Ice escrita por Cherry Pitch, Blackinnon Squad


Capítulo 2
Capítulo Um


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem! :)



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Sirius abre os olhos, e logo os fecha novamente pelo excesso de luz. A noite anterior... Ah, sim! O moreno sorri e olha para o seu lado, encontrando exatamente o que supunha: o corpo de Mary McDonald ao seu lado. O sol refletia na pele negra dela, e a deixava incrivelmente bonita. 

O Black sai da cama, caminhando até o banheiro, com os lençóis embolados aos seus pés. Ele não precisava nem admitir que ainda estava acabado por causa da noite anterior, tanto pelas bebidas quanto por... Bem... Quanto por suas atividades noturnas junto a Mary. 

Sirius escova os dentes rapidamente e atravessa o quarto, checando as suas atualizações no celular e... Merda, era Minerva! Ela tinha descoberto que ele tinha saído. Sirius estava ferrado, e ele sabia disso. 

— Sirius! Venha pra casa agora! — O Black consegue ouvir Minerva exclamar, mas... Ela não parecia com raiva, ela parecia... Com medo? Preocupada?

— Minnie. O que está acontecendo? O que aconteceu?

— Foi... O Regulus, Sirius! Ele desapareceu! Ele fugiu! E você por acaso já olhou as notícias do dia?! Venha pra casa o mais rápido possível, e olhe as notícias no caminho. —Minerva para de falar alguns segundos, e Sirius conseguia ouvir a respiração desta pelo telefone. —Eu achei que... Eu achei que você também... Também tivesse desaparecido.

A respiração de Minerva estava pesada, e Sirius estava prestes a xingar um palavrão bem alto. Mas Minerva não poderia escutar, e Mary poderia acordar com o barulho também. 

— Eu... Eu estou bem, Minerva. Eu não estou desaparecido, e estou indo 'praí. Não... Não se preocupe comigo. 

Sirius desliga o telefone antes mesmo de ouvir a resposta de Minerva. Ele precisava ir pra casa. Sua cabeça estava girando e, daquela vez, ele tinha certeza que a causa definitivamente não era o álcool que ingerira na noite anterior.

 

[...]

 

Regulus continuava andando em frente pelas ruas de Londres, tentando se encontrar. Afinal, ele não costumava sair com tanta frequência. Olhando o relógio, ele se questiona sobre quanto tempo a polícia demoraria para começar as buscas, quanto tempo Sirius ou Minerva demorariam para notar sua ausência. 

Provavelmente pela manhã, Regulus pensou, enquanto assoprava o ar. Por mais estranho que parecesse, aquilo o acalmava, se o fizesse repetidas vezes. Naquele momento, não o acalmava tanto, mas era o que mais o fazia.

Regulus faz sinal para um táxi que passava pela rua, e este para. Ele abre a porta e se acomoda no banco do carro, e este parece estar novo. Estava com cheiro de recém-adquirido, e os bancos não estavam rasgados ou gastos, ou algo que mostrasse uso constante.

— Somerset House, Strand... —Regulus começa a dizer, mas o motorista o interrompe.

— Eu sei onde a Somerset House fica, garoto. — O motorista (a carteira de motorista colada no vidro o identificava como Edward Johnson) para de falar alguns segundos, encarando Regulus pelo retrovisor. — Você não é aquele...?

— Não. —Regulus se antecipa, rapidamente, mas resolve completar: —Muita gente confunde, mas somos parecidos fisicamente. Só isso. Nenhuma relação.

Edward assente e começa a dirigir. Regulus começa a sentir o movimento do carro, e a observar os prédios de Londres. Ele ainda estava confuso. Não sabia onde iria, até quando o dinheiro duraria. Não poderia nem mesmo arranjar um emprego, por vários motivos. Regulus era menor de idade, e era conhecido por mais da metade da Grã-Bretanha. A polícia provavelmente colocaria cartazes, e faria campanhas para que ele fosse encontrado. Seu rosto e seu nome provavelmente estariam em todo lugar, e as perguntas não seriam sutis como a do taxista.

Além da culpa que o consumia. 

Seus pais estavam mortos, Sirius e Minerva preocupados em casa. 

Regulus era um peso para todos. Era apenas uma preocupação. Não fazia nada de útil, e quando tentava... Era uma tragédia.

Regulus puxa os cabelos para trás, tentando se concentrar em seu objetivo, mas... Qual era ele? Qual era seu objetivo?  

Edward, o taxista, para o carro, e Regulus confere o dinheiro que estava em sua mão. 

  — Garoto, você sabe que a casa está fechada agora, não é?  Ainda são... — Regulus consegue ver que Edward está checando o horário em seu relógio. — Sete e meia da manhã. Você sabe, não sabe?  

Regulus assente com a cabeça. 

  — Eu só vou ficar um pouco, e do lado de fora. Não vou fazer nada demais, não... Não precisa se preocupar.

  — Não estou preocupado contigo, garoto! —Edward diz. —Só sei que eu posso me meter em problemas se você entrar aí e fizer merda, então eu realmente espero que você esteja falando a verdade. 

Regulus observa enquanto Edward fecha o vidro do carro, e observa este até que se transforme em apenas um pontinho colorido no final da rua. Regulus suspira. Ele realmente queria evitar que o taxista tivesse problemas, afinal este não parecia uma pessoa ruim.

O problema era que... Regulus precisava fazer aquilo, e parecia, sim, ser uma pessoa ruim.

Por mais que tentasse, nunca conseguiria. Sempre seria um peso para todos.


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Notas finais do capítulo

Só para esclarecer, a Somerset House existe mesmo. E também só para esclarecer, tudo que aparece sobre Regulus, coisas como o final do capítulo, são da cabeça dele. Eu não acho nada daquilo.

Beijos!!! E, como sempre...

Mereço reviews? ♥



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