro.

—Mensagem do Frank, ele ta esperando lá embaixo. Vamos.

Estar na presença de Mike era sempre horrível, o clima pesava de uma forma que nenhum dos cinco conseguia explicar. Antes de descerem do carro, decidiram contar toda a grana. Cada um deveria dar 600 dólares, Mary e Marlene conseguiram suas partes pedindo um adiantamento no café, não haviam tido problema já que o dono do local as tratavam como filhas. Lily conseguiu que lhe pagassem o primeiro mês na empresa Potter, Frank deu sorte pois receberia seu pagamento naquele dia, e graças ao Remus, Dorcas havia conseguido terminar os planejamentos das festas de aniversários para a empresa que trabalhava. Naquele envelope havia exatamente 3.000 em dinheiro vivo, e também a garantia de que ficariam bem por hora.

—Falei que conseguiríamos. -Diz Dorcas.

—Isso depois de ter um surto e sugerir que saíssemos do país com identidades falsas. -Responde Mary.

—Dois surtos, na verdade. - Finaliza Lily.

—Okay, gente. Vamos logo, esse lugar me dá ânsia. -Marlene diz saindo do carro e partindo em direção ao apartamento de Mike com o envelope em mãos, os demais a acompanham.

Frank toca a campainha uma, duas, três vezes, até que um homem forte e aparência amedrontadora abre.

—E aí, pirralhos. -Diz Mike abrindo espaço para que entrassem. -É bom que estejam com o dinheiro.

—Não vamos entrar. Toma. -Mary tira o envelope das mãos de Marlene e joga para Mike, ele o pega no ar. -Confere aí. Você sabe contar, não sabe, Mike?

O homem estreita os olhos para Mary, pensando na coragem que ela tinha por falar assim com ele, mas conta o dinheiro sem hesitar.

—Tá tudo aqui. Não esqueçam que ainda me devem 7 mil, quando o prazo acabar, eu chamarei vocês aqui, não tenham dúvida.

O cheiro que emanava de Mike começa a ficar forte demais para que pudessem suportar. Imaginem a junção cigarros, álcool e comida vencida.

—E quando acaba? -Pergunta Frank.

—Quando eu disser, é claro. Até qualquer hora, pirralhos.

Assim que saíram, os amigos se abraçaram, felizes por terem se livrado dessa e é claro que esperavam não voltar ali tão cedo.


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Notas finais do capítulo

E então? Comentem!
Como não voltaremos a postar antes do fim do ano, deixo aqui meus desejos de um próspero ano novo, curtam mt esses dois dias, façam o ano valer a pena.
Bjss



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