Unchained escrita por LouisPhellyppe


Capítulo 38
Run or Hide




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— Bom dia pessoal. - Digo descendo as escadas enquanto arrumava meu cabelo.

Jess, Tony, Karol e Amy estavam sentados na sala conversando em voz baixa.

— Alguém viu a Evie? - Pergunto olhando para todos.

Assim que desço o último degrau, todos ficam em silêncio, como se o assunto houvesse chegado no lugar.

— Está...tudo bem? - Fico confusa com o silêncio repentino.

— Sim. - Tony responde enquanto as meninas apenas acenam positivamente com a cabeça.

— Alguém sabe onde Evie está? - Pergunto e os vejo se entre-olhando uns para os outros e no final acenando que não com a cabeça.

— Espera. - Começo a pensar e contar. - Karol, Tony, Amy e Jess. Onde estão Ying e Cassie? - Pergunto confusa.

Todos sem falar nada apenas apontam para a sala que Cassie passou a noite. A médica também deveria estar lá cuidando da ruiva.

— Kinessa? - Pergunto já perdendo a paciência por eles parecerem que estão escondendo algo de mim.

Todos apintam para a cozinha, me fazendo acreditar que ela está comendo tudo o que não pôde essa semana.

— Emily? - Pergunto já fazendo cara de desinteressada.

Todos balançam a cabeça negativamente.

— Evie? - Pergunto pela terceira vez.

Novamente todos se entre-olham e em seguida me olham novamente balançando a cabeça negativamente e fazendo caras de desentendidos.

— Alguém vai me explicar o que tá acontecendo? - Pergunto cruzando os braços.

Uma terceira vez eles se entre-olham e sem responder nada, apenas engolem em seco. O silêncio ganha reinado por alguns segundos até que Tony abre a boca.

— Emily está se escondendo porque Evie tá tentando matar ela.

— O que? Por que ela faria isso? - Perguntei sem me surpreender por saber o tanto que as duas brigam.

— Emily insistiu em nos contar que ouviu coisas no quarto de vocês duas. - Ele respondeu engolindo em seco. - Entende..."coisas"... - Ele falou com vergonha e fazendo as aspas com as mãos.

— Eu...entendi. - Respondi pensando em me jogar da janela.

— Desculpa Maeve, ninguém nesse país inteiro tem uma audição melhor que a minha. - Disse Karol abrindo um sorriso embaraçado e fazendo meu queixo despencar ao lembrar disso.

— Sabe, seu quarto é do lado do nosso e também não foi um desafio para ouvir. Não que queríamos, claro. - Disse Tony com a mão sobre a cabeça e um sorriso com vergonha

— Eu quis ouvir, vocês mandam bem. - Amy foi direta enquanto sorria mascando um chiclete e eu virava um arco-íris de tanta vergonha.

— Eu não sei de nada. - Disse Jess levantando os dois braços.

Mas nesse momento me lembro de como ela pode não saber de nada se dorme no mesmo quarto da baixinha?

Serro o olhar para Jess que engole em seco. - Evie está tentando matar a pessoa errada. - Em seguida reviro os olhos e bato minha cabeça na parede em uma tentativa falsa de me matar.

— Galera, vocês tem que ver isso. - Kinessa vem correndo da cozinha enquanto ainda mastigava a comida e segurava um tablet. Nele estava conectado o pen drive que havia trazido, então poderia ter mais informações importantes para nós.

— Nós...podemos esperar você terminar de comer. - Karol diz levantando uma sombrancelha.

— Na verdade não podem. - Ela diz engolindo e limpando a boca em um pano de prato que carregava no pescoço. - Encontrei informações sobre um protótipo chamado Warship. Se trata de um veículo pouco tripulado que carrega um gigantesco arsenal em explosivos. O que me preocupa, é que ele está programado para atacar hoje. - Ela diz de uma vez não parando para respirar.

— Atacar aonde? - Tony pergunta olhando as informações no aparelho.

— Estou terminando de rastrear as coordenadas. - Ela diz coçando a cabeça preocupada.

— Então devíamos nos preparar para... - Dizia Jess até que ouvimos um estrondo muito alto como uma explosão.

— Acho que finalmente Evie pegou a criança. - Amy diz dando uma gargalhada e levando uma cotovelada de Jess que não gostou da piada.

— Esse barulho não foi elas. Foi outra coisa. - Disse Karol se levantando aparentemente preocupada.

— Não, não, não pode ser. - Kinessa falou arregalando os olhos.

— Vocês também ouviram isso? - Perguntou Ying saindo às pressas da sala em que estava com Cassie.

— Como assim outra coisa? Não seria alguém? - Pergunta Tony.

— Não. Não é uma pessoa, é realmente alguma coisa e está voando.

— Droga. Começou. - Kinessa diz começando a suar.

— O que está havendo? Cassie pergunta se apoiando na porta da sala em que estava.

— Temos que sair daqui agora, corram agora antes que seja tarde. - Gritou a morena abrindo a porta que dava nas escadas para fora do prédio.

— Espera, cadê Emily? - Perguntou Ying se desesperando.

Em seguida ouvimos outro barulho de explosão e o prédio começa a estremecer.

— Está lá embaixo com Evie. - Respondeu Tony nos puxando em direção a escada.

— Preciso de minhas armas. - Disse Karol.

— Vão, encontro vocês lá embaixo! - Disse Amy subindo as escadas em direção aos quartos.

Descemos as escadas correndo e quando chegamos, vemos Emily olhando em volta.

— Você está bem? - Pergunta Ying.

— Cadê a azulzinha? - Perguntou Kinessa.

Em seguida Evie chega dentre as árvores surfando sua varinha e para em nossa frente.

— Temos que dar o fora daqui. AGORA! - Ela disse em pânico, parecia que havia visto um monstro.

Em seguida ouvimos sons de disparos.

— Droga, tarde demais. - Evie diz nos puxando para o meio da rua.

— Espera, Amélia ainda está no... - Dizia Tony até que olha para cima e vê uma sequência mísseis atingindo o andar em que vivíamos, começando a demolir o prédio.

— TODOS SE ABAIXEM. - Ela grita e em seguida sua aura aparece novamente.

Seus olhos ficam totalmente brancos e brilhantes como no momento de fúria do dia anterior. Em seguida levanta seus braços e uma enorme redoma de gelo começa a se formar no chão e fecha em cima, nos cobrindo totalmente. Assim que se fecha, os destroços do prédio começam a cair sobre, mas o gelo não se parte.

Todos ficaram chocados e imóveis de medo pela demolição sobre nós. Nosso refúgio acabou de ser destruído em frente aos nossos olhos.

Assim que os pedaços do prédio param de cair, Evie desfaz a redoma e cai de joelhos no chão respirando ofegante. Aparentemente aguentar essa demolição em cima de um escudo de gelo, usou bastante de sua energia.

Amélia! - Grita Tony correndo procurando a garota entre os escombros.

Mais uma vez ouvimos o estrondo ainda maior, como se a coisa que tivesse aproximando estivesse bem perto.

— É esse Warship? - Pergunto para Kinessa enquanto ajudava Evie a se levantar.

— Sim, achei que se tratava de um navio, mas na verdade é uma nave. - Ela responde com medo nos olhos.

Em seguida ouvimos os escombros se mover e o grito de Amy saindo debaixo deles no modo de batalha, o que salvou sua vida.

— Ainda bem que está bem. - Tony vai até ela e a abraça.

— Aqui estão suas armas. - Ela vai tirando debaixo dos escombros aonde saiu.

Entrega a espada fina embainhada de Karol, a espada larga e enfaixada de Tony, o espelho de Ying e a sniper de Kinessa.

— Cassie, eu não sei que armas você usa, mas a única que consegui encontrar extra, é esse arco com algumas flechas de ferro. - Amy entrega para a ruiva.

— Perfeito. - Cassie olha em volta do arco, todo feito de ferro, pintado de vermelho e com uma corda feita de um material elástico e resistente. O melhor dele é que tinha um mecanismo de desdobramento que facilitava no transporte e poderia retornar rapidamente ao estado normal. A ruiva ficou feliz por preferir armas mais simples.

— Nave de guerra? - Pergunto novamente para a Kinessa.

— Com armamento pra destruir uma cidade - Explicou novamente a morena ainda apavorada.

— Ele destruiu o prédio sozinho? - Perguntou Tony.

— Sim, mas não está sozinho. Contei pelo menos 20 helicópteros junto dele. - Respondeu Evie.

— Essa máquina é indestrutível. Eles devem achar que nos mataram no prédio. Devemos aproveitar essa chance pra fugir. - Falou Kinessa tentando não entrar em pânico.

— Indestrutível? Não conte com isso. - Disse Evie aumentando seu poder novamente, fazendo sua aura subir.

— Vai precisar de ajuda. - Disse Amy parando ao lado da azulada e aumentando seu poder da mesma forma.

— Vocês estão loucas? - Gritou Kinessa. - Abaixem essas auras antes que eles nos notem.

— Por que todo esse medo? - Evie perguntou.

— Por quê? Não temos a mínima chance de sobrevivência lutando contra eles. Só temos duas opções aqui se vocês querem sobreviver e lutar não é uma delas. - Ela finaliza parando para respirar no final.

— E quais são? - Evie pergunta novamente enquanto as duas começam a abaixar as auras.

— Correr ou se esconder! - Ela responde começando a suar de preocupação.

— Você tem razão, temos que dar o fora daqui antes que seja tarde. - Disse Cassie vendo que ele está se aproximando.

Após ela dizer isso, vejo a aeronave aparecendo a cima das grandes árvores. Se tratava de um dirigível coberto por centenas chapas de metal, tendo pelo menos 70 metros de comprimento e 25 de altura. Na parte de baixo havia vários tipos de armas acopladas, como canhões, metralhadoras, lança mísseis e granadeiras.

Todos começamos a correr e nos escondemos próximos as árvores.

— Onde nos escondemos Tony? Você mapeou toda essa área. - Perguntou Emily.

— Não tem como fugirmos sem ser vistos, eles estão muito próximos. Precisamos de algum veículo. - Respondeu Kinessa antes que Tony falasse algo.

— Bom, alguém aqui sabe dirigir? - Tony perguntou nos deixando curiosos.

— Eu, qual o plano? - Disse a morena levantando uma sombrancelha.

— Acho que tenho um, mas preciso de uma distração. - Ele revelou. - É o seguinte...

Alguns minutos depois começamos a colocar em prática. Os helicópteros eram até que rápidos, mas estavam escoltando o dirigível, que para nossa sorte era bem lento.

Evie voa até o alto de um dos prédios que estavam do lado do nosso e tentou congelar as armas da aeronave, até que a própria usa um lança chamas de alta potência derretendo todo o gelo que Evie criava

— Ótimo Toninho, ele tem um lança chamas. Grande plano seu deixar a menina de gelo para trás. - Evie reclama sozinha.

Em seguida ele começa a atirar um jato fogo em sua direção e ela da mesma forma, usa um jato de neve, mas vinda de sua varinha. O jato de fogo era muito maior que o seu e toda a neve que se encontra com o fogo, vai instantaneamente evaporando, fazendo com que ela comece a perder essa briga de pressa.

— Cadê vocês? - Ela pergunta começando a suar.

Enquanto usso no estacionamento subterrâneo abaixo do prédio em que Evie estava, Tony nos mostrou que havia alguns carros deixados para trás ali. Alguns novos, outros antigos, mas o que ele estava procurando era diferente.

— Essa belezinha aqui! Eu consertei seu motor mas não sei ligar sem a chave. A equipei com algumas peças que encontrei nesses outros carros. - Ele dizia apontando para uma van equipada com algumas chapas de metal, grades nos vidros e proteções nos pneus, grande o suficiente para levar nós todos.

— Garoto, aonde você viu isso? - Perguntou Kinessa impressionada.

— Aprendi em um filme. - Ele respondeu rindo.

— Bom, eu posso fazer ligação direta, mas isso vai demorar um pouco. - Kinessa diz puxando uns cabos abaixo do volante.

— Alguém viu a Maeve? - Perguntou Ying enquanto todos entravam na van.

Evie não conseguia mais conter o jato de fogo e o calor já estava começando a castigar. Ela pula do prédio na tentativa de escapar e usa a neve de sua varinha para amortecedor a queda, mas mesmo assim o jato do lança chamas continua a seguindo, a forçando a continuar na defensiva.

Sua varinha começa a perder a potência e eu chego no exato momento que o fogo iria a acertar. Pulo a tirando da frente do fogo.

Rolamos alguns metros no chão mas ela não foi atingida pelo fogo. Já eu notei que tive uma pequena queimadura leve no braço esquerdo. Não havia sido nada sério, apenas ardeu um pouco.

— Não ouse morrer. - Digo levantando e a ajudando a levantar.

— E deixar o Toninho dar em cima de você? Jamais! - Ela responde com respiração ofegante.

Vejo a van saindo do estacionamento do prédio para a rua e vem em alta velocidade freiando ao nosso lado. A porta de trás se abre e Jess com Amy nos puxam para dentro. Em seguida Kinessa acelera novamente e a van vai em alta velocidade seguindo pela rua.

Em seguida o lança chamas é cessado e a aeronave dispara um grande míssil teleguiado de curto alcance em nossa direção.

— Evie, tem mais um escudo? - Perguntou Emily.

— Tá brincando? Quase passei de sorvete pra churrasco. - Respondeu a azulada de respiração ofegante.

— Deixa isso comigo. - Diz Karol abrindo as portas de trás da van enquanto nós todos nos seguravamos para não sair cair.

Ela tirou sua espada da bainha e ficou em pé em frente a porta. Em seguida levantou sua cabeça e apontou a espada para o míssil que se aproximava, mas ainda estava a bons metros.

Sua aura apareceu e subiu drasticamente brilhando da cor branca com pequenas labaredas roxas. Era incrivelmente grande, maior que a de Evie e Amy, deixando a todos perplexos. A pressão que sua energia causava, era a maior que eu já havia visto.

Ela tira uma pequena ampola de sua cintura e joga um óleo preto sobre a lâmina de sua espada. Em seguida, dá uma espadada e um grito, mandando um corte no ar junto do óleo preto. O desdobramento de ar de sua espada foi potente o suficiente para atingir uma velocidade em que o óleo instantaneamente se tornou um corte flamejante indo em direção ao míssel que se aproximava. Quando o fogo atinge o míssil, ele explode no ar e por pouco nos livra do perigo.

Em seguida sua aura se abaixa e ela se ajoelha fechando as portas enquanto suava e respirava super ofegante, até mais que Evie.

— Isso foi... - Começou Evie.

— ...incrível - Finalizou Amy.

— Karol você é demais. - Disse Emily abraçando a mais velha.

— Ninguém ousa mexer com minha família! - Ela fala ainda ofegante e da uma risadinha.

— Onde aprendeu isso? - Tony perguntou chocado.

— Papai era um brutamontes, mas era um bom professor. - Ela responde se encostando enquanto eu e Cassie fechamos as portas traseiras.

— Alguém tem alguma idéia pra onde vamos? - Perguntou Kinessa respirando aliviada por estarmos pegando boa distância do dirigível.

A Suíça havia se tornado um país quase que deserto após o início da guerra. Restando muitas cidades depredadas e tomadas por árvores, sem nem sequer uma única alma viva nas ruas. O único lugar que não havia se aplicado isso foi na Capital de Trens, que era para onde decidimos ir.

Após quase uma hora de viagem, paramos em um posto de combustível para abastecer a van e procurar suprimentos, aliás, não havíamos comido nada de manhã.

— Eu vou abastecer e vocês vão atrás de comida. - Diz Kinessa começando a mexer na bomba de combustível.

— Quer algo em especial? - Cassie pergunta para a morena.

— Bolinhos! Eu adoro bolinhos. - Ela responde dando uma piscadela para a ruiva.

— Eu não vivo sem biscoitos. - Disse Emily correndo em direção ao banheiro.

— Problema seu! - Gritou Evie cruzando os braços e sendo encarada pela criança que estava com a bexiga cheia.

— Ah, esse estabalecimento é de um amigo meu, mas ele não é amigável com gente desconhecida. Então tomem cuidado aonde pisam! - A morena falou enquanto começava a abastecer

Jess e Cassie foram caminhando até o mini-mercado que ali havia, como uma loja de conveniência, em busca de suprimentos. Tony e Amy foram avaliar o perímetro do posto, para confirmar se o local estava realmente seguro. Karol estava descansando e recuperando sua energia ainda na van e Ying apenas estava sentada, de cabeça baixa e sem dizer nada até o momento.

— Você tá chateada pela sua casa né? - Pergunto já entendendo sua tristeza.

— Sim, foram anos melhorando aquilo para transformar em um local onde pudéssemos viver e em menos de 1 minuto ele é destruído em frente aos meus olhos. - Ela fala apoiando a cabeça nas mãos.

— Quando tudo isso acabar, confie em mim, vou dar um lugar muito melhor para vocês morarem. - Digo pegando em suas mãos.

— Como faria isso? - Ela perguntou preocupada.

— Pra ser sincera eu não sei. - Digo começando a pensar. - Mas até lá, vocês vão morar comigo. Não é tão grande e nem tem muitos quartos como aonde estávamos, mas não vou deixar vocês sem um lar! - Falo sorrindo para ela.

Ela sorri de volta para mim e me abraça. - Muito honrada sua atitude. Obrigada Maeve. - Ela diz aparentemente feliz por me ver querendo ajudar.

Em seguida ouvimos o grito de Jess vindo do mercado.

— Ai droga. - Kinessa diz colocando a mão na cara em reprovação.

— Jess! - Digo correndo com Evie em direção ao local.

Ao entrar noto que havia energia elétrica pelas máquinas de bebidas estarem ligadas, mas as luzes estavam desligadas, deixando o local sendo iluminado somente pela luz externa vindas das janelas.

— Jess. - Eu chamo.

— Cassie. - Evie chama.

— Vai por ali que vou por aqui. - Aponto um corredor para ela e vou por outro.

Ela tinha a vantagem de ter sua varinha. Eu apenas teria que lutar corpo a corpo caso encontrasse alguém nessa meia escuridão. Maldita hora para não ter mais meus poderes.

— Se vocês estiverem brincando, parem agora. Isso não tem graça. - Grito pegando um cabo de vassoura que estava no chão, melhor que ficar de mãos vazias.

Em seguida ouço o grito de Evie, da mesma forma que Jess gritou. Saio correndo até o fim do corredor e viro no que havia mandado ela.

— Evie? Cadê você? - Pergunto enquanto seguro a vassoura preparada para bater em qualquer um que aparecer para me assustar.

Atravessei o corredor inteiro e ninguém respondia.

— Evie, é sério. Onde vocês estão? - Quando viro no terceiro corredor, vejo um corpo caído ao chão possivelmente desmaiado. - Droga. - Corro até ele e noto que é Cassie caída. - O que aconteceu? Acorda Cassie. - Digo tentando a acordar e em seguida solto um grito de dor e tudo se apaga quando sou atingida por algo pesado na nuca.

Pouco tempo depois sinto que estou acordando, mas estou pendurada pelos tornozelos, com os braços presos e de cabeça para baixo em uma espécie de garagem. Era um lugar não muito grande e cheio de caixas com ferramentas e peças de carros.

— Evie? Cassie? Estão aí? - Pergunto não enxergando nada no escuro.

— Maeve? Você também foi pega? - Ouço a voz de Jess.

— O que está acontecendo? - Pergunto assustada.

— Eu estou acontecendo. Vocês são saqueadores e eu odeio saqueadores. Então me expliquem o porque estão em minha propriedade. Uma resposta por pessoa. - Respondeu um homem acendendo as luzes.

Era um homem careca não muito alto, com barbixa e bem musculoso, vestia um terno branco, luvas de couro, sapatos sociais e um óculos de sol. Em sua testa havia uma tatuagem vermelha, como se fosse um cristal, mas eu não sabia o significado. Por fim, segurava uma escopeta preta.

— Sua propriedade? - Evie perguntou confusa.

— Sim! Ou acha que só por que estão na Suíça, estão na terra de ninguém?

Em seguida seu celular toca e ele olha para ver quem é.

— Vou dar a vocês alguns minutos para pensar. Logo estarei de volta querendo as respostas. Não saiam daí. - Ele diz bufando e saindo pela porta dos fundos.

Mal conseguimos escapar da Legião e já fomos capturados por um mercenário aleatório. A única coisa que queria nesse momento era que o resto do pessoal nos encontrassem logo.


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