Fallen Angels escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 14
Voltando para casa




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P.O.V. Francis.

Ela chegou, mas as asas estavam recolhidas.

—Princesa.

—Eu vim me despedir.

—Se despedir?

—É hora de voltar pra casa. Eu já alterei a linha do contínuo espaço tempo mais até do que devia. Lembrem-se sempre que a intolerância gera sangue e que a ignorância é que trás o caos nunca o conhecimento. Não façam aos outros o que não desejam para si mesmos, porque... a natureza é toda equilibrada, vocês nobres gostam muito de brincar com o equilíbrio da natureza, de puxar o pêndulo todo para o lado dos gritinhos e sorrisos, mas quando o pêndulo bater de volta...

O pêndulo na mão dela voltou e bateu na minha cara.

—Ai.

—Exato. Vai doer de um jeito que vocês se quer podem imaginar, então eu aconselho cautela na tomada de decisão porque nada fica enterrado para sempre, mais cedo ou mais tarde... nesta vida ou na próxima tudo volta.

Ela girou o colar que estava sempre em seu pescoço e sumiu.

—O que ela quis dizer? Porque isso?

—Acho que foi um aviso. Foi pra isso que ela veio, ela era uma mensageira.

—E que mensagem sua filha trouxe?

—Pra mim? Esperança. Pra vocês acho que ela estava falando da lei do três vezes três.

—Lei do três vezes três?

—É uma lei de Deus, do Universo que ele criou e ninguém está imune. 

—Em que consiste esta lei exatamente?

—Todos os seus atos trazem consequências, se você lança o bem ele volta multiplicado por três e se você lança o mal ele também volta em triplo. Tudo volta em triplo.

Paris tempo presente.

P.O.V. Daniel.

Lucy está desesperada, ela não dorme, não come, não pensa em nada que não seja a nossa filha. Eu sei o que ela fez, só não sei como ela fez.

Essas memórias novas, o fato de eu tê-la conhecido antes dela ter se quer nascido.

—Lucy, ela está bem.

—Como tem tanta certeza?!

—Eu... eu a conheci. Antes de sua concepção.

—O que?

—Mãe?

—Alexandra! Minha filha.

—Caramba mãe! Você tá horrível.

Elas se abraçaram e quando se afastaram Lucy notou um colar no pescoço de Alex.

—Onde arrumou esse colar?

—Eu achei numa caixa lá no sótão. Achei tão lindo e trouxe comigo para a viagem.

Lucy voltou a comer e recobrou as forças.

—Porque não me perguntou sobre ele?

—Eu achei que fosse só um colar, mas ele é mágico mamãe! É mágico.

—Eu sei.

—Tá brava.

—Você alterou a linha do contínuo espaço tempo de um jeito que você nem imagina!

—Eu... foi um acidente. Eu não queria que acontecesse, só meio que aconteceu.

—Meio que aconteceu?! Anjos são tratados como Deuses, a Igreja Católica está largada ás traças. A Catedral de Notre Dame deixou de existir! Várias igrejas simplesmente foram apagadas da existência!

—E porque você tá tão revoltada? Elas seriam construídas com dinheiro roubado do povo!

—Você mudou o rumo da guerra!

—Guerra?

—A guerra entre o céu e o inferno! Lúcifer ainda está vivo!

—E? Posso matar ele de novo.

—Não precisa. Ele voltou para o inferno para punir os maus e como resultado uma horda de demônios rebeldes e revoltados estão por ai possuindo e matando gente inocente!

—E daí? Podemos mandar eles de volta.

—O conhecimento disseminado mudou o mundo. De um modo que você nem imagina.

—Que modo?

—Olhe em volta. Olhe para o quarto.

P.O.V. Alex.

O quarto havia mudado. Parecia mais... tecnológico.

—O que aconteceu?

—Você aconteceu. Quando disseminou o conhecimento retido na biblioteca do Vaticano você elevou o nível de evolução do planeta.

—E o que é Abrasax?

—Os Abrasax são uma família muito poderosa, uma das mais poderosas do universo, depois que você alterou o nível de evolução da Terra eles vieram pra cá.

—Porque?

—Negócios.

Eu fui para o jardim do Hotel, havia uma criação de abelhas lá.

—Que loucura. Como é que eu to fazendo isso?

Eu estava tipo controlando as abelhas.

—Alteza.

O apicultor ficou de joelhos diante de mim.

—O que? Peraí que história é essa de Alteza?

—Você nunca foi picada por uma abelha foi?

—Não.

—É porque as abelhas foram projetadas geneticamente para reconhecer a realeza. Por isso elas a obedecem.

—Realeza? Claro, eu sou Princesa porque o meu pai é tipo o Rei dos anjos ou era até cair.

—Abelhas não são como pessoas. Elas sentem, não questionam nem duvidam, não são como os humanos. Elas não mentem.

—E você de onde você veio?

—Eu sou Seth, eu vim de Orus assim como a família Abrasax.

—Orus?

—Outro planeta.

—Uau! Isso é mesmo incrível.

Logo fomos atacados e as abelhas voaram pra cima dos agressores. A última coisa que eu me lembro é de acordar flutuando.

—Ai Meu Deus!

—Boa noite Alteza, eu sou Sandy, sua presença de quarto. Por favor, permita-me ajudar.

Logo eu estava no chão.

—Estou de vestido?

—Só queremos ajudar.

—Onde estou Sandy?

—Aqui é o Alkasar de Kalique Abrasax. Segunda primada da Casa Abrasax.

—O que diabos é um Alkasar?

Uma mulher apareceu.

—Um nome sofisticado para palácio. Eu sou Kalique.

—Porque você me sequestrou? Mandou aqueles homens me atacarem?

—Não. Eu te sequestrei para impedir que a capturassem Alteza.

—O que foi? 

—Perdoe-me por encarar, mas é impressionante.

—O que?

—Como um povo tão subdesenvolvido como o seu pode gerar descendentes tão belos.

—Obrigado. Eu acho.

—Venha comigo.

Ela me levou para uma sala cheia de velas onde havia uma estátua minha.

—Sou eu?

—Sim, Alteza.

—Você é uma vampira?

—Não. Sou tão humana quanto você, mais até. Entretanto somos diferentes por conta da tecnologia e do conhecimento. O que vocês chamam de reencarnação, nós chamamos de recorrência. Diga-me quantos anos acha que tenho?

—Uns quarenta e poucos?

—A pouco tempo comemorei meu décimo quarto milênio.

—Milênio? Caramba!

—Minha mãe morreu com quase noventa e um milênios.

—Caramba! Mas, se vocês vivem tanto tempo, como foi que a sua mãe morreu?

—Ela foi assassinada.

—Nossa! Lamento.

—Esse deve ter sido o primeiro desejo sincero de condolências pela morte dela que eu já recebi.

—Conseguiram descobrir quem foi? Pegaram o assassino?

—Não.

—Nossa. Sinto muito.

—Venha, vamos dar um banquete em sua honra.

—Meus pais.

—Eles já foram notificados de que está segura.

—Ainda estamos na Terra?

—Sim.

Eu vi aquela mulher mergulhar numa banheira e sair rejuvenescida.

—Caramba!

—Nossas células tem data da validade e á muito tempo atrás a minha Casa descobriu o código genético e como trocar células velhas por novas. Hoje é fácil como trocar uma lâmpada.

—E onde arranjam as lâmpadas?

—Nós plantamos.

—Clones?

—Não. Clones não possuem plasticidade genética, a milhares de anos uma praga causada por clonagem quase aniquilou toda a espécie humana.

—Isso vem de gente viva?

—Sim. Na Terra as pessoas brigam por ouro, dinheiro, prata. Em Orus brigamos pela única coisa pela qual vale a pena brigar. Mais tempo. O tempo é único recurso pelo qual vale a pena fazer qualquer coisa.

—Sei.

—Você tem poderes além da nossa capacidade de compreensão. Cruzar a barreira do contínuo espaço tempo... como você fez?

—Eu sou uma bruxa da primeira linhagem por parte de mãe e um anjo por parte de pai. Eu faço coisas que ninguém mais consegue.

Fomos transportadas para um lugar esquisito. De um jeito esquisito.

—O que?!

—Boa noite minha linda Princesa, eu sou Romeu Abrasax, terceiro primado da Casa Abrasax.

O cara beijou minha mão. E eu respondi meio que estranhando tudo aquilo:

—É um prazer. Eu sou Alex.

—Alex?

—Alexandra Price Grigori. Mas, todo mundo me chama só de Alex ou costumavam chamar.

—Costumavam?

—É. Antes de eu acidentalmente conseguir viajar no tempo, mandar a Igreja Católica pro saco e atrair pessoas de outros planetas pra cá.

—Você é linda. Incrível.

—Obrigado. Eu sei que a mulher da estátua não era eu.

—O que?

—O que? Acha que eu não to na sua cabeça também? 

—Na minha cabeça?

—Eu sou telepática, eu posso ler mentes.

—Fascinante.

—Quem era ela?

—Seraphi Abrasax.

—Sua tia?

—Minha esposa. Ela morreu, assassinada.

—Sinto muito.


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