Accidentally in Love escrita por Apollo, Kess


Capítulo 4
After party


Notas iniciais do capítulo

Antes tarde do que nunca, já dizia o ditado, não é mesmo? Apesar da nossa amiguinha Kessya dizer que talvez o próximo capítulo não fosse demorar, eu surpreendi a todos e demorei! 'Tá, isso não é legal, desculpem.
Sem previsão de postagem, como sempre, mas tentaremos de verdade ser mais presentes.
Ass: Violet.



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Mary McDonald.

 

Venha comigo, onde os sonhos nascem, e o tempo nunca é planejado- Peter Pan.

...

..

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Londres, Inglaterra

Século XXI, 10: 27

James Potter odiava quartas- feiras. Principalmente quando estava de ressaca e seu pai o obrigava a ir cedo á seu escritório do outro lado da cidade para lhe passar um sermão sobre responsabilidade e pontualidade.

Por Deus, ele havia apenas esquecido de levar sua irmã para casa na hora certa, por que isso era um problema tão grande assim? O Sr. Potter parecia não enxergar que Alice já tinha dezoito anos.

O jovem apoiou a testa na porta por uns segundos, sentindo a cabeça latejar incomodamente. Suspirando resignado, James adentrou o apartamento.

Seu melhor amigo, Sirius, estava jogado no sofá, ainda com a roupa de ontem e babava sobre uma almofada branca.

Resistindo ao impulso de tirar uma foto e enviar para todos os contatos, o garoto dirigiu-se a cozinha sentando no banquinho em frente ao balcão.

— Olha só quem resolveu aparecer- Remus Lupin falou ao avistar o amigo- E então, como foi com seu pai?

— Preciso mesmo responder?- Respondeu irritado- Ele basicamente jogou na minha cara que sou um jovem irresponsável e imaturo e ainda por cima um péssimo irmão.

— Bom, eu duvido que Alice ache isso. Ah, e antes que eu me esqueça, a sua namoradinha Emmeline te ligou umas cinco vezes hoje, ela disse que passaria aqui amanhã a noite.

James soltou um gemido enquanto cobria o rosto com as mãos e abaixava a cabeça derrotado.

— Você bem que poderia dizer que eu me mudei para o México ou sei lá.

— Você sequer sabe falar espanhol!

— E daí? Acho que você vai ter que se livrar dela por mim.

— Não vai dar, a garota da festa a fantasia vai sair comigo amanhã.

— Ela aceitou mesmo sair com você?

— Aceitar é uma palavra que não se encaixa bem nessa situação.

— Então o que? Você vai sequestrá-la e obrigá-la a jantar com você?

— Não preciso me rebaixar a tanto. Ela perdeu uma aposta contra mim e agora vai ter que sair comigo.

— Quem perdeu uma aposta e vai sair com você?- Jimmy apareceu na cozinha com os cabelos arrepiados e uma cara de sono.

— Dorcas, a loirinha da festa de ontem.

— Pobre garota- Lamentou o rapaz servindo-se de uma xícara de café- Acho que ela iria preferir ir seminua para a festa igual o Sirius.

— Muito engraçado, Jimmy- Resmungou Remus.

— Isso tudo é raiva por não estar no lugar da garota, Jimmy boy?

— Vai se ferrar, Potter!

Mas James não respondeu, apenas levantou-se do banco e se dirigiu ao quarto escuro e frio. Sem se preocupar em trocar de roupa, o rapaz jogou-se na cama esperando dormir até o dia seguinte.

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Dorcas acordou sentindo como se um caminhão tivesse passado por cima de seu corpo. Estava deitada de bruços no tapete felpudo da sala usando um pijama rosa com a cara do ursinho Poo estampada na frente. Não lembrava como diabos havia encontrado aquela velharia e muito menos como entrara naquilo. A ultima memória que tinha sobre a noite passada era de estar conversando com um jovem fantasiado de caveira mexicana.

Estranho, pensou franzindo o cenho, na hora a fantasia lhe parecia mais a de um vampiro. Talvez a quantidade de álcool em seu sangue tivesse lhe confundido.

Sentiu a cabeça latejar e gemeu lembrando ainda da maldita aposta que havia feito com aquele garoto e agora teria que sair em um encontro com ele. Ignorando as dores corporais e a ressaca, a loirinha apenas fechou os olhos com esperança de que, assim, pudesse voltar a dormir.

Seus planos foram por água abaixo quando ouviu a porta do apartamento ser aberta com violência e uma irritada Marlene McKinnon aparecer usando uma blusa- que claramente não era sua- que chegava até a metade de sua coxa.

— Pode levantar daí, Dorcas Meadowes- Grunhiu a morena pegando uma almofada e jogando na amiga- E vocês podem ir saindo da merda dos quartos, senão eu juro que vou arrancar todos daí.

— Como ela esta simpática hoje, não é mesmo?- Lily falou saindo da sacada e apagando um cigarro no cinzeiro em cima da mesa.

— Não me venha com esse sarcasmo, Evans, porque hoje eu não estou para brincadeira.

— O que aconteceu?- Resmungou Dorcas levantando parte do tronco e apoiando-se no sofá.

— Aconteceu que vocês me abandonaram ontem! Eu tive que pegar carona com um carinha qualquer que me levou para o apartamento dele.

— Vocês transaram?- A ruiva perguntou jogando seu corpo em uma poltrona que rangeu sob o peso da garota.

— Não me lembro- Lene respondeu cruzando os braços- Mas sei que acordei hoje com ele pelado do meu lado me chamando de meu amor. Ele disse que eu tinha aceitado ser a namorada dele!

Lily começou a gargalhar na poltrona enquanto segurava a barriga. Marlene amarrou a cara e soltou um xingamento alto pegando uma almofada e jogando na amiga, que desviou sem esforço.

— Isso explica a mensagem que você me enviou ontem a noite.

— Que mensagem?

— Essa aqui- Lily falou pegando o celular abrindo a aba das mensagens e mostrando a conversa que tivera com Marlene na noite passada.

Lene

Onde vcs estão? (3:21)

Lily

Estamos indo para casa de táxi, e vc? Chegou bem? (3:21)

Lene

Não, por que eu AINDA ESTOU NA FESTA, LILY! (3:21)

CMO VCS PUDERAM ME ESQUECER AQUI??? (3:22)

Lily

MDS (3:22)

Foi mal, achamos q vc já tinha ido (3:22)

Quer q a gente volte? (3:22)

Lene

Ñ precisa, eu to indo embora c o Paulo (3:22)

Lily

????? (3:22)

Qm caralhos é Paulo? (3:23)

Lene

Ñ sei (3:23)

Me ajuda (3:23)

Pera, não precisa mais, o Paulo ta me levando p dormir na casa dele (3:23)

Lily

Okay (3:24)

Divirta-se (3:24)

— Olha, para uma bêbada até que você digita bem.

— Até parece que você também não ficou com ninguém ontem, Lily, ou aquela jaqueta ali é sua?- Perguntou a garota sarcasticamente apontando para uma jaqueta de couro sintético preta jogada sobre uma cadeira.

— Não, é de um garoto que eu encontrei ontem na festa, mas eu não fiquei com ele- Apressou-se em acrescentar ao ver a amiga abrir a boca para fazer um comentário- Eu estava fumando no beco, ele estava falando no telefone. Depois ele me deu a jaqueta para que eu não ficasse com frio. Fim da história.

— Ele era bonito?

Lily apenas ignorou a outra, chutando discretamente Dorcas para que ela pudesse mudar de assunto.

— Então quer dizer que você arranjou um namoradinho, ein?- Ela perguntou sorrindo de lado.

— Você não está em posição de usar seu sarcasmo, sex girl, ou devo lembrar que você tem um encontro amanhã a noite?

— Como você sabe disso, Srta. McKinnon?

— Frank nos contou- Respondeu a ruivinha sorrindo- Aparentemente ele conhece o rapaz. Foi ele quem passou sua pagina pessoal do facebook para o menino.

— O QUE?- Gritou a jovem enfurecida- AQUELE FILHO DA MÃE TRAPACEOU!

— Tecnicamente, pelo que me foi dito, vocês não definiram as regras do jogo, então ele não trapaceou, você que foi trouxa.

— De que lado você está afinal, Lily?

— Não sabia que tinha que escolher um lado. Desde quando isso virou Star Wars?

— Nesse caso o garoto da festa estaria levando a Doe para o lado negro da força?

— Não, Lene, esse é o lado negro da força, o garoto da festa está tentando levar a Doe para o lado da luz.

— Isso faz mais sentido, então o garoto seria o Luke Skywalker e a Dorc seria a princesa Leia?

— O Luke e a Leia são irmãos, Marlene.

— São? Eu achava que eles eram um casal.

—Será que dá para parar de discutir sobre Star Wars?- Dorcas levantou-se do chão irritada e sentou-se no sofá abraçando uma almofada felpuda.

— Tudo bem, podemos falar do seu encontro então.

Antes que a loirinha tivesse a chance de xingar Marlene, Mary entrou no apartamento apressadamente mordendo o lábio inferior.

— Que bom que vocês estão aqui, precisamos conversar.

— Sobre o que?- Indagou Lily levantando uma das sobrancelhas inquisitivamente.

Mary não respondeu de imediato, primeiro tirou a casaco que estava usando, jogou as chaves e o celular na mesinha de vidro e só então virou-se para encarar as amigas com cara de preocupação.

— Não marquem nada para hoje a noite, temos compromisso.

— Outra festa? Por que se for isso, saiba que eu definitivamente não estou com vontade de ter que-

— Não, não é isso, Dorcas.

O olhar que Mary lhe lançou fez a espinha da garota gelar. Algo grave estava acontecendo e Dorcas não tinha certeza se queria saber o que era.

— Então o que temos que fazer hoje a noite?- Foi Lily que quebrou o silencio que se seguiu enquanto esticava a mão e pegava um livro na estante próxima a poltrona. Doe sempre invejou o jeito despreocupado e inconsequente da amiga. Parecia que nada a abalava, nem mesmo as situações mais tensas faziam a ruiva perder a pose.

 - O Mike quer ter uma reunião com a gente.

Lily deixou o livro cair no chão e sentou-se ereta na poltrona. Marlene, que até então tinha mantido os braços cruzados e a cara fechada arregalou os olhos em surpresa.

Dorcas apenas soltou o ar preso em seus pulmões e fechou os olhos vendo surgir sobre sua pálpebras a imagem de um homem corpulento e tatuado pronto para lhe fazer mal.

Aquilo não podia estar acontecendo, pensou enquanto sentia uma pontada na cabeça.

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Frank andava despreocupadamente pela lanchonete da Roll and Pitch- pista de patinação que, o garoto sabia, Alice Potter frequentava- enquanto procurava a moreninha com o olhar.

Não foi difícil encontra-la. A jovem estava debruçada sobre uma mesa redonda e pequena, com uma apostilha cheia de papeis de um lado e um grande copo de café do outro.

— Você não deveria se debruçar sobre a mesa desse jeito, baby girl- Frank falou sentando-se em frente a moça que levantou a cabeça levemente e sorriu.

— Por quê? Acha que a mesa pode quebrar?- Alice perguntou antes de tomar mais um gole do café.

— Não, mas você é tão pequena que quando fica debruçada quase desaparece. Mal da para te ver.

— Eu não sou pequena!- A garota exclamou indignada- Tenho uma altura totalmente normal para uma garota de dezoito anos!

Frank gargalhou, jogando a cabeça para trás e apoiando a mão no joelho. Enquanto tentava recuperar o fôlego viu o rosto vermelho da Potter mais nova e suas bochechas infladas de raiva.

— 1,59 não é uma altura tão normal assim, baby girl.

— Pare de me chamar de baby girl, Longbottom! Só o James me chama assim! O que você veio fazer aqui além de me irritar?

— Nada, hoje eu tirei meu dia só para te ver.

Dessa vez, o rosto da garota se coloriu com um leve rubor de vergonha e timidez.

— Não pense que essas cantadas baratas vão me fazer esquecer minha raiva pelos comentários anteriores, Frank.

— Pelo menos você parou de me chamar de Longbottom- Desviou os olhos para a apostilha que a jovem olhava atentamente momentos antes- O que é isso?

— Nada- Disse simplesmente- Só meu caderno de fotografia.

— Posso?- Perguntou o jovem levantando levemente o objeto. Alice meneou a cabeça lentamente dando permissão para Frank folhea-la livremente.

— Você é incrível!- Exclamou vendo o conteúdo da apostilha fascinado- Deveria com certeza investir nesse ramo.

— Obrigada, Frank.

— Vai ser fotografa então?

— Na verdade não, eu estou no segundo ano da faculdade de jornalismo.

— Segundo ano?

— Sim- respondeu animadamente- Eu pulei um ano do fundamental.

— Uau, então você é um gênio, Lice.

— Não exatamente um gênio, sou esforçada, digamos assim.

— Mas por que jornalismo se você é tão boa fotografa?

— O jornalismo sempre me fascinou, e tem um pouco a ver também com a fotografia, está meio que conectado, sabe? E eu sempre gostei de investigar, descobrir, e, principalmente, escrever. Foi a profissão que conseguiu unir tudo que eu amava. Mas chega de falar de mim, Frank, e você? Faz faculdade? Curso? Estagio?

— Nop- Respondeu sem hesitar- Na verdade trabalho em um clube não muito longe daqui como ajudante.

— Ajudante de que?

— De tudo na verdade. Sou um ajudante/faz-tudo.

— Que legal!

— Nem tanto. É cansativo e chato.

— Mas ainda assim é um emprego, então...

— Espera um pouco, não foi pra isso que eu vim, Mrs. Potter. Se eu não me engano você prometeu me ensinar a andar de patins, o que não vamos conseguir fazer sentados aqui, não é?

— Claro- A jovem falou dando um tapinha na própria testa- Levante daí, jovem Longbottom, por que agora sua vida sobre rodas vai começar- E encaixou sua mão na do mais velho puxando-o pela lanchonete.

Vendo aquela mão pequena e quente junto a sua, Frank não conseguiu evitar que um pequeno sorriso se espalhasse pelo seu rosto.


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Notas finais do capítulo

Seria super legal ter um comentário, então, fica a dica ai.
Beijinhos sabor chocolate.



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