Day After Day escrita por nywphadora, ProngsJackson, nywphadora


Capítulo 1
Prologue


Notas iniciais do capítulo

O Fanctions tweetou: "uma fic que james potter, de alguma forma, entra em um loop de tempo infinito e faz com que ele viva todos os dias o mesmo dia" e nós resolvemos desenvolver a ideia. Será uma shortfic, esperemos que vocês gostem ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/732906/chapter/1

James Potter estava deitado em sua cama, olhando para o teto do dormitório masculino. Aquele dia tinha sido bem estressante. Nada de novo tinha acontecido, contudo, pois as suas brigas com Lily Evans já não eram mais uma novidade, e a causa delas tampouco: Severus Snape. Mas parecia que dessa vez o sonserino tinha passado dos limites, quando insultou a sua não mais melhor amiga, chamando-a de sangue ruim. Virou-se outra vez na cama, e escutou um suspiro frustrado vindo da cama ao lado.

— Caramba, Prongs, vá dormir! — escutou o resmungo vindo de Sirius, que tinha o rosto escondido no travesseiro.

Ao contrário do que o amigo pediu, James decidiu levantar-se de uma vez. Não conseguiria dormir tão cedo, embora não entendesse o porquê de sua agitação. Era uma briga como todas as outras, certo? E não era a primeira vez que Lily o olhava com desgosto, ou jogava em sua cara que não gostava dele como ele dizia gostar dela. Como ele gostava.

Não pegou a capa nem o mapa, já que não planejava sair pelos corredores de Hogwarts, o que geralmente fazia naqueles momentos, mas não sentia vontade de fazê-lo.

Olhou para o dormitório mais uma vez antes de sair e descer as escadas em direção ao Salão Comunal. Sua intenção era somente tomar um copo de água e observar as chamas da lareira, relaxar um pouco, mas acabou escutando uma conversa enquanto descia.

— O que ele disse?

A voz feminina não era desconhecida para ele. Na verdade, tinha passado a escutá-las muitas vezes, dirigindo palavras não muito agradáveis em defesa de Lily. Era Mary MacDonald, a melhor amiga da ruiva.

Por entre a fresta aberta da porta, que permitia a entrada de um pequeno feixe de luz em sua direção, viu como as duas garotas estavam sentadas ao sofá do Salão. A postura delas demonstrava que era um assunto delicado, Mary parecia ligeiramente mais nervosa que Lily, como se tivesse feito algo que não agradou a outra.

— Que não queria ter dito aquilo — respondeu Lily, e ele pôde vê-la revirar os olhos, do jeito que era característico dela.

— Ele parecia arrependido — disse Mary.

James não demorou a entender de quem se tratava a conversa.

— Bem, é isso o que ele sempre faz, não é mesmo? — perguntou Lily, irritada — Arruma algum modo de me magoar e depois vem pedir desculpas, como se isso não fosse se repetir, mas sempre se repete.

As duas ficaram em silêncio, observando as chamas da lareira, como James tinha desejado fazer, ao descer as escadas.

Após alguns minutos, viu Mary se levantando do sofá e rumando em direção aos dormitórios femininos.

— Acho que já vou indo me deitar, você vem? — perguntou à ruiva.

— Vou ficar aqui mais um pouco, estou com muita coisa na cabeça — respondeu dando uma risada fraca. — Boa noite, Mary.

— Boa noite, Lily. — respondeu a garota de cachos escuros, sumindo de vez.

Naquele momento, James agradeceu pelas escadas do dormitório feminino serem do outro lado, ou teria sido pego espiando a conversa delas, e não seria uma descoberta muito boa para quem estava dormindo.

Lentamente, ele empurrou o que restava da porta. Como estava sendo silencioso, não foi escutado por Lily, que parecia ocupada observando as suas unhas das mãos, colocadas sobre o seu colo. Ao pisar em um dos últimos degraus, que rangia, ela olhou para trás, exatamente em sua direção.

— Você não pode sair a essa hora, Potter — ela disse, rispidamente — Só monitores podem estar lá fora agora.

— Boa noite para você também, Lily — ele respondeu, cansadamente — Vim pegar um copo d’água. Posso?

Lily deu as costas para ele, cruzando os braços.

— Dia difícil? — James tentou puxar conversa, enquanto enchia o copo.

Péssima ideia.

— Como se você não soubesse... — ela debochou.

Ele se estapeou mentalmente. Que jeito de começar...

Enquanto bebia da água, procurou por outra maneira de quebrar aquele silêncio incômodo.

— Por sua culpa, agora eu não tenho mais o meu melhor amigo — disse Lily.

Aquele tom de voz fez com que ele quase acreditasse que era mesmo sua culpa, e isso irritou-o. Como que ela conseguia convencê-lo mesmo das coisas mais erradas?

— Minha culpa? — James repetiu — Que eu saiba, eu não o obriguei a te chamar daquilo. Ele disse porque quis. Já escutou o que ele disse, ele não precisa que você o defenda.

Lily levantou-se de seu lugar, parecendo indignada.

— Se vocês não o incomodassem tanto, ele não seria desse jeito! — reclamou.

— De que jeito? Um assassino? — as palavras escaparam da boca de James sem que pudesse evitar.

Ela estremeceu, olhando ainda mais irritada para ele.

— Eu sei o que você está querendo dizer — sussurrou, quase que petrificada — Acusar uma pessoa sem provas é crime, Potter.

— Impressionante como você o defende mesmo depois de tudo o que ele te disse! — gritou James, sem conseguir evitar.

— O que ele me disse não se compara ao que você tem estragado na minha vida desde que eu te conheci! — gritou Lily com mais raiva ainda.

Aquelas palavras doeram.

Quer dizer, ele incomodava a ruiva um pouco, fazia algumas brincadeiras… Mas comparar ao que Snape tinha dito? Aquilo já era demais!

Ficou parado por uns segundo, quase que em choque, mas voltou à realidade com as palavras da ruiva:

— Eu estou tão cheia de você, Potter — rosnou Lily — Mas tão cheia!

Ela pegou a sua mochila de cima da poltrona e esbarrou propositalmente nele, ao passar do seu lado.

— Lily, espere! — na falta do que agarrar, ele puxou a alça de sua mochila.

Ela puxou a mochila de volta, com quase a mesma força. Conseguiu seguir o seu caminho sem que ele a seguisse, mas, naquela pequena briga, um objeto de vidro escorregou de dentro de um bolso aberto.

James pôde ver apenas a luz da lareira refletir na superfície transparente. Quando entrou em contato com o chão, não escutou o som do vidro quebrando-se, mas os pedaços espalhados pelo chão trouxeram uma sensação de magia, que ele jamais pensaria que um objeto tão pequeno seria capaz de trazer.

Sentiu toda a sua visão ficar borrada, como se os seus óculos tivessem sido retirados de seu rosto. E então ele desmaiou.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!