You are not alone... escrita por TheStarOfDavid


Capítulo 8
Diving Into Darkness...


Notas iniciais do capítulo

Leiam as notas finais.
Boa leitura.



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(POV Alycia)

Eu não pensei. Foi a primeira vez na vida que eu agi por impulso. Não pensei nas consequências. Eu me culpava e não importa o que as pessoas irão me dizer, eu sempre irei me culpar.

Eu tentei culpar Henry, afinal de contas eu falei para ele não ir. Ele foi por que quis, mas eu não o protegi. Eu devia ter tido certeza que ele não ia. Contado a alguém o que ele queria fazer. E agora… eu sofreria as consequências.

HORAS ANTES

Ouvi Emma de longe, me chamando. Assim como ouvi minha mãe fazendo a mesma coisa, mas apenas continuei correndo.

As minas estavam mais instáveis que o normal. A maldição estava sendo quebrada, sei que era por isso. E isso poderia matar o meu irmão. Como ele podia ser tão inconsequente? E eu tão irresponsável?

Estava escuro, mas antes de sair de casa peguei uma lanterna na gaveta da cozinha. Parei de correr, estava cansada, mas eu andava o mais rápido que conseguia. Eu ouvia os passos de Emma atrás de mim.

Ela corria, mas ainda estava longe.

Por que eu não conseguia pensar? Por que eu não consigo deixar esses sentimentos que não entendi dentro de mim? Por que? Porque ele é seu irmão…

Um grito. Esse grito me fez sentir um calafrio. O túnel estava mais instável do que quando eu entrei. Corri.

Ele estava preso. Uma pilha de pedras havia caído em cima de suas pernas. Corri e ajoelhei, parando ao seu lado. Ele estava desacordado. Melhor assim.

—Emma!- Gritei. Os passos começaram a ficar mais altos. Ela se aproximou e falou alguma coisa. Havia lágrimas em seus olhos, mas eu não conseguia processar nada naquele momento. Eu tinha que pensar.

Tiramos os escombros de cima dele o mais rápido que conseguimos. As minas estavam a beira do colapso. Quando ele finalmente estava livre, Emma o pegou nós braços e fomos correndo para a saída. Não fomos rápidas o suficiente.

O teto desmoronou a nossa frente. A primeira coisa que Emma fez foi nos proteger e se jogou em por cima s nós. Apaguei.

 

Foram poucos segundos. A poeira não me deixava ver ou respirar. A minha cabeça doía, parecia que ia explodir. Quando consegui, botei uma mão em minha cabeça. Tinha sangue, coisa que eu não era uma grande fã.

—Emma…- Saiu mais como um sussurro, mas ela ouviu. Me pegou pelo braço e me botou sentada contra parede junto a Henry. Ela começou a tentar remover as pedras da parede que se formou em nossa frente. - Emma… -Eu estava cansada demais.- Emma…- Era difícil falar, realmente não sei de onde tirei as forças para gritar.- Emma!- Ela olhou pra mim. Seu desespero era nítido em seu olhar.- É muita coisa…- Disse lentamente para o som sair.- Você nunca vai conseguir cavar nossa saída daqui…-Seu olhar era triste. Ela olhou para as pedras e depois voltou seu olhar para mim. Andou lentamente e sentou ao meu lado. Henry estava desacordado no meu colo.

—Quanto otimismo...-Disse em um suspiro.

—Fui criada por Regina Mills e não tenho os seus genes. O que esperava?- Ela riu. Foi pequeno e baixo, mas ela riu.

Ficamos em silêncio. Emma tinha um rádio na mão, mas ele quebrou quando caímos. Eu acariciava os cabelos de Henry enquanto ele “dormia”. Eu tinha checado seu pulso. Ele aparentava estar bem, tudo indicava que ele havia apagado pelo choque e o medo. Ela olhava para ele preocupada. Fazia carinho em seu braço.

—Eu sei o por que você abandonou ele.- Quebrei o silêncio. Seu olhar estava baixo, mas consegui ver seus olhos marejados.- Foi pra que ele tivesse sua melhor chance.- Ela não disse nada, apenas deixou as lágrimas rolaram e deitou sua cabeça em meu ombro. Eu ajeitei Henry em meu colo e botei os braços em volta de Emma.

Nem parecia que eu que era a criança ali. Emma tinha começado a ser importante para a vida de Henry e a de minha mãe…e da minha também.

—Você sabe o que aconteceu com os seus pais?- Disse depois de alguns segundos.

—Eu sei o que me falaram. Eles morreram em um acidente de carro quando eu tinha 9 meses.- Eu encarava a parede do túnel.

—Pelo menos os seus não te abandonaram na rua…

—Os seus também não.- Ela revirou os olhos e deu uma risada fraca debochada.

—Você também acredita nessa bobagem?

—Emma, eu tenho 200 de QI. Você realmente acha que as coisas que eu acredito são bobagens?- Ela se calou. Sabia que eu estava certa, mesmo eu sendo apenas uma criança. Conseguia ver que ela travava uma batalha interna. Queria acreditar, mas era algo impossível para sua mente inferior. - Quando você acreditar na verdade, ficará confusa, mas eu preciso que você me prometa uma coisa -Ela se afastou e olhou para mim.- Quando tudo vier a tona, de uma chance para a minha mãe. Você pode pedir um espaço, mas por favor, não desista dela.- Ela me deu um pequeno sorriso e segurou no mão. O movimento fez com que seu pequeno rádio caísse da sua jaqueta.

Rádio...radio!! Como eu ou burra! Hm… isso foi irônico.

Peguei o rádio e comecei a examiná-lo. Ele não estava funcionando. Deveria ter quebrado quando o teto desabou.

—Alycia? O que está fazendo?

—Eu realmente não estava pensando… - Foi a única coisa que respondi. Abri o rádio com as mãos. Tive sorte que ele não era parafusado. Os fios estavam uma bagunça, mas eu achei o problema e botei a tampa novamente.

—Mama?! Mama, você está aí??

Alycia?!?— Respondeu do outro lado praticamente gritando.

—Estamos aqui!- respondeu Emma.

Graças a Deus! Como vocês estão? E o Henry?

—Calma Regina, estamos apenas cansados. Henry está desacordado, mas está bem…

—Mama, estamos com pouco oxigênio aqui.- Disse e logo depois veio o silêncio. Ela sabia o que significava

Quanto tempo?— Perguntou em voz baixa.

—No máximo… Duas horas.

Então temos duas horas para tirar vocês dai. E nós iremos.— Ela disse rápido. Eu sabia que talvez não conseguíssemos, má não disse nada e concordei.

Uma hora e meia. Estávamos mais cansadas do que antes. Minha visão já estava ficando embaçada.

—Alycia, ainda temos alguns minutos. Fique acordada.- Disse quando fechei os olhos por um minuto.- Tem um monte de gente, incluindo um caminhão de bombeiros lá fora fazendo de tudo para sairmos daqui. -Algo em minha mente estalou.

—É isso…

—Alycia?- Disse com o cenho franzido.

—É isso!- Peguei o rádio de volta.- Mama! Mama me diz que a senhora está aí.

Alycia? - A resposta veio quase que imediatamente.

—Mama, eu tenho um plano!- Ela ficou em silêncio e Emma se levantou, deixando Henry encostado confortavelmente na parede.- Primeiramente, por favor, me diga que o caminhão de bombeiros parado aí na frente carrega um tanque de alta concentração e expansão!- A resposta estava demorando a vir.- Mama!?

Sim! Ele tem!- Senti esperança, mas não alívio.

—Okay, eu preciso que você remova o bocal da mangueira!

O que você vai fazer?

—Mama, só confie em mim!- Estava difícil falar e respirar, mas não parei. Mesmo sabendo que o machucado em minha cabeça era pior do que eu pensava e que era a causa da minha faqueza.

—Okay…

—Graham vai passar ela pelas rachaduras nas pedras. A Emma vai fazer um nó na parte debaixo da mangueira e vamos colocar debaixo das pedras. Vocês vão bombear esse concentrado expandido numa mangueira que está amarrada. Aí, o caminhão de bombeiros sai puxando a mangueira amarrada atrás dele, derrubando a parede.

—Alycia…- Chamou Emma.

—Emma…- Eu olhei para ela e pela sua reação, eu realmente não estava bem.

—Tem certeza que isso vai funcionar?

—Não. Mas temos poucos minutos para sair daqui e essa é a nossa melhor opção… a única opção. - Fizemos tudo bem rápido. A mangueira já estava no lugar e só estávamos esperando o caminhão ficar em posição quando Henry começou a acordar.

O “examinei” e aparentava estar bem.

O caminhão deu notícia que andaria, estavam apenas esperando nos nos protegermos.

A parede ia cair. Henry ia ficar seguro. Emma ficaria segura. Eu, por outro lado, já não conseguia respirar. Eu sentia o sangue escorrer pela minha cabeça. Estava bem pior. Mergulhei em uma profunda escuridão e eu não sabia se sairia dela algum dia.


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Notas finais do capítulo

Hoje não teremos fatos sobre mim, ou indicações, ou qualquer outra coisa assim. Todos nós estamos de luto.
Ontem a noite, aconteceu a tragédia de Manchester. Para quem não sabe, uma bomba explodiu no show da cantora Ariana Grande, matando 22 pessoas e ferindo mais de 50 pessoas. A primeira pessoa a morrer nessa tragédia foi Georgina. Ela era uma Oncer de coração. Estamos todos de luto por ela e todas as outras vítimas dessa tragédia. Nós Oncers somos uma família e acabamos de perder um dos nossos.



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