Casamento Arranjado escrita por Lillypad


Capítulo 14
Samasyaon


Notas iniciais do capítulo

Oieeeee!!!

Espero que gostem... beijokas :*



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Era um sábado de tarde quando decide que devíamos dar uma voltar pela cidade, fui até nosso quarto e encontrei Maya deitada de lado em nossa cama, sua barriga avantajada descansava no colchão fofo. Meu bebê. Minha menina estava quase chegando.

 

    Sentei-me na beirada na cama e acariciei o rosto dela, soltou um gemido preguiçoso e abriu os olhos.

 

—Hey, o que você acha de darmos um passeio?

 

—Estou com sono - dei uma risadinha, Maya vivia com sono ultimamente, sei que é por causa da gravidez.

 

Maya teve uma gravidez calma, tirando os enjoos, tonturas, desejos, foi calma, quem quero enganar, a gravidez foi super agitada, sempre com fome, com enjoo, com desejo. Mas felizmente sempre saudável, ela e o bebê estavam bem. Alisha seria o nome da nossa menina. Alisha que significava “Protegida de Deus”.

 

Nome indiano que se encaixa tanto aqui quanto na índia. Onde quero ir e descobrir mais sobre a cultura de Maya e mostrar tudo para nossa pequena indiana.



—Podemos ficar aqui descansando então - deitei do seu lado e acariciei sua barriga, - Oi filha linda, papai não vê a hora te ver, beijar você, te acariciar, sentir seu cheiro, já te amo tanto, tens que sair logo dai andas deixando sua mamãe muito preguiçosa - Maya riu baixinho e acariciou meu cabelo. Eu sempre conversava com Alisha e não via a hora poder abraçar e ninar minha filha.

 

—Você é muito babão, Priyatama - ela falou baixinho. Era babão mesmo e serei para o resto da vida.

 

—Sou mesmo, Iadala, por você e por ela - Maya sorriu corada, ela adorava quando chamava ela com algum apelido em sua língua. Havia pesquisado alguns. A primeira vez que chamei ela de Iadala foi num dia que seu humor estava horrível, quando ela ouviu a chamar assim se derreteu toda e tivemos uma noite agradável. Nem a barriga atrapalhou. - Amor, acho que você fez xixi na cama - falei divertido vendo o molhado perto de Maya, ela arregalou os olhos e se sentou.

 

—A bolsa estourou, Dani - arregalei os olhos  levantei rapidamente.

 

—O que faremos? - perguntei desesperado vendo Maya se levantar calmamente. Como ela  conseguia se manter calma, nosso bebê estava vindo.

 

—Vamos ao hospital, pega a nossa bolsa - ela apontou para duas bolsas do lado do armário. Já tínhamos deixado tudo pronto para quando a bolsa estourasse. Estou em desespero. Não consigo me controlar. Não estou pronto.

 

Ajudei Maya a descer as escadas enquanto surtava por dentro.Ela não precisava saber disso. Dirigi rápido até o hospital, Maya segurou sua barriga e gemeu.

 

—Ai, ta doendo - falou com a voz entrecortada.

 

—Respiração de cachorrinho, Maya - imitei a respiração que aprendemos vendo documentário de gravidez. Não me julguem. Ela riu baixinho ao perceber que eu fazia respiração de cachorrinho pra me deixar mas calmo.

 

Cheguei no hospital já chamando uma enfermeira que sorriu ao ver meu nervosismo/desespero. Maya foi levada para o quarto e enquanto isso mandei uma mensagem a todos.

 

“Maya vai ter o bebê, a bolsa estourou” - Logo depois vieram diversas mensagens querendo saber como ela estava e em que hospital estávamos, respondi todas as mensagens e fui me arrumar para entrar na sala junto com Maya.

 

Entrei no quarto e vi Maya deitada já com roupa de hospital. Seu rosto mostrava cansaço, ela parecia embriagada.

 

—Ela tomou anestesia? - perguntei para a enfermeira que olhou Maya, foi até ela e checou os olhos de Maya.

 

—Pressão da paciente tá caindo - gritou para o médico que veio correndo, olhei em pânico para a cena. A máquina começou a apitar e logo fui jogado para fora da sala. Engoli em seco.

 

—O que está acontecendo? - perguntei para a enfermeira que vinha correndo e entrava na sala de parto de Maya, ela apenas me olhou com pena e entrou.

 

Fiquei parado no lugar, estático, sem saber como reagir. Eu tava perdendo minha esposa e minha filha?

 

Andei pelos corredores e logo encontrei minha família na sala de espera. Eles sorriram para mim.

 

—Como está minha, Pryia? - Muhammed falou feliz, engoli em seco segurando as lágrimas, todos me olharam em pânico ao ver minhas lágrimas caírem.

 

—O que aconteceu, Daniel? - minha mãe perguntou secando minhas lágrimas. Abracei ela o mais que pude. Seu abraçou era tão reconfortante, como todo abraço de mão deve ser.

 

—Eles me tiraram da sala, a pressão dela caiu não sei o que aconteceu - falei baixinho olhando para todos. Os pais de Maya se sentaram no sofá e ficaram abraçados, estavam em choque. - mão - chamei minha mãe com a voz estrangulada - minhas meninas, mãe. - ela acariciou meu rosto e me abraçou novamente.

 

—Elas vão ficar bem, Daniel, Maya é forte vai sair dessa. E sua menininha também - acenei com a cabeça, querendo acreditar em suas palavras, mas a agitação na sala do parto me deixou desesperado.

 

Sentei-me no sofá e encostei minha cabeça na parede. Não poderia perder Maya. Não poderia perder Alisha. Não poderia perder nenhuma das duas. Não iria conseguir viver.

 

Fiquei ali encostado não sei por quanto tempo, poderiam ser horas, minutos e não vinha ninguém para diminuir a minha dor. Vi quando Mike, Logan, Jenny e Emma chegaram, minha mãe conversou rapidamente com eles explicando a situação.

 

Emma se aproximou de mim.

 

—Elas vão ficar bem, Daniel - passou a mão em meus cabelos, apenas acenei com a cabeça, sem ânimo para fazer nada . Precisava ter notícias delas. Levantei rapidamente e fui até a recepcionista que me olhou sorrindo.

 

—Preciso saber notícias da minha esposa - falei com a voz embargada. - o nome dela é Maya, ela teve complicações no parto e até agora ninguém deu uma bendita notícia - falei alterando tom de voz.

 

—Não tenho como ajudar, senhor, o médico estará vindo assim que possível - bati minha mão com força no balcão assustando algumas pessoas ali próximo. Logan se aproximou e me puxou me fazendo sentar no mesmo lugar que antes.

 

—Calma cara, vou tentar encontrar alguma enfermeira que possa nos ajudar - falou calmamente. Nunca vi Logan tão calmo.

 

—Uhu, ok, obrigado! - falei no automático, encostei a cabeça novamente e deixei ao lágrimas caírem. Não ter nenhuma , estraçalhava meu coração.


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Notas finais do capítulo

Comentem!



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