Fallen Angels escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 1
Sword and Cross


Notas iniciais do capítulo

https://youtu.be/Ro7yHf_pU14



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/732824/chapter/1

P.O.V. Luce.

Meus pais vão me mandar para o reformatório porque é mais fácil me taxar de louca e me mandar pra esse maldito buraco do que ter uma filha que é diferente.

—Tchau querida. Nós te amamos.

—Vocês vão me pagar por isso.

Eu peguei minhas malas e entrei. O homem me revistou e não achou nada. Cara, eu sou boa.

—E ai, eu sou a Ariane.

—Luce.

—O que você fez pra estar aqui?

—Eu sou diferente. Eu nasci diferente.

—Me dá seu horário.

—Toma. 

—Tem sorte tá com a gente.

—A gente?

—Preparatório. A gente costuma andar junto.

—Legal.

—Então, bem vinda ao lar dos doidos de pedra. A maioria dos alunos daqui tem problema na cabeça, eles tem sorte de passar o dia sem fazer xixi na calça ou atacar o professor porque o lápis não tá bem apontado.

—Ótimo.

—Relaxa, eles ficam isolados. Todos que tem problema mental sério ficam no terceiro andar, esse é o meu duzentos e oito. Qual o seu?

—Trezentos e treze.

—Ta me sacaneando né?

Eu neguei com a cabeça.

—Você é...

—Não. Faço coisas que as outras pessoas não conseguem, então me taxaram de doida. Foi um prazer Ariane.

Eu subi para o meu quarto e arrumei minhas coisas. Então desci até a sala onde seria forçada a ter aula de religião.

—Olá, você deve ser a Lucinda.

—Sou eu mesma. Muito prazer Senhora Sophia.

—Como...

—Tá escrito no papel.

Eu estendi pra ela o horário.

—Oh! Claro. Pode se sentar Luce.

—Obrigado. Obrigado por me guiar Penn.

—De nada.

Conforme ela ia dando a aula, uma espécie de filme passava na cabeça dela. Eram... memórias.

—De jeito nenhum. Impossível.

—O que é impossível senhorita Price?

—Eu já muita coisa na vida, mas isso é inédito. Então, o que aconteceu com os outros anjos?

Ela respondeu e as memórias passavam na cabeça dela, eu vi o inferno, os anjos caindo, os anjos no paraíso.

Quando ela falou do Anjo Rebelde eu vi a face de um dos alunos na mente dela.

—Caramba! Mas, se Deus acusa o anjo e o recrimina por escolher o amor e a paz ao invés da guerra então... Deus não vale nada. Um Deus benevolente não iria ficar bravo com o Anjo Rebelde por escolher o amor, ficaria orgulhoso.

—Imagino que tenha aprendido sobre isso em ensino religioso.

—Não. Eu não frequento a igreja, nunca frequentei a igreja.

—Sério?

—É. Eu não sou muito fã de católicos e eles não são muito meus fãs, então estamos quites.

—Então, você não foi batizada?

—Não.

Aquilo pareceu deixá-la estranhamente contente.

P.O.V. Daniel.

Ela deu cada rebatida nos argumentos da Sophia que até eu fiquei com pena dela. A argumentação da Luce destruiu a Sophia.

—Saia da sala.

—Com prazer, á propósito eu sei.

—De que?

—De tudo. Gaadriel.

Ela sabia o verdadeiro nome de Sophia? O que ela fez a seguir nos chocou, ela mandou um beijo pra Sophia e saiu da sala cantando e rebolando.

—Ai. Essa doeu.

—Saia você também.

—Com prazer. Eu prefiro queimar no inferno por toda a eternidade do que ouvir mais um segundo desses seus delírios complacentes e fanáticos. Sabe, gostei dessa Luce, ela tem personalidade. É uma menina perigosa e má.

P.O.V. Penn.

A Luce foi no banheiro e eu vi colocado encima do armário dela um livro velho, de capa desbotada, todo cercado por velas acesas.

—O que é isso?

Ela saiu do chuveiro e disse:

—Não toque no grimório.

—O que?

—Não toque no livro.

Ela pegou um celular e começou a trocar mensagens com alguém.

—Você conseguiu um celular?

—É.

—Com quem você tá falando?

—Calie Chamberlain minha melhor amiga. Minha melhor amiga fora daqui.

—Obrigado.

—De nada.

—Que livro é esse Luce?

—É meu. Fique longe dele, sério. Não é pra brincar, não se deve brincar com a magia Penn, pode ficar fora de controle.

—Eu posso ler?

—Você pode tentar. A maioria do que ta escrito, tá em aramaico ou latim. E mesmo se você pronunciar não vai dar certo.

—Porque não?

—Porque você não é como eu. Eu venho de uma longa linhagem ininterrupta.

Eu foleei o livro e não entendi nada do que estava escrito.

—Quem escreveu?

—Eu. O grimório é meu.

Eu fiquei tão curiosa que fui pesquisar sobre aquilo na biblioteca.

—Sobre o que está pesquisando Senhorita Lockwood?

—É um livro mágico de feitiços. Maneiro.

—O que?

—Grimório. É um livro mágico de feitiços, diz aqui que cada feitiço é único como uma impressão digital.

—Não devia estar pesquisando isso.

—Porque não?

P.O.V. Cam.

Ela estava dançando e cantando no pátio, ela era boa. Suas coreografias eram impressionantemente criativas.

—Você é boa.

—Obrigado.

—Vai ter uma festa na sexta, você podia ir.

—Conte comigo. Obrigado por me convidar Cameron.

—Sabe meu nome?

—Sei.

—Pode me chamar de Cam.

—Luce.

—Prazer.

—Igualmente.

Na manhã seguinte ela estava rastelando as folhas no jardim quando a estátua de anjo caiu, era pra ter esmagado ela, mas o que ela fez deixou todo mundo de queixo caído.

A Pen gritou:

—Luce cuidado!

Luce apontou o dedo para a estátua que estava caindo e gritou:

—Bombarda!

A estátua explodiu. Virou só o pó.

Eu vi a coisa saindo do dedo dela. Uma espécie de raio de luz rosa. 

—O que?

Penn ficou em choque. Ouvi ela falar bem baixinho:

—Ela é uma bruxa.

Luce continuou rastelando as folhas como se nada tivesse acontecido.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Fallen Angels" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.