A Viajante - Tomione escrita por Lady Riddle


Capítulo 7
Tenho um acompanhante para o baile


Notas iniciais do capítulo

Olá! ❤



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Hermione

Eu não consegui conter o choro após escutar aquelas coisas horríveis saírem da boca dele. Abraxas acabou escutando quando eu solucei e foi ver a quem pertencia o choro, mas ao me encontrar ali, vi o corpo dele paralisar. Ele apenas me olhou nos olhos, como se estivesse indeciso entre ir falar comigo ou sair dali. Ele escolhe a segunda opção.

Minerva dizia coisas lindas para mim e me lembrava o quão imebecil e estúpido Tom Riddle era, mas tudo o que eu queria era que ela prometesse não contar nada para os meninos porque os conhecendo como eu conhecia, eles iriam tirar satisfações com ele e eu tinha medo do que ele poderia mandar os amigos fazerem.

Após secar as minhas lágrimas e me recompor, eu segui para a biblioteca com a Minerva para escolher os livros que eu usaria para estudar porque eu não deixaria o futuro Lord das Trevas estragar a minha noite. Tive que fazer um esforço enorme para convencer a Minerva de que eu ficaria bem porque eu só tinha me entristecido por conta das palavras horríveis e preconceituosas, mas eu sabia que no fundo, eu me chateava por ter sido ele quem as falou. Eu não sabia explicar, mas eu tinha uma confusão em mim sobre o Tom Riddle que apesar de tudo era uma confusão boa. Agora, eu só tinha mágoas que abriram uma ferida enorme cuja cicatriz seria horrível e eu me lembraria disso pra sempre.

Naquela noite, eu não consegui me concentrar na leitura porque a todo momento eu tinha que secar as lágrimas que insistiam em cair e por pouco não manchavam o livro que eu estava lendo. Eu sentia tanto a falta do Harry, ele saberia como me consolar e o Rony... ele nem sequer sentiria a minha falta se eu sumisse por conta da Lilá. Foi impossível não pegar as fotos que eu tinha com eles no malão e ficar um bom tempo olhando pra elas.

— Quem são? Eles são muito parecidos com o Septimus e o Charlus! – Minerva disse, chegando de surpresa, me fazendo dar um pulo.

— Harry e Ron... são meus melhores amigos, quer dizer, uns dos... – eu me corrigi após ver o olhar triste dela por eu não tê-la incluído nos meus melhores amigos – sinto tanto a falta deles! Eu costumava gostar do Ron, mas ele nem me notava... ele tem outra namorada...

— Pensei que você não tivesse ninguém... e esse lugar até parece Hogwarts! – ela respondeu com o cenho franzido.

— Eles é que são filhos dos bruxos que me educavam... onde eu morava tem um lugar que é parecido com esse castelo, agora que você falou... quando meus pais morreram, eles fugiram com a família por medo de serem pegos por Grindewald! – eu expliquei e me surpreendi com a minha capacidade de mentir. Minerva pareceu acreditar e preferiu não incentivar o assunto porque viu que aquilo me incomodava.

Ficamos falando de outras coisas até que eu resolvi dormir quando as minhas pálpebras pesaram, e só fui acordar quando Minerva o fez no dia seguinte. Por pouco eu não me atrasava para as aulas.

Quando desci para o salão principal, os meninos não pareceram notar que eu estava triste, só Septimus estava estranho e evitava me olhar nos olhos. Eu estava à ponto de perguntar o que estava acontecendo com ele quando notei Tom Riddle me olhar lá da mesa da Sonserina. Tentei irgnorá-lo, só olhando disfardamente para ele.

Eu sempre via as sonserinas puxarem conversa com ele, mas ele ou não respondia ou fazia de má vontade. Já eu, conseguia dar atenção aos meus amigos e prestar atenção nele, mas mal demorou muito e a sineta tocou anunciando o fim do banquete, mas quando eu estava prestes a me levantar, Septimus pediu para falar comigo à sós. Charlus e Minerva pareciam saber do que se tratava e se apressaram a ir na frente. Quando fiquei à sós com Septimus, ele pigarreou e logo começou a falar.

— Sabe, Mione, teremos o baile daqui a dois meses, entende? Eu estava pensando se você não gostaria de ir comigo. Garanto que eu danço melhor que o pateta do Riddle! – ele comentou me pegando de surpresa e fazendo eu arregalar os olhos – E então? O que me diz?

— Estou surpresa, na verdade... mas eu não pretendia ir... quanto à Cedrella? Você não gosta dela? – eu perguntei e ele ficou vermelho.

— Não sei mais se gosto tanto assim... mas eu não tenho vontade de convidá-la... só você, e tudo bem se não quiser dançar, podemos ficar conversando e tomando suco de abóbora, o que me diz? – ele tornou a perguntar.

— Tudo bem, eu aceito, mas desde que a gente tome muito suco de abóbora mesmo! – eu respondi e ele sorriu, pegando a minha mão e a beijando levemente. Sorri com o gesto porque era engraçado ver que o avô do garoto que eu gostava no meu tempo ia para um baile comigo.

Eu mal podia esperar para contar para a Minerva, mas certamente não seria durante a aula que era a de transfiguração com o Dumbledore. Ele era o melhor professor que tínhamos. Era tão calmo, inteligente, paciente e didático. Nossa aula seria junto com a Corvinal e como Dumbledore gostava de nos misturar com alunos de outras casas, eu fui cair em um trio com a Murta que geme e Robert Scamander, um sobrinho de Newt, o autor de um dos livros que eu usava no meu tempo. Fui descobrir, então, que Murta era uma pessoa divertida, mas parecia ser obcecada por Tom Riddle.

— Talvez se eu comprar chocolates pra ele, pode ser que ele queira ir comigo! Hermione, você que é inteligente, podia me ensinar a fazer uma poção do amor pra ele! Eu o amo tanto... – ela disse toda sonhadora. Robert e eu rimos.

— Não, eu poderia ser expulsa. Amortentia é a poção mais perigosa que existe! Eu não posso fazer isso, Murta! – eu recusei e ela pareceu se aborrecer, inclusive não falando mais direito comigo até o fim da aula quando eu fui a única transfigurar um gato em uma xícara de café, ganhando 20 pontos para a minha casa.

 

Dumbledore fez elogios intermináveis sobre o meu desempenho, mas de alguma modo, desde que cheguei, ele sempre me pareceu ser alguém onipresente e pela forma que ele falava comigo, até parecia que ele sabia de alguma coisa, mas por via das dúvidas, era melhor que eu fingisse não entender as indiretas que ele parecia querer mandar.

Assim que a aula terminou, juntei as minhas coisas rapidamente e fui para o lago negros com Septimus e Minerva. Charlus iria convidar Dórea, e nos torcemos tanto por ele que minutos depois de sentarmos no gramado, Charlus veio correndo todo feliz.

— Ela aceitou! Ela aceitou! Charlus Potter irá acompanhado de Dórea Black! Meninas, vocês precisam me ajudar com.o meu termo! Eu quero estar perfeito pra ela! Quero que ela se orgulhe de mim! – Charlus comentou eufórico e nós ficamos felizes por ele – mas e vocês? Já tem ideia de com com quem irão? Não vai convidar Cedrella, Septimus?

— É que na verdade.... eu e a Mione vamos juntos. – ele disse me fazendo corar e ficando vermelho também. Vi Charlus e Minerva trocarem olhares divertidos – O que foi?

— Nada, mas é inesperado, apesar de já termos certas desconfianças! Vocês ficarão muito bem juntos, mas respondendo a sua pergunta, Charlus, eu vou com Bryce Longbottom! Ele me convidou durante a aula de transfiguração. Estou muito animada! – Minerva comentou e ficamos felizes por ela também.

Agora que todos já tínhamos pares, ficamos conversando sobre a roupa que colocaríamos e mais algumas bobagens. Também comentávamos sobre quem estava sem par e sobre quem já tinha um, mas vou confessar que eu queria mesmo era saber com quem Tom Riddle iria. Provavelmente seria com alguma puro sangue de cabelos loiros e olhos azuis, tão bonita quanto ele. Pensei em Jane Carrow ou na Cedrella Black, duas das mais belas garotas de Hogwarts e que além de tudo eram ricas e vinham de famílias tradicionais.

Após eu escutar aquela conversa de Tom Riddle e Abraxas Malfoy, eu continuei a ver o garoto por aí, mas nunca mais nos falamos ou nos cumprimentamos, apesar de eu continuar com a sensação de ele estar me seguindo por todo o lugar. Apesar de eu querer destruí-lo e de estar chateada, eu o admirava pela inteligência dele.

Vez ou outra, eu sabia de alguma ataque a algum nascido trouxa na escola e eu sabia que ele era responsável por todos eles, ainda que indiretamente. Se eu ao menos soubesse de alguma coisa que pudesse pará-lo sem que eu precisasse matá-lo...

Era sábado de manhã quando eu segui para a biblioteca para pegar uns livros. Dessa vez, eu decidi ir sozinha porque provavelmente, ninguém estaria acordado na escola naquele horário, mas percebe o quão enganada estava ao ver o belo sonserino de olhos negros olhando um livro com atenção. Assim que eu recuei, ele percebeu a minha presença e me chamou.

— Srta Gtanger, podemos conversar? – ele perguntou educadamente.

— Ahm... estou com um pouco de pressa, não pode ser depois? – eu respondi com outra pergunta para me livrar dele.

— Na verdade, eu queria perguntar se você quer ir ao baile comigo. Nós dois não queremos dançar e se formos juntos, nos deixarão em paz e ficaremos lá só o necessário... – ele me explicou ficando vermelho.

— Ah, sr. Riddle, acontece que eu já tenho um par... mas há tantas meninas na Sonserina que certamente aceitariam essa condição só pra ir com você, e aposto que nenhuma delas é uma sangue ruim imunda.–  eu respondi com firmeza. Parte de mim queria que ele soubesse que eu havia escutado o que ele falou sobre mim.

— O que? Eu não falei por mal, o Abraxas estava me irritando! – ele tentou se explicar, já entregando. Talvez Abraxas tivesse contado a ele que me viu chorar.

 

— Está tudo bem, sr. Riddle, eu irei com um amigo querido! Espero que você encontre uma garota legal também... como a Murta Warren! – eu acrescentei no final e segurei o riso ao ver a careta que ele fez quando eu citei o nome da menina – até mais, Riddle, ainda tenho muito o que estudar.

 

Dei as costas e ele e comecei a procurar o livro que eu queria na prateleira. Eu sabia que ele estava petrificado, me olhando, e parte de mim se divertia com a ideia de ter deixado sem palavras o próprio Lord Voldemort. O que Harry diria se soubesse que fui convidada para um baile com Tom Riddle?


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