You are not alone... escrita por TheStarOfDavid


Capítulo 16
Right Were It Belongs.


Notas iniciais do capítulo

Voltei!! Um pouco mais tarde do que eu queria, mas tá valendo...
Resolvi praticamente tudo em um capítulo só porque quero que o próximo seus amorzinho e depois as tretas irão voltar... claro né.
Estou nesse momento no torneio esportivo da minha escola... Eu odeio esportes. Mas é "obrigatório", ou seja, vou faltar dois dias de quatro. E isso significa, mais tempo para a fic! Uhuu!
To com sono e não revisei...
Sem mais delongas, Boa leitura!



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(POV Emma)

Eu nunca soube amar, sou um desastre nesse setor. Ninguém nunca me quis por muito tempo, então nunca me dei o trabalho de querer alguém. Neal foi o primeiro a quebrar essa barreira. Ele chegou, marcou minha vida e foi embora. Depois disso, a barreira voltou, e por 8 anos ficou intacta.

Para mim, o amor é algo engraçado. O perdi varias vezes, e quando eu achei o que me faria bem, o destino foi cruel e colocou vários obstáculos entre nós. Eu amo Regina, e mesmo no meio de tanto caos, acho que nunca desistirei dela... Não, tenho certeza que nunca desistirei.

Eu olhei para ela e me perguntei como ela podia ser tão parecida com a mãe. Alycia era a cópia perfeita de Regina, até dormindo. A única coisa diferente eram seus olhos. Eles eram uma imensidão verde esmeralda... Eram idênticos ao meus.

O amor é algo bem engraçado, mas as vezes, o destino vence essa batalha de "stand up".

Estávamos na loja do Gold. O "guyliner", como minha namorada diria, ainda estava desacordado em um canto da loja. Eu e Regina tínhamos colocado um colchão perto do sofá onde Alycia dormia. Era mais seguro ela ficar ali. Gold colocou um feitiço de proteção contra o Wraith e Cora na loja, mas não iria durar por muito tempo, era só até amanhecer. Regina disse que iria ficar de vigia, mas não pude deixar ela fazer isso. Disse que eu ficaria acordada por algumas horas e depois a chamaria para ficar em meu lugar. Claro que eu provavelmente não iria acorda-la tão cedo.

Alycia começou a murmurar palavras sem nexo no meio da noite. Levantei e toquei sua testa. Estava um pouco quente. Talvez isso que a faz emitir raios azuis pelo corpo, esteja a matando... Nunca me odiei tanto por pensar. Sentei ao seu lado no sofá e fiz carinho em seus cabelos, não tinha muito que eu poderia fazer naquele momento.

Os murmúrios estavam virando algo mais, e quando vi, ela já estava se debatendo.

—Hey, calma... eu estou aqui.- Falei quando a vi acordar assustada.- Mais calma?- Ela acenou que sim com a cabeça e se sentou ao meu lado, segurando as próprias pernas, tentando normalizar sua respiração. Ela não me deixou toca-la.- Pesadelo?- Ela, novamente, assentiu.

—Ele ainda tá ali?- Disse depois de alguns minutos em silêncio, apontando para o canto da loja.

—Gold deu alguma poção pra ele dormir...- Respondi com um sorriso de canto- Ele realmente é o Capitão Gancho?

—Sim, por que?

—Nada, só não pensei que ele seria tão...

—Gato?- Olhei para ela meio incrédula, mas rindo internamente.

—Ahnn... Eu ia dizer novo, mas entendo seu ponto de vista...

—Não deixe minha mãe ouvir isso...-Falou com um pequeno sorriso de canto..- Henry?

—Ele está bem. Ficou com Neal.- Disse já sabendo o que ela quis dizer. O silencio voltou a reinar no local. Antes ela estava mais solta, mas agora estava tensa, com um olhar baixo e um semblante assustado.

—Emma.- A fitei.- Eu vou morrer, não vou?- Aquilo quebrou meu coração. Respirei fundo e me virei totalmente para ela.

—Não, você não vai morrer. Sabe por quê? Porque eu não vou deixar. Você tem uma família imensa te protegendo e isso me inclui. Você pode não pensar assim, mas nós somos família e tudo que eu quero é proteger essa família. Então não Ally, você não vai morrer.- Eu falava em um tom sério e baixo para não acordar a morena que dormia perto do sofá. Nossos olhos estavam marejados. Pela primeira vez, desde que eu conheci aquela menina, ela me abraçou. A única coisa que consegui fazer, foi retribuir esse abraço com a mesma força.- Vai ficar tudo bem... Nós vamos ficar bem.

Ela voltou a dormir depois de um tempo. Eu cochilei por um tempinho, e quando olhei para a janela, já deveria sem umas 5 da manhã pela claridade quase nula. Olhei por mais um tempo aquela menininha dormindo em meus braços e não pude evitar de sorrir.

—Isso é novo...- Ouvi minha morena falar com voz de sono. O meu sorriso se alargou.

—Pesadelos.- Expliquei. Ela abaixou o olhar como soubesse do que eu estava falando.- Ela me abraçou.- Eu disse me desvencilhando de seus bracinhos e indo na direção da morena.- Ela é tão...

—Estranha?- A olhei confusa.-Eu sei que você não ia dizer isso.- Disse com um pequeno sorriso envergonhado. Sentei atrás dela e a puxei para mais perto, a encaixando entre minhas pernas.

—Como era? No início?- Ela respirou fundo.

—Difícil, muito difícil. Ela gostava de pintar minhas unhas, pq queria segurar a minha mão, mas não conseguia processar o toque físico.- Suas mãos começaram a brincar com as minhas, enquanto falava.- Ela ficava no Granny's, mexendo com os condimentos. Descobri que ela estava tentando jogar xadrez.- Fez uma pausa.- Depois que descobri o que era tudo ficou bem mais fácil.- Ela deu um pequeno sorriso, olhando para o nada.- Ela é especial, e eu não consigo ver ela sem isso.

—Henry sempre lidou bem com isso?- Perguntei depois de um tempo em silêncio.

—Não no começo, mas ele foi se adaptando. O relacionamento deles dois sempre foi um dos melhores. Alycia sempre protegeu ele e ele sempre quis ser protegido por ela.- Ficamos em silêncio e uma ideia passou pela minha cabeça, me fazendo sorrir.

—Quando tudo isso acabar, nós poderíamos jantar.- Ela me fitou confusa.

—Fazemos isso todo dia.

—Não. Quero dizer, só nós duas.- Ela sorriu.

—Esta me convidando para um encontro Senhorita Swan?

—Nunca tivemos um primeiro encontro, então sim.- Fiquei totalmente de frente para ela.- Regina Mills, você aceita ir em um encontro comigo?- Seu sorriso se alargou.- Claro, em um momento que não estejamos sendo perseguidas por algo e quando as nossas vidas ou a vida de alguem que amamos não estiver em perigo.- Ela deu uma baixa gargalhada.

—Bom, pelo o que você descreveu, pode demorar um tempo para isso acontecer.- Sim Emma Swan, eu aceito ir em um encontro com você.- e talvez assim eu consiga me vingar...

—Se vingar de que?

—Não se faça de desentendida Swan. Você sabe muito bem do que estou falando.- Ri descaradamente. Ela começou a beijar meu pescoço, passando para a mandíbula e depois para a boca, fazendo o mesmo trajeto ao contrário. Eu já estava ofegando.

—Temos uma criança aqui Mills... E um pirata desacordado.

—Estraga prazeres.- Disse ela, se separando de mim e voltando para a sua posição inicial.

— Não tem como apagar essa marca dela?- Não consegui evitar e perguntar.

—Apenas se transferíssemos a marca. E essa não é uma solução.- O silêncio reinou na sala novamente. Nenhuma de nós queria dormir.

—Gina, já pensou em ter mais filhos?-Ela me olhou com as sobrancelhas levantadas, reação da minha pergunta inusitada, o que me fez chorar. -Quer dizer.... Não a-agora... É só que... Ahn...- Me atrapalhei com as palavras e ela riu.

—Sabe, você fica muito fofa constrangida.- Dei um pequeno sorriso.- Emma, quer que eu seja honesta?- Assenti com a cabeça- Eu nunca consegui me ver tendo mais filhos...- Nesse momento foi difícil conter meu desapontamento. Abaixei a cabeça.- Mas com você...- Me fez olhar em seus olhos.- Com você, eu quero um time de futebol inteiro.- O sorriso que eu sei foi gigante, mas no mesmo momento, seu sorriso murchou, fazendo o meu a acompanhar.

—O que foi?

—Eu... Eu tenho que te contar uma coisa.- Prestei atenção no que ela diria.- Eu... Não posso ter filhos biológicos.- A olhei confusa.- É uma longa história, mas resumindo, eu tomei uma poção para nunca ter filhos, porquê achava que a minha mãe estava me manipulando.- Seus olhos estavam marejados.- Eu...

—Hey.- A interrompi e comecei a fazer carinho em sua bochecha.- Não fique assim. Tem outros jeitos de se ter um filho, e podemos tentar todas elas.- Ela sorriu e me deu um beijo casto nos lábios. -Você deveria dormir mais um pouco, ainda é cedo.

—Mas...

—Se algo acontecer, prometo que te acordo.- Regina sorriu e se aconchegou em meus braços.

—Eu te amo, minha morena.

—Eu te amo, minha loira.

Admito que dormi. Eu não deveria, mas estava cansada e era fácil adormecer com a morena em meus braços.

Acordei sem o peso de Regina no colchão. Por algum motivo, aquilo me apavorou. Eu conheço Regina, sei do que ela é capaz.

—Mama...?- Ainda estava tentando acostumar com a luz nos meus olhos. Ergui minha cabeça e vi Alycia em pé, na frente da mãe.- O que você fez?- Sua voz se preocupada. Levantei em um pulo. Hook não estava mais no canto da loja- Não...

Tudo desmoronou naquele momento. Regina segurava o medalhão que Gold disse ser o que marcou Alycia. Ela tinha transferido a marca.

—Regina...- Seu olhar era triste.

—Eu não podia deixar isso acontecer...- Ela foi interrompida por um som estrondoso. Saímos correndo da loja e vimos meus pais correndo em nossa direção. A sorte é que a rua estava deserta depois que falamos para os habitantes da cidade ficarem em suas casas.

—Wraith!- Vimos o vulto negro atrás de nós logo após o grito de minha mãe. 

Regina tentou jogar algumas bolar de fogo e fazer alguns feitiços, mas nada parecia atordoa-lo. Fizemos a única coisa que podíamos: correr.

Corremos tentando nos proteger sob qualquer coisa que víamos. Já estávamos ficando sem fôlego. Por que não pegamos o carro?

Regina caiu. Não era o melhor momento para isso.

Paramos de correr e quando eu ia voltar para pega-la, o Wraith ficou cara a cara com ela. Todos congelaram. Fiquei com medo de me mover e piorar a situação. Lágrimas já escorriam pelos meus olhos.

Alycia se colocou a minha frente. Tentei impedi-la de andar, mas não se para uma Mills quando ela não quer ser parada. Ela andou até Regina e ficou entre os dois

—Não.- Suas mãos forma invadidas por raios azuis enquanto encarava o Wraith. Ele hesitou por um momento e voou para longe, assustado.- Admito. Essa coisa, que provavelmente está me matando... É bem legal as vezes.- Disse Alycia voltando seu olhar para nós. Seus olhos estavam azuis em um momento e verdes no outro. Todos a olhavam assustados.

Ajudei Regina a se levantar, dando um abraço quase sufocante nela junto com Alycia e fomos para o poço, já estava tudo pronto para mandarmos aquela imitação barata da morte do "The Sims" para outro mundo.

Chegamos bem rápido. Tivemos a "brilhante" ideia te pegar um carro...

Gold já estava nos esperando lá com Belle. Neal tinha ficado com Henry, os dois tinham uma ótima relação e eu e Regina estávamos felizes por isso.

—O que temos que fazer?- Perguntou Regina a Gold.

—Abrir um portal requere muita magia. Não será fácil.- Ele deu uma pequena pausa, respirando fundo e olhou para mim.- Precisarei da magia da Salvadora.

—O quê?- Meus pais e Regina perguntaram quase ao mesmo tempo.

—Emma é o fruto do amor verdadeiro. Sua magia é mais poderosa do que pensa.

—Eu tenho magia?- Eu estava meio assustada...

—Claro que sim. Você nasceu com ela.- E agora eu estava triplamente assustada. Engoli a seco e Regina apertou minha mão, me passando um sentimento protetor.

Respirei fundo e andei até o poço. Olhei meus pais, Regina e Alycia.

—O que eu tenho que fazer?- Gold me explicou tudo rapidamente. Eu apenas iria deixar ele usar minha magia, então eu não faria muita coisa.

O clima mudou. Já estava nublado, mas agir o céu estava ainda mais escuro. Agora sim parece um filme de terror...

Me posicionei e Gold pegou na minha mão, colocando, logo em seguida, sua outra mão sobre a abertura do poço.

Comecei a me sentir fraca bem rapidamente. Uma luz branca saia do meu corpo, enquanto que uma luz negra saia da mão de Rumple... Continua sendo estranho chama-lo assim.

O Wraith apareceu inesperadamente, jogando Mary no chão. David tentava espanta-lo com tochas, mas ele continuava indo em direção à Regina. Vi que Alycia tentava repetir o mesmo ato de mais cedo, mas estava muito cansada e fraca para isso.

Eu mal conseguia ficar de pé. Aquilo estava sugando tudo que eu tinha. O portal abriu quando o Wraith encurralou Regina. Ela deu um pequeno sorriso, daquele tipo que se você não ficar apavorado você é a pessoa mais corajosa desse mundo, e o jogou para dentro do portal. Quando ele entrou e vai para trás e Regina veio ao meu encontro. Tínhamos conseguido, mas ainda havia coisas para se lidar.

Quando fomos para a casa de Regina já era 18:00. Alycia foi direto para seu quarto e eu e Regina ficamos na sala com Henry. Neal tinha feito um ótimo trabalho em o distrair. Ele estava cansado e eufórico ao mesmo tempo. Regina e eu demos um banho nele, que ficou com sono durante o mesmo, e o botamos para dormir. Era estranho ver ele dormir antes das 20:00.

Passamos pelo quarto de Alycia, que dormia serenamente, mas seu rosto estava vermelho e inchado. Ela estava chorando. Isso fez minha morena chorar e, consequentemente, me fez chorar também.

Descemos para a sala depois que nos acalmamos. Ficamos abraçadas no sofá, apenas curtindo a companhia uma da outra, ouvindo o barulho da chuva lá fora, até ouvirmos alguém batendo na porta.

—Ainda temos um problema a ser resolvido.- Gold estava acompanhado de Belle. Regina respirou fundo e deu um passo para o lado, o permitindo entrar.- Cora e Hook ainda estão por ai.

—Nós sabemos. Mas como iremos para-los?

—Talvez tenha um jeito de parar a sua mãe.- Ele ficou em silêncio por alguns segundos, fazendo suspense.

—E então? Não temos a vida inteira! Se tiver algo para dizer, apenas diga!- Ele sorriu de canto e botou sua mão no bolso interno do paletó.

—Isso.- Regina olhou espantada para o objeto.

—Como?

—Como você deve saber, eu tenho um histórico com a sua mãe...

— Eu sei que ela foi sua aluna, mas...- Ela franziu a testa- Você e ela...?- Ele abaixou a cabeça e deu de ombros. Regina arregalou os olhos e massageou as têmporas com os dedos, andando de um lado para o outro.- Eu poderia passar a vida inteira sem saber disso.

—Concordo com você...- Disse Belle, tão assustada quanto Regina.

Ela parou de andar e se aproximou de Gold, pegando, delicadamente, o objeto em sua mão.

—Obrigada Gold...

—Agora é com você...- Pegou a mão de Belle e saiu pela porta.

—Isso é...

—Sim...- Me interrompeu. Fechou os olhos por alguns segundos e respirou fundo.- Pode cuidar das crianças? Tenho que fazer isso agora.- Assenti com a cabeça e lhe dei um beijo profundo, lhe passando coragem. Nos separamos ofegantes. Ela se afastou lentamente e saiu pela porta. Eu sabia o que ela precisava fazer, e ela também.

(POV Regina)

"O amor é fraqueza"... Minha mãe costumava dizer isso para mim. Ela não podia estar mais errada. Desde quando conheci Emma Swan, minha vida ficou mais leve.

Eu amo meus filhos, mas sempre senti que algo faltava. Agora esse sentimento tinha ido embora. Nos conhecemos em circunstância... difíceis, na agora estávamos em um lugar bom. Claro, isso foi antes de minha mãe aparecer.

Agora estou no limites cidade, esperando que ela entenda o que quero dizer e me encontre aqui.

Estava frio. A chuva já havia cessado e só se ouvia as gotas caindo das árvores.

—Minha querida filha.- Olho para trás e lá está ela.- A que devo a honra?- Eu chego mais perto e quando vejo já estou abraçando com lágrimas nos olhos.

—Eu quero que tenhamos uma segunda chance.- Eu disse soluçando. Ergui meu rosto e vi sua expressão confusa.- E isso pode permitir que isso aconteça...- Não esperei nem mais um minuto e enfiei seu coração aonde ele pertencia. Só espero que agora ela saiba usa-lo...


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Notas finais do capítulo

Quem aí sente um hot "revenge" vindo aí? As coisas que estão acontecendo com a Alycia serão explicadas um pouco depois da treta número 2 começar.
Comentem!
Até a próxima!



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