Unchained escrita por LouisPhellyppe


Capítulo 6
Sad Birthday


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, espero que gostem desse capítulo.

Ele não é tão emocionante como os outros, mas é pessoalmente meu favorito kkkk

Boa leitura :3



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— Mamãe? Papai? Onde vocês estão? Por que aqui está tão escuro? - Pergunta a pequena menininha perdida na escuridão.

— Eles não estão aqui! - Diz uma voz feminina.

— Elizabeth? É você? - Pergunta a criança começando a ficar assustada.

— Sim Maeve. Mas seus pais não estão aqui. Só eu estou! - Responde a voz de Elizabeth.

— Estou com medo, onde você está? - A garotinha pergunta mais uma vez, assustada.

— Vai ficar tudo bem Maeve. Vai ficar tudo bem minha gatinha. - Elizabeth responde uma última vez.

— Elizabeth! - Chamo por esse nome assustada enquanto pulo de uma cama. Sinto meu corpo um pouco dormente e quente enquanto abro meus olhos. Estava em um quarto escuro que continha a cama em que eu estava, de frente a. Uma penteadeira e com um grande espelho em uma parede. Me assusto quando sinto que estou usando um pijama desconhecido, sem ter que mínima ideia de onde estão minhas coisas.

Ao tentar levantar, ouço ele falando comigo:

— Quem é Elizabeth? - Um homem que estava em uma cadeira do meu lado esquerdo, pergunta. Eu levo um grande susto, por não ter notado que estava alí.

— Nin...ninguém. Quem é você? - Pergunto tirando as pernas de cima da cama para me levantar.

— Não levante agora, ainda está muito fraca. O veneno dela te debilitou bastante! Só conseguiu sobreviver por conta do soro e um antídoto caseiro que eu conheço. Então digamos que você chegou bem perto da morte! -

Ao ouvir isso engulo em seco e noto uma coisa. - Você é o homem de preto. Você que me salvou? - Pergunto curiosa e sentindo minha cabeça começar a doer como se estivesse de ressaca.

— Pode se dizer que sim! - Responde calmamente.

— Você também foi atingido. Como sobreviveu também? - Questiono duvidosa.

— Eu sou como você, mas minhas habilidades são diferentes. Eu tenho 3 vezes a força física de um humano comum. Além de uma resistência muito mais forte que qualquer outra! O veneno era um composto que gerava paralisia dos músculos externos e depois dos internos, por último o coração pararia de bater. - Ele me explica.

— Isso explica o por que eu não conseguia me mover.

— Exatamente. Bom, caso esteja com fome e conseguir se levantar. Estarei lá embaixo a aguardando. Leve o tempo que precisar. - Ele diz serenamente enquanto levanta de sua cadeira e vai indo em direção a uma porta que fica do lado direito da cama.

— Fernando, Certo? - Pergunto antes que ele saia do quarto.

— Sim.

— Obrigada por ter me ajudado. - Digo com um pequeno sorriso no rosto.

— Não foi nada, você ainda terá a chance de fazer o mesmo por mim. - Ele diz de forma simpática, mas sem olhar para trás. Em seguida sai e fecha a porta.

Deito na cama novamente e levo as mãos aos olhos. Estava começando a assimilar apenas agora que ainda estava viva e que foi por bem pouco. Meu ombro estava com um curativo. Provavelmente por conta do ferimento com a flecha. Mas quem era ela, eu me perguntava sozinha. Estava na hora de levantar e procurar por respostas.

O quarto estava um silêncio ensurdecedor, ouvia apenas meus paços descalços no chão enquanto procurava minhas coisas. Me olho no espelho e noto que meus olhos azuis brilhavam bastante, pareciam até ter luz natural. De alguma forma isso realçava meu cabelo rosa.

Abro uma porta ao lado do espelho, que acreditava ser o banheiro e minha bolsa estava lá. Não as roupas que eu usava, mas pelo menos as extras.

Visto uma regata preta, uma calça jeans azul bem escuro e mais uma bota como a que usava, dou uma arrumada no cabelo e abro a porta para encontra-lo.

O quarto ficava em um corredor bem grande. Sua parede era cheia de quadros com pinturas da família que ali morava. Sempre um homem, uma mulher e duas crianças, uma menina e um menino, sempre sorrindo. Dava para notar eles envelhecendo conforme os quadros passavam até os 4 últimos.

Notei que a garotinha dos quadros, parecia feliz nos primeiros, mas apartir de certos quadros, aparentava estar mais indiferente, como se estivesse com raiva de algo.

O quarto quadro antes do final, mostrava a garota totalmente diferente dos outros. Estava com o cabelo bem curto e pintado de vermelho. Não usava mais um vestido como nas outras e sim jeans rasgados e uma jaqueta de couro. Parece que a rebeldia tinha a tomado. Nesse quadro tinha uma nota no rodapé que dizia que a foto havia sido tirada a 5 anos atrás:

"Roberto Rodríguez - 46 anos / Inara Rodríguez - 38 anos / Ashley Rodríguez - 18 anos / Fernando Rodríguez - 15 anos / Junho de 2017"

O anti penúltimo quadro, mostrava apenas 3 pessoas, a mulher, o homem e o garoto, sem a garota. Não pareciam estar felizes, mas ainda tinham um pequeno sorriso no rosto.

O penúltimo quadro era uma pintura e não uma foto como os outros. Era o maior de todos, sendo quase 2 vezes minha altura. Nele havia apenas a mulher, estava com um lindo sorriso no rosto, ela parecia muito linda e feliz. De alguma forma esse quadro me lembrou minha mãe.

O último quadro era do tamanho dos outros e tinha apenas o homem e o filho de mãos dadas. Tinham um pequeno sorriso no rosto, mas pareciam mais infelizes que no de antes. Após esse quadro se encontrava a escada que eu deveria descer e eu a segui. Estava bem pensativa sobre o fato da menina não ter aparecido nos últimos 3 quadros.

No andar de baixo reparo que era uma casa enorme e cheguei na entrada principal. Ouço uma música vindo de um corredor de frente e vou seguindo até um grande salão. No centro tem algumas poltronas e sofás, uma mesa alta de centro e um rádio antigo, que estava tocando músicas dos anos 50 e 60.

Vou me aproximando devagar enquanto olhava em volta todas as coisas brilhantes que ali havia e noto que em uma das poltronas se encontrava o senhor da missão. Ele estava sentado olhando fixamente para o rádio, segurando uma taça de vinho enquanto uma música lenta tocava.

Na direita no salão, tinha a entrada para aparentemente uma sala de jantar e uma cozinha, também enormes. Ali no escuro conseguia notar Fernando, debruçado em um balcão enquanto olhava pela janela e bebia algo.

Fui silenciosamente até a sala de jantar e cheguei próxima de Fernando.

— Você está bem? - Pergunto me aproximando devagar e me debruçando no mesmo balcão.

— Sim. É que hoje é um dia meio sensível para meu pai e eu acabei deixando me levar também. - Ele responde ainda olhando pela janela.

A vista era de uma avenida bem movimentada, cercada de algumas árvores. Já que estava de noite, era possível reparar a luz externa refletindo em seu rosto, fazendo parecer mais bonito que ja é.

Ele se desencosta, da um último gole em seu copo e o devolve no balcão. Em seguida levanta e vai andando em direção a sala aonde estava o senhor.

Na sala havia poucas luzes acesas, o suficiente para alguém normal enxergar ele, o rádio e as poltronas.

— Eu vi os quadros lá em cima. Era sua família? - Pergunto um pouco receosa por estar me intrometendo em um assunto aparentemente sensível.

— Sim. Costumava ser, até o falecimento de minha mãe. Os dias costumavam ser mais coloridos do que está vendo aqui. - Ele diz enquanto chegamos até duas poltronas. Ele senta em uma e eu em outra. Achei estranho ele não ter citado a garota que não aprecia nos outros 3 quadros, mas não toquei no assunto.

— Meus pêsames por isso. Eu sei bem o como se sente. - Digo com um pequeno peso no coração por realmente saber o que ele sente.

— Hoje seria o aniversário de 43 anos da minha mãe. - Ele diz enquanto fitava o rádio, igual a seu pai.

— A quanto tempo faz isso? - Pergunto falando baixo.

— Três anos! - Responde o senhor, enquanto ainda fitava o rádio. Eu e Fernando viramos o olhar devagar para o ver falando. - Ela era uma das melhores médicas do país. A pessoa mais gentil e dócil que já conheci em minha vida inteira.

— A 4 anos ela foi chamada para trabalhar como médica de campo para as Forças Unidas e salvou muitas pessoas da morte certa. - Completou Fernando enquanto virava o olhar para suas mãos cruzadas. - Três anos atrás, sua equipe foi atacada em uma emboscada e nos disseram que não houveram sobreviventes.

Nessa hora parei para pensar na coincidência do acontecimento entre a mãe de Fernando e Elizabeth. As duas trabalhavam para as Forças Unidas e morreram em uma emboscada. Talvez pudessem trabalhar na mesma equipe.

— Ela adorava essas músicas antigas! - O senhor dizia enquanto ainda fitava o rádio e tomava um gole do vinho em sua taça.

Um silêncio se estabeleceu por alguns segundos na sala, até que o senhor levanta e desliga o rádio. Olhamos para ele enquanto toma o último gole de sua taça e diz:

— Bom...garotos, estarei lá em cima no escritório! Vou deixar vocês a sós para poderem conversar sobre suas missões e se conhecerem. Agora que vão ser parceiros. - Assim que termina vira as costas e vai andando bem devagar até o corredor por onde vim.

Volto a olhar para Fernando e ele estava fitando o rádio como seu pai, dessa vez desligado.

— Quem era aquela mulher de ontem? - Pergunto cruzando os braços e olhando para ele.

— Seu nome é Skye. É uma das infiltradas do Reino Unido. Consegue falsificar informações e haquear sistemas como se fossem brinquedos de criança. É um gênio da tecnologia e excelente lutadora corpo a corpo. - Ele diz sem olhar para mim.

— Como sabe de tudo isso? - Questiono.

— Eu já vinha estudando seus passos a alguns meses. Já trabalhava como agente para as Forças Unidas antes de passar pelo experimento do soro. - Ele conta.

— Ela parece ser extremamente​ perigosa! - Digo enquanto engulo em seco.

— E é. Eu ainda não sei qual seu objetivo infiltrada aqui. Se seria roubar informações ou atrás de alguém em especial.

— Mas ela estava atrás do seu pai!

— Sim, mas por ele ser o dono da maior fábrica de peças para armas e tanques de toda Europa. Ele começou a financiar as pesquisas do soro pelas Forças Unidas. - Ele completa aparentemente preocupado.

— Ela é como nós? - Pergunto também preocupada.

— Não! Ela é melhor. E pra isso nem precisou do soro. - Ele diz virando o olhar para mim. - Ainda não consegui nenhuma pista sobre o que realmente quer. Matar meu pai pode ser um blefe para me tirar de perto das pistas, mas sei que não é realmente isso o que ela quer. Não sei se ela está infiltrada como agente do Reino Unido ou trabalhando sozinha. Ela é genial. - Finaliza colocando a mão na cabeça.

— E o que devemos fazer? - Pergunto preocupada.

— Recebi a informação de que amanhã devemos pegar nossa primeira missão em dupla. Por agora devemos retornar aos aposentos e nos preparar para o dia seguinte.

— Entendi. - Obrigado por me receber em sua casa por essas noites. - Digo com um pequeno sorriso no rosto.

— Você pode continuar no quarto em que estava. Suas coisas estão no banheiro e caso precise de roupas novas, peço para o mordomo levar de manhã. - Ele diz levantando.

— Ah sim, obrigada. - Digo meio corada.

— Ah, esqueci que podia estar com fome. Pode ficar por aqui e comer antes de subir, a comida foi posta a mesa faz algumas horas, mas deixamos um prato e um lugar para você. Espero que goste. - Ele disse simpáticamente.

— Obrigado. - Digo enquanto ele vai saindo para o corredor.

— Boa noite, nos vemos amanhã. - Ele diz sem virar para trás.

— Nos vemos amanhã. - Respondo falando baixo.

Ainda sentada na poltrona penso na coincidência entre Elizabeth e a mãe se Fernando. Penso que deve ser somente coincidência mesmo. Talvez elas realmente trabalhassem juntas.

Após isso volto a pensar em Skye. Eu vou descobrir o que ela procura e o que ela quer das Forças Unidas. Eu vou descobrir qual é sua missão!


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Notas finais do capítulo

Obrigado por terem lido e espero que tenham gostado.

Quem será a garota misteriosa das fotos?

Qual será os planos de Skye?

Próximo capítulo será o início de missão da nova dupla.

Será postado no Domingo, então aguardem.

Comentários sempre inspiram os escritores, deixe o seu. :D



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