—Perdedora!- Emma, Henry e Leonia gritavam para Alycia.

—Já podem parar de jogar na minha cara.- Disse a menina, se jogando no sofá.- Vocês, pessoas nascidas em Boston, tem muita sorte.

—Fale o que quiser querida. Nós sabemos que é talento.- Disse Leonia, se sentando na sua frente, fazendo Ally revirar os olhos.

—Pelo menos eu tenho o Pozzato e a Regina ao meu lado nisso.- Disse olhando para os mesmos.- E todos nós sabemos que o Red Sox tem sorte. Os Yankees tem talento.- Exclamou, gerando um pequena briga entre eles.

—Tudo pronto para amanhã?- Perguntou Pozzato, que estava sentado na cadeira da sala, ao lado de sua namorada.

—Sim, será uma festa pequena...- Respondeu, olhando para a amiga.

—Estraga prazeres.- Resmungou Leonia em resposta.- Eu iria trazer vários boys para todos nós, inclusive Henry.- Disse, recebendo logo em seguida um cutuque dolorido de Pozzato.- Ai! Tá bom, desculpa.- Se virou para o namorado.- Foi desnecessário isso.- Resmungou.

Regina estava no meio de Alycia e Henry. A menina estava com a sua cabeça descansando em seu ombro, juntamente com Henry, que já se lembrava de tudo, enquanto viam Leonia e Emma discutindo sobre o que iriam comer, mesmo todos já sabendo que no final iriam pedir pizza.

Dia seguinte.

—Você está bem?- Perguntou Leonia, entrando no quarto de sua amiga, que se preparava para a sua festa.

—É claro.

—Minha querida vaquinha.- Disse sentando ao seu lado na cama e segurando a sua mão.- Você não é você já faz uma semana, pelas minhas contas.

—Você realmente me conhece.- A garota deu de ombros, sorrindo.- Se eu contar, você não vai acreditar.

—Tente.

—Tá bom.- Respirou fundo.- A verdade é que eu a Emma não é a minha mãe original.- Seu semblante ficou confuso.- Eu e Henry fomos adotados pela Regina. Moramos por anos em uma cidade chamada Storybrooke. Lá moram a maior parte dos personagem dos contos de fadas, incluindo a Branca de Neve e o Príncipe Encantado, que aparentemente, agora, também são meus avós, já que a Emma é filha deles. Regina é a Rainha má e elas duas namoravam antes de tudo isso, mas a Emma não se lembra, por que o Peter Pan, que é o bisavô do Henry, lançou uma maldição que fez eu Emma e Henry, perder as memórias e serem substituídas por novas.- Leonia está com os olhos arregalados.- Isso não é tudo, mas realmente não existe tempo o suficiente no mundo para eu explicar a minha árvore genealógica inteira.- A menina não se moveu ou emitiu qualquer som. - Então...

—Então...- Ela abriu um grande sorriso.- Vocês são bem mais legais do que eu pensava!

—Espera, você acredita em mim?

—Ah querida, eu não tenho muita coisa nessa vida. Por que eu não acreditaria em uma das melhores coisas que já aconteceram na minha vida?-Disse apertando sua mão.- Mas, você disse que perdeu as memórias.

—Beijo de amor verdadeiro pode quebrar qualquer maldição.- Respondeu sorrindo. Leonia colocou as mãos na boca, em um ato de surpresa.

—Quem foi o boy magia?!

—Que? Não!- Alycia riu com a pergunta.- Foi a Regina. Acho que o amor materno é realmente o mais poderoso.

—E o Henry e Emma?

—O plano é faze-los lembrarem hoje e ir para Storybrooke amanhã.

—Você ia me abandonar?- Deu um leve tapa no braço da amiga.- Nem em um milhão de anos você vai sem mim.

—O que você quer dizer com isso?

—Eu quero dizer que vou com você.

—Leonia...- Era impossível Alycia nao sorrir.- Mas e o Pozzato?

—Bom, nós iriamos contar juntos hoje, mas...- Ela respirou fundo- Ele conseguiu ser emancipado.- Disse sorrindo.

—Sério?- Pulou em cima da amiga, lhe dando um abraço apertado.- Estou tão feliz por ele!- Se afastou.- Os pais dele sempre o trataram mal, fico feliz que ele esteja saindo das mãos daqueles vermes.- Deu um leve soco em seu ombro.- Por que não me contaram que ele estava tentando?

—Queríamos ter certeza. Nós podemos ir com vocês?

—É claro que sim.- Lhe abraçou novamente.- Bom, teremos que convencer o Pozzato dessa história...

—E convencer a tia Emma...- Se afastaram e fizeram uma careta, rindo.

—Fique tranquila. Regina gosta de você e ela praticamente manda na Emma, então quando ela acordar, vai ficar tudo bem- Ficaram em silêncio por um tempo.

—Vamos, nossos convidados estão prestes a chegar.- Disse, puxando a amiga pela mão e a levando para a sala.

Minutos depois a festa começou. Não havia muitas pessoas lá, era realmente uma festa pequena, praticamente só para eles.

Algumas horas depois, Regina decidiu tentar falar com Emma. Se desse certo, em 24 horas eles estariam voltando para Storybrooke, se desse errado... Regina bem queria pensar nessa possibilidade.

—Emma.- A mulher a encarou.- Podemos conversar?

—Claro.- Disse se levantando do sofá e seguindo Regina para dentro do quarto.- Algo errado?

—Não...- fechou a porta atrás de si.- Você confia em mim?- Emma franziu o cenho.

—Ahnnn... eu acho que sim...

—Não Emma, eu preciso ter certeza.- Ela respirou fundo e se aproximou um pouco.

—Sim... sim, eu confio.- Sorriram uma para a outra. Regina tirou a poção de seu bolso.- O que é isso?

—Se eu te pedisse para beber isso, você beberia?
—Depende, você quer me drogar?- Disse rindo.

—Emma, é sério..- A mulher segurou o riso, como uma criança.- Você beberia?- Emma a olhou profundamente e pegou o frasco. O abriu e bebeu tudo em uma só golada. Regina a olhava ansiosa.

—Deveria acontecer algo?- Perguntou Emma sem entender nada.

—Você não se lembra?

—Lembrar de quê?- Regina levantou r cama. Começou a andar s um lado para o outro.

—De tudo! De nós!- Seus olhos estavam marejados. Emma a puxou de volta para a cama.

—Eu sinto muito...- As lágrimas começavam a cair dos olhos de Regina. Emma, instintivamente, a abraçou, fazendo carinho em seu cabelo. Ficaram assim por um tempo, até Emma se afastar.- Regina.- A mulher apenas a fitou.- Eu realmente quero te beijar agora.- A mais velha apenas sorriu, enquanto Emma aproximava seus rostos.

O beijo começou lento, sendo apenas um selar de lábios, até Emma pedir passagem com a língua, que foi cedida rapidamente. O beijo era calmo, mas desesperado. As duas ansiavam por esse contato e nenhum delas queria acabar com ele. Se separaram apenas quando o ar se fez necessário. Emma olhou a mulher em sua frente, que sorria, e lhe deu um forte tapa no braço.

— Ai! Por que você fez isso?- Emma ignorou sua pergunta e a beijou de novo, apenas um selinho demorado. Quando se afastou, lhe deu outro forte tapa.- Tá, agora é sério vamos parar com os tapas.

—Você disse que seria por pouco tempo.- Disse com os olhos marejados. Regina tinha um semblante confuso.- Se passaram três anos Regina!

—Você se lembra?- Perguntou com um grande sorriso. Emma segurou os dois lados de seu rosto com as mãos

—E eu tenho certeza que nunca mais vou esquecer.

                           *

Dia do retorno para Storybrooke.

—Eu não posso.

—Regina, já estamos aqui.- Respondeu Cora, com os olhos marejados.

—Eu não consigo. Nenhuma de nós conseguiríamos.- Disse olhando para a sua irmã.- Eu não posso fazer isso de novo... Eu não posso te perder.- A mulher sorriu e deu um abraço em suas filhas.

—Dê um beijo nos meus netos e na minha sogra por mim.- Sussurrou em seus ouvidos e removeu o próprio coração, o entregando para Regina.- Eu amo vocês.

A névoa roxa da maldição, começava a se estender por boa parte do reino, atingindo eles por último. Regina se abaixou e ficou com sua irmã, velando o corpo sem vida de sua mãe.

Ficaram assim por apenas alguns segundos, até Snow ver algo no horizonte.

—O que é aquilo?- Elas levantaram o olhar e Zelena arregalou os olhos.

—Talvez sejam algumas pessoas que não gostam de mim.- Regina a olhou incrédula.- O que? Eu não tive o tempo de voltar para Oz e me desculpar. Provavelmente aquela menina sem sal mandou os minions dela para me matar.

—Mas a Dorothy não é a boazinha?- Perguntou David.

—Sei lá! As vezes penso que ela pode ser uma psicopata... Ou burra mesmo.- Olharam para ela confusos. Quem joga um balde de agua em alguém e espera que a pessoa morra?- Regina revirou os olhos.

—Você realmente esta fazendo piadas nesse momento?- A bruxa deu de ombros.- Agora isso não importa, teremos que lutar até conseguirmos voltar para casa. 

                          *

—Me diga que eu não estou sonhando.- Disse Regina ao acordar ao lado de Emma. A loira sorriu e lhe deu um beijo de tirar o fôlego.

—Isso prova que você não está sonhando?- Disse ao se afastarem.

—Hmm... acho que ainda não foi o suficiente...- Sorriram e voltaram a se beijar. A felicidade de Regina estava de volta em seu coração.- Emma.- Se afastou e a olhou seriamente.- Precisamos conversar.

—É algo que pode estragar esse momento?- A morena apenas assentiu com a cabeça.- Então pode esperar.- Sorriram e voltaram a se pegar.

—Acho melhor acordarmos as crianças.- Disse Regina, se separando de Emma novamente.- Precisamos nos preparar para voltar para Storybrooke e temos quatro crianças para arrumar.- Emma a olhou confusa.

—Quatro crianças?- Regina riu e a beijou novamente.

—É uma longa história.