Unchained escrita por LouisPhellyppe


Capítulo 39
Impossible Crossing




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— Mais uma vez alguém poderia me explicar o que aconteceu? - Perguntou Cassie confusa.

— Fomos capturadas por um caipira metido a mafioso. Qual parte você não consegue entender? - Respondeu Evie procurando uma forma de escapar.

Em seguida o homem volta pela porta que havia saído e ainda falava ao telefone.

— Sim, espera. - Ele veio até nossa frente, nos olhou bem e voltou a falar no telefone. - São elas mesmas, cabelo rosa, azul, verde e vermelho! - Em seguida virou de costas.

— Com quem ele está falando? - Jess sussurrou.

— É o que eu vou descobrir! - Evie respondeu começando a assoprar as correntes para tentar congela-las.

Enquanto isso ele continua no telefone e de costas para nós. - Se eu fizer, você vai liberar ele?...Qual a garantia disso?...Como assim vou ter que confiar em você? Todos sabemos que você é a pessoa menos confiável da Europa...Verei o que posso fazer. E caso você não cumpra sua parte do acordo, saiba que vou atrás de você. Você pode ter um exército Ashley, mas eu sou louco! - Ele confirma com quem estava falando e desliga.

— Você trabalha pra Ash? - Eu pergunto.

— Por favor não me ofenda. Aquela mulher me enoja! - Ele responde se virando para nós.

— Vai fazer o que? Nos entregar para ela? - Perguntou Cassie.

— Não, ela pediu para que eu as matasse aqui mesmo. - Respondeu calmamente como se fosse qualquer coisa. - Ah, esqueci a formalidade, me perdoem. Me chamo Buck! Vocês são? - Ele pergunta com um sorriso cínico no rosto.

— Do que importa, você não pretende nos matar? - Jess respondeu já irritada.

— Depende, se vocês me explicarem o porque a cretina da Ashley Rodríguez quer suas cabeças, quem sabe dou uma chance a vocês. - Ele fala calmamente como antes.

Nós nos entre-olhamos confusas. - Mesmo? - Perguntei desacreditada.

— Claro, sou um homem de palavra. Podem contar com isso! - Ele responde suspirando e senta em uma cadeira.

— Nesse caso... - Começou Evie. - ...estamos fugindo de Ash.

— O verdadeiro plano era enfrentar ela, mas saiu do controle e uma guerra civil entre a Legião e as Forças Unidas está prestes a começar. - Seguiu Jess.

— Nós paramos nesse posto apenas para abastecer, pegar alguns suprimentos e já estávamos de saída. - Eu tentei explicar.

— Garotas, garotas. Só isso não me ajuda a ajudar vocês. - Ele fala colocando sua arma em cima de um balcão a sua esquerda. - Além da vida de vocês, a de meu irmão está em jogo. Ashley está com ele e o hipnotizou de alguma forma para ser um cachorrinho leal a ela. - Ele tenta explicar apoiando os cotovelos em seus joelhos e parecendo ser sincero.

— Espera, seu irmão? - Pergunto curiosa.

— Sim, você o conhece? Alto, bonitão, cabeludo, usa um maldito arco e se garante com qualquer garota. - Ele diz surpreso.

— Sha Lin! - Disse Cassie e Jess em uníssono.

— Então vocês o conhecem. - Ele diz surpreso tirando os óculos e me fazendo notar que sua falta de cabelo, é compensada no tamanho das sombrancelhas.

— Não se garante com todas as garotas. - Caçoa Evie olhando para mim, se referindo ao fato dele ter tentado me conquistar, mas ter perdido pra azulada.

— Ele é seu irmão? - Eu pergunto também surpresa.

— Sim. Papai sempre gostou mais dele por querer seguir a cultura dos monges da família e essas coisas enquanto eu só queria ser rico. - Ele diz fazendo bico e cruzando os braços.

— Eu...tentei salvar ele. - Disse Cassie.

— Ele morreu? - Ele entrou em pânico.

— Não, droga! Ele tá hipnotizado como você disse. Eu também estava da mesma forma mas me salvaram.

Em seguida ouvimos alguém batendo na porta de ferro da frente.

Droga, quem deve ser agora? - Ele diz se levantando.

— Espera, você é o amigo de Kinessa não é? - Pergunto me lembrando do que ouvi a morena falar antes de entrarmos na loja de conveniência.

— Vocês também a conhecem? - Ele pergunta surpreso e eu respiro aliviada.

— Sim, estamos com ela. Aquela van do lado de fora é nossa. - Respondo já começando a ficar tonta pelo sangue descendo para a cabeça.

Em seguida batem na porta de ferro novamente.

— Já vai, droga! - Ele grita indo em direção a porta.

— Evie, agora. - Jess sussurra.

A azulada consegue congelar as correntes e assim que Buck abre a porta, ela as quebra e cai deitada no chão.

— Agora a gente. - Diz Cassie com pressa.

Evie começa a congelar as correntes até que ouvimos a conversa dos dois na porta.

— Cara, você engordou. - Disse Kinessa entrando e indo em nossa direção.

— Eu não, você que continua magrela desse jeito. - Ele diz seguindo ela. - Então elas estão com você? - Ele pergunta.

— Kinessa, nos ajude rápido, esse cara é louco. - Cassie gritou enquanto tentava soltar as correntes.

Os dois se entre-olharam e começaram a rir, nos deixando super confusas.

— Tira elas daí logo seu tonto. Estamos com pressa. - Disse Kinessa cruzando os braços e nos vendo confusas.

— Se elas tivessem avisado desde o começo que estavam com você, nada disso teria acontecido. - Ele tentou se explicar enquanto puxa uma alavanca perto da cadeira que estava sentado, soltando as correntes no chão.

Estávamos no chão, mas ainda presas nas correntes.

— O que você faz por aqui? - Ele pergunta se encostando e ignorando o fato de ainda estarmos presas, mesmo que Evie ainda esteja congelando nossas correntes.

— Pra ser sincera eu ainda não sei. Só sei que precisamos pensar em algo de pressa para impedir o plano de Ashley e o Chanceler. - Ela respondeu friamente.

— Então elas não mentiram. Que guerra é essa? Ashley contra o mundo? - Ele perguntou dando de ombros.

— Quase isso. Ela quer o domínio da Europa no lugar das Forças Unidas, só que não tem noção de que isso pode acabar com o continente, ao invés de salvar.

— Maldita! Ela ainda está com Lin. - Ele disse de cabeça baixa. Parecia preocupado com o irmão mais novo.

— Nós vamos salva-lo, eu prometo. - Ela diz colocando a mão em seu ombro.

Nesse momento Evie consegue quebrar a última de nossas correntes e todas estamos livres.

— Por isso estou com elas. Acredito que elas sejam nossa melhor chance. - Ela fala de cabeça baixa, não esperando que fôssemos ouvir.

— Melhor chance? - Ele pergunta baixo cruzando os braços e levantando uma sombrancelha.

— Sim, todas tem história diferentes que a trouxeram para o mesmo lugar. Preciso da ajuda delas pra fazer com que isso realmente aconteça, entende? - Kinessa diz sendo sincera.

— Você sabe que também pode contar comigo quando precisar. Quando o assunto é destronar a cretina da Ashley, eu sou o principal voluntário. - Ele respondeu rindo e colocando uma mão no ombro dela, como ela havia feito.

— É bom ver você, grandão. - Ela responde o abraçando.

— Também é bom te ver Kin. - Ele corresponde o abraço.

— Então? - Evie pergunta encarando os dois de braços cruzados.

Kinessa a olha com vergonha e solta do abraço. - Bom, eu falei para vocês tomarem cuidado aonde pisam. Se eu não tivesse aqui, esse cabeça oca teria transformado vocês em ração. - Ela afirma inconformada.

Evie revira os olhos e vai seguindo para fora enquanto a seguimos. Do lado de fora consigo notar que estávamos do outro lado do posto e todos os outros estavam conversando na van. Aparentemente Kinessa já havia avisado eles.

— Como foi o passeio? - Emily perguntou cinicamente quando chegamos até eles.

— Tinha muitos biscoitos. - Evie responde sorrindo e lembrando do pedido da garotinha.

— É mesmo, preciso pegar biscoitos antes de sairmos. - A baixinha diz se levantando para tentar sair.

— Não vai não. - Ying a segura.

— Se alguém descer agora, vai ficar para trás. - Disse Kinessa também se aproximando junto de Buck.

— Você me paga! - A garotinha serrou o olhar para Evie, que respondeu mostrando a língua.

Kinessa entra na van e da a partida enquanto Buck fecha a porta e encosta na janela.

— Kin. Por favor, salve o Lin. - Ele fala de cabeça baixa.

— Eu estou te devendo muitas. Vou começar a pagar com essa, pode deixar. - Ela responde colocando a mão em sua cabeça o dando um beijo na bochecha.

— Obrigado, espero que voltem logo. - Ele diz enquanto partimos novamente.

— Eu espero que não. - Respondeu Jess aparentemente cansada do lugar.

— O que aconteceu lá dentro? - Perguntou Tony confuso. - Kinessa falou que sabia aonde vocês estavam mas não explicou o onde ou como sabia.

— Sério? - Jess perguntou.

— Fomos desmaiadas e capturadas por um caipira metido a mafioso, como disse Evie. Ele nos acorrentou, informou nossa localização para Ash, ameaçou nos matar e quando nos libertou ainda pediu para salvarmos seu irmão. - Respondi rapidamente.

— Ele é um doce, não é? - Perguntou Kinessa ironicamente e todos dão risada.

No final nos salvamos e estávamos sem rumo, a não ser pela única ideia que tivemos de ir para a Capital de Trens. Algumas horas se passam enquanto ouvimos Emily provocando Evie e Jess tentando apagar o fogo com gasolina, Karol e Cassie se conhecendo melhor e Kinessa contando suas histórias de caçadora de recompensas para os gêmeos, Ying Apenas se mantinha em silêncio olhando a paisagem das cidades não destruídas que passávamos. Mais uma vez, todos unidos.

— Estamos chegando na Capital de Trens. Logo atravessaremos para a França. - Diz Kinessa enquanto a noite começa a cair.

— Mas como vamos passar nesse carro pela fronteira? Achei que aqui na Europa só podia viajar internacionalmente de trem. - Disse Cassie com dúvida.

— Pois é, mas eu tenho um jeito! - Ela respondeu sorrindo por cima do ombro.

Nós engolimos em seco e nos seguramos apenas por segurança. Tony e Amy estavam sentados na frente junto de Kinessa. Nos 3 bancos atrás estavam Jess, Ying e e Emily, no lado esquerdo estava eu e Evie de mãos dadas e do outro Karol e Cassie.

— Tony, você que colocou as chapas de metal em volta não é? - Kinessa perguntou começando a acelerar quando chegamos perto da estação de trem.

— Bom...sim, mas...por quê? - Ele pergunta engolindo em seco e apertando o cinto.

— São de aço? - Ela perguntou?

— Sim. Não vai matar a gente, não é?

— Vou salvar a gente. - Ela olha sorrindo para a pista e pisa alcançando a velocidade máxima do veículo. - Segurem as crianças.

Por sorte estávamos presos em cintos de seguranças improvisados que haviam nos bancos. Todos demos as mãos para não deixar ninguém se soltar em caso de algum impacto.

Em seguida ela atropela as catracas de entrada da estação e entra com o veículo. Por sorte não havia muitas pessoas dentro, mas todas se assustaram. Ela dirige até o trilho e joga o carro sobre, antes que um trem passasse, dirigindo sobre a linha.

— Kinessa, você não acha isso meio perigoso? - Perguntou Jess assustada e se segurando.

— Claro que é, mas só se estamos com um trem na linha! - Ela respondeu rindo.

Ao terminar de falar, ouvimos a buzina de um trem que vinha atrás, mais rápido que a van.

— Kinessa! - Todos gritamos em uníssono.

— Vou dar um jeito. - Ela diz acelerando mais ainda.

Ficamos com a van colada ao trem enquanto esperamos o plano de Kinessa.

— 3, 2, 1 E SE SEGUREM. - Ela grita jogando a van para fora do trilho, assim que ele chega ao lado de uma rua.

A van sai girando e todos do lado de dentro começamos a gritar. Sem capotar, ela para de girar quando bate de lado em um poste de luz e acaba desligando sozinha, começando a sair fumaça do motor.

Todos respiravamos fundo enquanto nos recuperavamos do susto. Karol se livrou rapidamente do cinto e saiu correndo para fora da van até uma moita próxima e começou a vomitar.

— Você se machucou? - Kinessa pergunta saindo da van com as pernas bambas.

Assim que ela consegue voltar a respirar, responde. - Como acha que se sentiria se rodopiasse por 20 metros e fosse cega?

— Ih, desculpa. - Kinessa falou indo para a porta de trás. - E vocês aí? Alguém machucado? - Perguntou ainda se apoiando de tontura.

— Mal voltamos a ser amigas e você já tenta nos matar? - Cassie responde ironicamente arrumando seu longo cabelo.

— De nada. - A morena responde virando os olhos e sentando na beira da van enquanto todos ainda se recuperavam.

— Onde estamos. - Jess pergunta descendo do veículo.

— Acho que...acabamos de atravessar a Capital de Trens. Então devemos ter acabado de entrar na França. - A morena respondeu olhando em volta.

Todos descemos da van, enquanto a tontura ainda passava e notamos que os pneus da van foram estourados durante a derrapada.

— Pelo visto temos que ir andando. - Disse Kinessa começando a pegar as coisas dentro da van.

— Está escurecendo, temos pouco tempo de luz ainda. - Disse Ying olhando a diante pela única estrada, com sua lente.

— Escuro pode não ser um grande problema. - Disse Tony olhando para o por do sol.

— Fale por sí. - Reclamei virando o rosto. Ainda não tinha aceitado que havia perdido meus poderes.

— Que lindo, o primeiro por do sol das pombinhas. - Emily disse provocando Evie enquanto começávamos a andar seguindo a rua.

— O nosso primeiro e o seu último se você não calar a boca! - A azulada respondeu quase avançando em cima da baixinha, mas foi novamente impedida por mim que segurava seu braço.

Kinessa riu e ficou com uma dúvida. - Maeve não se incomoda com as provocações da pequena?

— Tô tão acostumada que já sou imune. - Respondi com um suspiro e dando de ombros, fazendo todos rirem.

Alguns minutos andando na estrada escura cercada por árvores e acabamos chegando em um dos bairros que eu ainda não conhecia no país. Parecia abandonado como a maioria lugares que íamos, mas parecia ter algum motivo diferente.

Os outros bairros eram destruídos, com marcas de tiro, explosões e vandalismos, mas esse era diferente. Além dele estar intacto, parece apenas que as pessoas haviam se retirado por alguma emergência, uma emergência que não chegou a atingir a cidade.

Ele tinha apenas marcas de sangue seco por muitas paredes e nenhum corpo se quer, o que me deixou bem curiosa.

— Será que deveríamos parar por aqui por hoje? Nesse escuro podemos arrumar problema ou acabar nos perdendo. - Disse Cassie olhando em volta por algum lugar que parecia bom para passarmos a noite.

— Ali! - Apontou Tony para uma das casas perto de uma esquina.

O fato da rua estar sendo iluminada apenas pela luz da lua, dificultava com a idéia de seguir o plano.

Ao invadirmos uma casa, percebo que é uma residência não tão grande, mas bem luxuosa, intocada por dentro, como se tivesse sido abandonada às pressas. Estava limpa e sem nenhum sinal de saque, porém sem eletricidade.

Amy acendeu a lareira e Kinessa foi olhando os cômodos da casa, para ver se realmente era seguro. Ying procurou se havia suprimentos para a noite. Karol ficou sentada no jardim, como se estivesse meditando, mas estava se concentrando para saber se havia alguém vivo nas redondezas. Emily apenas se jogou em uma das poltronas, tirou os sapatos e se aconchegou.

— Meu reino por um banho...e roupas limpas. - Kinessa súplica procurando por um banheiro

— Parece um lugar perfeito não só pra passar o resto da noite, mas sim o da vida. Como alguém abandona esse lugar? - Perguntou Evie vasculhando a casa.

— A guerra talvez. Pelo visto o bairro inteiro foi evacuado. - Respondeu Jess.

Desde que chegamos nesse lugar, estava com um mal pressentimento, mas não contei a ninguém. Aparentemente apenas eu estava sentindo isso e realmente parece loucura, por não estar havendo nada.

— O que você acha desse bairro? Por que acha que está vazio? - Evie me pergunta enquanto nós 3 tirávamos as botas e nos sentamos nos enormes sofás da sala com a idéia de descansar.

Os sofás e as poltronas se eticavam e se transformavam em camas enormes. Podíamos dividir a cama para 3 ou 4 pessoas. Eram 2 sofás e 3 poltronas, então eram mais que o suficiente.

— Maeve, você e Jess estão sem armas, certo? - Kinessa gritou dentro de um dos quartos que não entramos.

— Sim, encontrou algo? - Perguntei curiosa.

— Seu dia de sorte. - Ela saí do quarto com uma pequena bolsa.

Coloca sobre o sofá e abre o zíper, mostrando que tinha algumas armas ali. Pra ser mais exata, 3 pistolas, algumas granadas e muitos cartuchos carregados para as pistolas.

— Nossa, a pessoa que mora aqui é perigosa. - Falo surpresa.

— Eu vou ficar com essa belezinha aqui. - Ela mostra uma espécie de granada, mas ao invés de um pino, tinha apenas um botão e era menor que as outras.

— O que é isso? - Jess pergunta.

— EMP. É uma granada de impulso eletromagnético. Vai ser excelente pra usar contra aquele maldito robô bomba. - Ela explica com um sorriso no rosto.

Eu pego duas pistolas e me lembro que não sou boa com armas de fogo.

— Pode ficar com essa. - Entrego uma para Jess, que agora fica com duas.

— Tem certeza? Eu sou boa de tiro. Não acho que vou precisar de mais uma.

— Vai ser mais útil com você. Vai por mim. - A entrego sem querer explicar o motivo.

— Você ainda tem isso. - Tony me entrega as facas que havia me dado no dia que me feri.

Nenhum deles sabiam que eu não sabia atirar. Agora sem poderes então, qual minhas chances de sobreviver a essa batalha? Sou praticamente um peso para eles.

— Você consegue! - Disse Emily interrompendo meus pensamentos.

— Mas... - Tento desconversar.

— Eu sei que você consegue. Eu já estive aí dentro. - Ela aponta para minha cabeça. - Eu sei o que eu vi, sei pelo que você luta. Então sei que você consegue. - Ela termina sorrindo para mim.

— Obrigada Emily. - Falo conseguindo me acalmar com esse assunto.

— Acho que ela gosta mais de mim do que de você. - A baixinha sussurra para Evie voltando a provoca-la.

— Sem chance, você acha que pode conquistar essa gata, tendo a altura de um hidrante? - Evie responde rindo e se referindo a mim como gata.

— Quem você chamou de hidrante? Abominável monstro das neves! - A criança respondeu iniciando a discussão que estávamos mais que acostumados.

— Ahaha, encontrei. - Gritou a morena em um dos quartos.

— O que? - Perguntamos curiosos, mas sem ir até ela.

— O banheiro daqui tem uma jacuzzi. Já aviso de agora que se ninguém quiser me ver nua, não venha para esse cômodo durante 1 hora. - A morena comemora e bate a porta do quarto.

— Como ela é abusada. - Murmura Evie.

A morena abre novamente a porta. - Menos Cassie, eu insisto em convidá-la para ficar aqui comigo. - Ela bate a porta novamente.

Todos olhamos para Cassie que queria um lugar para enfiar seu rosto.

— Parece que é sua chance. - Emily coloca uma mão sobre a coxa da ruiva, nos fazendo rir.

— Aqui tem comida. São enlatados​, mas acho que posso preparar bem. - Ying gritou da cozinha, nos fazendo correr até lá.

Ao final das contas, ainda estava me sentindo em família e isso era o suficiente para me deixar bem.

Estávamos cada vez mais próximos da guerra que mudaria mais uma vez o futuro da Europa, talvez do mundo inteiro.

Não tenho mais meus poderes, mas não quer dizer que vou parar de lutar. Agora mais que nunca, todos nessa sala estão determinados a serem heróis. E eu não vou deixar eles lutarem sozinhos!


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