A escolha da Morte escrita por LethyNeves


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem



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Alguém já se perguntou se a Morte gosta do trabalho que ela possui? Tirar vidas, leva-las para o outro lado, onde nem ela mesma sabe o que existe? Durante séculos foi assim, ela cumpriu seu objetivo, ela fez o que lhe foi mandado, ela não questionou, apenas obedeceu, mas aquela cena a deixava indignada. 

Aquele garoto da cena, ela o conhecia, e ele ainda era um simples menino, mas que durante toda a sua vida só conheceu poucos momentos de alegria, repletas por um mar de agonias e desesperos. Ninguém deveria sofrer o que ele sofreu. A Morte se lembrava do dia que o tinha conhecido, ele era um bebê e mesmo sem saber ele era feliz. Foi na noite do dia 31 de outubro de 1981, o dia das bruxas.

Ironia do destino, pensava ela, o dia das bruxas tradicionalmente era conhecido como dia de homenagear os mortos, era um dos únicos dias do calendário que os mortos podiam vagar pela Terra, e observa os vivos e foi nesse dia que ela tirou a vida de Tiago e Lilian Potter, naquela mesmo dia ela se encantou por aquele menino, que por muito pouco ela não o levou com ela. Harry Potter, o menino que ficou conhecido como o menino que sobreviveu.

Isso nunca tinha acontecido, sempre que ela aparecia ela tirava uma vida e na maioria das vezes ela causava desespero e as lagrimas escorrem pelos olhos dos homens e das mulheres e com esse bebê não foi diferente. Ela viu quando ele começou a chorar, na época ele nem tinha consciência do que estava acontecendo ele só via o corpo duro e estirado de sua mãe no chão, mas apesar de estar com pena pelo menino não tinha nada que a Morte podia fazer, era contra suas próprias regras trazer alguém de volta dos mortos, então naquela noite de Halloween, numa vila bruxa e trouxa chamada Godric´s Hollow, ela deixou um bebê chorando em seu berço e foi embora.

Ela pensou que a história dele acabaria ali, que nunca mais o veria até o dia que tivesse que busca-lo definitivamente. Como estava enganada. Treze anos depois ela encontrou o menino de novo, mas dessa vez para tirar a vida de seu amigo e companheiro de escola, outra pessoa inocente que teve a vida tirada de uma maneira fria e cruel por um assassino de sangue frio. Cedrico Diggory era seu nome e ele simplesmente nem vira o que tinha lhe atingindo.

A morte podia ter ido embora daquele cemitério e deixado Harry Potter a própria sorte, mas ela escolheu ficar, ela observou como um garoto de 14 anos lutou bravamente contra o assassino de seus pais, ele ainda era inocente, a vida não tinha o corrompido e ela ficou surpresa porque mais uma vez ele tinha escapado dela.

Mais um ano se passou e ela o viu de novo e mais uma vez ela sentiu pena dele. Mais um familiar que ela levava com ela, ela ainda podia escutar os gritos daquele rapaz, eles eram extremamente altos e perturbadores, naquele momento ela quis quebrar as regras, queria devolver a vida de Sirius Black, mas simplesmente não teve a coragem para isso. Tinha medo das consequências de seus atos.

Mais dois anos se passaram e agora, a própria Morte estava chocada com o que estava acontecendo. As guerras nunca foram bonitas, não importa se eram trouxas ou bruxas, elas só traziam dor e agonia, centenas de vidas foram tiradas, mais uma vez as pessoas estavam-na odiando, mais uma vez ela quebrara famílias, mais uma vez ela tinha encontrado aquele garoto, na escola de magia e bruxaria de Hoqwarts, ou melhor o que sobrara dela. O castelo que sempre foi cheio de vida de alegre, agora, simplesmente estava em pedaços, o garoto também estava muito diferente de todas as vezes que o tinha visto, seu rosto não tinha expressão estava frio como o gelo, os olhos parados e sem rumo.

Pela primeira vez em mais de milhares de anos, ela seguiu um humano, e o que ela viu a deixava indignada, ela caminhava para a Floresta Proibida, mas ela sabia o que ele ia fazer, ele estava indo para a varinha de um bruxo que Harry Potter sabia que ia mata-lo, Voldemort era seu nome, e o mais surpreendente é que ele a aceitava de bom grado, sem reclamações. Ela tinha que admitir, Harry Potter sempre foi um menino corajoso, porém quando a Morte viu aquele feitiço indo em sua direção, a luz verde tão reconhecível no mundo bruno, ela tinha tomado sua decisão, tinha criado coragem, ia mudar o destino, quebrar as regras, porque aquele garoto merecia uma vida, merecia viver. Não podia devolver a vida de todos aqueles que ele se importava, mas ela ia oferecer a Harry Potter, algo que que sempre foi muito desejado, mas que nunca tinha dado a ninguém. Uma escolha, só esperava que as consequências de seus atos, não fossem severas demais.

...

— AVADA KEDRAVA – gritou Voldemort e a última coisa que Harry Potter tinha visto era um raio de luz verde vindo em sua direção antes de apagar.

“Estou morto” – pensava Harry, mas como estava engando, porque naquele momento ele conseguiu abrir os olhos, e a luz branca tinha o cegado, tudo estava claro, simplesmente claro demais. Não sabia onde estava, isso é, se realmente estava em algum lugar. Parecia que a estação de Kings Cross em Londres sem as pessoas e os trens, mas não tinha certeza.

“Olá Harry Potter” – O moreno estava assustado, olhou para os lados, mas so viu um vazio, não existia nada, não tinha ninguém ali – “Porque estou na sua mente” – Harry arfou assustado, tinha morrido, ele se lembrava disso, e agora possuía vozes estranhas, porém suaves em sua cabeça.

“Você não está morto” – disse a voz, e Harry olhou assustado, mas antes que pudesse dizer ou pensar alguma coisa, aquela voz continuou – “ Mas também não está vivo” – agora Harry olhava para os lados curioso -  “vamos apenas dizer que você se encontra numa espécie de limbo”

—Quem é você? – Harry se assustou, sua voz estava bem mais fina e fazia um eco pelo lugar ainda desconhecido.

“Eu sou a morte e você é realmente um garoto curioso” – a voz disse e se Harry não tivesse com tanto medo talvez tivesse corado, aquela era realmente uma situação estranha, talvez estivesse doido, ou sonhando

“Nenhuma das alternativas se quer saber” – a voz ficava cada vez mais alta

— O que quer de mim?! – Harry gritou

“Não precisa gritar, apesar que conheço seus gritos desde a noite do Departamento de Mistérios” – Harry simplesmente gelou – “Devia se orgulhar, pela primeira vez em milhares de anos eu quis devolver a vida a um humano”

— O que? – Harry estava mais calmo, mas tinha criado uma fina esperança, poderia ter o padrinho de volta – Pode trazer de volta a vida do meu padrinho? Ou dos meus pais? Ou até mesmo do Rem... – Mas Harry não conseguiu terminar

“Trata de se acalmar” – disse a voz cortando o menino – “Mesmo que eu devolvesse a vida deles, você ainda estaria morto”

— Não importa, eles merecem viver mais do que eu – disse Harry com lagrimas nos olhos, odiava chorar, pensava que era fraco demais

“ Chorar não é um sinal de fraqueza” – disse a Morte – “Muito pelo contrário” – continuou – “Mas agora admito estar com uma certa curiosidade... Daria sua vida... por aqueles que você ama pudessem vive-la por você” – Harry travou, era uma escolha fácil para ele sabia o que deveria dizer, mas no fundo admitia, que tinha ficado um pouco decepcionado, não poderia nunca mais ver seus pais, ou seu padrinho, o Remo... mas assim... Teddy poderia crescer com o pai, Sirius poderia ter finalmente sua liberdade... e seus pais, não queria pensar neles, doía pensar, mas sim, ele com certeza abriria mão de sua vida por a sua família

“Você é um garoto interessante Harry Potter” – disse a Morte – “ E extremamente extraordinário” – Harry não sabia o que responder depois desse comentário, e Morte percebendo isso, simplesmente continuou – “ Por isso eu vou lhe oferecer algo, que muitos sonham, ninguém nunca conseguiu, vou te dar o poder da escolha” – Harry ficou curioso, não estava entendendo, queria ver o rosto da Morte, isso é se ela possuísse um

— Que tipo de escolha? – Harry perguntou cauteloso

“Vai poder voltar” – Harry ficara surpreso – “ Mas nos meus termos” – a Morte continuou

— E o quê isso significa – perguntou Harry cauteloso

“Vai poder voltar para o mundo dos vivos, junto com seus pais e seus padrinhos” – disse a Morte, mas antes que o moreno pudesse responder a mesma continuou – “Porem vai voltar para o seu aniversário de 11 anos de idade, no dia quando recebeu a carta de Hogwarts” – Não tinha outra palavra para descrever a expressão de Harry Potter nesse momento que não fosse surpresa, não estava entendendo, por que aquilo, o que a morte ganharia com isso, será que estava doido mesmo

“Você é mais indeciso do que eu pensava garoto” – disse a Morte lendo os pensamentos do garoto –“ O que eu ganho não são dos seus interesses, só precisa ouvir com atenção: Vou devolver sua vida, quando acordar, vai voltar no tempo para o seu aniversário de 11 anos, não sei como será a sai vida a partir de adiante, ela pode mudar para melhor ou para pior, mas eu te garanto, ela será diferente. ”

— E meus pais... – começou o moreno

“Estarão vivos juntos com você” – disse a Morte – “E também estará com Sirius Black e Remo Lupin”

—Terei minhas memorias? – Perguntou Harry cauteloso

“Boa pergunta, sim você terá, não escolhi você aleatoriamente Harry Potter, vai ter suas memorias e vai me dever um favor e eu vou cobrar”

— Por que está fazendo isso? – Gritou Harry ele estava no mínimo preocupado, aquilo não era normal, estava desconfiado

“ Pensei que ia gostar de ter a sua família” – Harry arregalou os olhos depois desse comentário, ele amaria ter sua família de volta – “Ótimo, a resposta para a sua pergunta é simples. Guerras só trazem desgraça e destruição, a culpa na maioria das vezes cai sobre mim, você muitas vezes me culpou pela morte dos seus entes queridos” – mas antes que pudesse responder a Morte continuou – “Uma vida por outra, esse é o preço, vou devolver-lhe a sua e tirar daquele assassino a sangue frio que se apelida de Lorde Voldemort”

Harry arregalou os olhos e suspirou, estava, para não dizer outra coisa: chocado. Um mundo ser o Lorde das Trevas, parecia encantador aos olhos do moreno, todas aquelas vidas que ele tinha tirado iam ser devolvidas. Toda dor e sofrimento ia ser recuperado, ia ser reparado

“Nosso tempo está acabando” – a Morte disse e Harry voltou a sua atenção para a voz no horizonte branco – “Você aceita a oferta? ”

Harry não precisa pensar, naquele momento, não importava o preço, queria sua família de volta

— Sim – respondeu calmamente

“Então feche os olhos” – quando Harry obedeceu, ele ouviu aquela voz pela última vez naquela noite –“E não se esqueça, uma vida por outra, quando chegar a hora vai ter que me dar aquilo que me deve” – Mas antes que Harry pudesse se quer pensar em uma resposta, simplesmente apagou.


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Notas finais do capítulo

eai... o que acharam?
gente aproveita e da uma olhada na minha outra fic também é de Harry Potter



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