You are not alone... escrita por TheStarOfDavid


Capítulo 15
So... What Did I Missed?


Notas iniciais do capítulo

Demorei mais do que de costume. Sorry for that. Me deu um bloqueio gigantesco pra escrever esse capítulo, e ele só ficou pronto agora. Mas acho que agora esse bloqueio termina!
Não revisei direito...
Sem mais delongas, Boa leitura!



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(POV Regina)

—É assim que você trata a sua própria mãe?- Disse a mulher, com um sorriso cínico.- Esses não foram os modos que eu te dei Regina.- Chegou mais perto.- Não vai me dar um abraço?

   Eu me senti uma criança de novo. Uma criança com medo do que a mãe iria fazer se te pegasse quebrando algo. Mas aquele medo de diferente. Não estava com medo por mim, mas sim pelos meus filhos.

   Alycia lê muito, e um dia me disse uma frase de um de seus livros favoritos, uma frase que nunca mais saiu da minha cabeça: "Apenas os idiotas e covardes desprezam o medo. O medo nos mantém vivos."

   Agora entendo porque consegui me manter viva por tanto tempo.

   Me vi novamente cavalgando em cima de Rocinante, tentando escapar de tudo e de todos...isso não seria possível agora...

  Ela deu um passo para frente e eu dei um para trás.

—Nem mais um passo...

—Nossa, que recepção calorosa...- Disse fingindo sentir dor com o meu ato.

—O que está fazendo aqui?- Perguntei entredentes.

—Ah, você sabe... passei para dar um oi para a minha filha... Conhecer meus netos...

—Você não vai encostar neles!

—Por que tanta agressividade?

—Por que será... mamãe!?- Disse, fazendo a última palavra sair sarcástica.

—Ai Regina, você sempre foi muito dramática. Puxou de seu pai.

—Não fale nele.

—Por que? Doloroso demais lembrar que você o matou?- Fechei os olhos e respirei fundo, não queria perder o controle da situação.

—Como chegou aqui Cora?- Perguntei o mais calmamente possível.

—Se chama magia filha. Não conhece?- Disse sarcástica.

—A floresta pode existir, mas com certeza não há mais feijões do outro lado...

—É  aí que você se engana. A única coisa que precisei foi um pirata para me ajudar...

—Pirata?- Perguntei confusa. No segundo seguinte meu celular toca, era Mary.- O que você fez?- Ela apenas abriu um enorme sorriso. Atendi o celular. Eu ouvia gritos de desespero, coisas se quebrando. Mas nenhum sinal da voz de Mary.

   Não pensei em mais nada, apenas em minha família. Desapareci em minha fumaça roxa, indo para a porta do Granny's. A situação não podia ser pior.

 Pessoas correndo, gritando e tentando se proteger.

Wraith.

Tentei ajudar o máximo de pessoas que eu podia, sempre procurando por meus filhos, ou Mary e David. 

O Wraith estava procurando por algo, e quando achou, voou passando pela torre do relógio, a fazendo desmoronar em cima de mim. Senti um impacto e cai no chão. Emma estava em cima de mim, me protegendo dos destroços. Quando já estávamos seguras, nos botamos de pé e ela me puxou para um beijo profundo e um abraço apertado.

—Sabe, eu prefiro a minha namorada viva. Ou pelo menos com a cabeça no lugar.- Disse com um sorriso de lado logo após nos separarmos do beijo. Revirei os olhos. 

—Então, o que eu perdi?- Perguntou enquanto corríamos pelas ruas. 

—Ah, só a minha mãe voltando dos mortos, ameaçando nossa família, trazendo junto um pirata e um espirito, me torturando psicologicamente...- Ela parou de correr bruscamente e me encarou.

—Então…nada de mais?- Sua expressão era um tanto assustada.

—Outro dia normal em Storybrooke...- Disse tentando manter meu senso de humor.

—Mama! Mãe!- Henry corria para os nossos braços, com Mary e David logo atrás.

—Henry!- Dissemos juntas. Ele pulou em meu colo e nós o abraçamos. A minha preocupação com ele havia diminuído. Henry continuou em meus braços, enquanto Emma abraçava seus pais. Olhei para os lados. Nenhum sinal de Alycia.

—Ela me salvou...- Disse Henry. O encarei.

—Quem?

—Alycia... Aquilo marcou ela. Ia me marcar, ela não deixou.- O pânico se alastrou pelo meu corpo. Aquela realmente não era uma cidade feita para crianças...

—Onde ela está?- Perguntei para Snow quase gritando de desespero.

—Ela correu para a floresta. Tentamos impedi-la mas...

—Ela é a minha filha...- Completei. É difícil parar uma Mills, isso eu admito.

Entreguei Henry a Snow, pedindo para que cuidassem dele, e tentassem ajudar as pessoas. Corri para dentro da floresta com Emma.

—O que era aquilo?- Gritou Emma ofegante enquanto corria.

—Um Wraith!- Respondi no mesmo tom.

—Hm, pensei que era um dementador...- Disse tentando amenizar a situação.

—Quase isso. Ele é um sugador de almas...- Parei um pouco para recuperar meu folego. Ela me olhou, levantando uma sobrancelha, com uma expressão incrédula.- Henry realmente gosta de Harry Potter.- Tentei me explicar, dando de ombros. Ela revirou os olhos rindo e voltamos a correr. Iriamos achar Alycia. Tínhamos que acha-la.

(Narrador)

Alycia corria o mais rápido que podia. Naquele momento, a floresta parecia bem maior do que era. Aquele bicho estava atrás dela, ou seja, ela iria leva-lo para o mais longe da cidade que pudesse. Suas pernas estavam fraquejando, estava cansada de correr. Sua respiração era ofegante e sua visão começava a ficar embaçada. Mas ela não iria parar.

Quando viu, já estava quase nas minas. Ela conseguia ouvir aquela coisa atrás dela. Não se arriscou a entrar nas minas, já bastava o que tinha acontecido da última vez. Ela se escorou na parede de pedras ao lado do túnel. Estava encurralada. Não tinha para onde fugir. Talvez aquele fosse seu fim.

Ele chegou mais perto e a rondeou. Parecia um bicho selvagem analisando a presa, esperando o momento certo para dar o bote. Felizmente, ele esperou demais. Quando partiu para o ataque, uma bola de fogo o acertou, seguida de outras duas. A figura negra encapuzada, se assustou, voando para longe.

Os olhos de Alycia faiscaram, fazendo um raio azul passar por suas pupilas. Ela estava segura, sua mãe acabara de lhe salvar, mas seus instintos ainda estavam gritando. As mulheres se aproximaram da menina, que ainda estava estática. Regina a abraçou, enquanto Emma agachou e tocou seu ombro, tentando passar algum tipo de conforto.

Alycia não aguentava mais reprimir o poder dentro dela. Se afastou lentamente da mãe, que agora estava com uma feição confusa, e se voltou para um canto da parede. Ela sentou, colocando as mãos na cabeça em um sinal de proteção, e ali ficou.

Quando Regina tentava se aproximar, uma descarga elétrica percorria seu corpo, não permitindo que ela chegasse mais perto. Algumas pessoas começaram a aparecer, testemunhando a cena, assim como Henry. A menina se contorcia de dor, soltando alguns grunhidos contidos de vez em quando. Raios azuis a cercavam, emanando de vez ou outra, de seu corpo.

—Respire!- Gritou Henry, captando a atenção de sua irmã.- Não pense! Deixe fluir!- Ele mandou, e ela obedeceu.

Depois de alguns segundos a dor foi passando, e ela foi voltando ao normal. Tentou se levantar, mas estava muito fraca e desabou depois de alguns passos, sendo prontamente amparada por Emma.

—O que aconteceu?- Perguntou olhando para Regina, que ainda possuía lágrimas em seus olhos.

—Eu não sei.- Respondeu chegando mais perto e acariciando o rosto de sua filha.- Mas eu sei quem pode saber.

                                                        *

   -Belle, Neal! Nos ajude!- Os dois saíram de trás da bancada e ajudaram a botar Alycia no pequeno sofá nos fundos da loja.

—O que aconteceu? Ela foi marcada?- Perguntou Belle ao ver as marcas na destra da menina.

—Sim, mas não acho que foi isso que fez ela ficar assim.- Respondeu Regina, dando espaço para a mulher examinar sua filha.

    Ela ficou ao lado de Henry, que também tinha lágrimas nos olhos. Neal estava do outro lado do menino, apertando levemente seu ombro, enquanto Emma apertava a mão da morena, tentando amenizar a situação. De novo não... Pensou Regina. Mary e David, olhavam a cena preocupados. As lágrimas de Mary rolavam por seu rosto, sem menor pudor. Segundos depois, Rumple entrou na loja, acompanhado por um homem. E quando digo acompanhado, quero dizer que ele estava o arrastando pela gola da jaqueta do homem, que estava amarrado, desacordado e amordaçado, e o jogando em um canto qualquer,

—Ela voltou Gold...- Nenhuma outra palavra foi necessária, ele sabia de que Regina estava falando.- Foi ela quem trouxe o Wraith e o guyliner ali.- Disse apontando para o canto da loja.

—Cora?- Perguntou Snow. Regina apenas assentiu com a cabeça. Gold respirou fundo e desviou o olhar, o parando na menina desacordada.

—O que aconteceu com ela?- Perguntou, aparentemente, preocupado.

—O Wraith a marcou...

—Mas você não acha que esse seja o motivo dela estar assim...- Disse ele, chegando mais perto, tentando examina-la. Regina apenas assentiu com a cabeça.

—Eu também não acho. Claro que se sua alma tivesse sido parcialmente sugada ela também estaria assim, mas você não viu tal coisa acontecer, viu?- Ela nega com a cabeça.- Eu não sei o real motivo dela estar assim. Posso apenas dizer que ela esta desacordada por conta do cansaço. Alguma coisa tirou grande parte de suas energias.

—Henry, você sabe de alguma coisa?- Perguntou Regina olhando para seu filho.

—Não. Eu usei a mesma técnica que a senhora usa quando ela não consegue resolver um problema e entra em pânico.- Ela respirou fundo  forçou um pequeno sorriso para seu filho.

—Sinto que seja mais seguro deixa-la dormir aqui. É mais seguro- Disse Rumple se afastando do sofá. Regina não tinha nenhum argumento contra isso.

—Como matamos o Wraith?- Perguntou Snow, se pronunciando pela primeira vez. A sala ficou em silêncio por um momento.

—Neal, pode levar o Henry para casa?- O menino ia protestar, mas sua mãe o interrompeu.- Henry, aqui é perigoso. Em casa estará mais seguro.- Ela chega perto do menino e o abraça.- Prometo que cuidaremos bem dela.- Sussurra em seu ouvido. Ele nada diz, apenas concorda com a cabeça e sai da loja com o pai. 

Ela já tinha um filho marcado para a morte, não podia deixar isso acontecer com o outro. Ele estaria mais seguro com Neal.

—Regina...- Chama Emma ao ver a morena perdida em seus pensamentos. Ela respira fundo e se vira para todos da sala.

—Não tem como matar um Wraith.- Todos a olham confusos.- Não tem como matar algo que já esteja morto.

—Então como podemos para-lo?- Perguntou Emma cabisbaixa. 

Ninguém na sala tinha uma resposta. Regina já tinha os olhos marejados.

—Um portal.- Gold se pronuncia.- A única solução que consigo enxergar é manda-lo para outro universo por um portal.

—E como faremos isso?- Pergunta Regina respirando mais aliviada.

—O poço...

—Foi como você trouxe a magia para Storybrook...- Disse Emma.

—E um dos únicos jeitos de nos livrarmos do Wraith.

—Eu faço o que for necessário para salvar a minha filha.- Falou Regina.- Faremos isso amanhã, temos que nos planejar. Acho que o assustei com as minhas bolas de fogo.

—Então ele tem medo de fogo...- Disse Snow, pensando alto.- Podemos fazer tochas. Assim ele não poderá chegar perto de Alycia.

Regina olha sua filha, dormindo serenamente. Uma lágrima escapa de seus olhos.

—Temos que usa-la como isca...- Não havia sido uma pergunta. A morena sabia que esse era o único jeito de salvar Alycia e todos os outros habitantes da cidade. Emma segura sua mão e entrelaça seus dedos.

—O que iremos fazer sobre Cora?- Perguntou Snow, depois de alguns segundos com a sala em silêncio.

—Manda-la de volta com o Wraith, talvez.- Respondeu Regina, indiferente.

Alycia soltou um grunhido de dor. Estava acordando aos poucos. Regina sentou ao lado da menina no sofá e acariciou seus cabelos, a esperando acordar.

—Hey Panda...- Disse quando viu a menina abrindo os olhos.

—De novo com esse apelido.- Disse baixinho, enquanto tentava se sentar no sofá.

—Você sempre será meu panda- Respondeu sorrindo, enquanto a menina revirava os olhos. Quando conseguiu sentar, outro grunhido de dor contido foi emitido. 

Belle se apressou para pegar uma poção simples, para aliviar a dor da menina. Ela olhou em volta e percebeu que todos a olhavam assustados.

—Então... o que eu perdi?


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Notas finais do capítulo

Eu não sei vocês, mas eu tenho uma relação de amor e ódio pela Cora!
Resolvi parar o capítulo aí mesmo, mas daqui a pouco eu solto outro!
A frase do começo do capítulo é do livro "A Guardiã de Histórias" (Super recomendo). Eu amo muito ler, então provavelmente terá muitas referências nos capítulos.
Só esclarecendo uma coisinha: A Alycia, por ser um gênio de tamanha magnitude, teria o que chamamos de baixo QE (Quociente emocional), ou seja, ela não saberia lidar com suas emoções de nenhum jeito e não conseguiria processar contato físico, mas eu decidi fazer ela com um QE regular que oscila de vez em quando. Vou explicar o porquê um pouco mais tarde na fic.
Preciso perguntar... vocês estão realmente gostando? Mesmo com quase 70 acompanhamentos (UAU!!!) e 10 favoritadas (DUPLO UAU!!), sinto que posso não estar agradando. Comentem! Sugestões são sempre bem vindas, se tiver alguma pode me mandar que eu tento encaixar na fic. Vai que suas ideias são melhores que as minhas! Kkkkk
Ahhh! Tive que editar esse capítulo porque esqueci de perguntar uma coisa! Alguém pegou a referencia no nome da Alycia no capítulo passado? Ninguém falou nada, passou despercebido?
Vejo vocês mais tarde!



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