P.O.V. Doutor Green.

Saber que bruxas existem, que mutantes existem, que anjos existem isso é uma descoberta científica incrível.

—Me fale mais sobre você Lucy.

—Então, agora você acredita?

Ela deu risada.

—Vai se catar seu imbecil. Você e a sua gentinha me taxaram de doida a minha vida toda e agora você quer pagar de bonzinho? Agora você quer saber? Só que a situação é diferente agora, porque agora você quer ouvir, mas eu não quero falar.

Ela cruzou as pernas e ficou cantando e dando risada. Então,a porta estourou. E então lá estava aquela mulher de vestido e cabelo preto.

—Doutor Richard Green. Famoso psicólogo e psiquiatra. Finalmente nos encontramos.

—Quem é você?

—Eu atendo por diversos nomes, mas nenhum deles você é digno de pronunciar.

Ela sorriu e todo o rosto dela mudou e ela me atacou.

—Não se preocupe, eu não vou matar você. Não agora, não assim, não na frente da minha filha. A minha criança, que me foi roubada!

—Roubada?

—Assim que você nasceu, eles te levaram. Eu procurei você querida, incansavelmente, meus feitiços de localização não funcionavam você era muito poderosa. Ainda é.

—Eles quem?

—O priorado de Sião. 

Mais tarde naquela noite eu fui dar uma volta pela floresta que circunda a escola,então meus dois cães estavam atrás dela. Sentados.

—Eles são criaturas lindas. Eles são seus?

—Sim senhora.

—Porque você veio pra esse lugar doutor? Para a escuridão da floresta?

—Eu quero ajudar as pessoas com problemas mentais.

—Não há pessoas com problemas mentais aqui. Aqui há apenas a morte.

Meus cães mataram os outros médicos que estavam comigo, para espairecer.

—Tolos! Essa é a minha terra! É a minha filha. Vocês a trancaram, a jogaram nesse maldito pântano.

Então ela se voltou para mim.

—Por favor, pelo amor de Deus.

—Rezar não vai ajudar, meu amigo. Até o seu Deus sabe que não deve ameaçar a minha criança.

Ela tocou minha testa e eu comecei a comer vermes. Eu comi vermes e mais vermes então voltei para Sword and Cross.

P.O.V. Diretora Carslile.

Estavam todos os alunos no refeitório quando o psiquiatra da instituição vem correndo.

—Ela os matou. Ela matou todos eles.

—Quem matou o que?

Perguntou uma aluna. A bruxa.

—Sua mãe. Ela matou os médicos, todos eles.

—Como sobreviveu?

—Ela mandou uma mensagem para a nova Diretora.

O homem começou a passar mal. Lucinda gritou:

—Todo mundo pra trás!

Ele explodiu, as tripas dele ficaram espalhadas pelo refeitório e pela minha cara.

—A maldição da fome pelo que rasteja. Essa é a que eu mais odeio.

A bruxa mãe apareceu.

—Gostaram da minha mensagem? É isso o que acontece com quem machuca a minha criança. Eu vou destruir todos que tentarem machucá-la. Ninguém machuca a minha filhinha e vive.

—Meus pais. O que aconteceu com meus pais?

—Eles ainda vivem. Eu só não os matei porque sabia que isso a magoaria.

—Obrigado.

—Eu trouxe um presente. Eu o guardei comigo durante todos esses anos, e agora ele é seu.

—Eu tenho meu próprio grimório.

—Esse é o grimório de Abramerin, está na nossa família a gerações sem fim. É uma arma poderosa, a maior arma contra as forças das trevas que já foi inventada.

—Amara Abramerin a primeira bruxa da sua linhagem. Ela já morreu a milhares de anos.

—Mas, o grimório dela ainda está aqui. Seus feitiços ainda funcionam.

—Você é uma bruxa também?

—Claro. Sou a Rainha Katherine Abramerin e você é a Princesa Lucinda Abramerin.

—Princesa? Tipo, da realeza?

—A realeza das bruxas. A família Abramerin descende dos primórdios da bruxaria, eles estão no poder desde que eu consigo me lembrar.

—Quem é você menino?

—Sou Daniel Grigori.

—Você é um deles? Uma das malditas abominações criadas pela bruxa Ester?

—Não. Eu sou um anjo.

—Um soldadinho. Interessante. E o que você quer da minha filha?

Ela olhou nos meus olhos.

—Se importa com ela. Está gostando dela,não é mais que isso. Você a ama. Uau! Eu não vi essa chegando.

Ela riu.

—Que casal mais inusitado. Um anjo e uma bruxa.