A Viajante - Tomione escrita por Lady Riddle


Capítulo 13
Irmandade da Proteção


Notas iniciais do capítulo

Primeiro, quero agradecer pelos comentários e pela receptividade! ♥
Agora que eu avisar que devo demorar uns dias para postar o próximo. Motivo: Faculdade :(



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Hermione

Meu mundo​ caiu quando vi Tom Riddle me olhando espantado e com a varinha​ ainda na mão, embora ela agora tremesse levemente. Eu tinha pequenas desconfianças em relação a ele, mas eu não queria acreditar. Eu não queria que o garoto que eu amava fosse um assassino embora, bem no fundo, eu soubesse que ele era.

— Hermione, eu posso explicar – ele tentou dizer com a voz mais segura do mundo – não é o que está pensando!

— É pior do que eu estou pensando! É o que eu tô  vendo! – eu retruquei tentando conter as mnhas lágrimas – Você mentiu pra mim! Me fez de idiota! Você prometeu que seria uma boa pessoa, mas você estava mentindo o tempo todo! – eu finalizei.

— Foi só um impulso! Eu não ia fazer mal a ele, pelo menos não tanto... eu estava com ciúmes porque ele gosta de você, mas você é só minha! Foi uma atitude irracional! – ele tornou a se defender, mas dessa vez ele baixou a varinha.

— Você é todo irracional! Você é desequilibrado! Você é e sempre será Voldemort! – eu tornei a dizer e ele arregalou os olhos dessa vez. Agora ele não parecia estar interpretando nenhum papel, ao contrário! Ele tremia levemente.

— Co-com sabe? – ele perguntou inseguro.

— Sei de coisas que você nem imagina, mas você vai pagar por isso, Tom, você vai pagar, muito embora eu te am... te admire! – eu me corrigi rapidamente. Ficamos alguns segundos nos olhando. Havia medo no olhar dele por ter sido descoberto. Ele deveria estar se sentindo nu na minha frente, e vê-lo tão vulnerável na minha frente doía, mas eu não podia fraquejar. Eu vim pra esse tempo para evitar todo o meu futuro e era isso que eu iria fazer. Tom percebeu que eu não fraquejaria e por algum motivo, ele preferiu sair da enfermaria, mas sem deixar de largar a varinha da medbruxa.

Eu só queria ir pra cama chorar. Por pouco ele não mata uma pessoa. Era a segunda morte que eu consegui evitar, mas será que eu conseguiria chegar a tempo se ele tentasse uma terceira vez? Obviamente, a resposta, talvez seria não.

Concentrei-me em acordar a medbruxa e o Septimus pra eles ficarem alertas. A medbruxa estava desnorteada e não sabia o que havia acontecido para que ela desmaiasse, mas como eu sabia, esvaziei o chocolate quente em algum lugar e fingi que estava passando ali por acaso quando decidi ver como o meu amigo estava.

— E o que estava fazendo para passar por aqui a essa hora? – a enfermeira​ perguntou desconfiada.

— Eu estava procurando a cozinha​! – eu retruquei de uma forma tão espontânea que ela acreditou. Septimus acompanhava tudo, embora estivesse meio inquieto. – está tudo bem? – perguntei.

— Tudo ótimo! Obrigado por se preocupar comigo! – ele respondeu – Você está chorando? Veio mesmo por mim?

— Não, é só um resfriado!  E claro que sim, afinal somos amigos não somos? – eu falei e ele deu de ombros, meio desapontado.

Ficamos mais alguns minutos conversando até que a medbruxa me expulsou de lá e eu voltei ao meu dormitório. Algo me dizia que o Tom não tentaria mais nada naquela noite já que estava receoso por eu saber sobre o segredo dele.

Se ele estava receoso, eu estava despedaçada! Diversos foram os avisos que eu recebi sobre ele, e eu os ignorei todos. Eu não queria acreditar, mas tudo estava na minha frente, até porque quem conseguiria abrir a câmara secreta além dele? Voldemort já havia usado a possessão no meu tempo ou até a maldição imperio, então o que impediria que ele já soubesse essas coisas desde agora? E quanto ao jogo... após vê-lo entrar com os amigos macabros dele dentro da sala precisa, eu comecei a suspeitar de que era ele que ditava as regras. Talvez ele tivesse incentivado o Lestrange brigar com o Bryce para que ele acertasse o Septimus, porém algo não batia. Tudo bem que Septimus era um traidor do sangue, mas por que persegui-lo ao invés de fazer a mesma coisa com um nascido trouxa? Será que ele realmente estava com ciúmes como me garantiu estar? Eu nunca ia saber, mas só a ideia me causava um calafrio. Era sinal de que ele também gostasse de mim.

Mas, nem a euforia quanto a essa possível nova descoberta evitou que na manhã seguinte eu fosse denunciá-lo para o diretor Dippet. Tudo aconteceu após o banquete, após eu ignorar todos os olhares suplicantes de Tom na mesa da Sonserina e um bilhete que eu sabia ter sido escrito a mando dele pedindo pra nos encontrarmos. Após passar por tudo isso como uma verdadeira grifinória, levantei-me da mesa e fui correndo até a sala do diretor que eu sabia ser a mesma de Dumbledore do meu tempo. Eu sabia a senha porque escutei Charlus comentar com Minerva, e assim que passei pelas gárgulas,  dei três batidinhas na porta, a mesma se abriu sozinha e o diretor me olhou espantado.

— Diretor, com licença, bom dia! Tenho informações sobre o ataque na enfermaria! – eu fui direta.

— Céus, como conseguiu entrar aqui? E Mesmo? Como soube? Não vai me dizer que...

— Eu sou a menina que reanimou  enfermeira! – eu falei e ele fixou os olhos e mim – eu sei quem é o responsável, desde a paralisação do menino da LufaLufa até o ataque na enfermaria. Sempre foi a mesma pessoa. Eu o vi naquela noite! – eu finalizei com toda a coragem que eu tinha.

— Então me diga, senhorita Granger! – ele pediu num tom de voz calmo. Agora eu já não sabia se ele acreditava ou não em mim, mas eu já tinha ido longe demais para recuar.

— Foi Tom Riddle! – eu falei de uma vez e o diretor não pareceu se espantar. Ao contrário, ele me olhava com um misto de pena e irritação.

— É desleal isso que vocês fazem! Estou muito decepcionado com você, senhorita Granger. Todos os professores elogiavam a sua inteligência e a sua humildade, inclusive comparando-a ao nosso aluno modelo, agora por conta de uma paixão não correspondida você inventa essas mentiras? – ele falou​ severamente – não é a primeira garota a vir denunciar o senhor Riddle, e quero que saiba que investigamos todas as denúncias, mas nunca encontramos nada que sequer o tornasse suspeito da autoria de alguma dessas barbaridades.

— Então o senhor não acredita em mim? O senhor já tentou questionar o porquê de tantos virem denunciar a mesma pessoa? Será que não tem um quê de verdade? Porque se arriscar a ser chamada de mentirosa como o senhor está fazendo comigo, requer muita coragem para não ser por nada. – eu retruquei​.

— O senhor Riddle é o aluno mais brilhante que já rcebemos em nossa escola. Há​ quem diga que ele irá se tornar o ministro da magia e eu não duvido nada. Além do mais, nós sabemos o quanto ele é parqueado pelas garotas, também sendo bonitão e educado... – o diretor​ deu uma risadinha – pessoas como ele despertam desejo e despeito, e logo você que é tão brilhante como ele, deveria saber. Agora se não há mais nada a dizer...

— Tudo bem, diretor. Não irei mais tomar o seu tempo, mas se o senhor permitir, eu voltarei quando tiver provas. – eu me levantei e ele concordou com a cabeça, parecendo chateado. Assim que eu segui para a porta, dei de cara com Dumbledore.

— Senhorita Granger? Não deveria estar em aula? – ele perguntou.

— Ela já vai, Dumbledore. Acabou de denunciar o Tom também, faz sentido? Pobre garoto... – o diretor lamentou e eu saí a passos rápidos dali.

Senti meu rosto arder quando saí da sala do diretor. Eu não era uma mentirosa, e eu precisava provar. A escola continuaria em perigo enquanto não houvessem provas contra ele, e por mais que me doesse, eu as conseguiria. Foi quase impossível me concentrar durante as aulas naquele dia. Felizmente, elas não foram com a Sonserina, o que me salvou do olhar dele, mas por outro lado, Minerva percebeu que eu estava estranha e quis saber até os mínimos detalhes sobre a minha briga com Tom Riddle. Contei tudo a ela, não a poupando de nenhum detalhe.

— O pior é que eu tentei denunciá-lo ao diretor, mas o professor Dippet pensou que eu estava fazendo isso por despeito. Porque Tom não correspondeu a minha paixão! Isso chega a ser ridículo! – eu confessei – eu não posso continuar com alguém assim, eu vou ter que esquecê-lo!

— Mas isso é normal! O diretor adora ele e pensa que todos que falam contra o Riddle estão conspirando por inveja ou por desejo no caso das garotas. Você não deveria se chatear com isso, Mione. – Minerva falou e eu suspirei.

— Minha intenção é criar um grupo de defesa contra os amiguinhos do Riddle. Se a escola não pode defender esses alunos, nós iremos. Só precisamos de voluntários que queiram se unir por essa causa. – eu respondo.

— Voluntários é o que não vão faltar! Charlus já teve essa ideia, mas nunca colocou em prática. Você já pode contar comigo, com Charlus, Septimus quando sair da enfermaria, e o Bryce! Só precisaremos combinar os detalhes! – Ela falou.

— Faremos isso quando Septimus melhorar! – Eu me animei e ela concordou.

O restante da semana foi tediosa. Eu tentava me concentrar nos meus estudos para não pensar no Riddle e ele tentava me contatar a todo momento. No fim de semana, Septimus recebeu alta e foi então que fizemos a nossa primeira reunião para fundar a “Irmandade da Proteção”, o grupo que seria capaz de deter os projetos de comensais da morte de Tom Riddle. Eu estava disposta a passar por cima do que eu sentia para fazer o que era certo, mas algo que poderia e balançar aconteceu.

 A professora de Herbologia iniciou um projeto com mandrágoras para que pudéssemos curar o garoto que fora paralisado pelo basilisco embora ela não soubesse que a fera era o porquê de tudo, mas a ideia dela era a de que trabalhássemos em dupla. Foi então que eu percebi que teria de ser forte porque a minha dupla era justamente Tom Riddle.


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Notas finais do capítulo

E aí?