(POV Regina)

Emma Swan.

Esse era o nome da mulher que poderia salvar o meu filho. É estranho pensar que foi ela quem deu a luz à Henry. Será que eles são parecidos, com as mesmas feições, mesmos gostos? Saberia apenas quando a visse, coisa que não demoraria muito para acontecer.

Deixei Henry e Alycia aos cuidados de Mary e David. Acordar Charming do coma foi o melhor pedido de desculpas que consegui fazer à Mary, enquanto não encontrava sua filha. Já que eu criei a cidade, sou a única que posso deixá-la, assim como Henry e Alycia que não nasceram na Floresta Encantada.

Depois de descobrir seu nome foi fácil descobrir o resto. Emma morava em Boston, trabalhava como agente de fiança, tinha 26 anos e era órfã. Havia começado esse emprego não muito tempo atrás.

Era umas 9 da manhã e eu me dirigia ao apartamento de Swan. Não me importava muito se eu a assustasse, apenas queria que meu filho ficasse melhor. Quando cheguei do lado de fora de seu apartamento eu paralisei por alguns segundos. Percebi que eu estava nervosa, uma coisa que não acontecia frequentemente, então botei na minha cabeça que eu estava assim por causa de Henry e me forcei a bater na porta. Alguns segundos se passaram e uma mulher loira, mais alta do que eu atendeu a porta com um olhar interrogativo.

— Ahn… Olá — Disse ela olhando diretamente para mim—Posso ajudá-la?

— Oi… -Disse depois que percebi que tinha ficado em silêncio por tempo demais. - Você é Emma Swan?

— Sim… Sim. E a senhorita é…

— O meu nome é Regina Mills e…e eu sou a mãe do seu filho…- Okay, talvez, e repito o talvez, eu tivesse sido direta demais. Mas eu fiquei nervosa e realmente não sabia o que falar, então fui o mais direta possível. Ela me olhou em choque por alguns segundos que mais pareceram minutos. Foi quando eu tive a oportunidade de prestar mais atenção na mulher que estava na minha frente. Emma usava roupas, que eu julgava serem pijamas, mas seu cabelo estava arrumado, então não havia lhe acordado. Seus olhos eram verdes e eu acabei me perdendo neles por um tempo e quando vi o que estava fazendo e Emma percebeu, corei na hora e desviei o meu olhar.

— Er… a senhorita gostaria de entrar?- Perguntou ela depois de algum tempo. Obviamente constrangida, entrei no apartamento. Não tinha quase nada dentro dele, mas tinha um certo estilo. Ela apontou para que eu sentasse no pequeno sofá que tinha e se sentou na poltrona de frente para mim. - O que a senhorita quer dizer com ser a mãe do meu filho? -Perguntou depois de puxar uma grande quantidade de ar.

— 7 anos atrás, você deu um bebê para a adoção? - Ela apenas acenou com a cabeça levemente — Então… eu o adotei. A expressão da mulher da minha frente era de puro pânico e confusão. Ela levantou da poltrona e começou a andar de um lado para o outro lentamente.

— Posso perguntar como a senhora conseguiu o meu nome? Foi uma adoção fechada. - Ela disse calmamente.

— Eu sei e sinto muito por isso, mas…eu realmente precisava falar com você Miss Swan… É urgente. - Ela parou de andar e me olhou com um olhar, não de pena, mas de compaixão e confusão. Ela olhou para baixo e percebeu que ainda estava de pijama.

— Você se importa de eu ir me trocar? E quando eu voltar podemos sair para tomar um café e a senhorita me conta o que aconteceu. - Fiz que sim com a cabeça e a vi sair em direção ao quarto. Por um momento, Henry saiu da minha cabeça, o que me deu espaço para pensar o que não foi exatamente muito bom, pois comecei a imaginar Emma se trocando. Corei imediatamente quando percebi o que estava fazendo e vi a mulher aparecer na minha frente com uma calça jeans, bota de cano longo, uma regata branca e por cima uma jaqueta vermelha. Por algum motivo, achei aquela roupa bem sexy. - Vamos? - Assenti com a cabeça e saímos em direção a uma cafeteira que tinha perto do apartamento.

Fizemos nossos pedidos e ficamos em silêncio por um tempo.

—Qual… - Emma começou, mas não terminou. Apenas dei um pequeno sorriso a encorajando terminar a pergunta — Qual é o nome dele? - Eu sorri abertamente com aquela pergunta.

— Henry… Era o nome do meu pai. Ele morreu antes dele nascer — Não sei por que fiz essa revelação à Swan, só sei que saiu automaticamente.

— Sinto muito… é um nome lindo.

— Sim…é — As memórias de meu pai ainda doíam. De tudo que eu havia feito, a única coisa que eu realmente me arrependia era de ter o matado. Os pedidos chegaram, revelando uma coisa parra mim. Não aguentei e dei uma leve risada.

— O que? - Perguntou Swan com um sorriso de lado e um olhar interrogativo.

— Nada, é que… eu acabei de descobrir uma coisa que você e Henry tem em comum — Disse e apontei para sua bebida.

— Chocolate quente?

— E canela. Ele é doido por isso—Ela deu uma leve gargalhada e pela primeira fez percebi que seu sorriso era lindo.

— Você disse que era urgente. Algo errado? - No mesmo momento o meu sorriso desapareceu. Contei tudo que precisava para ela, não deixando nenhum detalhe de fora.

— Emma… Eu sei que estou pedindo muito, mas…

— Eu faço—Eu não disse nada por alguns segundos. Aquilo realmente estava acontecendo? A melhor chance do meu filho estava aceitando fazer o teste? -Eu sei que é não é nada certo até eu fazer o teste, mas eu quero tentar…- Um sorriso enorme apareceu em meus lábios no meio das lágrimas que desciam pelo meu rosto e Emma sorriu de volta. Não me aguente e levantei, dando-lhe um abraço. Coisa que surpreendeu nós duas, pois eu geralmente não demonstrava muito afeto.

— Swan — Disse depois de me afastar. — Você tem certeza?

— Sim eu tenho. E se você me permitir, eu gostaria de conhecer o garoto. Apenas conhecer, não me entenda mal. Apenas quero ver como ele é — Eu ponderei um pouco sobre isso.

Nem tinha pensado na possibilidade de Emma conhecer Henry, mas algo me disse que seria uma boa decisão, então acenei com a cabeça que sim. O sorriso dela aumentou. Era um sorriso lindo.

Emma precisava deixar algumas coisas em ordem, então só poderia viajar no dia seguinte. Decidi ficar na cidade até o outro dia e acompanhar a Miss Swan até Storybrooke, mesmo morrendo de saudades dos meus pequenos. Fui para um hotel e de lá liguei para Mary. Contei tudo e ela não podia ter ficado mais feliz.

Era oito da noite e eu tinha acabado de desligar o celular. Tinha acabado de falar com Alycia e Henry, matando as saudades. Não disse à Henry o que eu realmente tinha ido fazer for a da cidade. Decidi contar quando eu chegasse e apresentasse a ele Emma Swan. Quando tinha acabado de me sentar no sofá, ouvi a porta batendo e fui prontamente atendê-la, mesmo não esperando ninguém. Olhei no olho mágico e arregalei o olho. Meu coração disparou, mas não sei se foi de desespero ou alegria. Respirei fundo, tentando me acalmar e abri a porta logo em seguida.

— Emma?