Unchained escrita por LouisPhellyppe


Capítulo 37
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— Ela...ela fugiu? - Perguntei desacreditada.

— O que houve? - Karol aparece e nota que Cassie não estava. Em seguida Emily e Amy vão até a sala e notam o mesmo.

— Droga. - Amy olha pela janela e parece ficar preocupada.

— Ela não pode estar muito longe e não sabemos o que pretende fazer. Precisamos procurar. - Disse Emily.

Em seguida ouvimos um som de vidro quebrando e um grito de Kinessa vindo da sala que estávamos. No desespero do momentos corremos até a sala ao lado e vemos Kinessa caída ao chão perto da janela, um caco de vidro havia perfurado sua coxa, mas não foi grave.

— Quem fez isso? - Pergunto começando a ficar assustada.

— Que droga. - A morena arranca o caco e joga no chão, o ferimento começa a escorrer no ato. - Ouvi vocês falando e fui abrir a janela, mas alguma coisa me atingiu pelo vidro. Só não consegui ver quem foi. - Ela diz tentando se levantar.

Noto que sua bochecha também escorria um pouco de sangue por um leve corte.

— Cassie sumiu. - Ying fala extremamente preocupada.

— Temos que apurar os fatos. - Emily começa e todos fazem silêncio enquanto Amy e Ying ajudam Kinessa a se levantar.

— Ela não estava inconsciente. - Afirmou Evie em baixo tom.

— Como sabe? - Pergunto.

— Eu não sei, mas às vezes que eu estive com ela naquela sala, eu tinha a sensação de que ela estava acordada. Sabe, conseguia notar pela forma que ela respirava e mesmo achando que era coisa da minha cabeça, as vezes eu tinha a sensação dela estar me olhando quando eu não estava. - Completou a azulada parecendo estar horrorizada.

— Estávamos em perigo o tempo todo. - Ying disse engolindo em seco. Talvez ela planejava fugir, mas apenas colocou em prática agora por notar que estávamos com o antídoto.

— Talvez ela não esteja mais sozinha. - Emily disse preocupada.

— Eu...eu vou resolver isso, vocês fiquem aqui. - Evie vira as costas e vai indo em direção a porta.

— Espera, você não pode ir sozinha. - Seguro seu braço para tentar impedi-la.

Aliás, eram quase 3 horas da manhã e ela poderia já estar chegando no quartel da Legião, que fica a menos de 2km do nosso esconderijo.

— Você ouviu que ela pode estar com alguém e ir sozinha não é a melhor decisão. - Entro na frente dela antes de alcançar a porta enquanto todos assistiam.

— Cassie sempre me salvou sozinha quando eu precisei, agora é a minha vez de fazer isso por ela. - Ela responde tentando passar por mim.

— Você está maluca? No estado que ela está, vai tentar te matar. - Falo serrando o olhar.

— Maeve, sai da frente. - Ela pareceu se enfurecer e virou o rosto.

— Não, eu vou com você. - Coloco a mão sobre seus ombros, mas assim que a toco, minhas mãos são congeladas e ficam presas. - Evie, isso tá machucando. - Falei ficando preocupada.

Nesse momento Kinessa puxa minhas mãos e vê que estão levemente queimadas do gelo.

— Ei, da um tempo. Você não vê que todos estamos tentando ajudar.

— Por que eu deveria confiar em você mesmo? - A azulada rebate.

— Porque todos estão vendo que eu quero ajudar, que estou pensando em um plano junto deles enquanto você quer resolver isso sozinha sem ter ideia com o que está lidando. - A morena responde me puxando para perto de Ying.

— Eu...eu... - A azulada tentou justificar.

— Você está fora de controle. Olha o que você fez. - A morena levantou as palmas de minhas mãos mostrando elas bem vermelhas e levemente cortadas.

A azulada põe a mão na boca e vejo seus olhos encherem de lágrimas. Talvez ela realmente estivesse fora de sí nesse ato.

— Olha o que encontramos. - Tony entra vagarosamente segurando uma Cassie amarrada em seu ombro. Aquela devia ser a corda que usaram para prender Kinessa antes dela acordar.

— Nós saímos por 10 minutos e vocês perdem a paciente? - Jess pergunta com um leve sorriso zombeteiro no rosto. Claro, até notar que estávamos em uma discussão séria é o sorriso se desmanchar.

— Longa história. - Emily suspira aliviada.

— Era só esperar mais um pouco. - Kinessa rosna para Evie que abaixa a cabeça.

Tony coloca a ruiva deitada sobre a maca em que Kinessa esteve e ela parecia tão bem presa que não conseguia sequer se debater para tentar escapar. De uma forma estranha, também não falava nada.

— Maeve, venha aqui. - Diz Ying em um canto segurando esparadaplos.

— Como encontrou ela? - Karol pergunta suspirando.

— Eu e Jess estávamos na cobertura até ouvir o som de vidro quebrando. Quando fomos descer, a porta lá de cima abriu e ela pareceu surpresa em dar de cara conosco. - Ele respondeu dando de ombros.

Era notável que de todos nós ali, ele era o menos exausto.

— Como vamos fazer ela engolir esse antídoto? - Emily pergunta confusa.

— Simples. - Jess pegou o frasco e chegou do lado da ruiva que tentava rolar para fora da maca. - Abre a boca e faça "aahh" - Ela diz para Cassie como se fosse uma criança.

A ruiva apenas virou o rosto e fechou os olhos fazendo birra como realmente uma criança.

— Já que você quer desse jeito. - Jess da de ombros e acerta um soco não muito forte na barriga da ruiva que abre a boca e da um grito.

No momento que abre a boca, Jess entorna o frasco inteiro e fecha sua boca com as mãos para não cuspir e tampa seu nariz para força-la a engolir.

— Isso, bebe tudinho. - A esverdeada diz sarcasticamente segurando sua boca e colocando um dedo sobre a garganta, para saber se engoliu.

Ela começa a se debater de um lado para o outro mas a esverdeada não a solta.

— Ou você engole ou vai ficar sem ar. O que vai ser?

Todos nós assistiamos curiosos se aquilo dava certo. Jess poderia não ter poderes como nós, mas era excelente em resolver certos problemas.

Ao notar que a ruiva acabou engolindo, ela soltou seu corpo e suspirou.

— Agora só esperar, certo? - Ela pergunta para Amy.

— Acredito que sim. - A albina respondeu pensativa de braços cruzados.

Ying terminou de fazer o curativo e me sinto um pouco melhor. Estava com esparadaplos nas duas mãos deixando apenas as falanges expostas.

Noto Evie sentada ao chão do lado da porta com a cabeça entre os braços em cima dos joelhos. Talvez estivesse chorando e eu não queria isso.

Me aproximo e ajoelho ao seu lado. Antes de eu dizer qualquer coisa, ela começa.

— Eu...eu te machuquei. - Ela murmura sem levantar a cabeça.

— Eu tô bem. Eu te desculpo, vem cá. - Tento puxar sem braço para levantar mas o ardor das mãos não deixou. Mesmo assim ela levantou e me abraçou com força.

— Por favor, não me odeie. - Sua voz deixou claro que estava chorando mais uma vez.

— O que? De onde tirou isso? Eu te amo. - Respondo indignada a soltando do meu corpo e a olhando nos olhos.

Ela limpou o rosto na mão e secou as lágrimas com os braços.

— Eu...eu não sei o que deu em mim. Eu entrei em pânico e... - Ela falava mas foi interrompida por Cassie começando a gritar desesperadamente.

— Está fazendo efeito. - Diz Amy desenrolando a ruiva das cordas.

Cassie começou a se debater e regurgitar uma gosma preta, Ying segurou sua cabeça para que não sufocasse. Ao parar de se debater, ela cospe uma espécie de larva cinza maior que eu imaginava, ela quase encheu a boca da ruiva antes de pular para fora e rastejar no chão sem rumo.

Antes de fazermos qualquer coisa, Emily joga um balde em cima do parasita e o impede de tentar fugir ou entrar em alguém ou seja lá o que for.

Cassie começa a tossir muito e começa a respirar ofegante e desesperadamente.

— Ela acordou. - Ying a ajuda a sentar na maca.

— CASSIE! - A azulada grita e sai correndo e abraça a irmã com 5 vezes a força que havia acabo de me abraçar.

— Não consigo...respirar. - A ruiva murmura.

— Vai com calma. - Karol a separa da irmã.

— Antes de mais nada, quem vai limpar o chão? - Kinessa diz aparentemente alongando as pernas e nos deixando confusas com o assunto.

Ao olharmos pro chão, víamos gosma preta do parasita que rastejou e os cacos de vidro da janela quebrada.

— Acho que...eu tenho que me redimir de alguma forma. Eu cuido disso. - Evie murmurou virando o rosto.

— Vai ter que cuidar disso também. - A morena responde dando uma risada e da um chute no balde nos assustando.

Em seguida o parasita tenta rastejar para longe e Kinessa faz a obra de pisar nele o esmagando como uma barata. Por mais nojento que fosse, gosma preta foi jogada para os lados e acabou acertando as pernas de Emily, Tony e eu que estávamos próximos.

— Misericórdia. - Evie suspira colocando a mão sobre o rosto por saber que ela teria que limpar.

— Maravilha. - Kinessa da uma risada colocando as mãos na cintura. - Eu precisava disso, agora estou aliviada e ainda com fome. - Ela diz fazendo uma pose heróica enquanto apenas a encarávamos sem ter o que dizer.

— O...o que tá acontecendo? - A ruiva pareceu confusa após parar de respirar ofegante.

— Bem-vinda de volta ruiva. - Kinessa coloca a mão sobre seu ombro e sorri para ela.

— Eu...eu não tô legal. - Ela se curva para o lado e acaba vomitando um pouco de sangue com aquela gosma preta.

Ying se aproximou e colocou um estetoscópio em seu peito, nos deixando em um silêncio preocupante.

— Você precisa de descanso urgente. Seu corpo tá sobrecarregado e você não come a 5 dias. - A médica diz a ajudando a deitar novamente.

— Nós duas. - Kinessa faz um V com os dedos.

— Mas ela vai ficar bem, não é? - Evie pergunta se aproximando de mim e passando seu braço por trás da minha cintura. Aquilo me arrepiou de leve, mas fingi que não havia sentido.

— Sim. A médica responde limpando o suor na testa e suspirando.

— Desculpe, mas eu ainda não conheço vocês. - Cassie fala um pouco envergonhada.

— Ah, desculpe toda essa confusão. Não sei se é capaz de lembrar de nós, mas caso não lembre, eu me chamo Ying e você está em minha casa. - A coreana se apresenta da forma mais carismática que já vi.

— Eu sou Karol e essa é Amy e Tony, meus irmãos mais novos. - A espadachim diz sorrindo com os olhos fechados.

— Olá. - Os gêmeos acenam tímidos.

— E eu sou Emily. Espero que possamos ser boas amigas. - A baixinha tenta ser amigável.

— Finalmente ta consciente, ruiva. - Jess deu uma leve risada.

— Você fez muita falta. - Digo me aproximando enquanto Evie quase pula no colo da irmã novamente.

— Cassie, nunca mais vou deixar você se fugir sozinha, nunca mais. - A azulada murmurou aparentemente ficando mais calma.

— Olá. - A ruiva acena ainda um pouco confusa. - Desculpe se confundi, mas tenho uma leve impressão de que já vi vocês antes. - Ela esfrega os olhos e força a visão em nossa direção novamente.

— Uma longa história, mas vou contar antes de irmos comer. - Kinessa senta ao seu lado e começa a explicar.

Alguns minutos se passam e por ser quase 5 horas da manhã, a maioria sobe para finalmente ter descanso depois desse looongo dia. Restou na sala apenas eu, Kinessa que contava a história para Cassie, Evie que limpava o chão e Ying que preparava medicações para a ruiva.

Kinessa termina de contar ao mesmo momento que Evie terminava com o chão da sala. Por não custar nada, a ajudei dentro de meus limites. Eu até queria ajudar com a parte de limpar gosma preta, mas com o estado de minhas mãos, não havia chance.

— Vocês fizeram tudo isso por mim? - Cassie diz quase chorando quando Kinessa finaliza.

— Eles estão fazendo por nós. Não sei o que seria da gente se não fosse por todos eles. - Digo me referindo ao Tony e as garotas.

— Eu não sei o que dizer. Apenas prometo que vou compensar vocês por tudo isso. - Ela diz segurando as lágrimas e olhando para Ying que estava feliz pela ruiva estar bem.

Assim que Evie finaliza, corre novamente até a irmã e a abraça sem dizer nada. Tinha apenas uma expressão de paz no seu rosto. Parecia que havia retornado para seu mundo, a ruiva era seu ponto seguro.

— Fico muito feliz que vocês estejam bem. - Cassie puxa nós duas para um abraço triplo.

— Estávamos enlouquecendo longe de você. - Falei abraçando a ruiva do mesmo jeito.

— Nunca mais vou deixar te tirarem de mim. Nunca mais. - A azulada apertou mais.

— Tudo bem meninas, mas agora vocês precisam deixá-la descansar. - Disse a médica. - Você pode ficar nessa sala essa noite. Caso esteja com muita fome, pode ir comer, a cozinha fica a direita. - Ela completou.

— Você ainda tá com fome? - Olho para Kinessa que estava com cara de paisagem para a janela.

A sensação que tinha era de estar dormindo sentada de olhos abertos, que por acaso estavam vidrados e vermelhos de exaustão.

— Terra para morena sensual, responda. - Cassie passa as mãos na frente dos olhos dela, a tirando do transe e nos fazendo rir.

— Eu...eu não vou comer agora. Estou destruída de cansaço, vou deixar para amanhã. Só preciso de um sofá pra dormir. - Ela diz esticando os braços para cima e bocejando.

— Eu não pensei em mais quartos. Só temos 4 e estão sendo usados. Nesse caso, vou deixar para pensar nisso melhor amanhã. Você pode dormir naquela cama. - A médica falou com vergonha por não ter como hospeda-las melhor.

— Perfeito. - A morena faz um jóia andando em direção a maca em que Evie esteve no nosso primeiro dia aqui. Aparentemente qualquer superfície quente e fofa poderia ser algo de seu cochilo. - Doutora, você é incrível. Obrigado. - Ela diz se jogando sobre a cama.

— Não tem por onde. - Ela responde com um sorriso.

— Kinessa. - Evie murmura de cabeça baixa se aproximando da morena estatelada na cama com cabelo cobrindo seu rosto.

— Eu. - A morena diz sem abrir os olhos.

— Eu agi mal com você. Eu não sei se tudo o que você disse sobre ter a intenção de nos ajudar desde o começo era verdade, mas eu...eu quero confiar em você. - A azulada senta do lado da cama da morena.

Ao ouvir, Kinessa se senta sobre a cama e abre um sorriso para a azulada.

— Fico muito feliz em ter especialmente o seu voto de confiança. - Ela coloca a mão sobre o cabelo azul.

— Especialmente o meu? - Ela pergunta curiosa.

— Você tem tudo pra me odiar e escolheu confiar. Sou totalmente grata por isso. - Ela diz ainda sorrindo.

— Me desculpa por quase...bom...ter te matado.

— Eu sabia os riscos que corria. Além de estar acordada por muita insistência. - Completa bocejando.

— Fico feliz que vocês se entenderam. - Cassie sorri.

— Eu fico aliviada, minha casa ainda está inteira. - Ying diz dando uma risada.

Eu apenas assistia com certo brilho nos olhos.

— Vou deixar você dormir em paz. - Amanhã conversamos melhor sobre isso. - Evie da um leve abraço na morena e vai em direção a irmã.

— Obrigado. - A ruiva abre um lindo e sincero sorriso para a azulada que ainda estava um pouco emocionada com a volta da irmã.

— Eu te amo Cassandra. - A azulada sussurra aliviada.

— Também te amo Evelynn. - A ruiva faz da mesma forma é se reclina na cama.

— Boa noite as duas. Descansem que amanhã temos um longo dia descriptografando o pen drive que Kin nos trouxe. - Evie Diz acenando e saindo do quarto.

— Boa noite garotas. - Digo saindo de mãos dadas com a azulada e as vendo se entregar ao sono de uma vez.

Ao lado de fora com a porta fechada, eu e Evie subimos nas pontas dos pés para não fazer barulho e chegamos no nosso quarto.

Evie se senta na cama e dá um suspiro que eu já conhecia. Me sinto bem em ouvir, por saber que ela só fazia isso quando estava relaxada, calma e despreocupada. Ainda tínhamos muitos problemas mas o maior deles para ela, já foi resolvido.

— Eu tô muito orgulhosa de você? - Digo no escuro, tirando minhas botas e as meias, abrindo o botão da calça e me jogando na cama do lado dela.

— Mesmo? - Ela faz o mesmo, solta totalmente seu cabelo e deita me olhando nos olhos. Aquele lindo brilho azul era a única coisa que eu conseguia enxergar em toda essa escuridão.

— Sim. Como Kinessa disse, você tem tudo para odiar ela e decidiu confiar. - Passo os dedos entre seus cabelos.

— Sabe, Cassie confirmou que o que ela disse era verdade, a serpente de Mal'Damba estava atrás das duas. Se você e Cassie conseguem confiar nela depois de tudo, eu também posso por confiar em vocês. - Ela coloca a mão sobre minha cintura.

Vários segundos se passam e continuamos nos encarando naquele escuro. Eu estava hipnotizada naqueles olhos azuis. O que essa garota está fazendo comigo?

Noto quando calmamente ela fecha os olhos e aproxima seu rosto devagar do meu, tocando seus lábios nos meus novamente. O mesmo ato, os mesmos sentimentos, os mesmos arrepios, as mesmas sensações.

Coloco minha mão sobre seu rosto não deixando ela se afastar, mas me surpreendendo, ela segura meus pulsos e joga sua perna por cima de mim, ficando montada. Sua boca ainda não se separava da minha e o beijo ficava cada vez mais intenso.

Quando estávamos sem fôlego, ela separa nossos lábios e ainda segurando meus pulsos, desce os beijos até meu pescoço e volta subindo por trás da minha orelha.

A sensação era diferente, um arrepio tomou conta de mim e minha voz falhava completamente enquanto eu ofegava.

— Você é a garota mais linda que já conheci. - Ela sussurra lentamente bem no meu ouvido. Sua voz fez arrepios dobrarem.

— O que...vai fazer? - Pergunto sentindo meu rosto queimando.

A vontade que eu tinha naquele momento, era uma que nunca havia sentindo antes. De ter aquela garota totalmente para mim.

— Quero me divertir um pouco. - Ela responde sussurrando com uma leve risadinha.

Em seguida solta meu pulso esquerdo e coloca sua mão na minha cintura, subindo por dentro da minha camisa enquanto ainda beijava meu pescoço.

Sua mão estava completamente fria, me deixando incapaz de sentir isso sem gemer baixo. Para abafar o som, ela coloca sua boca de volta sobre a minha e o frio de sua mão é compensado com esse caloroso beijo.

Ela solta minha outra mão e usando as duas, ela rapidamente tira minha camisa, me deixando apenas com a parte de baixo da roupa e o sutiã.

— Shh, vai fazer silêncio, não é? - Ela sussurra denovo no meu ouvido ainda em cima do meu corpo.

— Eu...eu não sei se consigo. - Respondo de olhos fechados ainda sentindo os arrepios.

— Se você não fizer, temos que parar por aqui. - Ela sussurra parecendo curiosa pela minha resposta.

Era uma nova experiência. Em pouco tempo eu e Evie ficamos mais íntimas do que nunca fui com qualquer outra pessoa.

— Eu...eu faço silêncio. - Respondi ofegando de leve e claramente confirmando minha vontade a ela.

Em seguida puxo sua blusa pela barra, da mesma forma que ela havia feito comigo, a deixando vestida do mesmo jeito.

Eu nunca achei que poderia sentir tanta vergonha na minha vida, mas descobri estar completamente errada no momento seguinte, em que ela puxou minha calça e a tirou, me deixando apenas de roupas íntimas.

Meu rosto queima de timidez enquanto começo a sentir o frio do seu corpo sobre o meu.

Ela também acaba por tirar sua própria calça ficando novamente vestida da mesma forma que eu e diminuindo minha vergonha, por não ser só eu semi-despida.

— Sente só. - Ela diz com uma leve risadinha e começa a beijar meu corpo de cima até embaixo, do pescoço até o umbigo, me fazendo gemer mais uma vez inevitavelmente, porém o mais baixo que eu conseguia. - Assim que eu gosto. - Ela sobe devagar passando a língua gelada até meu pescoço novamente. - O que está achando? - Ela pergunta em meu ouvido.

— Como aprendeu isso? - Pergunto sem voz colocando os dedos sobre seu sedoso cabelo novamente.

— Eu li em uma revista, e tava louca pra ver se funciona. - Ela responde com certo pesar em sua voz. Parecia preocupada com o que eu estava achando e se isso era um problema, eu tinha a solução.

Enquanto ela terminava de falar, a joguei para o lado na cama e subi sobre ela da mesma forma que estava sobre mim. Segurei seus pulsos e antes que ela tentasse reagir, a dei o beijo mais intenso que já tivemos.

Sua boca fria e a minha quente. Ela gelada e eu fervendo. A cada segundo sentindo sua língua dançando com a minha me fazia querer mais desse momento.

— Hora da próxima base. - Ela sussurra com um tom bem pervertido no meu ouvido.

Eu ainda não sabia bem o que isso significava, mas eu tinha certeza que ela queria me mostrar. Eu sabia que com uma comemoração particular, essa seria uma noite muito intensa.


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