O mundo não evoluiu como esperávamos por volta dos anos 80 e 90. Com o início de uma guerra no ano de 2018, a Europa que costumava ser o mais rico continente do mundo, agora é o mais sub-desenvolvido. Tendo a maioria das cidades regredido como se estivéssemos no começo do século 20. Eletricidade e água encanada não eram mais para qualquer um. A Europa chegou ao fundo do poço e enquanto os que podiam iam embora do continente, aqueles que não podiam apenas tiveram que aceitar ter suas famílias exploradas pelos militares.

Após a saída do Reino Unido da União Européia, eles começaram a investir em uma enorme e cara pesquisa sobre desenvolvimento e evolução de seres vivos, que resultou na criação de um soro a partir de um minério descoberto, chamado apenas de Cristal Amplificador.

Com a descoberta da capacidade que esse soro dava aos seres vivos, o Reino Unido proibiu a pesquisa e prometeu condenar qualquer um que insistisse em continuar testes apartir do soro.

Porém secretamente, um cientista com ajuda de um engenheiro conseguiram chegar ao limite do soro, criando mutações e pela falta de cobaias, usaram em si mesmos. Nem todas as cobaias aceitaram pacificamente o que se tornaram e por serem mais poderosos e, possivelmente, mais inteligentes que qualquer pessoa, desenvolveram tecnologias afim de colocar um fim na paz Européia e esse foi o início da guerra.

Meses após o início dos conflitos , os líderes dá Uniao Européia decidiram que não poderiam tolerar essas criações a solta e como forma de defesa militar, criaram o Exército Europeu das Forças Unidas.

Quatro anos após a criação das Forças Unidas, o continente se tornou um caos por conta de como esse soro foi se desenvolvendo cada vez mais nos corpos de quem os já tinham, deixando-os mais fortes, poderosos e inteligentes. Foi então quando as Forças Unidas tomaram a decisão que mais tinham medo de precisar. Criar soldados de confiança a partir do soro, afim de lutar para defender suas nações. E foi aí onde tudo começou...

França - 2022.

Esse mês faz 4 anos que me encontraram naquele monte de entulho, e eu ainda tenho as memórias de papai e mamãe gravadas na minha cabeça. Do nosso último momento juntos, uma refeição que eu não imaginava que seria a última.

4 anos depois dessa tragédia e eu ainda não sei se o caminho que escolhi realmente é o certo, se eu estou lutando pra livrar minha nação desse caos, ou para salvar as famílias que ainda restam por aqui, ou apenas para vingar meus pais.

4 anos depois do acontecido e ainda tenho muita dificuldade para saber o que eu sou ou o que eu me tornei, ou pior ainda, o que estou a me tornar.

Eu me chamo Maeve e tinha 12 anos, me lembro como se fosse ontem. Um momento estava sorridente com meus pais e em seguida nosso prédio desmorona após ser atingido por um míssil em um ataque terrorista.

Todos eles falam que não tem a mínima ideia de como eu sobrevivi a esse atentado. Enquanto isso, eu não conseguia lidar com a visão de meus pais mortos embaixo dos escombros enquanto sentia a mão de minha mãe ainda quente segurando a minha.

Eu nunca mais consegui me adaptar em nenhuma família. Com aquilo em minha cabeça eu não conseguia ser mais uma criança normal. Ninguém conseguia aproveitar a vida que tinha, enquanto essa guerra ia nos cercando e deixando cada vez mais sufocados.

Em pouco menos de 1 ano, não tinha onde morar, só conseguindo sobreviver de alguns roubos em pequenas feiras. Percebi que era boa nisso, não em ser uma ladra, mas em não ser pega.

Acreditei nisso até conhecer,.da forma mais constrangedora, a capitã Elizabeth das Forças Unidas. Para ser mais exata sobre como nos conhecemos, ela me salvou uma vez que tentei roubar 2 maçãs de uma quitanda em uma cidade pouco longe de onde vim.

Eu tentei correr quando notei que a dona da barraca me viu e tentou correr atrás de mim. Por sorte, Elizabeth que estava comprando algo na mesma quitanda, pediu para ela deixar de lado e arcou com o prejuízo que causei.

Algumas horas depois, acreditei estar segura em meu "esconderijo" não muito longe dali. Mas ainda bem que estava errada, pois ela pôde facilmente me encontrar lá.

Eu nunca achei que alguém pudesse fazer o que ela fez por mim aquele dia, como: me dar alimento e me convidar pra passar uma noite em sua casa.

Eu não tinha esperanças nas Forças Unidas até a conhecer. Eu acreditava que essa guerra iria acabar com a paz de todos países, por mais que eu tivesse um pouco de esperança que podíamos acabar com isso ainda.

Algumas horas atrás, eu imaginava que ela seria uma capitã rabugenta, cachorrinho do governo da União, quando nem tinha parado pra pensar que existia alguém embaixo de toda aquela farda.

Ao lhe contar quem eu era, ela me disse que gostaria de que eu me empenhasse em entrar para o exército das Forças Unidas já que eu havia sobrevivido aquele atentado, eu devia crescer e mostrar o que tudo aquilo me tornou.

Fico feliz por ela ter sido minha heroína, ter me adotado e ter aceitado me preparar para uma futura entrada no exército. Eu segui seus conselhos, mas como queria que tivesse sido como ela esperava.

Com 14 anos de idade, fui a primeira criança a entrar pro exército das Forças Unidas, só permitiram pois sabiam que estávamos em extrema desvantagem contra os inimigos e precisaríamos de todos aqueles que pudessem provar do que são capazes.

Em todo treino que tive com Elizabeth, nunca fui bem com armas de fogo como era com armas brancas de lâminas e exímia em arremessos. Porém, para as missões de campo minhas habilidades seriam apenas úteis para dar suporte e assistência para os soldados.

Meu novo pesadelo ocorreu quando as Forças Unidas me disseram que, na última missão de reconhecimento de campo que Elizabeth foi enviada, seu comboio foi emboscado e não houveram sobreviventes. Isso me deixou mais amarga e sem esperança, então eu prometi a mim mesma que iria me tornar uma grande soldada e que lutaria atéo fim de minha vida para proteger as famílias e meus aliados.

Em minha primeira missão, fui escalada com um grupo de soldados para defender uma fronteira​ que estava sendo ataca no norte da Espanha. Tinha a vantagem de ainda ser criança, portanto era ágil para dar suporte em aliados, foss com curativos ou munição. Para poder me defender, a única arma que eu portava era uma faca de combate que eu deixava em um pequeno coldre do lado do meu tornozelo.

Doze horas de batalha pela fronteira e saímos vitoriosos. Mas quando estávamos nos retirando para escoltar os feridos, fomos atacados de surpresa por um último soldado inimigo. Um exímio atirador de elite que estava no topo de um prédio e tinha ampla visão sob nosso time. Ele não conseguiu abater ninguém, mas feriu 3 dos nossos melhores atiradores. Foi então quando eles me disseram que eu era a única capaz de apanha-lo de forma furtiva, eu tinha uma única chance então essa devia ser a hora de ser uma verdadeira soldado.