P.O.V. Daniel.

Ela veio á festa do Roland, bom na verdade ela dominou a festa do Roland.

—Você tem que me ensinar a dançar assim.

—Claro. Quer ver uma coisa interessante?

—O que?

Elas se aproximaram da fogueira.

—Eu sou uma bruxa. Eu tenho magia, eu nasci com magia. Ta no meu sangue, corre pelas minhas veias.

Vi nitidamente a figura do dragão se formar na fogueira.

—Maneiro.

—Achei que diria isso.

—Os seus pais sabem?

—Sabem, mas não acreditam por que acha que eu to aqui? Eu sou adotada.

—Adotada?

—Meus pais são mortais. Eu sou a primeira Merliniana, sou descendente de Merlin e de Jesus.

—Jesus?

—Jesus é ancestral de Merlin, ele era... um de nós. Um dos mais poderosos que já houve.

—Jesus era um bruxo?

—Era.

—Porque estamos sussurrando? 

—Porque estamos na Sword and Cross. Estamos literalmente entre a cruz e a espada. O povo deles caça o meu desde que conseguimos nos lembrar. Vem vamos dançar.

Todd abordou Pen e eles começaram a conversar.

—Penn, não pode contar pra ninguém. Sério. Essa gente... nem sei o que fariam comigo se soubessem.

—Tudo bem Luce. Eu não conto pra ninguém. Prometo.

—Sabe, quando se ajuda alguém como eu... pode fazer um pedido.

Disse Luce sorrindo para Penn e se afastando. Ela ficou lá dançando sozinha como se não ligasse de estar sozinha.

Os garotos da Sword and Cross ficaram todos babando, ficaram vendo ela dançar como se fosse a coisa mais linda do mundo.

Ouvi o Tod falar:

—Vocês são descoladas, vocês não se esforçam pra serem descoladas. Vocês são descoladas.

—Eu acho que sou a D.U.F.F. da Lucy.

—D.U.F.F.? 

—Designated Ugly Fat Friend. A amiga feia e gorda.

—Você não é feia e gorda. Aposto que a Lucy não acha isso.

—Eu ainda tenho meu pedido. Lucy!

—O que?

—Eu já sei o que eu quero.

—E o que é?

—Me faça ser bonita.

—Mas, você é bonita. Além do mais eu posso fazer sua beleza sair sem usar você sabe o que. Vem comigo.

P.O.V. Penn.

Ela me vestiu com um de seus vestidos, fez maquiagem em mim, me colocou lentes de contato e me maquiou.

—Uau! Você... tá um arraso. Olha.

—Nossa! Nem parece que sou eu.

—Você é linda. De dentro pra fora. Vamos.

Nós voltamos pra festa e o Tod ficou até meio sem jeito. A Molly foi encher o saco da Lucy.

—Uau! Como conseguiu transformar a Penn feia numa Cinderela?

—Ela não é feia. Você é que é feia, muito feia. Por dentro e por fora.

Começou a tocar uma música lenta e eu dancei com o Tod. Lucy sorriu pra mim e levantou o copo.

—Posso ter essa dança?

—Claro. Eu pensei que nunca fosse pedir.

Ela conseguiu pegar o Daniel Grigori na primeira festa? Cara, ela é boa.

P.O.V. Daniel.

Ouvi ela dar risada.

—Qual é a graça?

—Nada. Só uma coisa que eu ouvi. Á propósito, não deixa ela fazer sua cabeça não. Deus se orgulha de você, eu me orgulho de você.

—Do que está falando?

—Tudo bem Daniel. Eu sei.

—Sabe de que?

—Sobre você e a Senhora Sophia, a Ariane, o Cam, o Roland eu devo admitir que já vi muitos seres sobrenaturais na vida, mas anjos... to chocada.

—Está delirando.

—Tudo bem. Quando decidir ser honesto comigo, estarei bem aqui.

Ela beijou minha bochecha e saiu.

—Penn, eu vou voltar pro quarto. Tenho que descansar, amanhã vai ser uma noite daquelas.

—Tá. Quer que eu vá com você?

—Não. Divirta-se.