Toujours Pur escrita por Pandizzy


Capítulo 7
Capítulo Seis - Capitão Potter


Notas iniciais do capítulo

Eu tentei fazer uma maratona de escrita para postar ontem, mas acabei ficando com preguiça e só terminei o capítulo agora :(

Mil obrigadas para a Nanda que me ajudou a escrever uma cena jily muito especial *-*

Aqui a linha do tempo (um texto na verdade) para os que pediram. Só tem ano mesmo porque eu não sou Carol Lair pra saber trabalhar com data.

1958 - Assassinato de Dorea e Anton Potter.
1958 - Harold Macmillan expõe o mundo mágico para o mundo trouxa
1958 - Lorde Voldemort começa seu controle do Ministério da Magia.
1959 - Nascimento de Sirius Orion Black e Lily Walburga Black
1959 - Ataque no StMungos por trouxas
1960 - Nascimento de James Potter
1964 - Execução de Fleamont e Euphemia Potter
1977 - As relações entre França e Grã-Bretanha tornam-se hostis

Ao longo que informações importantes são dadas, eu vou atualizando aqui. Não se preocupem



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Lily parou em frente a sala da Monitoria e sorriu levemente para o rosto na maçaneta e seu nariz comprido.

Senha — pediu com sua voz anasalada.

— Lula gigante — murmurou ela, fazendo uma careta. Tio Cygnus não era muito criativo com senhas e preferia se manter nas fáceis de se lembrar.

A maçaneta sorriu e girou, destrancando a porta que Lily abriu com um pequeno empurrão dos dedos. Uma lufada de ar atingiu seu rosto enquanto entrava na sala e via James Potter já presente, sentado em uma mesa vaga. Lily tentou não se surpreender, havia chegado meia hora antes da reunião em uma tentativa de se preparar, mas não imaginou que o colega monitor-chefe teve a mesma ideia.

Os pés dele estavam apoiados na carteira em sua frente e sua cabeça estava jogada para trás, a boca semi-aberta e os óculos quadrados na ponta do nariz. De início, ela pensou que ele estava dormindo, porém, ao se aproximar, percebeu que James estava bem acordado e concentrado nas constelações pintadas no teto da sala.

— Oi — disse, colocando a bolsa em uma mesa vazia. O Grifinória ergueu o rosto e sorriu, duas covinhas surgindo em sua bochecha sardenta.

— Oi — respondeu, abaixando as pernas e se ajeitando.

Lily puxou a lista de monitores entre os papéis que guardava e um calendário semanal já completo. James arqueou uma sobrancelha, interessado, mas não disse nada.

— Há quanto tempo está aqui? — perguntou ela, a voz cheia de uma curiosidade mal disfarçada. Não queria admitir, entretanto estava um pouco sentida de ter chegado ali depois dele.

— Uns dez minutos, não tenho certeza — murmurou Potter, coçando o estômago. Ele estava apenas com a camisa branca e as calças pretas, seguradas em seu corpo por um par de suspensórios negros. — Estava distraído com as estrelas.

Lily olhou para cima, sem nem tentar impedir a animação que crescia em sua barriga sempre que entrava naquele lugar. O teto era encantado para mostrar as constelações e estrelas que brilhavam naquele exato momento em um determinado ponto no céu; eles não precisavam de velas ou lumos com aquela iluminação mágica.

— Você é boa em astronomia, não é? — perguntou James, se levantando e andando até ela. Eles tinham a mesma altura, algo raro para uma garota alta como Lily. — Sabe o nome daquela estrela ali? — apontou para um ponto vermelho no canto.

— Aquilo não é uma estrela — respondeu. — É Marte.

Ah. — ele fez uma careta. — Eu sabia disso.

— Claro que sabia.

Ela deu uma risadinha e colocou a mão contra os lábios, tentando abafar o som. James sorriu, os olhos castanhos brilhando atrás da lente dos óculos e as covinhas em suas bochechas ficando ainda mais marcadas.

Ele não era o garoto mais bonito da escola ou até mesmo da Grifinória, com seu nariz comprido e mãos grandes comparadas com o resto do corpo, porém havia algo nele que fazia seus interiores se remexerem. Sem dúvida, alguma garota o achou encantador no passado.

— Eu fiz os turnos dessa semana nas rondas noturnas — disse, puxando o papel da mesa e entregando para ele. Uma ruga surgiu entre as sobrancelhas de James e ele coçou a linha de sua mandíbula. — Espero que você aprove.

Ele leu o papel com olhos concentrados e rosto franzido. Lily o observou com expectativa, sem saber exatamente o que fazer consigo mesma enquanto o esperava.

— Eu não posso nessa noite — avisou James, apontando para um quadradinho vermelho na sexta-feira escrito, com letras douradas, James F. Potter. Ela franziu o cenho.

— Por que não?

— Tenho um compromisso. — tombou a cabeça para o lado, parecia decidir qual motivo seria mais apropriado para ela. — Um encontro.

— Oh — ela sussurrou. — Tudo bem, eu troco o meu dia pelo o seu. — ela franziu os lábios e os pressionou juntos. — Mas as regras dizem que você só pode trocar uma vez por mês. Tome mais cuidado na próxima vez.

— Não se preocupe.

Lily pegou a sua varinha e tocou no papel, vendo o quadradinho vermelho se tornar verde e uma caligrafia prateada e cuidadosa marcar o centro esverdeado. Lily W. Black.

— Minhas rondas são na terça — disse, dando um passo para perto dele. — Você está disponível na terça, James? — piscou os olhos, inocente.

A porta se abriu antes que ele pudesse responder e Regulus Black entrou, as mãos nos bolsos e uma postura relaxada. Ele assobiava, mas parou assim que os viu e ergueu as duas sobrancelhas.

— Oi. — o início de um sorriso surgiu em seus lábios. — Estou atrasado?

Lily deu um passo para trás e suspirou.

—Não, Reggie. Pelo contrário. — apontou com a mão para uma cadeira vazia. — Sente-se por favor, os outros já devem estar chegando.

Regulus cambaleou em direção a mesa e se sentou, jogando o corpo para trás enquanto respirava fundo. Lily puxou outros papéis de sua bolsa e outras pessoas entravam pela porta.

Alice Fawcett, da Lufa-Lufa, andou até James, o cabelo loiro preso em um rabo de cavalo alto e usava um vestido florido por cima do corpo rechonchudo; os brincos em suas orelhas eram amarelos e redondos. Eles conversavam em voz baixa, esperando a chegada do resto dos monitores.

— Sentem-se todos — disse Lily quando o relógio em seu pulso sinalizou as dezenove horas e Daphne Abbott entrou na sala com passos cuidadosos. — Vamos começar.

Os olhos curiosos e de cores diferente se fixaram neles.

— Todos vocês devem assinar essa lista de presença — James anunciou, entregando um papel para Jack McKinnon. — Iremos reportar as faltas dessa e das próximas reuniões para o professor Black então tentem vir. — era estranho, ela decidiu, ouvir alguém se referir a Cygnus Black sem usar o primeiro nome. Os membros da Sonserina tratavam seu tio como se fosse um velho amigo e Lily não compactuava com outras casas o suficiente para falarem do diretor de Hogwarts. — Avisem aos seus amigos que não vieram para assumirem suas responsabilidades ou podem ter o título de monitor retirado. O que inclui todas as vantagens.

O papel passou de mão em mão, os alunos assinando com suas penas ou pedindo emprestado para a pessoa mais próxima.

— Essa é a primeira reunião do ano e teremos uma pelo menos uma vez por mês aqui nessa sala — anunciou ela. — Como as rondas de monitoria mudam toda semana, é imprescindível que vocês chequem os novos horários toda segunda-feira de manhã. — o papel chegou nas mãos dela e Lily desenhou um lírio negro ao invés de escrever seu nome. — Ele estará sempre na porta então não se preocupem em decorar todas as senhas.

Uma mão se ergueu entre as cabeças, hesitante e, mesmo assim, sem conseguir se controlar.

— Sim?

Era Eliza Sato, uma corvinal do sexto ano. Ela tinha cabelo curto e usava óculos de armação quadrada.

— Ano passado, se quiséssemos mudar de horário, teríamos que falar com vocês. Ainda é assim?

Foi James quem respondeu:

— Se você quiser mudar de horário, você deve pedir que alguém troque. Se ninguém quiser, paciência. — ele deu de ombros. Lily notou que, atrás da orelha de seu colega monitor, a palavra Euphemia estava tatuada com tinta esverdeada. Ela ergueu uma sobrancelha, porém não pensou muito no assunto. — Mas o professor Black disse que as regras mudaram. Vocês só podem mudar de horário uma vez por mês.

Lamentos surgiram entre os alunos. Os monitores-chefes sabiam muito bem que eles adoravam fazer proveito da possibilidade de mudança de horário para facilitar suas vidas. Ela revirou os olhos.

— Fiquem quietos — continuou James, sem realmente conseguir chamar a atenção dos colegas. — Vocês todos podem reclamar para o professor Black, não para gente.

Lily aproveitou o momento de confusão para analisar a lista de presença. James ainda precisava assinar, mas mesmo assim ela podia ver que alguns nomes faltavam. Ariel Mulciber, por exemplo.

Ela quase conseguia imaginá-lo dormindo em paz em sua cama, sem nem considerar a ideia de atender as reuniões. Como ela poderia ter namorado alguém como ele ainda era um mistério.

A reunião continuou sem maiores problemas. Lily deu seus recados e James deu suas broncas, principalmente para uma dupla risonha de Corvinais que estavam determinadas a encontrar os melhores adjetivos para descrever o cabelo bagunçado dele.

Quando tudo acabou e os monitores se levantaram para voltarem a suas salas comunais, Lily preferiu ficar e arrumar suas coisas com mais paciência e cuidado.

— Você não vem? — perguntou James, as mãos nos bolsos.

— Daqui a pouco — respondeu, batendo os papéis na mesa para que eles se juntassem em um bolo só. Ela ouviu o barulho da porta se abrindo e fechando, indicando que ele havia saído.

Lily ajeitou sua bolsa em seu ombro, rapidamente saindo da sala e sentindo seus olhos pesarem de sono. Não havia dormido bem na noite anterior; memórias, reais ou inventadas, escapavam do alcance de sua mente quando tentava lembrar-se dos pequenos cochilos que tirou. Tinha a ligeira impressão que havia sonhado com sua infância, apesar de não ter completa certeza. Após almoçar, foi direto para a biblioteca no intuito de revisar a matéria do dia, e ainda chegou em cima da hora para a reunião.

Distraída por seus pensamentos, ela conseguiu ouvir o andar de alguém correndo atrás dela, postando-se ao seu lado.

— James — disse, surpresa com a situação. — Creio que o dormitório da Grifinória não seja nessa direção.

Ela o observou enquanto ajeitava seus óculos na base do nariz e dava um sorriso torto, enfiando a mão no bolso da calça abarrotada.

— Creio que esteja correta, Lily — rebatou, calando-se em seguida e a seguindo pelos corredores, esperando ao seu lado por uma escada retornar ao seu lugar. — Decidi te acompanhar no último minuto. Quem disse que o cavalheirismo está morto?

Ela sorriu e continuou seu caminho, absorvendo em silêncio toda aquela situação.

A proximidade fez Lily sentir-se confortável. James exalava calor e confiança, além de sorrir e andar do mesmo jeito que Sirius fazia. Era reconfortante, de certa maneira, ter alguém como ele perto de si.

— Estive pensando...

— É daí que vem a fumaça? — provocou. Estava ansiosa após sua descoberta, observando cuidadosamente cada um dos amigos do irmão atrás de qualquer indicação de algo, seja lá o que fosse, que confirmasse sua descoberta. Ela não poderia ter alugado todos aqueles livros de licantropia na biblioteca à toa, afinal.

— Você é engraçada — ele comentou, os pés rítmicos descendo a escada enquanto tentava alcançá-la naquele caminho desconhecido. — De qualquer forma, Sirius me contou sobre o fora que você deu no Ranhoso quando ele pediu para ir a Hogsmeade com você.

— Ele é fofoqueiro, não?

Ele bufou, apertando o passo ao seu lado. James passou a mão cor de terra pelo cabelo negro, bagunçando-o com vontade.

— Nem me diga — disse. — Voltando ao assunto, fico feliz que tenha recusado.

— Também. Consegue imaginar, eu como senhora Severus Snape?

— Seria engraçado. Um escândalo, claro, mas engraçado. — ele fez um bico. — Imagino que você não conseguiria o convencer a lavar aquele cabelo.

Lily riu baixo, virando em um corredor com quadros renascentistas. James ficou quieto e mordeu o lábio inferior, os dentes brancos e bem alinhados.

— Então… — começou ela. Não sabia o que dizer. — Como está o seu tio?

— Bem, obrigado por perguntar. — franziu o cenho. — Tão bem quanto se pode ficar nessa época do ano.

Ela sabia do que ele estava falando. Havia sido em setembro, afinal, que Dorea Potter e seu filho foram brutalmente mortos por trouxas.

— Eles eram seus primos — disse James. — Como você está?

— Eu nunca a conheci — respondeu. — Tudo aconteceu quando minha mãe ainda estava grávida de mim e Sirius. Não acho que seria justo para seu tio se eu ficasse de luto.

Ele apertou os olhos, parecia estar pensando. Lily desejou, não pela primeira em sua vida, que fosse capaz de ler mentes para saber o que acontecia na de James Fleamont Potter.

— Dorea teria cinquenta e três agora e Anton teria vinte e quatro.

Lily já havia visto uma foto de Anton em um álbum de fotos de sua mãe. Ele tinha cabelo loiro e olhos castanhos iguais ao de James, o rosto para sempre congelado na idade de sete anos.

— Vamos mudar de assunto? — pediu.

— Claro — suspirou, olhando para seus sapatos.

Eles ficaram quietos e Lily sentiu a culpa se encher. Alguém não simplesmente lembrava outra pessoa da tia e do primo mortos sem se sentir culpado. Ela tentou pensar em qualquer coisa para dizer que pudesse melhorar a situação, mas James foi quem quebrou o silêncio, novamente:

— Eu tinha uma queda por você no quinto ano — desviou o rosto, incapaz de olhá-la nos olhos. — Um precipício na verdade, escrevia seu nome nos meus pergaminhos como um tolo apaixonado.

Lily abraçou seu próprio corpo e o observou com olhos atentos. Sua voz transbordava sinceridade e suas bochechas coradas indicavam constrangimento em admitir isso para ela.

Era verdade, então.

— Mas você nunca disse nada — sussurrou. — Ou fez qualquer coisa. Por quê?

James deu um sorriso triste e passou a mão no cabelo.

— Por causa do Sirius. — ela franziu o cenho, confusa. — Ele não falava muito sobre você, apesar das perguntas incessantes de Peter e eu, mas sabíamos que ele não gostava da atenção que você recebia dos meninos e achei que ele ficaria muito irritado se descobrisse.

Lily deu um sorriso afetuoso ao ouvir suas palavras. Sirius parecia que não conseguiria apagar a imagem que tinha dela; dez anos, dentes da frente separados e maria-chiquinhas no cabelo.

— Imagino que ele suspeitava de como eu me sentia, mas como não podia provar. — deu de ombros. — Nunca disse nada.

— Ele deveria ficar feliz, não? Quer dizer, a irmã dele e o melhor amigo juntos. — perguntou. James ergueu o rosto, surpreso, e as bochechas dela se esquentaram. Havia falado demais. — Isso o tornaria irmãos.

Ele hesitou. O corredor estava quieto.

— Difícil de saber — murmurou. — Sirius é uma força imprevisível da natureza.

Eles pararam de andar quase que imediatamente e Lily tomou conforto ao olhar ao redor e ver as paredes familiares e úmidas que cercavam a entrada para a Sala Comunal da Sonserina. Ela se virou e sorriu ao ver as bochechas ainda vermelhas de James Potter. Era difícil ver Grifinórios envergonhados.

— Está entregue, madame — disse ele, balançando a cabeça em uma tentativa de disfarçar a situação estranha. — Meu trabalho aqui acabou.

Ela não respondeu, preferindo entrar em sua Sala Comunal e deixando James para voltar em paz para a Torre da Grifinória.

***

James Potter tem uma tatuagem com o nome de sua mãe, Euphemia, atrás da orelha.

Ele ainda parece sentir a morte de seu primo e tia.

Mais informações serão mandadas na carta adjacente.

Lily W. Black

***

Schuller ronronava enquanto Lily passava o dedo em sua cabeça, ouvindo as vibrações de sua garganta como resultado de sua carícia. O gato tinha seus olhos fechados e se apoiava no peito dela, tentando marcá-la como sua.

Ela começou a cantarolar a nova música das Goblins Pixies sem pensar.

— Opa — disse Marcus, sentado no chão e com um livro de Runas Antigas aberto no colo. — Vejo que o bom humor que certo alguém teve ao acordar continua firme e forte.

Lily deu uma risada.

— Eu tive uma boa noite de sono — explicou, estampando um beijo no pescoço de Schuller. — Não é mesmo, Schu-schu?

O tio de Lily, Alphard, havia lhe dado uma escova para gatos com pêlos de unicórnio e ela já havia dado quase cem escovadas em Schuller, deixando sua pelagem macia e lustrosa.

Eles estavam na Sala Comunal e as sereias no lago acenaram animadamente para um menino do primeiro ano.

— Você chegou tarde ontem — comentou Avery. — Tentei te esperar, mas fiquei cansado e fui dormir.

Ele estava fazendo uma redação, notou, explicando a diferença entre runas antigas e letras.

— A reunião demorou mais do que eu esperava. — Schuller se sentou no colo dela, piscando os olhos amarelos com preguiça.

— É, eu sei, mas o Regulus chegou quando eu ainda estava acordado e eu sei que ele não sai das coisas antes que elas acabem. — Marcus tombou a cabeça. — O que aconteceu?

As bochechas de Lily se esquentaram. Ela deveria estar tão distraída com suas conversas com James Potter que nem percebeu a demora em chegar nas masmorras.

— Eu só demorei — mentiu, não queria dividir uma memória doce com Avery. Ele poderia ser o mais legal do seu grupo de amigos, porém ela sabia que ele fazia tudo que Mulciber queria como um cachorrinho apaixonado, incluindo informá-lo sobre a vida amorosa de sua ex-namorada. — Fiquei distraída.

— Hum. — ele não parecia acreditar nela.

A porta da Sala Comunal se abriu e Regulus Black entrou, resmungando para si mesmo enquanto arrastava sua vassoura nova atrás de si e pingava lama no chão. Ele estava usando sua roupa para treinar e havia um corte em sua bochecha.

— Então está chovendo lá fora? — questionou Marcus, um brilho brincalhão em seu rosto.

Regulus apenas lhe lançou um olhar de ódio e se jogou no sofá ao lado de Lily, sem se importar com sua sujeira ou qualquer outra coisa.

— Está tudo bem, Reggie? — perguntou ela, abraçando Schuller contra seu peito; não queria que ele tocasse na lama.

— Não — respondeu, fechando os olhos. Regulus costumava usar o cabelo curto, mas agora ele caía em seus olhos sem preocupação. — Eu odeio o Potter.

— O que aconteceu?

— Nós estávamos lá no campo, treinando, quando Potter chega com seus amigos e diz para sairmos — reclamou. — Ele até tinha um bilhete da McGonagall dizendo que o campo era da Grifinória por hoje.

— A nossa vice-diretora é bem tendenciosa — comentou Avery.

— Não se preocupe — disse Lily, tentando amenizar a situação. — Vocês podem ter o campo amanhã.

— Amanhã é da Lufa-Lufa! — ralhou Regulus e, tão rápido quanto ele disse, arrependimento encheu seu rosto. — Desculpe. Eu não quis gritar.

Ela não disse nada e seu irmão mais novo fez um bico.

— Como você ganha de uma concorrência, lírio? — perguntou, estendendo a mão e segurando os dedos dela. — Como você derrota alguém que está no seu caminho para ser o melhor?

— Eu não tenho concorrência — respondeu com um sorriso arrogante. — Eu sou a melhor.

Regulus bufou. — Eu sei, mas e se tivesse? O que eu preciso fazer para acabar com a competição?

Lily tombou a cabeça, pensando. Quando uma ideia surgiu em sua mente, ela abriu um sorriso maldoso.

— Não há competição se você os eliminar — respondeu.


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