WSU's A Frente Unida escrita por Lex Luthor, WSU
Hospital de Trauma, São Paulo
Arthur Brandão não recebera visita nenhuma naquele dia. Não tinha família, seus pais haviam morrido há alguns meses por consequências de exposição à radiação, que lhes desenvolvera câncer.
A Column, empresa na qual trabalhavam os pais de Arthur, cometera um acidente nuclear que afetou grande parte da capital paulista.
O artista e ativista pela causa dos trabalhadores, mesmo que jovem, demonstrava ser uma pessoa honesta e que lutava pela justiça que não teve. Agora, tinha um policial e um detetive em seu quarto de hospital.
— O médico disse que você vai voltar andar. — disse Erik. — Vai precisar de descanso e de mais uma cirurgia.
Erik e Azathoth estavam sentados num sofá de courino preto, em frente à cama do garoto com a perna engessada erguida.
— É muito corajoso em estar aqui, lado do cara que tentou te matar — disse Arthur.
— Não, eu sei que não ia matar ele garoto. — Azathoth sobressaltou o tom de voz. — É apenas a raiva em você ao não ver se fazer justiça e isso não se trata de vingança. Talvez agora possamos dialogar.
O garoto sorriu, olhou para cima. Fechou os olhos e segurou as lágrimas.
— Não se trata de vingança? — indagou Arthur. — Eu só tinha os meus pais nessa cidade — desabafou expelindo o ar dos pulmões. —, e eles se foram.
Arthur cobriu o rosto, os detetives entreolhavam-se penalizados.
— Fui para a rua e sobrevivi, não foi da forma mais honrada. — o garoto suspirou. — Eu tinha comida, tinha um teto e essa maldita radiação levou tudo e só me deu esta maldição de poder.
— Parece até engraçado quando você se refere a este dom, como maldito — ironizou Azathoth.
— Era muito bom no início, sabe? Ver todas aquelas pessoas estáticas e eu podendo ter de tudo. — disse Arthur dando um sorriso amarelado. — Foi bom na minha necessidade, mas eu me senti um bandido. — Os olhos de Arthur vidraram-se no nada. — Fiquei dependente disso, vivendo num mundo sozinho, com toda merda chegando ao meu pescoço.
Erik passou a mão no rosto.
— Deus, Arthur! — disse Erik olhando para baixo. — Queríamos solucionar o caso, mas estávamos lutando contra o governo e com um gigante mundial.
Arthur reclina a cabeça sobre o travesseiro e olha para cima.
— Só recorri a vocês porque invadi a Column, mas eu não achei nada, eles movem os dados para o computador central em Dakota. — disse Arthur. — Preciso saber se posso confiar em vocês dessa vez.
Erik e Azathoth se entreolharam novamente, dessa vez, desconfiados.
— Abra-se para a Lei — disse Erik irônico.
— Contratei um dos melhores espiões do mundo na semana passada, um cara da Colômbia. O preço? — ele sorriu. — O valor de cem pesos colombianos, ele faz isso por que gosta, por hobby.
Azathoth levantou-se.
— Como pode acreditar nesse tipo de besteira? — Azathoth indaga indignado. — Vamos embora, Erik.
Arthur desespera-se e levanta o tom de voz para chamar atenção
— Chequem as notícias, detetives! — disse Arthur sorrindo. — A matriz da Column em Dakota, foi assaltada esta semana, eles estão loucos.
Azathoth olhou para o garoto espremendo os olhos. Erik levantou-se e aproximou-se de seu antigo parceiro.
— Se o que ele está dizendo é verdade podemos solucionar o caso, Azathoth — Erik cochichou.
— Chegamos à origem da tecnologia nuclear necessária para os terroristas — Azathoth respondeu.
Arthur olhava atentamente o cochicho de ambos, curioso, mas não podia ouvi-los.
— Eu ia dizer que acharíamos como e quem a Column subornou para livrar-se do caso do acidente em São Paulo — respondeu Erik.
Azathoth arqueou as sobrancelhas como se insistisse que o caso tinha ligação com os terroristas no Rio.
— Não seja idiota, Azathoth. Isso é um blefe! A Column deveria gerar mais energia que Angra I e II mensalmente, e ela o fez. — disse Erik cerrando os dentes. — Como faria isso sem a cota de urânio cedido pelo governo? — não cochichava baixo o bastante, Arthur ouvia.
— O urânio vinha por meses disfarçado num barco saleiro do oriente — Arthur respondeu.
— Para Suape, no Recife. — completou Azathoth. — Urânio ilegal estava entrando no país há cerca de dois anos. Karen, Soldado e Aracnídeo prenderam os traficantes, mas foi tarde, já tinham o bastante.
Erik pensou, era uma possibilidade.
— Então matamos três coelhos com uma cajadada só. Chegamos ao vendedor do urânio, que passa para a Column, e, assim, no destinatário da tecnologia. — concluiu Erik pensativo. — Como contatamos esse cara?
— Facebook — respondeu Arthur convicto.
— Pelo amor de Deus! — exclamou Erik. — Nós queremos te ajudar, mas parece que você não quer o mesmo!
Erik tirou o celular do bolso e entregou a Arthur.
— É só apertar no botão Facebook — indicou Erik apontando no aparelho.
Arthur pegou o smartphone e abriu a página de login.
— fora-michel — Arthur pronunciava seu e-mail enquanto digitava.
Sentando no sofá, Azathoth soltou uma risada ao ouvir o e-mail.
— Isso está ficando cada vez mais interessante — disse Azathoth rindo de raiva.
O garoto contatou o espião, que mandou a localização para o encontro.
— Estou mandando uns amigos, fodi meu joelho — Arthur gravou um áudio.
O espião mandou um gif da risada de Zach Galifianakis em “Um Jantar para Idiotas” e sinal de “joinha”. Arthur mostrou a tela do celular aos dois.
— Arizona — disse Azathoth observando de perto.
— Viram só? — indagou Arthur. — Precisam se modernizar, caras.
Rio de Janeiro
Doutor Hugo Gustaffson, cinquenta anos, doutorados em física moderna e nuclear pela Universidade de Lisboa. Ele chegava ao seu apartamento luxuoso na zona sul carioca. Havia tido um dia cheio e lotado, já que cooperava com as operações de segurança das Olimpíadas, numa contramedida tomada pelo governo, vide às ameaças nucleares terroristas.
Ofegante, desde que tomara a decisão de subir escadas para perder peso. Abriu a porta amarela de madeira e adentrou em seu recinto. Colocou sua maleta em cima do sofá de textura aveludada com estampa de onça. Sons de salgadinhos sendo mastigados na geladeira de sua cozinha começaram a incomodá-lo.
Morava sozinho, sem animais, sem ninguém. Decidiu tomar cuidado, tirou uma arma 9mm do jarro com um bonsai nativo do oriente e foi lentamente à cozinha, até que viu uma caveira em cima de sua mesa.
— Meu Deus do céu! — exclamou. — Vade retro!
Ele soltou a arma e ajoelhou-se em posição de reza.
— Nunca devia eu ter passado a tirar sarro de Wellington! — exclamou benzendo-se e olhando para os céus. — Demônios existem! — disse assustado com seu sotaque europeu.
A máscara do Temerário estava por cima da mesa, incomum na sua rotina, o assustara. Marcos que estava em seu banheiro, corre desesperado.
— Professor! — disse ao correr em direção ao senhor grisalho e bem trajado com fino terno português. — Calma, professor!
Professor Gustaffson abraça Marcos de olhos fechados.
— Acho que me borrei, por sorte minha calça é marrom. — comenta o professor assustado. — Leve o que quiser, mas não me faça mal.
Marcos havia sido aluno de Hugo, quando cursava engenharia. Havia tanto tempo que o senhor já não lembrava mais do rosto de seu ex-aluno modificado pelo tempo.
— Vejo um fogo em seu olhar e ela me leva a delirar. — Marcos começa a cantar. — Sinto o seu corpo a dançar e me quer, e me quer enfeitiçar. — Ele levanta-se e começa a fazer a coreografia de Roberto Leal. — Mas acho que ela só quer bailar, não acho que quer me amar. Filha de Alá, vou te buscar como as noites de Ali Babá.
O doutor apertou os olhos, uma imagem lhe veio à mente.
— Fonseca? — perguntou o doutor.
Marcos abriu os braços e sorriu receptivo à lembrança do professor.
— Quando vai parar de caçoar de meu sotaque? — indagou o doutor.
O professor ficou de pé e eles abraçarem-se com tapinhas nas costas.
Velhos amigos.
— Eu acho que nunca, mas eu amenizo se me ajudar em algo — disse Marcos.
O doutor apontou, sorrindo, o indicador para Marcos.
— Não devia me pedir nada em todo este caos, rapaz — disse o doutor.
Marcos mostra-lhe o cubo de chumbo de meio metro cúbico no chão da cozinha.
— Deve estar se perguntando o que é. — o doutor balança a cabeça negativamente. — Eu roubei dados de uma nave do futuro — trincou os dentes. —, bem como o urânio dentro da mesma nave. Algum tempo venho trabalhando nisso, é um capacitor de fluxo de ondas gravitacionais, o primeiro e único.
O doutor soltou uma risada.
— Quanta fantasia! — O doutor ri.
Marcos aperta um botão e uma pequena escotilha cubo se abre, mostrando os isótopos de urânio.
— Isso é real doutor, e eu preciso de você — afirmou Marcos.
Doutor Hugo coça a cabeça calva.
— Eu não posso — respondeu ele.
— Têm terroristas lá fora e o nosso destino pode estar neste capacitor. — disse Marcos. — Se encontrarmos a bomba, podemos enviá-la para o inferno! Vamos lá! Qualquer um pode ser um herói! Se dê essa chance, homem! — exclamou Marcos forma contínua e desnecessária.
— Está a me chamar de qualquer um? — disse o doutor de cenho franzido.
A pergunta deixou Marcos desconcertado.
Você tinha que abrir a sua maldita boca — pensou Marcos.
— Te peguei, trouxa. — disse o doutor ao dar um pequeno soco no ombro de Marcos. — Do que vai precisar, Fonseca?
Marcos sorriu.
Nave Carmem
Karen colocava cuidadosamente o curativo no queixo de Tales. Ele estava sentado numa cadeira e ela em pé de frente para ele. Parecia nervosa e com os dentes trincando desabafava:
— Mas vocês tinham que agir como duas crianças mesmo! — esbravejou Karen.
O Soldado permanecia calado, só ouvia. Afinal, sabia que Karen estava certa. Sabia também que haviam sido feitas vítimas no prédio próximo.
A porta da nave se abre, Jonas e Carol entram.
— Atualização: Nove mortes, nenhum desaparecido. — disse Jonas ao saltar e pendurar-se de cabeça para baixo numa teia. — Queixinho de vidro, hein, mestre? Eu vi.
Soldado o olhou desconfiado, fazendo Jonas sentir um frio na espinha.
— Eu vi mais do que isso, Jonas. — disse Karen. — E nem queira saber o que era aquela aura negra que cercava o Tales. — ela abaixou a cabeça. — Talvez se não fosse o Marcos, algo pior teria acontecido.
O Soldado levanta-se da cadeira nervoso.
— Eu tinha tudo sobre controle! — exclamou Tales.
— Oh! — disse a agente Trap, chamando atenção. — Calma aí, gente! — pediu mostrando as mãos. — Que bom que você está melhor, Carol! — disse irônica.
Um alerta apareceu na gigantesca tela da nave, fazendo Karen observar.
— Carmem está triangulando um sinal de rastreamento — comentou Karen.
Abriu-se um mapa com uma luz vermelha piscando no ponto indicado pelo rastreador.
— Cantagalo. — comentou Carol. — A gente tá perto.
— Show! Vamos subir o morro! — disse Jonas sorridente.
— A gente tem essa nave pra não fazer isso — rebateu Carol.
Carmem, a inteligência virtual da nave fez um alerta.
— A assinatura do rastreador é de Marcos Fonseca, lady Horbury — disse Carmem, referindo-se a Karen.
O Soldado tosse. Põe a mão na boca e entre os dedos, sangue.
— Isso não quer dizer que seja o Marcos, ele pode ter grampeado outro terrorista? — perguntou Carol. — Estou bem, não houve nada grave, e pronta pra mais um round. — ela aproxima-se do Soldado e lhe dá um tapinha nas costas. — E você grandão?
O Soldado olha de lado para ela. Põe-se de frente para os três na nave.
— Marcos nos deixou, mas é nossa obrigação como a Frente Unida nunca deixar ninguém para trás. — disse o Soldado. — Vamos atrás do sinal, independente de quem seja.
Tales estava preocupado. Duas vezes a aura negra o atacava em tão pouco espaço de tempo. Esse fenômeno que brotava de suas emoções, o deixando mais rápido e mais forte por alguns instantes e, que após estes momentos, deixava sequelas, que poderiam estar matando-o.
Complexo Cantagalo/Pavão/Pavãozinho
Era um casebre. Ainda nos tijolos e com telhas que quase a cair chegavam. No alto do Morro do Cantagalo, numa área nobre de vista para o mar, uma das mais belas do Rio de Janeiro. O complexo era cercado de uma selva de pedra, contrastava a riqueza e pobreza, extremos típicos de uma cidade brasileira.
Num dos quartos de apenas dois ou três metros quadrados, sentados ao chão grosso estavam amarrados e amordaçados a primeira dama americana e seu filho, embaixador sul-coreano dos Estados Unidos e a empregada do presidente.
Na sala estava sentado numa velha cadeira estava Ibrahim Abdullah, o líder do grupo islâmico sul-americano, cercado por seus homens. Esperava apreensivo, até que foi ao quarto. Começava um diálogo em inglês.
— Eu espero que estejam prontos para o pior — disse Abdullah. —, se a política de negociação dos estadunidenses for tão dura como disseram — pegou uma câmera gravadora. —, vou filmar a decapitação de um de vocês com essa câmera e depois outro, depois outro, até chegarmos a um acordo.
A primeira dama pôs a mão sobre os olhos do filho.
— Você deveria se envergonhar! — disse o embaixador. — Tem uma família aqui!
Abdullah sorriu.
— Então temos o primeiro candidato à mula-sem-cabeça — disse ao chutar o rosto do embaixador, que caiu ao chão.
O corte aberto no rosto do sul-coreano fazia-o sangrar.
— Canalha! — gritou a primeira dama. — Eu não sei quem você é, mas vai pagar por tudo que está fazendo.
Abdullah agachou-se, segurou o rosto da primeira dama com a mão direita pelas bochechas.
— O que eu estou fazendo — disse Abdullah com uma voz intimidadora. —, querida primeira-dama, é rir por último. Quando os Estados Unidos da América estiverem desarmados e indefesos, serão atacados pelos inimigos dele. — Apontou para o embaixador.
A primeira dama fechou os olhos, seu filho chorava, a empregada estava assustada.
— Não vai ter mais volta. Os sobreviventes serão como nós, corrompidos e a nação do repúdio se tornará a da tolerância religiosa e corrompida. — disse Abdullah ao levantar-se. — Preciso de uma barganha mais contundente, talvez algo mais convincente ao presidente. Sugerem algo antes de terem suas cabeças tiradas do pescoço?
A empregada evitou o olhar do terrorista, que foi até ela. Chegou manso, tirou um canivete do bolso. Passou a ponta afiada entre os seios dela, depois na boca.
— Você tem algo — disse Abdullah.
— Por favor, não me machuque. — disse a empregada. — Eu tenho algo. — ela engoliu a saliva na garganta. — Só me leve para outro local.
Buffalo e Sampdoria ao chegavam casebre. Carregavam consigo um drive externo, das informações roubadas da ANIC, o que comprometeria toda a segurança nas Olimpíadas.
Abdullah conversava com a empregada na sala sentados num velho sofá, quando eles chegaram.
Sampdoria aproximou-se e entregou o disco rígido a Ibrahim.
— Aos irmãos que ficaram para trás — Ibrahim disse ao levantar-se e erguer o braço com o disco.
Os homens, nove terroristas precisamente, erguem seus braços. Ibrahim vê algo incomum no pulso erguido de Buffallo. Ele segura-o e tira o objeto estranho. O observa entre o polegar e o indicar.
— Um rastreador. — Uma luz forte ilumina todo o casebre. — Filho da puta burro! — esbraveja Ibrahim com Buffalo.
Um flashback, pousa sobre a mente de Buffalo.
O Temerário apertando seu pulso, rastreador no local apertado.
— É a Frente Unida — disse Buffalo.
— Que legal, você pensa! — ironizou Sampdoria.
Na nave, Carmem dizia informações:
— Treze assinaturas de calor, lady Horbury. Não posso trazer ninguém, estão cercados por paredes opacas — disse Carmem.
— Pelo menos quatro são reféns, tomem cuidado. — disse o Soldado. — Vamos apenas cercar a casa, eles podem usar os reféns como escudos. Preciso de uma janela, ou algo que me faça olhar para dentro da casa.
— Acho que sei o que está pensado — Karen disse sorrindo.
A nave abre as portas, a Frente Unida desce. Karen fica na porta da frente, Aracnídeo e Carol na porta dos fundos e o Soldado Fantasma sorrateiramente vai para uma janela na lateral da casa.
— Se vocês se aproximarem — disse Ibrahim com o filho do presidente sob mira de uma pistola. —, eu mato! — Tales olha pela janela e uma fenda se abre. — Pode acreditar que eu mato!
Um punho segurou a arma do terrorista fortemente, o pulso de Ibrahim vai para trás o fazendo soltar gritar de dor.
— Eu acredito em você — disse o Soldado segurando, a arma que tomara do terrorista e torcendo-a.
Vários disparos dos outros terroristas vão à direção do Soldado, que agarra o garoto, jogando-se para fora do casebre.
— Merda! — grita Sampdoria. — Peguem os outros reféns, precisamos sair daqui!
Karen une a todos com uma ligação psíquica.
As luzes da casa se apagam.
— Terrorista também tem que pagar imposto — disse Carol desligando o registro de energia do casebre.
Um grupo de terroristas vai ao quarto que estavam a empregada e o embaixador, mas ao invés de encontrarem os dois, esbarram em uma teia que fechava a passagem da porta aberta.
— Nunca entre em quarto de casal — disse o Aracnídeo pendurado do telhado. Os terroristas atiram e o telhado desaba com Jonas. — Ai, caramba!
Karen quebrou as paredes com sua força e entra no quarto que estavam os dois, partiu a mordaça e as cordas que os prendiam.
— Vão! — disse Karen, a culta enxadrista paulista, em inglês para o embaixador. — Corram para a nave!
Os terroristas cercaram Jonas, ele tentou um soco e derrubou um homem. Um chute e derrubou outro, esquivou-se de um tiro, mas foi acertado por trás com um golpe na nuca. Em desvantagem, saltou para cima para deixar o combate.
Buffalo derrubou uma parede e saiu correndo, estava com a primeira dama nas costas.
A Agente Trap e o Soldado observam o grande homem correndo.
— O garoto tá na nave. — disse o Soldado. — Eu pego o grandão.
Trap concordou, acenando positivamente.
Sampdoria também saiu da casa.
— Nunca pensei que o lobo mal fosse derrubar a casa de tijolos — disse Sampdoria quando começou a soprar fortemente.
Soprou até que a casa desabou. Um disparo preciso na garganta o faz parar e ficar arquejando com o sangue se esvaindo no pescoço.
— Isso só até o caçador chegar — disse Trap com uma Desert Eagle em mãos.
Karen olhou de um lado para outro e se desesperou.
— Jonas?! — gritou Karen procurando entre os destroços do casebre — Jonas?! — Uma lágrima solitária desce sobre sua bochecha direita.
Ela não encontrava o amigo com quem mais identificava, por ser, além dela, um adolescente com poderes extraordinários no grupo.
— Chamou? — perguntou o Aracnídeo cutucando seu ombro por trás.
— Desgraçado! — esbravejou Karen o abraçando.
Buffallo correu descendo o morro pelas escadas improvisadas. Uma fenda surgiu à sua frente e uma mão agarrou o seu pescoço o levantado.
— Acabou — disse o Soldado saindo da fenda e fazendo Buffalo soltar a primeira dama.
Buffalo soltou uma risada.
— Está apenas começando — disse Buffalo ao levar um soco em seu queixo impenetrável.
Buffalo revidou afastando o Soldado com um soco no peito. Uma tontura atinge Tales, mais efeitos pós-aura negra surgem. Buffalo levou um choque e caiu nocauteado ao chão. A Agente Trap surge com um taser na mão.
— Esse daqui derruba um búfalo — comentou Carol ironicamente. Aproximou-se do Soldado. — Tá tudo bem com você?
Ele pensou no que vai dizer.
— Sim — mentiu o Soldado.
A dois quilômetros dali
Ibrahim apareceu no meio de uma rodovia. Havia escapado da Frente Unida sem que percebessem a sua invisibilidade.
Um carro vinha em sua direção, suas vestes que cobriam até o rosto, assustaram o motorista que desviou e bate num poste. Guardou o HD com os planos de segurança nacional num de seus bolsos.
De outro bolso, retirou um aparelho de celular e ligou para um contato, que atendeu à ligação em inglês.
— Betty? — perguntou desesperado. — Você está bem? — indagava a voz do outro lado da linha mostrando-se impressionado.
Silêncio.
A respiração alta de Abdullah era como a de um animal cansado do outro lado da linha.
— Sente falta da sua empregada, presidente? — indagou ironicamente o terrorista. — Ela vai voltar para os seus braços, em breve.
A ligação terminou.
O presidente estava apreensivo ao ouvir o som da ligação cair.
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