Família Moderna escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 9
The Other Side


Notas iniciais do capítulo

https://youtu.be/MDh8Zqxl1JA

Outra personalidade da Miranda:https://youtu.be/ISSu4i1JgCQ

Casamento do Eric e da Miranda:https://youtu.be/X3sjvkUQ7y4



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P.O.V. Bill.

Eu não to acreditando no que eu to vendo.

—Você tá vendo isso?

—To. O que é você?

—Eu sou a Miranda Stackhouse, versão dois ponto zero.

—Não. Você não é a Miranda.

—Tem razão, a Miranda é fraca, patética, sempre com medo, sempre assustada, sempre chorando.

—Quem é você?

—Eu sou a Fênix Negra. Digamos que eu sou tudo o que a doce Miranda reprimiu durante anos. Todos os desejos obscuros e reprimidos dela, eu sou o lado negro dela, eles me prenderam nas partes mais profundas da mente dela, mas quando ela dorme é a minha vez de comandar esse saco de carne ridículo!

—Balcoin.

—Sim. Somos Balcoin, os seus poderes tem limites, os nossos não. O último feitiço que o pai dela fez antes de morrer foi pra prender, ele me prendeu, mas quando eu consegui sair a primeira coisa que eu fiz foi provocar o acidente de carro que matou mamãe e papai. 

—Miranda sabe?

—Não. Quando ela acordar ela não lembrar de nada que aconteceu agora. E vai te dar um pé na bunda Bill, ela vai trocar você pelo Eric.

—O que?

—O universo sempre dá um jeito de unir as duplicatas, não tem como fugir, não tem como evitar ou parar ou desacelerar. 

—Como pode saber?

—Eu já to por aqui a muito tempo. Não se ache muito, é como assistir á uma novela, uma novela entediante e sem o controle de volume.

—Como assim?

—Sabe, há algo pior do que ficar presa no corpo de cada duplicata de Amara que nasce. 

—E o que seria?

—Século após século eu assisti de camarote versões humanas de Silas e Amara se encontrarem, como imãs. Sempre a mesma história chata conquistando tudo, se apaixonando, o verdadeiro amor prevalece. Oh! Você não pensou que o Eric Northman era a primeira duplicata do Silas pensou? O destino fica tentando colocar as duplicatas juntas á séculos e á séculos o desgraçado consegue.

—Eu não acredito nisso.

—Você não quer ouvir, mas você sabe bem lá no fundo do seu ser que eu to certa. Que o universo está trabalhando contra você.

—Se você está tentando me provar que você não é uma doida psicopata, usar contos da carochinha não ajuda.

—Você, eu e o Ex da Tatiana somos a mesma coisa Bill. Somos o obstáculo que fica entre dois destinos. Silas tem seu verdadeiro amor de volta e o Eric tem a Miranda. Somos apenas o conflito que torna tudo interessante.

—Então, o que está sugerindo? Que eu a deixe aqui? Que eu vá embora?

—Eu a manterei segura. Tenho feito isso a mais tempo do que você se quer imagina. E enquanto o Eric estiver no seu caminho você nunca vai ficar com a Miranda. Sabe dessa vez demorou bem menos e ironicamente você a levou até ele. Idiota.

—Miranda?

Ela se virou para Jason e falou ironicamente:

—Não. Tenta de novo. Com licença meninos.

Aquela coisa não era a Miranda. Com certeza. Ela detonou a casa.

—O sol. Hora de voltar pro buraco. Bom dia pra vocês.

Ela foi mudando, voltando a ser a Miranda pouco a pouco e então seus olhos se abriram.

—O que aconteceu?

—Estou chocado.

—Jason. Jason!

—Tá tudo bem Miranda, eu ainda estou aqui.

—Você ta bem? Aconteceu de novo não é?

—É. Toda noite.

Como a Fênix Negra disse que aconteceria, Miranda terminou comigo, fez um anel mágico para o Eric e antes do que eu pudesse pensar eles estavam noivos. 

O casamento foi marcado para dia vinte e cinco de abril. 

Foi uma linda cerimônia, eles casaram na igreja e depois teve uma cerimônia Viking.

Eu fui convidado e eu fui. Pâmela foi a madrinha do Eric e Godric foi o padrinho, agora Tara e Laffayette foram os escolhidos para serem madrinha e padrinho de casamento de Miranda.

—Fico feliz por você minha criança.

P.O.V. Miranda.

A minha primeira vez foi boa, mas foi estranha. Foi como se aquilo já tivesse acontecido e cada mísero toque dele era exatamente igual, a verdadeira surpresa veio um mês depois.

—Termina de falar.

—O que eu estava falando mesmo?

—Porque você seria uma péssima vampira e eu estava descordando.

—Oh. Eu sou uma bruxa fada Eric, eu tenho magia boa e eu não me sinto bem sem a minha magia.

Ele riu.

—É verdade e eu prefiro estar viva do que estar morta-viva. Eu gosto da minha humanidade. Vocês estão sempre matando.

—Você matou um homem.

—Foi legítima defesa. Foi pra salvar a Tara, não pra almoçar.

—Você se adaptaria como nós, como todos nós. Trocar o sol pela lua e pelas estrelas ou fazer um anel mágico.

—Eu não. Eu quero todos eles.

—Gananciosa.

—É. Sou, pior que sou.

—Adoro. Você tem o temperamento certo pra ser vampira.

—Jura? Então sou velha como a terra e sedenta de sangue?

—Sedenta por sangue sim.

—Não! Não sou não.

—Todos te acham meiguinha não acham?

—Eu sou.

—Mas, você se torna implacável quando se trata de proteger aqueles que você ama. Seus amigos, sua família, eu. Você faria qualquer coisa por eles.

—Isso é uma verdade.

—Mas, e quanto ao Bill?

—Eu amo o Bill. Mas, não tanto quanto amo você.

—Achava que você não tinha senso de humor.

—Sabe, eu achava que você tinha o coração de pedra. Impenetrável e que era vazio por dentro.

—E agora?

—Agora? Eu vejo você. Você é um dissimulado. Você é profundo, você sente. Existe amor em você.

—Só pra você Miranda.

Nós nos beijamos.

—Isso é tão estranho pra mim quanto é pra você?

—O que?

—Acho que sou só eu. Essa sensação louca de que isso já aconteceu, essas visões malucas e sonhos estranhos que eu sei que são lembranças. O fato da primeira língua que eu falei na vida foi Gaélico. Meus pais ficaram tão apavorados que chamaram um padre pra me exorcizar, pensaram que eu tava possuída. Aquele padre filho da mãe jogando água benta na minha cara, aquela raiva do caramba e dai o padre voou longe e quanto mais água ele jogava em mim, mais eu ficava raivosa e as coisas começaram a flutuar... 

—Como agora?

—O que?

P.O.V. Eric.

A cama caiu e tudo em volta.

—Desculpe.

—Porra! Era mogno.

—Desculpe.

—To pouco me ferrando pra isso. Eu to impressionado, não to te culpando.

—Você é doido.

—Pode ser.

—Eu vou tomar banho.

—Quer companhia?

Eu disse já começando a beija-la. Mas, ela respondeu:

—Não. Eu tenho que tomar banho e com você por perto, não vai rolar.

Ela pegou duas toalhas e verificou se tinha tudo o que precisava no banheiro.

—Eu já venho.

Ouvi o chuveiro sendo ligado e fiquei ouvindo ela tomar banho. Literalmente ouvindo ela tomar banho.

Eu podia ouvir cada gotinha de água que caía sob o corpo dela, ouvir ela lavando o cabelo, o rosto, o pescoço, os seios e cada parte do seu lindo e tentador corpo feminino. E então... eu ouvi foi tão alto que até irritou meus ouvidos.

Ela gritou. Um grito de pavor.

—Miranda!

Eu atirei a porta longe e ela estava sentada no box do chuveiro como se tivesse caído.

—Miranda o que aconteceu?

Ela respondeu completamente apavorada e chocada:

—Alguma coisa se mexeu dentro de mim Eric. Eu juro que se mexeu.

—Humanos tem gases.

—Não sou humana e não foram gases. Eu já tive problemas com gases, mas isso não são gases é alguma outra coisa.

Eu desliguei o chuveiro, a sequei e tive que carregá-la pra fora do banheiro.

—Tudo bem.

Ela se enrolou na tolha e foi voltando ao normal.

—Você está bem?

—Acho que sim. Deve ter sido coisa da minha cabeça.

Ela abriu a bolsa e voltou á aquele estado de antes.

—O que foi?

—Quanto tempo faz desde que a gente casou?

—Quase dois meses. Porque?

—To atrasada.

—O que?

—A minha menstruação ta atrasada Eric. 

—Oh! Espera você...

—Eu sou uma mulher. Ai Meu Deus! Que loucura, é mais que loucura é total e completa insanidade.

—Estar atrasada?

—Não. Estar esperando um bebê vampiro!

 


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