Fallen Angels escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 19
Pior decisão de todas




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P.O.V. Alex.

Eu estou aqui frente a frente com o prefeito implorando pra ele não cortar o Nemeton.

—Não corte a árvore. As consequências serão catastróficas.

—É só uma árvore.

—Não. É um Nemeton. Não corte o Nemeton.

—É um pouco tarde. As equipes de podadores já foram para o centro da cidade e a árvore já deve estar no chão.

Eu sai correndo e cheguei bem a tempo de ver a árvore ser cortada.

—Nãaao! O que vocês fizeram?! O que fizeram?!

—Cortamos a árvore.

—Que Deus os ajude.

P.O.V. Tod.

Eu sou operário, trabalho pra prefeitura. Quando cortamos uma árvore a filha do anjo, o Grigori se desesperou e assim que a árvore veio a baixo ela ficou olhando para o que sobrou do tronco como se estivesse vendo algo que ninguém mais podia.

—Meu Deus. Isso vai ser um pandemônio.

—Só cortamos uma árvore.

—Não. Vocês cortaram a árvore mais antiga dessa cidade, meus ancestrais plantaram ela, ela era o ponto de rituais dos bruxos mais antigos que já existiram. Cortando a árvore vocês liberaram uma quantidade enorme de magia e agora ela vai querer vingança. E tudo isso é culpa de vocês. Mortais idiotas.

P.O.V. Romeu.

Estava em reunião com os meus associados quando ela entra pela janela.

—Alex?

—Vocês tem que sair da cidade o quanto antes.

—O que? Porque?

—Nemeton cortado, magia liberada, ancestrais bruxos raivosos em busca de vingança. A cidade vai pro saco.

De repente tudo começou a tremer.

—Começou. Tarde demais pra correr. Raça burra, mortais idiotas. Eles nem fazem ideia do que libertaram.

—O que eles libertaram exatamente?

—Tamara.

—Vou tentar conversar com ela, afinal... isso é um assunto de família.

P.O.V. Tamara.

Eu estive presa por tanto tempo, mas agora estou livre e terei o que é meu por direito. Aquilo que o meu pai me negou quando seu bastardo nasceu.

Os mortais tinham coisas que piscavam e me apontaram coisas.

—Parada! Mãos na cabeça.

Eu não conseguia compreender. Tentei me comunicar com eles, mas eles não me entenderam.

—Chame alguém de linguística aqui.

—Não precisa. Saiam, eu vou falar com ela. Tamara! Eu sou Alexandra Price Grigori. Sou sua descendente.

Finalmente alguém que falava a minha língua.

—Onde estamos?

—Londres. Estamos no ano de dois mil e dezessete.

—E Asheron? Kemet? Estamos em Kemet?

—Não. Estamos em outro continente. Kemet agora é o Egito e Asheron foi destruída.

—Asheron foi destruída?

—Sim. As tribos bárbaras botaram a cidade á baixo.

—E onde estão essas tribos?

—Mortas. Você ficou fora por seis mil anos, as coisas mudaram.

—Então devemos mudar de volta.

—Não. Isso não pode acontecer Tamara. A natureza é cíclica, o mundo gira em sentido horário, o relógio só vai pra frente. Se você quiser, eu posso levar você de volta.

—De volta? De volta pra onde?

—Para Asheron.

—Como?

—Você tem seus poderes. Eu tenho os meus. Se prometer não ferir essas pessoas, eu levo você de volta.

—E se eu não quiser voltar?

—Então vai ter que se adaptar ao mundo. Eu posso te ensinar.

—Você é uma bruxa necromante de Asheron. O mundo devia estar aos seus pés.

—Não. Não Tamara, nós vivemos para servir. Para ajudar, para salvar.

Ela deu um passo á frente.

—Você quer me controlar?

—Não. Quero te ajudar, quero que você se ajude. Deve escolher ou fica e me deixa te ensinar ou volta para o tempo ao qual pertence.

Mais um passo á frente.

—Está com medo?

—Temo por eles. Não por mim.

P.O.V. Oficial Jones.

Elas estavam conversando, estavam falando entre elas um dialeto, uma língua desconhecida.

A linguista finalmente chegou.

—Que raio de língua é essa?

—Não sei. Parece egípcio antigo, mas não é.

A mulher, Tamara falou alguma coisa para a linguista.

—O que ela quer?

—Que vocês calem a boca.

Falou a Princesa Alexandra. Então, ela voltou a falar com Tamara.

—Já tomou sua decisão?

—Eu quero o que é meu. Quero a minha coroa.

—Então você quer voltar?

—Sim.

—Tudo bem. Então a gente volta.

A Princesa se aproximou da entidade e lhe estendeu a mão.

—Hora de ir pra Casa Princesa.

Logo tudo ao nosso redor começou a se mover. Vertiginosamente rápido.

Eu vi as edificações se desfazendo, as coisas mudando como se tudo estivesse acontecendo de trás pra frente.

De repente, parou.

—Chegamos. Reconhece?

—Como poderia esquecer.

—Quer dividir?

—Dividir?

—Contar o que aconteceu. Talvez ajude.

—Meu pai me prometeu o Trono e tirou-o de mim quando aquele bastardo nasceu.

—Sociedade machista. Saquei. Bom, dessa vez você não tá sozinha. Estamos nessa juntas.

 


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