Amor sem Identidade. escrita por Hideki4500


Capítulo 10
Fox and Turtle


Notas iniciais do capítulo

Pessoal, vocês devem estar se perguntando "Mas, ué, dois capitulos no mesmo dia?", Pois é gente, acontece que as visualizações dessa fic já ultrapassam 300 somando as do Spirit com as do Nyah! então fiz esse capitulo especialmente para vocês, aproveitem pq ele é canon pra fic.



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Casa do Nino, 16 Horas e 44 Minutos. 

 

Nino 

 

Eu estava andando de um lado para o outro no meu quarto, a propósito, eu sou Nino, vocês já devem me conhecer, amigo do Adrien e tudo mais. Faziam algumas horas que cheguei em casa e tenho pensado que o que aconteceu com Peter, poderia muito bem acontecer comigo. Já faziam alguns meses desde que fiquei preso em uma jaula junto com Alya e desde esse dia meu coração palpita por ela sempre que a vejo... palpita é palavra de velho... vamos achar outra... pula é uma palavra boa para substituir? 

 

Tenho medo de que aconteça alguma coisa comigo e eu não tenha demonstrado meus sentimentos por ela ta ligado? Peguei meu celular e liguei pro Adrien, espero que ele não esteja com o velho dele ou vai sujar as coisas. Ele atendeu e a imagem dele apareceu na tela do meu smartphone. 

 

—Oi Nino, como vai? - Ele disse esboçando um sorriso pra câmera.  

 

—Cara, lembra quando nós fomos no zoológico e você queria me ajudar com a Marinette? - Ele fez uma cara pensativa, mas eu sabia que ele lembrava. Não passou muito tempo ele riu e concordou com a cabeça. 

 

—O que tem? Quer que eu te ajude de novo? - A voz dele mudou de tom para algo mais malicioso. 

 

—De certo modo... acontece que eu e a Alya estamos saindo desde aquele dia... e o que aconteceu com o Peter recentemente me fez pensar que eu deveria mostrar o que sinto por ela, só que de uma forma grandiosa... algo que ela nunca esqueça se ligou? - Ele riu, e concordou com a cabeça. 

 

—Já sabe o que vai fazer? - Ele perguntou pra mim, o Adrien é inteligente mas as vezes é bem lerdo. 

 

—Se eu soubesse já tinha feito né o cabeça de oxigênio. - Ele riu de novo com o insulto. 

 

—Está bem... Liga pra ela, chama ela pra ir na sorveteria, lá eu te dou as instruções. - Da ultima vez que ele "deu as instruções" eu acabei preso em uma jaula de zoológico... devo confiar? Não. Vou? Sim. 

 

Ele desligou e a imagem dele desapareceu voltando para o menu de contatos Whatsapp, olhei para o nome de Alya por um bom tempo, eu acho que não tenho coragem não... Joguei o celular na cama e peguei meu deck de remix e brinquei um pouco com as musicas... mas eu não posso ficar aqui me escondendo né. Eu corajosamente peguei o meu celular e liguei... Quando ela atendeu vi seu rosto abrir um sorriso. 

 

—Nino oi, sentiu falta da minha beleza? - Ela riu com a própria piada, eu ri também mas foi de nervosismo.  

 

—O-oi Alya, eu queria saber sabe... se você não estaria interessada em ir comigo em uma sorveteria. - Não foi tão difícil, na verdade, perguntar é fácil, esperar a resposta é a parte que mata. 

 

—Por mim tudo bem, em que sorveteria vamos? - Ela perguntou animada. 

 

—N-na Il Gelato del Marchese... sabe onde fica? - Eu adoro essa sorveteria. 

 

—Claro, é minha sorveteria favorita. - Ela disse, eu acho que vou pegar um dinheiro com meu pai e vou de andando até a casa de Alya, e então vamos de taxi até a sorveteria. 

 

—Ótimo, eu vou passar na sua casa em 5 minutos. Até mais tarde. - eu disse e desliguei,  

 

Abri o guarda roupas e peguei minha camiseta azul, meu boné, calças e meu tênis, afinal não se pode ter um encontro de camiseta regata e shorts... bem... na verdade pode, mas eu não vou ter. Corri para o banheiro e tomei um banho rápido porem caprichado, voltei para o quarto e me vesti.  

Fui para a sala e meu pai estava vendo o noticiário, nele passou a noticia de Peter... me senti mal em estar saindo para me divertir em quanto ele está desacordado no hospital. Com os pais a tática é igual de caçador, você tem que chegar com cuidado se não o assusta e sua presa foge com o dinheiro. 

 

—Oi filho. E as namoradinhas? - Ele disse e deu risada indicando o sofá ao acento ao seu lado, me sentei. 

 

—Bem... é sobre isso que vim falar... eu preciso de dinheiro para um encontro... eu pretendia pegar um taxi e ir a uma sorveteria... - ok, quebrei meu próprio conselho, isso não é ir com cuidado mas acontece que estou apavorado.  

 

—Bem... - Ele pareceu pensar, pegou um grande bolo de notas pequenas e pegou algumas, segurou meu pulso e colocou o dinheiro na minha mão. - Olha aqui, a trate como uma dama... como você diria? Deixa eu ver... A trate como a princesa que ela é ta ligado? 

 

Concordei com a cabeça e levantei, saí correndo para a porta. O sol estava descendo, andei com calma, Alya não morava muito longe, logo já pude ver a casa onde ela morava. Corri um pouco para chegar rápido, toquei a campainha. Um homem corpulento com os óculos na cabeça me atendeu parecendo mal-humorado. 

 

—Então... é você que está namorando a Alya? - Ele perguntou, era o mesmo homem que havia sido transformado em Animan. - O que você tem a oferecer a minha filha? - Ele me olhou de alto a baixo, comecei a ficar nervoso. - Heim? Responda. 

 

—E-e-e-eu gosto de panteras.... - Foi tudo o que saiu, suspirei aliviado quando Alya saiu. 

 

—Não o assuste pai, assim eu não caso nunca. - Ele olhou para ela e sorriu. 

 

—Claro querida, divirta-se.  -ele entrou e fechou a porta. 

 

—Então vamos? - Ela perguntou entrelaçando o braço dela no meu. 

 

—Claro... eu chamei um taxi... meu pai me deu dinheiro. - Eu disse pausadamente, por que? Eu lá vou saber. Eu sei que geralmente eu converso normalmente com ela... mas acontece que estou nervoso, tipo é um encontro...  

 

O taxi parou, nós entramos e então ele acelerou. Lhe informei o endereço, Adrien já deve estar esperando lá. Não demorou nem 20 minutos para chegarmos. Logo que entramos vi Adrien sentado em uma mesa de canto. Ele usava um moletom preto um boné e o capuz do moletom por cima. Ele piscou para mim e eu suspirei arrependido por ter seguido a ideia dele. Puxei a cadeira de modo que ela ficasse de costas para o Adrien. Pedi licença e corri até ele. 

 

—O que está fazendo? - Cochichei como se gritasse. 

 

—Shh, fala baixo, pega esse treco e põe no ouvido. - ele me deu um ponto eletrônico, coloquei e voltei para junto dela. - Então, vai querer sorvete de que? 

 

—Pega um de morango com chocolate para mim. - Ela sorriu quando disse isso. 

 

"Chocolate é doce, mas não tanto quanto você" 

 

—Chocolate é doce, mas não tanto quanto... açúcar... - Eu sou um imbecil... 

 

—É... claro... - Ela disse, eu fui pegar os sorvetes. 

 

"o que raios você disse?" 

 

—Eu não sei... deu branco, fica quieto ai e só fala quando ela estiver perto. - Respondi e voltei para a mesa com os sorvetes. 

 

"Eu poderia ficar a noite toda olhando para você." 

 

—Eu poderia ficar a noite toda... -Ela olhou para mim, senti a expectativa em seus olhos.  

 

—A noite toda? - Ela perguntou. 

 

—Jogando Resident Evil...Code Veronica... - E só vai de mal a pior. 

 

—Ah... é... é um ótimo jogo... - ela disse, ela pareceu decepcionada e me senti realmente culpado. 

 

"Nino, você é uma toupeira" -Concordei com a cabeça... - "Vamos, Faça direito. Peça um milk-shake e divida com ela." 

 

Me levantei novamente, fui até o atendente e pedi um milk-shake grande, peguei dois canudos e voltei a mesa. Coloquei o copo bem no meio. 

 

—Divide comigo? - Perguntei para ela que concordou com a cabeça e colocou um dos canudos na boca. Fiz o mesmo, logo no primeiro gole senti meu cérebro gelar e tive que me afastar. 

 

—Ai... Quer saber? Isso não ta certo... - Tirei o ponto eletrônico e olhei para Adrien que me olhou de volta como "O que raios você está fazendo?" - Obrigado Adrien... mas... eu vou fazer do meu jeito... Alya me encontra na torre Eiffel em uma hora. 

 

Caminhei até onde Adrien estava sentado e o peguei pela manga, o puxei até a minha casa e entramos no meu quarto, meu pai ainda estava assistindo e me viu o puxando... acho que ele deve ter pensado besteira, e vocês também, podem tirar esses sorrisinhos de Fujoshi maníaca da cara. 

 

—Liga pro seu pai, convence ele a instalar uns fogos de artificio na Torre Eiffel, eu sei que ninguém vai impedi-lo... Diz que é para uma sessão de fotos que você mesmo planejou, tenho certeza de que ele não vai negar... tente convencer o técnico dos fogos de artificio a terminar em menos de uma hora ou seu pai vai processa-lo por algum motivo. 

 

—Tá... mas o que você vai fazer? - Ele perguntou pegando celular e discando o numero do pai dele. 

 

—Vou pegar meu equipamento e levar até lá, talvez eu até descolo uma grana... 

 

Base da Torre Eiffel, 18 Horas e 20 Minutos 

 

Terminei de montar meu equipamento quando Adrien chegou, com ele estava seu fotografo e seu segurança, ele olhou para mim, acho que teve dois significados "Boa Sorte" e "Você está me devendo e eu vou cobrar". Alya estava chegando, ela olhou para mim e cruzou os braços. 

 

—Então o que queria me mostrar que não podia ter me dito há uma hora atrás? - Ela perguntou, eu pedi para que ela fizesse silencio assim como todas as pessoas que começavam a se juntar para ver o que eu ia fazer.  

 

Liguei  o equipamento e então comecei a remixar. 

 

( Escute essa musica aqui: https://www.youtube.com/watch?v=hpHGM774jcc&index=21&list=PLDPkWhTjUHFlW4E9Rcn69ULc1eVqrM6Qg ) 

 

Eu vi que o fotografo queria aproveitar a iluminação de fundo da Torre para fotografar Adrien antes de soltarem os fogos de artificio. Espero que dê tempo de chegar na parte certa antes do segurança apertar o botão que aciona o show de fogos. 

 

Alya estava filmando, comecei a ficar nervoso e nessa hora foi muito difícil não errar, e logo não só ela mas mais da metade do pessoal que estava me assistindo, eu não sei se fico feliz ou nervoso. Não parava de chegar gente, todo mundo parava para ver, teve uma hora que não consegui mais contar quantas pessoas haviam ali, e então toda a praça da torre Eiffel lotou, a caixa onde eu trouxe o amplificador começou a juntar dinheiro. 

 

O fotógrafo de Adrien pediu para que ele ficasse em uma pose onde eu pudesse ser visto no fundo como se estivessem em um show, e então flashes e mais flashes vindos na minha direção. Uma viatura passou devagar, a luz do giroflex iluminou meu rosto e as cabeças de todos ali alternando entre vermelho e azul. Confesso que pensei que eles iam me proibir de tocar para não incomodar ninguém mas eles assobiaram do carro e pararam para poder me ouvir.  

 

Aumentei o som no máximo, as pessoas assoviaram e ergueram seus celulares com a tela acesa e balançaram para lá e para cá, hoje em dia não usam mais isqueiros, o que é bom assim não queimam seus dedos como acontecia muito antigamente em shows de rock. E então eu ouvi atrás de mim os fogos de artificio começaram, os flashes agora estavam virados para a torre e seus focos com Adrien na frente. 

 

Alya sorriu para mim, senti meu sangue ir para as bochechas e sorri de volta para ela, senti nossos olhares se ligarem, fiquei olhando para os seus olhos o tempo inteiro. Cheguei na parte mais animada da musica e todos gritaram, adolescentes dançavam e beijavam uns aos outros, uma cena semelhante veio a minha cabeça só que comigo e Alya, eu já sabia o que faria assim que acabasse a musica. Fechei os olhos interrompendo aquela conexão e me concentrei e deixei minhas mãos seguirem livremente pelo painel de remixagem, eu sabia que ela ainda estava lá, na frente de todos, mesmo estando de olhos fechados, eu sentia seu olhar sobre mim e seu sorriso. 

 

Abri novamente os olhos e ela filmou as pessoas em volta e até a caixa onde haviam deixado dinheiro, e depois voltou a me filmar. A musica estava acabando, nessa parte eu caprichei o máximo que podia, coloquei os melhores efeitos para impressionar a ruiva, minhas mãos se moviam rapidamente por alavancas e botões. Monitorei tudo pelo notebook, pensei em Peter e também dediquei esse momento a ele. Ele merecia estar aqui se divertindo conosco e não naquele hospital, vou tocar de novo assim que ele tiver alta por que ele vai ter, eu sinto... A musica acabou assim como os fogos de artificio, tudo ficou silencioso por pelo menos um minuto e então os aplausos começaram. Alya foi a primeira a aplaudir seguida por todos os outros. Olhei para Adrien e ele sorriu para mim e piscou, agradeci as palmas e caminhei até ela e peguei suas duas mãos. 

 

—Então... era isso que queria me mostrar? - Ela perguntou sorrindo. 

 

—Na verdade tem mais uma coisa. - Abaixei a cabeça. 

 

—E o que é? - ela sorriu. Me aproximei dela até que nossos corpos estivessem quase colados... 

 

—Isso aqui... - Eu a beijei, senti o calor de seu corpo passar pra mim através dos lábios, todos em volta aplaudiram mais uma vez, meus braços laçaram sua cintura e ela me abraçou pelo pescoço, tive que me abaixar um pouco para ficar da altura dela... Nos separamos... - É desculpa... eu tive que fazer isso... - Ela riu. 

 

—Pois faça de novo... 


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Notas finais do capítulo

Então... fui...



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