Olá, Happy. escrita por Letley


Capítulo 5
Quinta-feira, 22 de Setembro de 2016


Notas iniciais do capítulo

Gente queria falar sobre algo que nunca lembro mas que queria ter falado desde o primeiro capítulo: O Happy (diário) na verdade são vocês. Eu queria fazer algo que faria o leitor se sentir na história e pensei que fazer nesse formato seria legal, mas esqueci de dizer, sorry x-x Mas todos vocês são o Happy e todo capítulo é dedicado inteiramente a todos vocês leitores ♥

Boa leitura!



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Olá, Happy.

Vai parecer estranho o que vou te dizer agora, mas acredite em mim, essa é a mais pura verdade.

Happy… Eu senti sua falta.

Nunca pensei que escrever as coisas importantes que acontecem comigo fosse fazer tanta falta assim. O que aconteceu foi que Zeref viajou a trabalho e me pediu para fazer companhia a Mavis, então voltei para nossa antiga casa. Achei que não me sentiria confortável se levasse você comigo e pensei que nada de importante aconteceria também então te deixei em casa. A verdade é que foi desconfortável com ou sem você.  

Aquela casa continua a mesma desde que me mudei, até mesmo meu quarto continua do mesmo jeito que o deixei. Zeref nunca mexeu em nada mais além de seu próprio quarto (que se transformou em um de casal depois que ele se casou), por isso era extremamente desconfortável andar por ali; todos os dias eram como se eu voltasse ao dia em que meu pai morreu.

Além disso as coisas ficaram estranhas na escola, num bom e mau sentido. Lucy passou a falar um pouco mais comigo depois da festa de Kinana, trocamos mais “oi” na última semana do que trocamos no último um ano e meio. Embora, todas as vezes em que nos falávamos era na hora do almoço e Erza, Gray e Lisanna sempre olhavam para nós como se estivessem nos repreendendo, então Lucy se encolhia, se voltava para Levy e Gajeel e fingia que nós não existíamos. Às vezes ela me mandava mensagens aleatórias falando coisas do dia-a-dia do tipo, como o clima estava péssimo ou como estava tão bom que ela desejava que ele ficasse ruim, como haviam sido as aulas que ela mais odiava e às vezes falava sobre sua amizade com Levy (descobri que elas são de verdade muito próximas, se conhecem desde pequenas). Eu sempre respondia à ela, mas raramente recebia respostas.  

Não é como se eu estivesse esperando que depois daquilo nós nos tornássemos os melhores amigos do mundo ou que ficaríamos juntos para sempre como algo a mais do que só amigos. Nossa relação de poucas palavras e mensagens não respondidas me agradava mais do que você pode imaginar. Lucy nunca tentava se meter em minha vida e eu nunca a questionava sobre a dela, mesmo que às vezes, ela me parecesse extremamente solitária.

Aliás Happy, eu tenho uma novidade. Você ganhou asas!

Deixe-me contar sobre a história delas: Graças à ideia da Mavis de explorar nossos talentos ao máximo (sim, ela outra vez tentando mudar a perspectiva de vida das pessoas), nós temos que fazer um projeto baseado na nossa personalidade. Alguns apelaram para o esporte, outros para a música, moda, fotografia e coisas desse tipo. Eu não tinha tempo para elaborar algo surpreendente que combinasse comigo, mas sou bom em trabalhos manuais, então resolvi fazer algo como personalizar objetos de acordo com as emoções que aquilo traz para o dono. Não que trabalhos manuais combinem comigo, mas é o que combina mais com o pouco tempo que tenho para colocar em prática.

Eu precisava de algo em que experimentar então a três dias atrás passei em casa na volta do meu trabalho e o peguei. Se lembra de quando eu fui te comprar e não sabia como você deveria ser? Bom, eu pensei sobre que cor eu seria se fosse um diário e, mesmo que rosa fosse minha marca registrada por conta do meu cabelo, eu preferi que você fosse azul, porque gosto de dias quentes e ensolarados e da cor azul que o céu toma nesses dias. Também comecei a pensar sobre como você, além de um diário, era a coisa mais próxima que eu tinha do Happy (o meu gato), então eu te dei orelhas, patas e um rabo, além de também desenhar o rosto de Happy em sua capa. A última e mais importante questão foi se eu colocaria ou não um cadeado em você. Passei um dia inteiro pensando sobre isso então hoje de manhã assim que acordei tive minha resposta.

Eu não faria isso.

Pôr um cadeado em você significaria que eu estava te fechando do mundo, eu estou colocando em você os meus sentimentos e eu não posso fechá-los dessa maneira dentro de mim, então eu lhe dei asas para você poder ser livre e voar para onde quiser. Porque escrever em você o que eu sinto e o que penso é uma forma de me libertar e não de me prender. Suas asas não são de verdade, elas são feitas de plástico e papel barato mas cuide bem delas, ok? Mais do que asas, eu estou confiando a você meu coração.

N.D.


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Notas finais do capítulo

Até o próximo ♥