Unchained escrita por LouisPhellyppe


Capítulo 2
Tempting Offer


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, enquanto estamos no prólogo, tentarei trazer os capítulos com um pouco menos de intervalo.

Acredito que a partir do 5° capítulo vou iniciar a primeira temporada. Então fiquem alertas!

Fiquem com o capítulo. Espero que gostem... :D



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Eles me deram uma pequena pistola de 9 munições no pente. Não me esqueço de cada batida do meu coração enquanto espreitava entre labaredas e escombros causados pelas explosões ocorridas no confronto, torcendo ser furtiva o suficiente.

Quando consigo ter sua visão por dentro do prédio, vou sendo mais cautelosa. Era hora de eu salvar minha equipe. Porém se eu fosse um pouquinho mais cuidadosa não teria caído em sua armadilha. Um fio de nylon com um sino em sua ponta a 8 metros de seu corpo. Foi o suficiente para ele saber que tinha alguém ali e rolar no chão atirando com uma pistola.

Me joguei no chão e disparei 5 vezes sem nenhum sucesso e comecei a rolar até um largo poste de concreto semi depredado. Não sabia se ele tinha visão minha, mas eu torcia para que não. - Vamos menininha, venha acabar com isso. - Ele dizia enquanto me procurava.

Me espreitei pelo canto do poste para tentar ter sua visão e ele não me viu. Ergui novamente a pistola enquanto tremia de medo e disparei o restante das minhas 4 munições, não chegando perto de acerta-lo. - Como eles mandam uma criança que nem sabe atirar para uma missão como essa? - Ele caçoava.

Acontece que eu não tinha habilidade em armas de fogo, mas sim em arremesso. Foi quando lembrei da pequena faca do tamanho de um canivete que guardava em meu tornozelo. Achei que só a usaria para cortar alguns pedaços de pano e fios de nylon para armadilhas. Mas essa era a hora de usa-la para salvar minha vida. Tinha apenas uma chance e precisava de uma distração para fazer ele revelar sua posição.

Peguei a pistola sem munição e retirei o cartucho. O arremessei no chão pela passagem por onde vim e o outro pela esquerda do meu poste, enquanto torcia para engana-lo.

Saí pela esquerda do poste e coloquei o joelho direito no chão esperando ele aparecer.

— Aonde você vai? - Ele diz enquanto sai mirando e andando devagar para onde joguei a arma.

— Ei, aqui. - Eu grito para ele, que vira depressa para onde estou e esse é o momento perfeito. Arremesso a faca e me jogo no chão para caso ele tente atirar. Acerto exatamente em seu olho esquerdo. Logo em seguida o vejo caindo de costas no chão.

Meus pais, Elizabeth, minha equipe passavam em minha cabeça enquanto fiquei alguns minutos paralisada, na tentativa de me acalmar e colocar em minha cabeça que acabei com esse terror. Ao mesmo tempo me forçando acreditar que aquilo era o certo a ser feito. Pela primeira vez tive que escolher entre a minha vida e a de alguém.

Dez meses se passaram após essa missão e as Forças Unidas diziam que estavam escolhendo uma especial para mim. Eu ainda estava morando na casa que Elizabeth deixou para mim, em um bairro sem perigo. Suas ruas eram apenas calçadas e não era permitido veículo algum que não fossem bicicletas. Conseguia me sustentar e ter dinheiro por conta de uma pensão de soldado que recebia das Forças Unidas. Tanto tempo sozinha me fez adotar e cuidar de um gato que encontrei sempre me seguia na rua e o chamar de Sr. Capitão.

Os dias se passavam e eu estava me tornando mais amarga e irritada com a demora de mais missões, algo com que eu pudesse tirar minha cabeça das tragédias que vivi colocando a nas tragédias que ainda iriam acontecer. Pensar positivo não era mais o meu forte!

Mais dois meses se passam e alguns dias antes de completar 1 ano que fui para minha primeira e até o momento última missão, dois homens de terno batem na porta de minha casa a minha procura por volta de 2 horas da tarde.

— Senhorita Maeve? - Disse o homem alto de pele morena, olhos verdes, usando óculos escuros e com um cabelo grisalho, mesmo aparentando ter pouco mais de 30 anos de idade.

— Apenas Maeve! Quem quer saber? - Respondo com hostilidade por não saber sobre o que se trata a visita.

— Eu sou o agente "Z" e esse é o agente "L". Trabalhamos para o governo e queremos conversar com você sobre uma proposta capaz de mudar sua vida. - Disse o outro, pouco mais baixo quanto o grisalho, de pele clara, loiro do cabelo espetado com olhos azuis e também usando óculos escuros. Aparentava ter pouco mais de 20 anos de idade.

— Não, muito obrigada! - Respondo enquanto vou fechando a porta até um deles colocar o pé na frente, impedindo a porta de se fechar.

— Devia ouvir nossa proposta antes de recusar. - Diz o primeiro grisalho.

— E qual seria sua proposta? - Digo abrindo a porta novamente mostrando estar totalmente sem interesse.

— É um assunto de sigilo, podemos conversar em sua residência?

Eu abro totalmente a porta enquanto reviro os olhos e vou indo para a sala. Sento em um sofá grande e fico esperando eles sentarem no da frente que era um pouco menor. Assim que se sentam começam as perguntas.

— Onde estão seus responsáveis?

— Eles morreram! - Eu digo sem os olhar nos olhos, enquanto faço carinho nos cabelos do Sr. Capitão que veio para meu colo.

— Mas seus registros dizem que você foi adotada por uma capitã das Forças Unidas chamada Elizabeth! - Diz o grisalho enquanto olhava confuso para umas fichas.

— Todos...morreram! - Eu falo pausadamente enquanto olho em seus olhos. - Vocês vieram para falar dos meus pais ou para me propor algo?

— Sim, perdão senhorita. - Diz o grisalho.

— Apenas Maeve, sem senhorita! - Respondo amargamente e volto os olhos para o gato em meu colo.

— O governo da União Européia nos autorizou a vir a sua procura e a convidar para participar de um treinamento especial para retornar ao campo. - Começou o loiro.

— E a única coisa que eu ganharia seria a volta para o campo? - Tentei persuadir, para saber se escondiam algo de mim.

— Bom... - Disse o grisalho enquanto fechava a pasta com minhas fichas e virava o olhar para seu companheiro. -...digamos que esse treino se passará apenas depois de um experimento. - Disse enquanto voltava o olhar para mim e retirava seu óculos escuros. Seus olhos verdes começam a me assustar.

— Vou virar uma cobaia? Vão fazer testes em mim? - Pergunto insegura enquanto tiro as pernas de cima do sofá.

— Não será uma cobaia pois os testes já foram feitos e chegamos a uma solução final. Temos a garantia que você sobreviverá e poderá desenvolver melhor suas habilidades de batalhas em base as suas características? - Completa enquanto apoia os cotovelos nos joelhos e cruza os dedos.

— Isso terá alguma consequência negativa em mim? - Pergunto com dúvida.

— Descobrimos que esse soro mexe com sua genética. Esse experimento te deixará estéril e você não será mais capaz de engravidar.

Sempre pensei na possibilidade de ter filhos, mas não tinha parado para avaliar bem que consequência isso traria para meu futuro. Estava começando a ficar tentada pela proposta. - Entendo, algo mais que eu precise saber? - Questiono como se não me importasse com essa consequência.

— Quando completar o treinamento, será escalada para uma elite de missões especiais. Você terá um parceiro e será promovida de soldado para tenente.

Começo a pensar na minha última missão em que quase perdi alguns companheiros. Me recordo de minha família e Elizabeth. Não queria me apegar a mais pessoas e correr o risco de as perder.

— Aceito, mas com uma condição. Eu pretendo trabalhar sozinha! - Digo os olhando nos olhos.

— Isso será decidido após o seu treino, você poderá repensar até lá. - O grisalho diz.

— Esteja amanhã as 7 horas no Quartel General das Forças Unidas. Não se atrase. - O loiro disse enquanto se levantavam.

— Tudo bem. Nos vemos lá! - Respondo enquanto eles saem e vou fechando a porta.

O dia passou depressa e não conseguia parar de pensar nisso a noite. Era a hora de eu me tornar o que Elizabeth queria de mim. Alguém mais forte e determinada. Alguém que por um fim a essa guerra.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado...
Obrigado por terem lido e em breve trarei o próximo capítulo... :D



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