— Tom... TOM! - oh, foi só um sonho, acordo junto a ele naquela cama de hospital – sem ti, a minha vida não faz sentido... Por favor... - entra uma enfermeira.

 – Lamento, teremos de levá-lo... - eu apenas assinto, saindo do quarto – ei... lamento...

 – obrigada. Tentaram fazer o que puderam...

 Vejo a minha sogra, com o médico...

 – Ah, está aqui... - diz o homem á minha frente. - temos uma informação pra si... como lhe expliquei, o seu noivo teve uma paragem cerebral, o coração está bem...

 – desculpe, eu estou muito cansada, por isso vá direito ao assunto.

 – O coração do tom será dado pra outro paciente.

 – desculpe? O do tom? Não teem aqui outros corações por acaso?

 – Digamos que estamos com falta de compatibilidade, o coração do mesmo pode ser a esperança pra outra pessoa viver... A sua sogra já deu a sua autorização... - eu olho pra ela, com uma cara de arrependimento e ao mesmo tempo de agradecimento

 – muito bem... o Tom, foi das melhores pessoas que conheci, ele faria de tudo pra ajudar alguém... - digo então apoiando o que se estava prestes a passar.

 4 dias depois

 – Vamos ficar bem, querida... - diz a minha sogra enquanto estavamos a sair do fenerál da pessoa mais imporatante da minha vida...

 – o que vou fazer agora? Como é que vou viver sem ele? - digo lavada em lágrimas...

 – ele vivera sempre em nós, aqui – ela pousa a sua mão no meu peito – no seu coração e na sua alma...

 – e a marília? O que vai fazer?

 – O meu irmão tem uma casa na suiça, preciso de sair daqui, viver um pouco...

 – vai ser bom pra si...

 – E tu Beatrice?

 – eu não posso. Desejo-lhe o melhor. Adeus – despeço-me da mulher á minha frente e vou pelo meu caminho, ela vai pelo seu.

Vou até á sua campa, e deixo uma rosa vermelha. Vou amar-te para sempre Tom...

 — Beatrice...

 – Tom? - eu me viro, e vejo- o,- oh tom . - caminho até ele e desaparece. Oh meu deus, estou a ter alucinações...

 Querido diário

 É dificil, é como se sentisse uma dor no peito, e não conseguisse respirar... É como se o visse e ouvisse em todos os lados... A perda, o sofrimento, tudo, e eu...

 Fecho o meu diário, ao perceber que não conseguia escrever, e que estava apenas a molhar as suas brancas folhas, com todas as lágrimas derramadas. Levanto-me, e vou até a um bar.

 – Por favor quero 3 copos.

 – Mau dia? - pergunta o homem atráz do balcão.

 – Apenas dê! - ele levanta as mãos em forma de rendimento, e dá- me o meu pedido. - quanto?

 – por conta da casa. Está com cara de quem quer esqueçer. - eu apenas me viro, e sento-me numa mesa. Sinto algo me tocar na perna. Oh por favor, para... Eu não quero...

 POV THEO

 Duas noites inteiras de dor, e finalmente recuperado, isto merece bebidas. Embora não deva... As regras são para quebrar. Entro num bar, e vou até ao balcão. Faço o meu pedido, e sento-me numa mesa. Avisto uma rapariga. Vestida completamente de preto, uma cara de entrerro, olheiras até ao nariz, acompanhada de 3 copos de uisqui. Sem dúvida, não é uma rapariga muito sensual, pelo menos nesta noite, apesar do ar esfarrapado e acabado, algo ainda se via muito bem, e bonito no seu corpo. Os lindos olhos azuis. Olho para ela, enquanto beberico a minha bebida. Apenas encontro os seus olhos, e acho que por um momento ela também encontrou os meus. Ela fica a olhar durante uns minutos para mim, mas logo de seguida vira a cara e seus olhos já se encontraram na bebida. A rapariga levanta-se e dirije-se á saida do bar. Sem dúvida isto foi estranho, no entanto bastante sedutor. Melhor isto mereçe uma pequena escrita. Tiro da minha mochila, o meu diário.

 Querido, não querido diário.

 Safei-me, mais uma vez! Na verdade safo-me sempre. Qual será o meu próximo destino Theo? Londres? Paris? Talvez Los angeles? Yhap, realmente não sei, por enquanto a minha primeria paragem foi um bar! E uns lindos olhos azuis se cruzaram comigo, bem, só os olhos, porque tenho de admitir, aquilo não era como no filme em que o boy olhava a sexy girl, eu olhei mais para a triste e bem negra girl. Enfim, tou um bocado farto de te escrever. Que me dizes de dar uma volta companheiro.

 Fecho o meu livrinho dos segredos e saio do bar, já um bocadinho barulhento.

 POV BEATRICE

 Como sinto a tua falta...

 FLASHBACK

 – Eu vou fazer de tudo para tu ser feliz! Prometo te!

 – Eu sei...

 – Acho que não estás a perceber... eu quero te fazer feliz para o resto da tua vida... quero apoiar te, quero envelhecer contigo,ser pai dos teus filhos...

 – Tom..

 – Beatrice, queres casar comigo?

 – …

 – fiz algo de mal?

 – Não, é perfeito!

 – Isso é um sim?

 – Claro que sim! Eu quero me casar contigo!

...

 – Tu és um querido!

 – Eu sei!

— Ah convencido...

 ...

 – Aconteceu uma coisa...

 – Está me deixando preocupada diga me por favor!

 – Foi o Tom... Ele...

 FLSHBACK OFF

Por favor, isto dói... Só quero parar de sofrer...

Encontro-me numa ponte, em baixo á um rio, metade de mim sabe que é errado, que ele não o ia querer, mas a outra metade, só quer parar de sofrer, só quer acabar, e talvez poder encontra-lo em outra vida. Ponho o meu pé, e empoleiro-me na ponte, apenas respiro fundo, e olho para baixo. Lembro-me como sempre tive medo de alturas... A lua cheia refletia-se no rio, por baixo de mim... Brilhando no escuro, como nós dois já brilhamos... Eu vou amar-te sempre Tom. Adeus!

 – Não vais saltar vais? - ouço uma voz e apenas me viro...

— Nós estamos brilhando no escuro - Beatrice