You are not alone... escrita por TheStarOfDavid


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Como disse antes, é a minha primeira fanfic e espero agradar. Uma personagem foi criada por mim e espero que gostem dela.
Sem mais delongas, Boa Leitura!



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 Era a quarta vez.

A quarta vez que me deixavam.

A quarta vez que me devolviam.

A quarta vez que me tratavam como lixo.

Eu corri tanto que parecia que meus pés cairiam. A rejeição começou a fazer parte da minha rotina. Na quarta vez eu não aguentei e fugi. Comecei a morar na rua, era o único lugar que eu me sentia segura, mesmo não estando. Duas semanas se passaram e eu continuava na mesma. Preferia ficar na rua, do que no sistema.

Eu estava sentada de baixo de uma árvore, como eu sempre fazia. O parque Boston Common era o mais lindo que eu já tinha visto. Eu ficava olhando o céu. Sempre amei olhar o seu tom especial de azul. Naquele dia eu havia chorado, o que não era uma coisa muito normal para mim. As minhas lágrimas pararam de descer a dias, mas naquele momento, não pude evitar.

Com o rosto enterrado nos joelhos, fiquei por vários minutos, até que senti alguém sentar do meu lado. O medo falou mais forte, então não olhei para o lado de imediato. Ficamos naquela posição por um tempo. A pessoa não se pronunciava e eu não fazia questão disso. Mas sabe quando você tem um bom pressentimento? Então, estava sentido que olhar era uma coisa boa, mas o que eu sabia sobre pressentimento? Afinal de contas eu tinha 3 anos e o meu único “amigo” se chamava Rust. Sim, Rust… Mas, como eu era uma criança terrivelmente curiosa, eu olhei. E eu admito…foi a melhor decisão da minha vida.

Quando olhei, ela abriu um lindo sorriso. Não me aguentei e à abracei como nunca havia abraçado alguém. Quando vi, eu já estava em seu carro com um pequeno bebê ao meu lado, em sua cadeirinha. Respirei fundo e perguntei o nome dele. Ela disse que era Henry. Disse que era o nome de seu pai.

Não parecia, mas já haviam se passado dois dias desde que ela me “resgatou” no parque. Pelo que a minha cabecinha tinha entendido, ela adotou o Henry…e me adotou também. Quando descobri isso, entrei em pânico. Pensei que ela iria me abandonar, como muitos outros. Mas aquele meu pressentimento voltou e eu me acalmei. Foi assim que eu conheci Regina Mills, minha mãe.

7 ANOS DEPOIS

— Alycia! Henry! Vamos nos atrasar! - Gritou Regina do final da escada

—Um minutinho!- Gritaram em resposta. Sexta feira, último dia de aula e eles se atrasam? Dizia a mente de Regina. Segundos depois, os dois aparecem, cada um com um grande sorriso estampado no rosto, ao seu lado.

— O que vocês estão aprontando?

— Nada…-Responderam ao mesmo tempo.

— Sei… vamos logo então.

— Mama – Chamou Alycia.

— Sim? -Respondeu virando-se para eles da porta. Quando viu, seus lábios formaram um sorriso lindo. Um sorriso que sua filha dizia que era um dos mais lindos que ela já havia visto na vida.

Havia uma rosa vermelha na mão de Henry e uma preta na mão de Alycia. Regina não se importava mais com o horário, ela apenas foi em direção aos dois e os abraçou como se nunca os tivesse abraçado antes, distribuindo beijos pelo rosto dos dois, fazendo-os gargalharem. Esse era um dos seus sons favoritos, o riso de seus filhos. O dia seguiu tranquilo. Regina deixou seus filhos na escola e foi direto para a prefeitura. Assinou alguns contratos, resolveu algumas questões legais sobre a cidade e quando viu, já era meio dia. Arrumou suas coisas e foi direto para o Granny's, aonde encontrou seus filhos para almoçar.

O almoço seguiu entre brincadeiras e risadas entre os três, com Regina sempre comentando quanto amou a surpresa que os dois fizeram de manhã sem nenhum motivo aparente.

— Por que fizeram aquilo? - Perguntou Regina, finalmente, a pergunta que estava se fazendo desde cedo.

— Porque queríamos te fazer uma surpresa. Queríamos te ver sorrir.-Respondeu Henry com entusiasmo e um grande sorriso no rosto.

— É mama.-Continuou Alycia – Eu já disse como amo o seu sorriso. Adoro ver a felicidade estampada em seu rosto. - As palavras tocaram Regina de um jeito que seus olhos começaram a marejar. Nunca pensou que seria tão feliz depois de lançar a maldição. Pensou que, como Malévola havia dito, que iria ter um buraco em seu coração. Mas isso não aconteceu, provavelmente por causa de seus filhos…não, com certeza foi por causa de seus filhos.

A noite chegou fria. Era inverno em Storybrooke e todos os habitantes estavam apenas esperando a neve cair.

— Argh! - Exclamou Regina jogando os papéis que estavam em sua mão no chão e assustando sua filha.-Desculpe… - Pediu quando estava mais calma. - Dois anos Alycia… - Continuou em um tom mais baixo para não acordar Henry – Faz dois anos que estamos procurando e nada…

— Mama, não podemos desistir. Vamos achá-la. - Disse tentando acalmar sua mãe. Pegou as mãos de Regina e sentou com ela no sofá – Lembra quando eu descobri sobre a maldição?

— Sim… Um grande descuido meu.- Respondeu Regina com um sorriso de canto.

— Talvez sim, mas foi o melhor descuido que a senhora poderia ter feito. - Regina conseguiu abrir um pequeno sorriso no meio da angústia. - Se a senhora não estivesse tentando fazer aquela poção, eu nunca teria descoberto e convencido a senhora a se redimir.

— O que era aquela poção mesmo?

— Se a senhora não lembra, acha mesmo que eu vou lembrar? - A mais velha deu de ombros, ainda com o sorriso no rosto.

— Não sei, você sempre foi a mais inteligente…

— Bom isso eu não posso negar. - Regina apenas levantou a sobrancelha vendo a cara de pau de sua filha. - O que? Vamos admitir, o Henry pode ser o mais fofo, mas é bem burrinho. - Isso foi algo que arrancou uma leve gargalhada de sua mãe e um leve tapa em seu braço. - Ai! Eu falo apenas verdades! Eu até consegui fazer a senhora ficar amiga da senhorita Blanchard…ou Snow, como preferir. - Disse, também rindo. - E aí eu ganhei aquele livro…

— Ahh, aquele maldito livro… - Hey, não fale assim dele. O Henry ama aquele livro – Os risos cessaram depois de alguns segundos, mas os sorrisos em seus rostos ainda estava lá com essas lembranças.- Mama, nós vamos achar essa Salvadora. E quando acharmos, ela quebrará a maldição e a senhora terá a sua chance de se redimir. - O sorriso da mais velha ficou ainda maior com essa declaração de sua filha. As duas se abraçaram por um tempo e voltaram ao trabalho.

— Mama, antes que eu me esqueça, preciso te contar algo – Disse Alycia depois de alguns minutos em silêncio. - Fale minha filha.

— É que hoje na escola… O Henry – A menina ficou um pouco hesitante – Ele estava meio pálido…

— Ele anda não querendo comer, anda mais molenga e a febre no outro dia quase nos matou de susto. Eu já marquei um médico para ele amanhã. - Disse Regina claramente preocupada.

— Mama? - Um Henry de 7 anos aparece na sala em seus pijamas. - Ally?

— Henry? O que está fazendo fora da cama filho?

— Eu não consigo dormir. Não me sinto bem…

— Henry… Alycia chegou mais perto do irmão - Você está pálido… - Ela agacha na altura de Henry, junto a sua mãe e toca sua testa – E quente também… mama, acho melhor levá-lo ao hospital agora… - Disse Alycia, mas mesmo antes de terminar a frase, sua mãe já havia pegado Henry e o levava para o carro enquanto Alycia pegava seus casacos e, logo em seguida, sentava no banco ao lado de Henry.

O trajeto foi feito em silêncio, com Regina altamente preocupada com seu filho no volante e Alycia no banco de trás, igualmente preocupada, com o irmão deitado em sua perna, enquanto fazia carinho em seus cabelos negros e curtos. O hospital estava praticamente vazio, o que fez Henry ser atendido mais rápido. Regina e Alycia ficaram esperando por notícias na sala de espera. Algumas horas se passaram quando Dr. Whale entrou na sala.

— Senhoria Mills.

— O que aconteceu Whale? - Perguntou aflita.

— Ainda não sabemos.

Estamos esperando os resultados dos testes que fizemos ficarem prontos. - Podemos vê-lo? - Perguntou Alycia

— Sim, sim. Ele está dormindo pelo efeito dos remédios que lhe demos para ficar mais confortável, mas vocês podem ficar com ele. - O médico às guiou até o quarto do menino, que dormia serenamente com o rosto menos pálido. Elas passaram a noite lá, já que os resultados levariam algumas horas para ficarem prontos e já eram cinco horas da manhã. Regina havia ligado para Mary Margaret, pedindo para que levasse Alycia para casa, mas a menina não deixou isso acontecer. Disse que não sairia do lado de nenhum dos dois.

— Prefeita? - Amanheceu e Regina foi despertada de seu sono quando ouviu a voz de Whale a chamando. Viu Mary Margaret deitada encolhida em uma poltrona. Ela havia ficado lá a noite inteira com Regina, era realmente uma boa amiga e Regina tinha medo do que aconteceria quando a maldição fosse quebrada. Quando olhou para a cama de seu filho, teve que se permitir sorrir mesmo com tudo que estava acontecendo ao se deparar com uma das cenas mais lindas já vistas. Sua filha segurando a mão de seu irmão com a cabeça deitada na cama.

Ela seguiu Whale até seu consultório, após o mesmo dizer que precisavam conversar em um lugar mais privado. Regina sentou-se na cadeira em frente a mesa de Whale batucando seus dedos no braço da cadeira.

— Whale, por favor…- Ela fecha o olho e respira fundo. - Apenas me diga o que aconteceu com o meu menino…

— Regina… Não há jeito fácil de se dizer isso… mas não é bom…


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Continuo? Já digo que tenho o próximo capitulo pronto. Se gostarem, ou não, comentem!



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