Amor sem Identidade. escrita por Hideki4500


Capítulo 8
A Queda da Aranha.


Notas iniciais do capítulo

Capitulo de hj criançada.



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Apartamento de Peter Parker, 16 horas em ponto. 

 

Spiderman. 

 

Ainda é sábado, estou deitado na cama sentindo pena de mim mesmo, me sentindo culpado por ter aparecido na casa da Marinette e ter posto todas aquelas pessoas em perigo, e se o Harry tivesse aparecido me procurando? Ele não ia sequer ligar em matar uma dúzia ou duas de pessoas desde que me encontrasse. Pensei tanto nisso que nem notei que Natasha não estava em casa, ela conseguiu um emprego de meio período para não levantar suspeitas sobre nós. Olhei pro meu celular, quinze chamadas perdidas de Marinette, dez do Adrien, cinco do Nino... Acho que todo mundo resolveu me ligar de repente. Ficar trancado no quarto dá muito sono e preguiça. 

Estou andando pelos corredores da escola, Rose está logo a minha frente, finjo que não vi dou meia volta e saio, Paris está desaparecendo diante dos meus olhos e finalmente a escuridão me envolve, ando pelo vazio sem saber para onde ir, na verdade estou ficando entediado nesse monte de escuro. 

 

—Olá escuridão minha velha amiga. - Disse para mim mesmo já que não havia ninguém para escutar, foi o que pensei. 

 

—A Escuridão não é sua amiga Parker. - E então a grande cabeça flutuante com cabelos grisalhos surgiu a minha frente, seus óculos escuros impediram que eu enxergasse os olhos, mas não de reconhecer quem era. 

 

—Madame Teia? Se você está aqui significa que eu estou fazendo alguma coisa errada não é? - Perguntei e a cabeça flutuante concordou. 

 

—Eu sei o que está fazendo Peter, está tentando se distanciar dos seus amigos. - Ela falou, a voz dela fazia eco naquele grande espaço vazio. Não respondi absolutamente nada, ela realmente sacou o que eu estava fazendo. - Não é esse o caminho, já se esqueceu do que eu te disse? Mantenha seus amigos perto e seus inimigos ainda mais perto. 

 

—Olha aqui sua velha rabugenta, você sempre vem com seus papos filosóficos e charadas, que tal me ajudar pra valer só pra variar? - Soltei um grito de raiva, não estava a fim de desvendar enigmas. 

 

—Eu já te ajudei o máximo que posso Peter, agora é com você, mas lembre-se se afastar dos seus amigos não é a solução. - E então ela desapareceu e me deixou sozinho ali. 

 

Continuei andando pelo vazio, o sonho acabou então porque eu não acordei? Óbvio, aquela velha deve estar usando seus poderes psíquicos para impedir que eu acorde até eu entender alguma coisa, mas entender o que? Finalmente no meio da escuridão começou a surgir uma luz, era brilhante demais para que eu olhasse diretamente, caminhei até ali e saí em uma das ruas, vi a mim mesmo como o Homem Aranha salvando Cat Noir de uma lata de lixo explosiva e em seguida vencendo o vilão, fui obrigado a ver todas as lutas que vencemos em equipe até finalmente chegar na luta que eles tiveram contra mim que havia sido transformado em Tarântula, está bem, o Cat Noir e a Ladybug são meus amigos, mas eles sabem se cuidar sozinhos, e os civis? Marinette, Alya, Nino e Adrien? Eles não podem se defender caso alguém ataque.  

 

Tudo ficou escuro novamente por um milésimo de segundo e finalmente eu me vi sentado na sala, era o primeiro dia de aula no Françoise Dupont, eu estava muito infeliz por ter que deixar Nova Iorque, Alya e Marinette me ajudaram a esquecer... Juntos fomos ao Subway, e vi quando eu estava andando sozinho na rua e me deparei com o Nino, ele havia me reconhecido como o aluno novo, conversamos até ficarmos amigos e por fim Adrien no dia em que fomos no shopping. Eles me ajudaram a superar a dor de deixar toda uma vida para trás, e também me ajudaram a esquecer meus problemas de aranha quando jogamos videogame na casa de Marinette. 

 

—Esta bem, eu já entendi, eu não posso deixar meus amigos na mão. - Eu gritei olhando para cima, tudo voltou ao escuro, pelos menos eu pensei que fosse isso. 

 

Eu havia acordado, olhei para o celular, eram 5 e meia de domingo, me sentei na cama, pude ouvir que Natasha estava fazendo algo na cozinha. Então eu entendi metade da charada da madame teia, mas e a outra metade "Mantenha seus inimigos mais perto", quer dizer que talvez eu devesse convencer o Harry a voltar a sua humanidade. Mas não pode ser, eu tenho tentado isso há anos e ele sempre tenta me matar. Coloquei minha roupa de Spiderman na mochila e saí do quarto, Natasha me olhou dando um gole em sua xicara de café. 

 

—A onde vai? É domingo. - Ela disse para mim, caminhou e se sentou no sofá. 

 

—Tem algumas coisas que preciso resolver... Não me espere. - Eu respondi e saí, subi até chegar ao telhado do prédio, ali em cima vesti meu uniforme e saltei para me balançar, preciso pensar, fui em direção a Torre Eiffel, tinha que por umas ideias em ordem...  

 

(A partir daqui escute: https://www.youtube.com/watch?v=IrI9kjH4Tqs&list=PLDPkWhTjUHFlW4E9Rcn69ULc1eVqrM6Qg&index=15

 

Errei o caminho algumas vezes, estou meio aéreo, o que será que ela quis dizer com "Mantenha seus inimigos mais perto"? Vou tentar descobrir isso a moda do Spiderman, finalmente cheguei a torre, dava para ver a casa de Adrien dali, escalei ela até o topo, haviam alguns turistas tirando foto, alguns eram Nova Iorquinos assim como eu. Sorri ao lembrar de casa, alguém colocou a mão no meu ombro, era o Adrien, ele aproximou-se de mim. 

 

—Parece abatido Spider, por que? - Ele sorriu, ele não sabia quem eu era mas mesmo assim pareceu se importar. 

 

—Apenas estou com problemas... Coloquei pessoas importantes para mim em risco... - Eu disse lentamente, o sorriso dele não se desmanchou. 

 

—Então fale com seus amigos, eles vão te ajudar com certeza.  - Ele disse e em seguida acenou para ir embora. Virei-me novamente para olhar a paisagem, alguns flashes piscaram em mim, estão tirando fotos.  

O sol estava nascendo, ver desse ângulo era maravilhoso, as pessoas aplaudiram quando os primeiros raios surgiram no horizonte, as luvas do uniforme de Aranha abafaram minhas palmas mas eu me juntei aquelas pessoas que saudavam com alegria o novo dia de vida que começou, durante aquela balburdia de aplausos e assovios novamente senti uma mão em meu ombro, me virei esperando encontrar novamente com Adrien mas foi alguém muito diferente que acabei vendo. 

 

—Harry... - Os raios de sol refletiam em seus cabelos ruivos e os tornavam semelhantes a fogo, seu sorriso maníaco se abriu. Ele se aproximou de mim para cochichar em meu ouvido. 

 

—Apareça na fabrica abandonada, eu estarei esperando... Vamos resolver isso hoje. - Foi o que ele disse antes de descer a torre. 

 

UNIVERSITÉ PARIS 6 PIERRE ET MARIE CURIE, 6 Horas e 30 Minutos 

 

Narração. 

 

Apesar de ser domingo um homem de aproximadamente 40 anos arrumava suas coisas em uma caixa de papelão, ele havia sido demitido há apenas 10 minutos, ao lado da caixa um aparelho que havia sido seu campo de pesquisa por anos, ele estava construindo uma maquina que concedesse a qualquer pessoa a possibilidade de criar campos de força, assim se protegendo de tiros durante assaltos, e principalmente as mulheres se protegerem de molestadores. Mas o diretor daquela universidade não entendia isso, ele achava que aquele que outrora havia sido um dos melhores professores da universidade deveria parar de assistir a ficções cientificas e isso lhe encheu o corpo todo de raiva, a borboleta negra pousou em sua invenção. Quando ele pegou o objeto para guarda-lo na maquina uma voz lhe veio a mente, uma voz convincente que lhe dizia que poderia ajuda-lo, a voz de Hawk Moth. 

 

Torre Eiffel, 6 Horas e 32 Minutos. 

 

Cat Noir 

 

Observei o Spiderman saltar da torre logo após Harry ter pego o elevador eu também desci, espero que Peter não faça nenhuma besteira. Nino ligou no meu celular, eu atendi e logo sua imagem apareceu na tela. 

 

—Conseguiu falar com ele? - Perguntou meu amigo do outro lado da linha. 

 

—De certa forma, não sei se ele me escutou realmente... - Não podia revelar a verdadeira identidade do Spider, mesmo que seja para o Nino. - Amigão, eu vou ter que desligar, depois nos falamos. - Vou na minha casa buscar Plagg quando vejo Ladybug saltando pelos telhados próximos, ela provavelmente está perseguindo alguém, entro correndo dentro do imóvel. Felizmente meu pai não está em casa, corro para o meu quarto. - Plagg mostrar as garras. 

 

Saí pela janela como sempre, segui ela até a frente da mesma fabrica onde o Spider e eu enfrentamos o bombeiro, ali um vilão de roupas largas e um jaleco de cientista, em seu braço direito havia uma manopla robótica que cobria seu membro quase completamente. Ele riu e caminhou até as largas portas e as fechou com força, o estrondo foi grande e alguns pássaros que estavam no telhado saíram voando. 

 

—Não queremos atrapalhar os dois lá dentro, não é? - Ele riu e se virou para nós. 

 

—Atrapalhar quem? Quem está lá dentro? - Gritou Ladybug, o sorriso do akumatizado se abriu ainda mais. 

 

—Então vocês não sabem? Seu amiguinho rastejante vai ter o mesmo destino de Ponyland. - Ele deu uma grande risada. 

 

—Do que você está falando. - Eu gritei e corri na direção dele, saltei e girei para lhe acertar um chute no rosto, meu golpe parou a mais de um metro dele, havia um campo de força entre nós impedindo que eu lhe tocasse. O campo de força me expulsou de perto dele, girei no ar e caí próximo a Ladybug. 

 

—Então não entendeu? O Homem Aranha vai Secar e Explodir. - Ele disse andando lentamente na nossa direção. 

 

—Isso não vai acontecer, vamos impedir assim que acabarmos com você. - Gritou Ladybug, ela parecia com muita raiva. 

 

—SE acabarem, afinal, eu vou pegar seus miraculous antes que a batalha lá dentro se encerre. 

 

Dentro da Fabrica, Agora. 

 

Spiderman 

 

Eu já conhecia o lugar da vez em que estive aqui com o Cat Noir, já sabia para onde ir apesar da risada insana do Duende Verde me guiar cada vez mais para o fundo daquela escuridão, subi as escadas lentamente até o andar dos escritórios, não haviam mais os computadores ali, apenas um monte de mesas vazias, passei lentamente pelos corredores formados pelas mesas até chegar na escada que levava ao próximo e ultimo andar, os computadores estavam todos ali espalhados pelo chão, entre todos eles Harry estava parado com a armadura de Duende porem sem a mascara, esta estava em sua mão direita, seu semblante era o mais psicopata que eu já tinha visto e ele riu mais uma vez, todos os computadores então se acenderam, todos mostravam a batalha que estava acontecendo entre Cat Noir e Ladybug contra o Akumatizado que estava acontecendo do lado de fora. 

 

—Harry eu não quero lutar, por favor, reconsidere. - Eu falei, o sorriso dele se alargou por alguns segundos e em seguida se fechou. - Olha, pela ultima vez, eu não matei o seu pai. 

 

—Matou no momento em que se recusou a dar seu sangue para cura-lo. - Ele gritou, sua voz ecoou por toda aquela sala enorme.- Se tivesse concordado a dar seu sangue para cura-lo, para ME curar eu não teria sido transformado nessa....coisa. 

 

—Não, meu sangue teria apenas matado vocês, você não sabe do que ele é capaz, apenas eu tenho o DNA compatível, será que você não entende? Você matou a garota que eu mais amei no mundo e por que? Para se vingar? Quer que eu me desculpe? - Me ajoelhei lentamente, olhei para ele.- Tudo bem, eu me desculpo. - Ele riu e colocou a mascara, uma lamina de cerca de 30 centímetros se projetou do pulso direito da armadura dele. 

 

—Você só estará desculpado quando seu corpo estiver sem vida sob os meus pés. - O planador veio por trás de mim, meu sentido aranha me alertou, saltei com um mortal para trás e ele passou direto indo na direção de Harry, ele subiu na aeronave que lhe lançou uma de suas granadas.  

 

Ele veio voando rapidamente na minha direção, rolei para o lado esquerdo, ele passou direto e se virou para mim. Arremessou a granada, prendi uma teia e girei a jogando pela janela. Vi por um dos monitores que a Ladybug a usou para quebrar a defesa do akumatizado, mas ele ainda não estava derrotado. 

 

O duende veio novamente em alta velocidade, eu ia saltar por cima dele, o planador passou por baixo de mim mas ele perfurou meu peito com a lamina, eu sinto aquele ponto queimar e o sangue deixar meu corpo por ali. 

 

—Essa lamina contem veneno, ele vai queimar você de dentro para fora, mas não se preocupe você não vai morrer, não pelo veneno pelo menos. - Segurei o braço dele que ainda forçava a lamina para dentro, usei minha força para força-lo a tirar, dei-lhe um soco, a lente da mascara de Duende dele se quebrou e ele riu. 

 

—Harry, por favor... pare... - Eu não queria lutar contra ele. Harry se afastou um pouco e a dor da ferida e do veneno me fez cair, olhei em sua direção, ele subiu no planador e mais duas granadas vieram a sua mão. 

 

Lado de Fora da Fabrica, Agora. 

 

Ladybug 

 

Nós conseguíamos ouvir diversas explosões de dentro da fabrica Cat Noir estava cansado de atacar em vão o akumatizado, todo ataque que ele desferia um campo de força  o impedia no meio do caminho, chamei meu Talismã, um balde vazio caiu nas minhas mãos, próxima a fabrica passava um pequeno rio, provavelmente produtos químicos eram despejados ali quando ela estava em funcionamento, olhei para o rio, para o balde e em seguida para Cat Noir. 

 

—Cat use o cataclismo para quebrar o campo de força. - Eu disse amarrando o balde na ponta do ioiô e o atirando no rio, ele se encheu rápido e o puxei de volta. 

 

—Não. - Como é que é? - Se eu usar o cataclismo agora não vou poder ajudar o Spider quando vencermos esse cara. - Ele gritou, ele estava rouco, havia gritado com cada ataque que não conseguia acertar. 

 

Mais uma granada veio pela janela, o Cat saltou como se fosse acerta-lo por cima, ele aponto seu campo de força e Cat o usou para aumentar seu pulo, acertou a granada com o bastão na direção do akumatizado que perdeu o equilíbrio com a onda de choque. Arremessei o balde na direção da manopla dele e ela deu curto junto com uma pequena explosão. 

 

—Cuide do Akuma, eu vou ajudar o Spider. - Gritou Cat Noir quando abriu as portas da fabrica e entrou correndo. 

 

Dentro da Fabrica, Agora. 

 

Spiderman 

 

Todos os monitores foram destruídos, não faço ideia de como está a batalha do lado de fora, a dor é muita, meu corpo todo está queimando, não estou conseguindo desviar direito, as ultimas explosões quebraram minha perna direita, eu acho que vou morrer... 

 

Cat Noir  

 

Corri o mais rápido que eu podia através dos andares, mas eu cheguei tarde, uma explosão me impediu de entrar imediatamente e então o teto desabou em cima de Peter, o Duende riu e se aproximou dos escombros que cobriam o corpo do meu amigo. 

 

—Agora você está desculpado. - Ele riu e subiu no planador que subiu e voou pelo buraco que a explosão abriu no teto. 

 

Corri até os escombros, tentei tira-los a mão mas demoraria muito e tempo não era o que eu mais tinha nesse momento. Usei o Cataclismo para abrir um buraco nos escombros e por ele puxei Peter, sua mascara estava rasgada e me permitia ver metade do seu rosto, ele estava com os olhos fechados, quando o puxei senti que grande parte dos seus ossos haviam se partido e sua respiração estava começando a ficar fraca.  

 

—Não morre Peter... Por favor. - Vi Ladybug surgir nas escadas, escondi o rosto de Peter. - Vá, precisa esconder sua identidade secreta eu cuido dele... 

 

Peguei ele no colo assim que ela se foi e corri, corri muito até chegar no prédio azul, fui recebido pela ruiva que o tomou de mim, ela não me deixou ficar, ela não me falou nada que não fosse "Obrigada, agora vá". Eu não sei se ele vai ficar vivo... 


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Notas finais do capítulo

Peço por favor que não me odeiem, comentem o que acharam do capitulo.



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