You are not alone... escrita por TheStarOfDavid


Capítulo 4
Welcome to Storybrooke Miss Swan.


Notas iniciais do capítulo

Voltei! Foi mais rapido do que eu esperava porque eu tive uma aula chata hoje e fiquei escrevendo o capítulo.
Sem mais delongas, Boa leitura.



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(POV Emma)

O meu nome é Regina Mills e…e eu sou a mãe do seu filho…

Aquilo não era possível…era? Como? A adoção havia sido fechada. Como ela me achou? Fiquei parada na porta do meu apartamento olhando para ela em choque. O que raios ela fazia aqui? No meu apartamento. Foi então que eu percebi que havia ficado tempo demais com cara de besta na frente dela e a convidei para entrar.

Meu apartamento não era exatamente o mais aconchegante, mas dava para o gasto. Apontei para o sofá e ela sentou no mesmo. Eu sentei logo a sua frente e pedi para que ela se explicasse melhor. Descobri que ela havia adotado o menino meses depois que ele nasceu. Comecei a andar de um lado para o outro, nervosa, confusa e com raiva.

Raiva. Um sentimento que se dissipou completamente quando ela disse que era urgente. Eu olhei para ela e seu semblante era de dor. Fiquei confusa e preocupada ao mesmo tempo. Percebi que ainda trajava meus pijamas. Pedi um momento para ir me trocar e depois a convidei para um café.

Quando fechei a porta do meu quarto, fechei os olhos e respirei fundo, me encostando na porta. Como aquilo podia acontecer? Meu mundo começou a girar. Eu tinha um filho de 8 anos e a mãe dele precisava da minha ajuda. Eu realmente considerei recusar qualquer coisa que ela me pedisse, mas algo falou mais alto. É urgente… Isso ficou na minha cabeça. Algo de grave poderia ter acontecido e por algum motivo, eu não queria ver Regina daquele jeito de novo. Algo dentro de mim dizia para eu cuidar da morena, e por mais estranho que fosse esse sentimento, eu iria.

Quando apareci na sala já vestida, Regina olhou para mim por alguns segundos e depois desviou o olhar e corou na mesma hora. Achei que ela ficou bem fofa toda vermelha e queria muito saber o que ela havia pensado para deixá-la assim.

Fomos para uma cafeteria praticamente do lado do meu apartamento. Foi aí que descobri algumas coisas sobre meu filho: Seu nome é Henry, em homenagem ao pai de Regina que faleceu antes do pequeno nascer, descobri que ele adora chocolate quente com canela, assim como eu. Ah, e também descobri que ele estava morrendo. Okay, foi muita informação para um só momento. Mas mesmo antes dela terminar a frase eu disse que faria. Eu faria o teste e se desse positivo eu doaria minha medula óssea para o menino, afinal de contas, ele também é o meu filho.

No final, Regina me abraçou. Fiquei o dia todo pensando sobre tudo aquilo, inclusive no abraço. Não sei o que deu em mim, mas quando vi, já estava na frente da porta do quarto de hotel da Regina. Respirei fundo e bati na porta.

— Emma?

— Er…oi… - falei um tanto nervosa.

— Oi… Tem alguma coisa errada? - perguntou preocupada. - Você…

— Não, não! - Percebi o que eu já vi feito, ela podia pensar que estava ali para dizer que eu havia desistido. — Fique calma, eu não vou voltar atrás na minha decisão — Ela soltou o ar que estava prendendo, aliviada. — Desculpe se te assustei. Na verdade eu… ahn…

— Fique calma, eu não mordo… - Por algum motivo, comecei a pensar que aquela frase tinha duplo sentido. - Pode falar.

— Eu queria saber mais sobre o Henry… e sobre você — Ela hesitou por um momento, mas logo depois abriu um sorriso de canto e chegou para o lado.

— Entre… - Entrei no quarto e dentro no sofá que ela havia apontado, enquanto ela sentava do meu lado.

— Eu sei o que você deve estar pensando… mas…

— Não… - Me interrompeu enquanto encarava suas próprias mãos. - Olha, no começo eu admito que não gostei da ideia de você conhecer Henry e até me espantei um pouco com o que você acabou de pedir, mas algo falou mais alto e eu quero que vocês dois se deem bem. - Deu uma pausa e me olhou nos olhos — E… nada mais justo do que te contar um pouco sobre ele… e sobre mim.-Ela sorriu de lado e ficamos em silêncio por um tempo. — Aqui — Disse quebrando o silêncio e pegando o celular na mesinha ao lado do sofá. - Esse é o Henry quando tinha 6 meses.- Me mostrou uma foto dele todo sujo de bolo. Não consegui conter um sorriso. - Foi a primeira vez que ele experimentou chocolate — Explicou Regina com um sorriso bobo no rosto.

— Que coisa fofa! - Disse não conseguindo conter a minha animação, a fazendo rir.

— Sim, ele sempre foi o mais fofinho da família – Disse, passando a foto logo em seguida para uma em que ele já estava maior e dando um sorriso gigante para a câmera. - Aqui ele já tinha três anos.

— Quem é essa do lado dele?- Apontei para a menina que estava dando um sorriso do mesmo tamanho que Henry. Parecia ser mais velha. Ela era muito parecida com Regina, com traços latinos, mas com olhos verdes e óculos.

— Essa é Alycia. Minha outra filha—Olhei para ela com um ar interrogativo. Nem passou pela minha cabeça que ela poderia ter outros filhos. - Eu adotei ela no mesmo dia que adotei Henry—Queria saber mais da história, mas fiquei com receio de que poderia ser demais perguntar sobre a menina.

— Você poderia me contar a história de como adotou os dois? Se não quiser...

— Não—Me interrompeu com um sorriso no rosto. Ela se ajeitou no sofá e apoiou sua cabeça em sua mão, que estava apoiada no… do sofá e olhou para mim. - Você perguntou sobre nossas vidas, e ela faz parte da minha vida e da vida do Henry - Ela respirou fundo desviando o olhar e começou a contar. - Eu fiquei em Boston por alguns dias antes de adotar Henry oficialmente. Eu queria conhecer a cidade e foi aí que eu encontrei ela. Ela estava sozinha no parque de cabeça baixa e eu me aproximei. Quando eu levei ela até as autoridades descobri que ela tinha fugido do orfanato à duas semanas.

— Duas semanas? Quantos anos ela tinha?

— Três…

— Três anos? Mas… como?

— Eu perguntei isso para ela meses depois. Ela andava tendo pesadelos e eu perguntei em uma noite que ela acordou assustada. - Ela finalmente me olhou. Olhou tão profundamente para os meus olhos que pensei que ela podia ler a minha alma — Ela me respondeu exatamente assim: “Regina, eu tinha três anos, mas eu não era burra. Eu sempre soube quando as pessoas não me queriam por perto.”— Um sorriso triste apareceu em seus lábios. -Aquilo realmente quebrou meu coração. Foi difícil superar todas essas coisas, todos os seus traumas. Demorou mais ou menos um ano para ela começar a me chamar de mãe, mas nós conseguimos.- Ficamos em silêncio depois disso. Um silêncio bom.

— Passaram?- Perguntei depois de alguns minutos.

— O que?

— Os pesadelos. Ela teve mais algum depois dessa conversa?

— Não… acho que não foi pela conversa exatamente. Acho q ue foi uma coisa que eu disse…

— E o que você disse?

— Eu disse que ela ia ficar bem… que tudo ia ficar bem… - Respirou fundo- Que ela não estava sozinha…

— E ela realmente não estava… - Sorri.

— Não, não estava… - Disse me acompanhando no sorriso. Pela primeira vez, percebi que seu sorriso era lindo. - Ela sempre foi a mais inteligente… acho que foi por isso que eu não me surpreendi quando descobri… - Disse baixinho, mais pra si mesma do que para mim.

— Descobriu oque?

— Que ela é um gênio… - lhe dei um olhar interrogativo.- Literalmente um gênio…

— Sério? Uau…

— Sim. Ela é uma criança de 10 anos e age como se fosse 5 anos mais velha. As vezes é bem estranho…

— Eu imagino…

— Ela sempre foi a inteligente e Henry sempre foi o mais fofo e ordinário. Sempre que quer alguma coisa ele faz um biquinho muito fofo que não tem como negar nada a ele.

— Conheço alguém assim…

— Quem?

— Eu… - Ela deu uma leve gargalhada. “Esse é um som que quero ouvir todo dia” pensei.

— Vejo que os dois são ordinários… - Seu olhar focou em um ponto qualquer na parede.- Sempre que ele se machuca, ele tenta agir como se nada tivesse acontecido, mas não consegue por muito tempo e acaba chorando em silêncio. Ele nunca foi muito escandaloso. Toda noite eu leio uma história para ele e Alycia dormirem e quando eu saio, os dois sempre leem uma revistinha em quadrinhos antes de dormirem… eles acham que eu não sei, mas eu sempre soube — Ela olhou para mim e percebi que seus olhos estavam marejados, assim como os meus — E sempre que ele acha que eu estou triste ele apenas me abraça… não diz nada, apenas me abraça… - Disse já não conseguindo mais segurar as lágrimas. - Emma…

— Eu vou fazer tudo ao meu alcance para salvar ele Regina. Tudo. - Não deixei ela terminar a frase. Eu sabia o que ela ia dizer. Sabia que ela não saberia como viver sem Henry. Eu tentava, inutilmente, segurar as lágrimas.

Depois de alguns minutos em silêncio, continuamos a conversar. Descobri que Henry ama super-heróis, e seus favoritos são os X-Men, ao contrário de sua irmã que prefere os Vingadores. Também descobri que a cor favorita dele é azul e que o menino ama contos de fadas.

A noite seguiu assim. Entre histórias e risadas. Pelo menos ela não perguntou muita coisa sobre mim, o meu passado não é uma coisa que eu gosto de falar.

Quando percebi, já era manhã. Tínhamos pegado no sono. Tentei me mover, mas alguma coisa não permitiu. Olhei para o lado e vi Regina com a cabeça em meu ombro e seus braços envolvendo a minha cintura. Eu mentiria se dissesse que gostei daquela posição.

Senti ela se mexendo do meu lado e quando finalmente abriu os olhos e percebeu a sua posição, ela congelou por um minuto.

— Ahnnn… Bom dia… - Disse meio hesitante. Ela tirou seus braços da minha cintura e se levantou.

— Bom dia… - Respondi, igualmente nervosa. Também levantei, e quando ela me olhou, corou praticamente na mesma hora. Mesmo a situação sendo estranha, não pude negar que ela, nesse estado, era muito fofa.

— Ahnn… ja… já está tudo pronto? Você já pode ir? - Ela disse gaguejando. Tive que me segurar para não rir.

— Er… sim… eu te encontro na frente do hotel daqui a uma hora.

— Na verdade eu pensei em te encontrar na frente do seu prédio.

— É, pode ser—Ela me acompanhou até a porta.

—Até daqui a pouco senhorita Swan…

— Até daqui a pouco madame Prefeita.

Depois daquela situação embaraçosa, e ao mesmo tempo prazerosa, fui para o meu apartamento e peguei a minha mala que já estava pronta. Terminei de enviar todos os relatórios de alguns casos que faltavam e botei tudo no porta-malas do meu fusca amarelo e esperei Regina.

— Você vai nisso? - Perguntou Regina quando chegou.

— Sim… Por quê?

— Nada... apenas parece um caixão de metal com rodas.

— Hey, não fale assim do meu carro. - Disse fingindo estar ofendida.

— Okay, ele, pelo menos funciona?

— Claro que sim. - E para minha desgraça, quando entrei no carro e sei partida, ele não queria funcionar.- Tá… talvez hoje ele não queria andar.

— Por acaso ele tem vontade própria?

— Na verdade, às vezes eu acho que sim… - Ela revirou os olhos e entrou em seu carro.

— Pegue sua mala e entre aqui. Eu te dou uma carona. - Eu realmente pensei em recusar, mas eu não fazia ideia de onde era aquela cidade. Nunca tinha ouvido falar em StoryBrooke. “Deve ser uma cidade lá no cu do mundo” pensei.

— Okay então — Finalmente cedi e botei a minha mala no carro dela. Decidi que era melhor não discutir, ela parecia o tipo de mulher que você não quer discutir, pois ela sempre ganha. Sentei ao seu lado no banco de carona e partimos para o cu do mundo.

A viagem foi feita em silêncio, mas um silêncio confortável. De vez em quando eu olhava para Regina, totalmente concentrada na estrada. Já tinha percebido que ela era bonita, mas nesse momento vi que ela não era só bonita. Ela era perfeita.

A viagem durou algumas horas. Só percebi que havíamos chegado quando vi uma torre de relógio

— É aqui? - Perguntei olhando pela janela.

— Sim—Olhei para ela, que tinha um sorriso estampado no rosto.- Bem-vinda a Storybrooke Miss Swan.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Momento todo SwanQueen na visão da Emma. No próximo ela vai finalmente conhecer Henry. Uma leitora viu que a Alycia parecia adulta demais para a idade e eu realmente pensei que ninguém ia notar, por que foi totalmente proposital. Expliquei o porque nesse capítulo. As vezes ela vai agir mais como criança, depende da situação. Para fazer esse personagem eu me inspirei do Ralph da série Scorpion (quem nunca viu, veja. É muito bom!), mas ela é uma pouco mais "adulta" que ele. Comentem bastante que eu adoro ler e responder comentários!



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