Unchained escrita por LouisPhellyppe


Capítulo 3
The Experiment


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, espero que gostem do capítulo.

A primeira temporada irá se iniciar no quinto capítulo.

Boa leitura =)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/733691/chapter/3

No dia seguinte ao chegar ao Quartel General, não me encontrei com os agente L e Z. Mas ao dizer que eles haviam falado comigo no dia anterior e aceitei a proposta, me levaram para uma sala aonde eu passaria por testes de resistência.

Eram testes básicos e fáceis, como corridas, levantar peso e resistência ao calor e ao frio. Por último eles me levaram para uma sala escura e me mandaram ficar sentada em uma espécie de cadeira de ferro com braços, no centro da sala. Quando sentei, uma voz masculina veio de um auto falante:

— Senhorita Maeve, apenas rela...

— Maeve! Apenas Maeve por favor. - Digo arrogantemente interrompendo a voz.

— Como desejar! Maeve, apenas relaxe seu corpo sobre a cadeira e olhe fixamente para o ponto branco em sua frente. - Quando terminou de falar, surgiu um ponto branco em minha frente. Era a única coisa que eu conseguia enxergar na escuridão total que estava a sala.

— Estou olhando. - Respondo um pouco ansiosa e começando a ficar preocupada.

— Nos próximos segundos vamos começaremos a injeção do soro, porém enquanto você está viva ele irá queimar sua pele e causar ferimentos permanentes. - A voz diz serenamente.

— Como é? Vocês não vão queimar minha pele! Eu não concordei com isso! - Grito na tentativa de levantar da cadeira. Mas assim que ameaço, 7 alças que estavam abertas me prendem. Uma em cada braço, uma em cada coxa, uma em cada canela e uma no abdômen.

— Acalmasse senhori...digo, Maeve. Isso só aconteceria caso seu coração bombeie o soro pelo seu sangue durante a injeção. Nós temos uma solução que irá pará-lo por 2 minutos e a reanimaremos denovo. As injeções serão indolor, mas para fazer o soro se misturar com seu sangue precisamos usar ondas de eletrochoque. Você está pronta? - A voz diz calmamente.

— Bom, não? - Respondo em dúvida e totalmente preocupada.

— Ótimo. Injetando solução em 3...2...1...iniciar!

Ao ouvir essas últimas palavras, sinto uma picada de agulha em meu pescoço e vou perdendo a consciência aos poucos.

Ao fundo bem baixo começo ouvir a voz de meus pais, como se estivesse recuperando a consciência e começando a acreditar que aquilo era real. Minha mãe e meu pai conversavam na sala enquanto acordo assustada com um estrondo vindo da vizinhança.

— Calma meu amor, não deve ter sido nada. - Ela me diz sorrindo. Aquele sorriso. O sorriso mais lindo que já vi em toda minha vida.

— Deixa que eu vejo para você. - Diz meu pai sorrindo e levantando do sofá para conferir pela janela.

Eu sento no colo de minha mãe e apenas ouço meu pai abrindo a cortina e dizendo:

— Minha nossa, TODOS PARA O CHÃO. - Enquanto via o míssil que atingiu nosso prédio.

Nesse exato momento tudo fica escuro e sinto uma enorme onda de choque passando por todo meu corpo.

Alguns segundos passam e minha visão começa a clarear novamente. Dessa vez me vejo deitada em minha cama na casa de Elizabeth. A porta abre devagar e eu ouço:

— Não dormiu ainda meu anjo? Está tudo bem? - Ela diz enquanto vem até minha cama.

— Não consigo dormir, posso ficar com você essa noite? - Digo olhando fixamente em seu lindo rosto como se fosse a primeira vez.

— Claro. Mas sairei cedo amanhã para uma missão de reconhecimento em campo. Voltarei em 1 dia.

Nesse momento tudo se apaga novamente e se clareia ao ouvir a campainha tocando em uma tarde muito chuvosa e eu indo atender. Quando abri a porta vi os soldados que foram me informar do acontecimento com Elizabeth. Lembro bem da frase:

— Não houve sobreviventes!

Em seguida tudo se apaga novamente sinto mais uma enorme onda de choque passando por todo meu corpo.

Novamente tudo se clareia e eu estava atrás do largo poste de concreto de quando batalhei contra o atirador de elite. Estava com a mesma faca na mão e minha arma já estava jogada ao chão.

— Vamos garotinha, não vai tentar fugir de mim, vai? - Ele diz enquanto me procura após ouvir o som de minha arma.

Saio de trás do poste, miro a faca novamente em sua direção e a arremesso. Mas dessa vez, mesmo sem me notar ele desvia.

— Hahahaha, acha que vai me pegar novamente nesse truque? - Ele diz como se tivesse previsto o que aconteceu. Em seguida mira sua sniper em minha direção e puxa o gatilho.

Ao ouvir o som do tiro, tudo se apaga denovo e sinto uma onda de choque mais forte ainda passando pelo meu corpo. Em seguida volto a ouvir a voz masculina do auto falante:

— Maeve? Maeve? Já está consciente?

— Aaaarrrgh. - Grito de dor por conta da sequência de choques.

— As ondas de eletrochoque acabaram. Agora você vai ser encaminhada para uma sala aonde repousará.

Sem conseguir dizer nada, apenas ouço o que ele diz e em seguida desmaio. Enquanto minha visão escurece, vejo o pontinho branco em minha frente se abrindo e a silhueta de 2 pessoas vindo em direção, até que eu apago de vez.

Uma dor de cabeça me desperta e começo a retomar a consciência.

— Maeve? Está acordada? - Ouço de uma voz feminina.

— Que dor de cabeça é essa? - Digo tentando levantar da cama que estava.

— Vá com calma, você ainda está se acostumando com seus olhos.

— Meus olhos? O que tem meus olhos? - Vou os abrindo e vejo uma mulher magra e alta, de cabelos negros que vestia um jaleco branco em minha frente. Tinha aparentemente 40 anos - Quem é você?

— Serei sua treinadora e te ajudarei a desenvolver suas novas habilidades! Começando por seus olhos. Meu nome é Gwen! - Responde sem me olhar.

— Mas o que há com meus olhos? E por que estou apenas com esse camisola? - Pergunto enquanto puxo a gola do camisola e percebo que só estava vestindo isso.

— Você me enxerga claramente, mesmo estando em completa escuridão...- Ela responde enquanto aperta o interruptor e acende a luz. -...e mesmo no claro pode me enxergar sem dificuldade alguma! - Completa enquanto me olha nos olhos e sorri simpáticamente.

— Mas...como? - Pergunto assustada

— Essa é uma das habilidades que o soro te deu, você é capaz de enxergar no escuro.

— Uau, adorei. - Disse animada com a notícia.

— Agora se vista e vamos começar nosso treinamento de desenvolvimento.

Depois de me vestir, a segui até o um pátio do lado de fora.

— Aqui você deverá treinar sua mira e sua agilidade. - Ela diz enquanto lê uma ficha. - Você poderá demorar um pouco para se acostumar, mas consegue correr mais rápido e pular mais alto que uma pessoa normal. Você vai demorar algumas semanas para dominar essas habilidades. Então por hoje vamos começar com a mira.

Ela pega uma pistola em cima de uma mesa, coloca protetores de ouvido e em seguida carrega a pistola com um pente que continha apenas 6 balas.

— Aonde eu consigo um protetor desse. - Pergunto curiosa.

— Você não precisa. - Ela responde com um sorriso no canto da boca.

Em seguida puxa o ferrolho da arma e mira em três alvos manequim que estavam na frente. Eu consigo contar ela puxando o gatilho 6 vezes com o intervalo de meio segundo em cada disparo. Ela acerta os 3 alvos, cada um com um tiro na cabeça e um no peito. Tira o pente da pistola e coloca os dois em cima da mesa de onde pegou.

— Uau, você é incrível! - Eu digo ao ver fazendo tal proeza.

— Dez anos como tenente do exército Francês e dois anos capitã das Forças Unidas. - Ela responde enquanto pega outro cartucho de munição.

Ao ouvir dizendo isso, me recordo de Elizabeth e acabo por perder o foco do que estávamos fazendo. Estar com alguém que queira me ensinar coisas novas era algo que eu adorava e foi isso o que me aproximou dela.

— Ei, eu sei que sente falta dela. Eu também a conhecia. Ela era apenas uma cabo quando eu já era tenente. Ela era uma pessoa maravi...

— Para, por favor. - Eu disse, não contendo mais as lágrimas. - Temos que ter foco no treino. Por ela. - Completei secando as lágrimas na manga de minha blusa.

— Sim. Me desculpe. - Respondeu ao ver meu estado. - Vamos fazer isso. Por ela! Agora pegue essa arma e acerte os alvos.

Assenti com a cabeça. Peguei a pistola, coloquei outro pente com 6 balas, puxei o ferrolho e mirei para os alvos.

— Por ela!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. Logo virão mais capítulos com explicações sobre tudo o que parece confuso na história.

Obrigado por terem lido :D

Escrito e betado por: Louis



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Unchained" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.