Simplesmente aconteceu... escrita por Brêh SF


Capítulo 45
O amor/ Amizade prevalece ♡


Notas iniciais do capítulo

"Diz uma lenda chinesa que amizades verdadeiras são como árvores de raízes profundas: nenhuma tempestade consegue arrancar."
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***
Ivana acordou atordoada, nao sabia onde estava e porque estava cheia de aparelhos, era como se houvesse acordado de um sonho ruim. Lentamente ela abria os olhos e tentava identificar cada rosto que só conseguia ver como sombras.
— Não se esforce. Atalhou alguém ao ver que Ivana tentava se levantar.
— Que bom que acordou. Disse outro acariciando as mãos dela.
— Vou avisar o doutor. Falou outra pessoa saindo do campo de visão de Ivana...
...Outra vez Ivana tenta abrir os olhos, desta vez, mais suave, sua visão estava limpa e poderia ver quem estava ali. Felipe, Gabriela, Horácio, Benita, Henriqueta e sua mãe Isabel, todos estavam ali, aliás nem todos, faltava alguém.
— Alonso... Onde está? Ela perguntou ainda com fraqueza.
— Está na cantina meu anjo, ele passou a noite acordado aqui esperando você acordar, precisava tomar um café forte. Respondeu Isabel acariciando a franja da filha, sentia uma enorme felicidade em vê-la outra vez.
— Eu vou chamá-lo. Disse Henriqueta contente.
— Como se sente amiga? Perguntou Gabriela se aproximando da cama a qual estava Ivana.
— Me sinto fraca, mas... não sinto fome. Ela respondeu tentando ficar sentada na cama, rapidamente Horácio a ajudou. - Obrigada.
— Você esteve bastante debilitada minha linda, agora está tomando vitaminas. Disse Benita apontando para o soro. - quando acabar, verá que sentirá muita fome.
— Porque tantos aparelhos? Perguntou se olhando e via que estava com algumas agulhas e aparelhos médicos.
— Como Benita disse, você esteve bastante debilitada, você precisou desses aparelhos para fortificar você e meu neto... Ou neta.
E então Ivana arregalou os olhos, lembra-se que antes de a encontrarem estava muito fraca, no que poderia lesionar seu bebê.
— Meu bebê.. Es.. Está bem não é? Estava ela com medo de ter perdido seu filho.
— Calma filha, seu bebê esta muito bem. E então Isabel pôs a mão sobre o ventre dela. - essa sementinha tem sede de vir ao mundo. Finalizou sorridente, o que fez Ivana abrir um sorriso aliviada.
— Eu estava com tanto medo de perder meu bebê, pensei que não aguentaria...
— Mas que bom que aguentou, os dois. Disse Felipe dando um beijo na testa de Ivana carinhosamente. - ...agora acabou, você não vai passar por isso outra vez.
— Rodrigo fora preso?.. Perguntou, mas num relance, sua memória voou até a última vez que viu as coisas.
Lembrou que antes de apagar viu Alonso apontar uma arma para Rodrigo e então ouviu um grande estrondo, um medo lhe percorreu por pensar que seu Alonso houvesse o matado.
— Não me diga que Alonso...
Ela mal completou sua frase, pois seus olhos correram para a porta se abrindo. Seu Alonso adentrava aquele quarto de hospital, ele parecia ter tomado banho pois seus cabelos estavam molhados e usava calça com uma blusa de mangas longas branca,seu semblante estava cansado, indicando que realmente passara a noite sem dormir, aliás, não somente aquela noite mas como as noites em que Ivana ainda estava sequestrada. Ele entrou e deu um enorme abraço nela, mas com muito cuidado para não machucá-la.
— Meu amor, eu fiquei tão feliz que acordou e que está aqui, e que está bem, eu...
— Você matou Rodrigo? Ivana disparou e então todos que estavam ali sairam para deixar que os dois conversassem.
Alonso deixou de abraçá-la e a olhou incrédulo, não acreditava que ela estava o perguntando algo assim .
— O quê?
— Você o matou?
— Não, eu..
— Antes de apagar, eu vi você apontando uma arma pra ele e em seguida ouvi um tiro e..
— Não, eu... Não o matei, eu ia fazê-lo, estava disposto mas... Alonso se afastou e ficou olhando a janela como se lembrasse de algo. - ele, ele se matou. Ivana olhou Alonso e tentou pensar nessa possibilidade de Rodrigo ter tirado a própria vida mas, ele não o faria com os planos que tinha em fugir.
— Mas como... Ele..
— O delegado e seus policias tinham um plano e iam executar mas, ao ver você tão fraca e a mercê daquele crápula, não pensei duas vezes em tirar a arma da mão de Horácio e atirar em Rodrigo. Só que ele fora mais rápido, e levou o revólver até sua cabeça sem hesitar e atirou. Ninguém imaginaria que ele o faria mas, pensando bem, Rodrigo é daqueles que se mataria de qualquer jeito se ficasse preso, ele não ia suportar que o tinham derrotado e se matou antes que o levassemos para a cadeia. Alonso finalizou sentando na beira da cama de ferro digna de um hospital a qual Ivana estava e segurou as mãos delicadas dela.
— Mas, você ia mesmo matá-lo? Buscou confirmar.
— Por você e meu filho eu mataria. Ivana se assustou abrindo o máximo seus olhos verdes. Alonso riu cansado. - Mas, confesso que não dormiria sabendo que matei uma pessoa, não é do meu feitio.
— E claro que não. E então, Ivana selou seus lábios nos dele. - que saudades eu estava de você.
— Você não sabe o quanto sofri por esses dias sem ter você, sem saber de você, foi agoniante. Ele a deu um selinho.
— Nosso bebê é forte, me fez aguentar tudo. Alonso então passou a mão no ventre dela.
— Poderíamos chamá-lo de Davi se for menino, por lutar pela vida mesmo ai do seu ventre, por enfrentar o golias que seria esse episódio com Rodrigo e sair vencedor. E Vitória se for menina, por ter aguentado tudo isso e ser uma vitoriosa ao final.
Ivana o olhou emocionada, Alonso fizera ótimo significado dos nomes que condizia com a situação, ela o admirou por isso.
— Eu amei os nomes amor. E então ela lhe deu um casto beijo, precisava sentir seu beijo outra vez.
— Meu amor.. Disse ele separando seus lábios, algo o estava incomodando. - me diga, Rodrigo não... Ele.. Bem, ele não..
— Não conseguiu. Disse ela ao entender ao que ele queria se referir. E então suspirou aliviado.
— Bem é que eu a vi com a blusa rasgada e então eu..
— Ele tentou, por isso rasgou minha blusa, mas eu desmaiei e quando acordei ele esta bravo por não ter realizado seu ato.
— Eu fico tão aliviado, você é meu tesouro tem que ser tocada com carinho e... Somente eu posso tocá-la. Diz ele deixando vários beijos no pescoço dela, que sentia suas forças sendo revigorada somente com aqueles toques.
— Mas, como me encontraram? Diz ela fazendo ele parar com as carícias e então a olhar.
— Bom, alguém nos ajudou.
— Quem?
— Uma pessoa que eu não imaginava que o faria mesmo porque havíamos ido atrás para pedir ajuda e ela havia recusado.
— Ela? Pergunta Ivana confusa.
— Sim....
— Com licença, vejo que está bem melhor, logo, logo lhe darei alta, mas não hoje, ainda precisamos fazer uns exames para que tudo esteja em ordem. Diz o doutor entrando no quarto de hospital.
— Claro doutor. Assente Alonso.
— Vou apenas tirar essas agulhas, mas deixarei o soro vitaminado você precisa está bastante fortificada para comer bastante por você e pelo bebê. Fala o experiente retirando alguns aparelhos de Ivana.
— OK doutor, mas, eu não irei comer tanto a ponto de ficar uma bola não é? Perguntou Ivana receosa e Alonso riu da expressão divertida que fizera sua amada.
— Não. Ele deu um pequeno sorriso. - apenas comerá o suficiente para repor tudo o que perdeu nesses dias, precisa de carboidratos saudáveis para aumentar sua energia. Finaliza ele colocando os aparelhos em uma bandeja de carrinho.
— Certo, quanto a isso eu estarei pendente Doutor. Diz Alonso dando um beijo na testa dela.
— Ótimo, bom senhor Alonso, você precisa sair, ainda há uma pessoa que quer visitá-la e, depois cancelaremos as visitas para iniciar os exames com a paciente.
— Ah, claro. E então Alonso virou-se para Ivana. - eu estarei lá fora meu amor ,qualquer coisa manda me chamar. E lhe dá um selinho carinhoso.
— Mas quem é essa pessoa doutor?
— É uma moça, diz ser sua amiga. Daqui a pouco ela entra. Vamos Senhor Alonso?
Alonso assentiu e logo pensou que essa moça seria Valentina, seria bom que conversassem.
Ivana fizera os exames e aguardou um tempo sozinha, até que fora informada de que a próxima visita entraria para vê-la. A porta se abriu e ela pôde ver a amiga que havia perdidos por alguns meses .
— Va-valentina? Gaguejou.
Valentina entrou no quarto com um semblante triste mas que ao mesmo tempo poderia notar-se o brilho em seu olhar por poder está próximo a sua melhor amiga outra vez sem sentir nenhum rancor ou mágoa.
— Sim, Ivana. E então ela não esperou e mergulhou em uma abraço afetivo com Ivana, ambas choravam, mesmo Ivana estando confusa, suas lágrimas não deixavam de cair, pois aquele era um momento que ela desejava desde que romperam com a amizade.
— Valentina eu...
— Me desculpa Ivana, por tudo ,eu não deveria nunca ter feito mal algum a você, à pessoa que mais me acolheu na vida desde que meus pais se foram. Me perdoa. Disparava Valentina ainda no abraço de sua amiga. Ivana então a tirou delicadamente do abraço e a olhou carinhosa.
— Hey, não tenho nada que te perdoar, você é minha melhor amiga e eu amo você.
— Eu também amo muito você. E então as duas se abraçaram outra vez e ficaram assim por um bom tempo.
Elas estavam em silêncio apenas sentindo boas energias passar por elas naquele abraço. Depois de alguns minutos dessa maneira, Ivana desprendeu-se dela. E a olhou com cuidado.
— Imagino que você tenha dito meu paradeiro, porque Alonso me disse que alguém os havia ajudado e se referiu alguém como "ela",e pelas circunstâncias só pode ser você. Estou certa? Ivana quis saber.
— Sim. Assentiu Valentina tímida.
— E como sabia do meu paradeiro?
— Vou te contar.
E então Valentina sentou-se na beirada da cama, buscando um jeito de contar tudo para Ivana, do exato momento em que caiu em si.
Flashback on// dia anterior.
Valentina estava inquieta, se sentia mal por Ivana está na situação em que estava. Seus pensamentos lhe perturbavam. Pegou várias vezes o telefone mas não tinha coragem de discar qualquer número, e o pôs no gancho novamente, fez esse processo por diversas vezes, até Rita perceber a inquietação de sua menina.
— O que aconteceu menina? Indagou-a passando delicadamente suas mãos pelos os cabelos de Valentina.
— Eu não sei o que fazer Rita, estou confusa. Disse tentando discar alguns números, mas logo desistiu.
— Quer ligar para alguém e não consegue é isso? Quer que eu o faça?
— Não, eu teria de fazer isso sozinha, mas não consigo. Falou deixando o aparelho pelo o sofá e caminhando até cozinha. Abriu a geladeira e bebeu um copo grande de suco de maracujá, na tentativa de se acalmar.
—Você está bastante agitada querida. Falou Rita, observando Valentina. - Precisa se acalmar, pelo o seu bebê.
— Sei, sei... Mas Ivana está lá, sofrendo nas mãos daquele..... daquele.... Arg!! Exclamou irritada andando apressada para sala, sentando-se no sofá. Rita a acompanhou.
— O pior que aquele monstro é pai do seu filho...
— Ele nunca vai saber! Interrompeu.
— Fico feliz que minha menina tenha caído em si mas, cedo ou tarde ele saberá.
— Não, eu não quero um bandido sendo pai do meu filho. Alonso seria um ótimo pai. Diz ela pensantiva.
— Mas você havia desistido dele, porque agora?
— Calma Rita, eu só disse que ele seria um bom pai. Alonso é um homem maravilhoso, mas eu ja superei, percebi que se fosse pra ser meu, seria. Talvez pelo medo de não encontrar um homem que me levasse a sério, eu não queria perdê-lo, porque homem como ele é muito difícil, mas, acredito que o meu deve está por aí..
— Quem sabe bem mais perto do que você pensa. Valentina assentiu com um grande sorriso esperançoso. Num repente, o celular dela começa a ecoar.
— Alô?
— Oi minha querida, como vai seus planos?
— Rodrigo?
— Exatamente. Dizia ele com sua voz grossa e maliciosa.
— Porque me ligou? Eu posso mandar rastreá-lo seu imbecil. Diz bastante brava.
— Hum, sei que não o faria, e mesmo assim não fico com o mesmo número você sabe. Só liguei pra dizer que meu plano está perfeito, e que você tem que me agradecer por deixar o caminho livre pra você.
— Não tenho nada que agradecer. Saiba que eu me arrependo por ter me juntado a você e ter contribuído para que Ivana passasse por tanta coisa. Eu odeio você.
— Olha só, toda revoltada. Já sei, o engomadinho não quis saber de você não é? Ah, claro, você é muito pouca mulher na frente de Ivana. É uma pena que você não tenha se dado bem...
— Olha eu.. Alô?... Alô? Desgraçado, desligou.
— Retorna. Disse Rita.
— Não dá, ele ligou restrito e com certeza quebrou esse chip. Valentina se encostou frustrada no sofá, as palavras maldosas de Rodrigo não lhe atingiam mais, mas temia por Ivana.
Por pensar em todos os momentos que passou feliz ao lado da amiga, levantou decidida, não deixaria Rodrigo se safar. Ela saberia o que fazer e assim pegou as chaves do seu carro sem esperar Rita pronunciar qualquer coisa...
Ela chegou à grande mansão de Alonso, e quase não a deixavam entrar, mas ela os dissera que queria ajudar no resgate de Ivana. Estavam ali além de Alonso, Horácio e o delegado Montesinos.
— E então, o que você pretende? Iniciou Alonso ,sua expressão era cansada e triste.
— Eu sei onde Ivana está. Ela disse e os olhos de Alonso reluziram em esperança, mas ainda assim desconfiava dela.
— Você não pense em me enganar, eu..
— Não estou querendo enganar ninguém. Finalmente caí em mim e percebi que fui uma idiota em me unir com Rodrigo, agora sei que minha amizade com Ivana vale muito mais do que qualquer coisa. Ela disse sincera.
— Então nos diga, onde a senhorita Ivana possa está? Perguntou o delegado sem rodeios.
— Bem, eu já não estava mais com Rodrigo, quando Horácio e o delegado foram atrás de mim, eu disse a verdade quando disse que não estava mais com ele, mas, eu omiti o fato de eu saber onde ele tinha levado Ivana..
— Mas se você não estava mais com ele, como pode dizer que sabe onde ele levou Ivana, ele contou pra você de boa vontade? Horácio questionou de forma irônica.
— Eu o segui. Bem, eu não queria que nada de ruim acontecesse com Ivana, mas, eu sabia que ele iria fazer algo, mas como eu não sabia onde o encontrar, então resolvi ficar vigiando Ivana, pois sabia que ele iria atrás dela. Foi então que fiquei de tocaia na clínica onde ela trabalha. Ao ficar esperando ela sair, minutos antes eu vi alguém todo suspeito, estava todo de preto e encapuzado. Logo deduzi ser Rodrigo. Ele não me viu em nenhum momento e então foi quando ela saiu e antes que pudesse entrar em seu carro ele a atacou, colocou algo no nariz dela que a fez perder os sentidos e a jogou no banco de trás do carro dela e no mesmo ele partiu... Com ela. Eu então o segui, e parei um pouco longe quando ele entrou em um beco deixando lá o carro de Ivana, logo um outro carro havia chegado e ele entrou nele com ela, os segui novamente e foi então que percebi que estavam saindo da cidade, mas para a minha surpresa ele entrou em uma mata muito afastada e de longe eu os vi entrar em uma casa caindo aos pedaços...
Valentina parou de falar sentindo um nó na garganta, Alonso porém nada falou.
— Eu poderia os ter avisado naquele dia mesmo, mas, eu estava em guerra comigo mesma, e não consegui entregá-lo, foi então que voltei pra cidade sem fazer nada. Eu me senti suja, senti raiva de mim mesma por não ter dito a verdade, mas eu não conseguia, acho que eu queria que Ivana sofresse, embora meu coração dissesse para que eu não deixasse... Ele então me ligou hoje de um número restrito, penso que ainda está no mesmo local, deve está programando de como sair do país com todos os cantos cercados e antes que seja mais tarde eu vim dizer-lhes a vocês e, pedir teu perdão Alonso, eu fui fraca, mas me perdoa.
Alonso levantou-se inquieto queria ter de gritar com Valentina, pois ela poderia ter livrado sua Ivana, mas, ela estava sendo sincera, sentiu isso.
— Que bom que caiu em si, e não tenho nada que perdoar. Nos leve agora mesmo até esse local. Delegado, vamos agora?
— Claro, vou contatar os policiais para nos encontrar no caminho, Horácio mande reforçar a vigília de todas as vias de fuga, aeroporto, rodoviária, todos os pontos... vamos cercar Rodrigo.
— Está certo, vou fazer isso agora mesmo.
E então Alonso avisou sua mãe que logo avisou Isabel, as deixando com esperanças e na expectativa de que tudo ocorreria bem.
Chegaram na tal mata praticamente no finalzinho da tarde, Valentina os levou mas não queria ficar ali, e então o delegado a liberou para que fosse embora. Eles cercaram todo o casebre e foi o momento que Rodrigo saiu com Ivana nos braços...
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O estrondo ecoou tão forte que pássaros se espantaram batendo asas para longe. Rodrigo atirou em sua própria cabeça...
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Flashback off.
— Obrigada. Se não fosse você eu morreria e meu bebê também. Disse enfim Ivana, após ouvir atentamente Valentina.
— Eu poderia ter feito muito antes mas... Ela não conseguiu falar porque as lágrimas outra vez se faziam presente.
— Oh, não chore, já passou. Aqui estamos nós, como boas amigas novamente. Disse Ivana carinhosa.
— Ah, Ivana, você é a melhor pessoa. Alonso tem sorte em ter você. E você será a melhor das mães, eu tenho certeza. Ela disse buscando controlar as lágrimas, abrindo um enorme sorriso.
— Você encontrará alguém que te ame como merece, e sim, você também será uma ótima mãe. Valentina então se afastou olhando para o nada pensativa, Ivana logo se preocupou.
— Está tudo bem?
— Sim, é que... Ela pigarreia. - a verdade é que estou grávida. Ivana abre a boca em forma de um "O" e então Valentina dispara. - e é do Rodrigo.
— Sério? Ivana parecia não acreditar, fora uma surpresa e tanto.
— Sim, eu não queria... Digo, que fosse dele, mas aconteceu e, eu não posso culpar essa criança pelo o meu erro, não é mesmo? O bom, é que esse bebê me fez enxergar as coisas como são e eu quero tê-lo, mesmo sendo Rodrigo o pai, eu já o amo. Disse ela passando carinhosamente suas mãos pelo seu ventre que ainda não crescera assim como o de Ivana.
— Estou tão feliz, uma criança é uma bênção. Agora, Ivana é que se mergulhava em lágrimas, e então Valentina a abraçou e deu-lhe um beijo na testa. - Não é maravilhoso? Vamos ser mães em um mesmo tempo. Disse sorrindo.
— Sim, é maravilhoso.
— Mas se Rodrigo estivesse vivo, você o contaria?
— Não. Ele jamais saberia, não o queria perto de mim outra vez, muito menos do meu filho. Respondeu firme.
— Bom, Rodrigo não é mais um problema, mas deixou sua semente e que com certeza puxará a mãe, linda, inteligente e boa. Valentina riu feliz.
— E eu vou batalhar para que ele ou ela seja uma boa pessoa. E então as duas se abraçaram outra vez, era um momento perfeito.
— Com licença. Alonso disse interrompendo aquele clima de reconciliação.
— Oi meu amor, olha você sabia que Valentina está grávida também? Disse Ivana animada.
— Sim, eu soube, ela me contou. Disse ele dado um beijo na testa de sua amada.
— Bom, eu vou indo, ainda tenho que passar no hospital, tenho plantão hoje. Ivana, muito obrigada por tudo, nos veremos pronto.
— Obrigada você amiga e assim que sair daqui, iremos programar algo juntas.
— Claro que sim. Até logo.
— Valentina? Alonso a chamou quando a mesma já se dirigia para sair.
— Sim?
— É que, o delegado Montesinos me pediu para que te desse isso. E então ele estendeu um cartão na cor vermelha com os dizeres :
" Senhorita Valentina, você fora muito corajosa, saiba que você tem um admirador, aceitaria a jantar comigo? Se possível contate-me em meu celular (xx) xxxx-xxxx.
Carinhosamente: José Miguel Montesinos."
Valentina sorriu, era estranho como seu coração acelerou. Ivana entendeu a expressão da amiga e então cutucou Alonso que piscou para a amada. Talvez um novo romance nasceria ali.
— Obrigada Alonso.
— Por nada. E então Valentina se despediu do casal.
Os exames de Ivana significaram que tudo com ela e o bebê estava bem, logo fora liberada para comer algo, Alonso se prontificou em cuidar do alimento de sua amada que comeu exatamente tudo com gosto. Logo recebera mais visitas ,até mesmo dona Matilde fora vê-la e demonstrou o grande carinho que tinha por ela. Ivana nesse tempo teve outra notícia de que Horácio e Gabriela estavam juntos, o que a deixou bastante feliz pela a amiga, e Felipe teve de voltar para a fazenda pela demanda que estava tendo de trabalho.
Dois dias depois, Ivana recebera alta, estava revigorada e pronta para continuar sua vida. Ao chegar em casa se deparou com uma festa de boas vindas, recebendo todo o carinho de seus conhecidos.
Mais tarde, Alonso levou Ivana até seu quarto para que ela descansasse, arrumou os lençóis e esperou que ela saísse do banho. Minutos depois, ela saíra do banho já em sua camisola.
— Hum, que prendado. Disse ela divertida, ao ver seu amado organizando a cama para que ela deitasse.
— Seu noivo tem muitas qualidades. Disse ele fazendo pose o que fez Ivana rir. Vem, deita. E então ela sentou na cama e Alonso fez o mesmo.
— Eu estou tão feliz de está aqui com você. Ela falou alisando carinhosamente o rosto dele.
— Você não sabe a saudade que eu tava desse olhar, que me trás paz, calma. Ah, Ivana eu te amo tanto.
— Eu também te amo muito.
— Temos que marcar a data do casamento, amor, estou louco para está com você na mesma cama todos os dias. Ele diz se aproximando dela a dando um beijo rápido.
— Amanhã mesmo eu posso ver na igreja e no cartório os dias disponíveis. Logo porque eu gostaria de casar antes do barrigão. Disse alisando os cabelos dele.
— Ah, será a noiva mais linda de barrigão. Ele depositou um beijo no ventre dela. E eu irei atrás das alianças e sobre a festa, será que pode deixar a cargo de minha mãe? Você sabe que ela é fanática em organizar festas.
— Claro, eu não saberia. Mas temos que dizer que não queremos algo grande.
— Diremos a ela. Bom eu irei deixar você descansar antes que dona Isabel pense outra coisa. Ivana sorriu.
— Mas você pode ficar só mais um pouquinho? Pediu Ivana manhosa.
— Como resistir a esse rostinho? Claro, ficarei até que adormeça, velarei o sono da minha mulher, mãe do meu bebê. E então ele deita ao lado dela na cama. Ivana se posiciona de costas para ele trazendo os braços fortes dele para sua cintura, dessa maneira ela se sentia segura.
Alonso esperou Ivana adormecer, e vagarosamente ele saiu da cama, a olhou e viu que dormia serena. Ela era mesmo seu grande amor e agora que estava esperando um filho dele se sentia muito mais feliz. Batalharia para tê-los sempre por perto, e mantê-los seguros. Ele pôs-se de pé admirando-a e então colocou suas mãos nos bolsos para admirá-la, foi aí que percebeu que havia algo em seu bolso, ele tirou dele o cordão com o pingente da virgem de Guadalupe que Ivana havia perdido. Ele sorriu ao lembrar do momento em que havia dado e então de maneira delicada ele pôs novamente no pescoço dela, Ivana remexeu-se mas não acordou e então ele selou carinhosamente os lábios dela.
— Agora sim meu amor, eu e a Virgem iremos protegê-la... E dessa vez não iremos falhar. Ele sussurrou, logo saindo dali deixando sua Ivana dormir tranquilamente.


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Notas finais do capítulo

E então amadas? Gostaram, espero que sim, bjs no core



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