Espelhos Reversos escrita por DeidaraAko


Capítulo 5
É hora de lutar!


Notas iniciais do capítulo

Yo galeres
Então, eu queria ter postado esse capítulo antes, mas como nunca escrevi algo do genero foi mais complicado...
Espero que gostem e me avisem se eu puder melhorar em algo (e sobre os erros de português hehe ^^")
Simbora galere viaje !!!

P.S.: esta fic está sendo postada por mim no Spirit Fanfic, uso de mesmo nome e perfil lá.



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"Não há pra onde correr
nem onde se esconder
Vim de muito longe
para desaparecer essa noite!"

— Icon For Hire (Fight)

 

Terminou de colocar os documentos e materiais necessários para fazer a prova do vestibular na pequena bolsa que levaria, colocando a alça da mesma sobre os ombros. Ia saindo do quarto, quando notou o livro sobre objetos encantados em cima da mesa de seu quarto, onde estavam as impressões que tirou dos sites, seu computador e etc.

"Faz algum tempo que não toco nesse livro...", pensou caminhando até o local e abrindo o mesmo, buscando a página que falava sobre o Izanami. Chegou no local onde a folha deveria estar, mas a mesma havia sido arrancada e seus restos rasgados eram a prova disso.

— Naruto, o que houve com o livro? – perguntou ao chegar à sala, onde o rapaz flutuava despreocupadamente – Aquela página sumiu...

— Então... – o loiro voltou ao chão e caminhou até a jovem Hyuuga – A página desapareceu já tem um tempo.

— E-e você nem me avisa? – ela o olhou preocupada.

— Eu não queria atrapalhar seus estudos nem colocar problemas a mais na sua cabeça, sabe, com as provas e tals...

— T-tudo bem. – Hinata disse, colocando o livro sobre a mesa de centro – Você... sabe como aconteceu?

— Sim, e tenho uma ideia de quem faria isso... – murmurou – Mas não pense nisso agora! – disse mais animado, voando para trás da garota e a empurrando para a porta – Temos uma prova pra fazer!

— Nós? – Hinata perguntou rindo – E você estudou? – a Hyuuga pegou a chave e destrancou a porta.

— Você lê em voz alta e fica explicando as coisas pra si mesma enquanto estuda. – o Uzumaki deu de ombros, deixando o apartamento junto a Hinata, que tinha a expressão de alguém que acabara de perceber que fazia algo sem consciência.

 

Os dois pegaram um metrô que levava ao bairro Suginami, onde o Campus Konoha era situado e como Hinata queria entrar para aquela universidade, era lá que faria a prova do vestibular.

O trem não demorou muito e, considerando a quantidade absurda de gente que havia no veículo, em sua maioria jovens que fariam suas provas ou adultos indo trabalhar, o trajeto foi feito com tranquilidade. A universidade não ficava longe da estação, mas mesmo assim era uma caminhada considerável de oito ou dez minutos.

 

— Se precisar de ajuda pra decidir que letra marcar, é só dizer. – Naruto comentou, pairando ao lado de Hinata, que pegava a prova com o fiscal, que passava de banca em banca entregando as folhas para os alunos.

— Isso seria injusto! – a garota sussurrou o mais audível possível.

— Olha, as chances de eu lembrar de algo útil é mínima. Então... é só não marcar o que eu sugerir. – o loiro deu de ombros.

O sinal tocou e deu-se inicio à avaliação. A prova durou a manhã inteira, mais precisamente cinco horas e meia. O Uzumaki acompanhou a performance da garota de olhos perolados durante todo o exame; dando pitaco toda vez que ela parecia confusa e, de alguma forma, suas sugestões a faziam lembrar de alguma casca de banana que a faria errar o quesito. A única coisa que o rapaz foi incapaz de opinar, foi a redação que a ultima questão da prova pedia.

Enquanto ela escrevia, o loiro pairou pela sala e deixou-se viajar em suas memórias e pensamentos.

 

Deixaram o local após o fim da prova. Hinata estava visivelmente satisfeita com seu desempenho e Naruto, ainda mais, como se o próprio fosse entrar na universidade.

— Pra casa? Temos algumas coisas pra resolver não é mesmo? – a Hyuuga lembrou, afinal, ainda tinha a página desaparecida e o ladrão misterioso. Nesse momento, já estavam praticamente na estação.

— Então... eu sei que vai tornar o caminho beeem mais longo, mas... – disse Naruto, brincando com os dedos, um tanto sem graça – ... será que a gente podia passar num lugar antes?

— Anh, claro. – o rapaz sorriu ao ouvi-la concordar.

Os dois esperaram mais algum tempo até que o metrô chegou. Naruto não conversou muito durante o trajeto, mas era possível ver sua ansiedade em chegar. Ao deixarem a estação de trem, a jovem pegou um táxi para chegar onde o garoto queria, e por conta do trânsito em alguns luares, demoraram um pouco.

 

— É aqui? – ela perguntou, entrando no hall do hospital, indo direto para o balcão da recepção.

— Sim. – o Uzumaki caminhava ao lado da morena, com a cabeça levemente baixa e as mãos no bolso; o que para Hinata era uma postura pouco comum – Usaram o nome do meu pai no registro, então diga que veio ver Naruto Namikasi.

— C-certo. – ela prosseguiu para o balcão para solicitar uma visita.

O rapaz iria junto, mas um certo casal entrando no elevador lhe tomou a atenção. Um aperto se formou em seu peito enquanto as porta prateadas se fechavam e o impediam de ver sua mãe e seu pai lá dentro.

— Você está bem? – a voz calma, porém preocupada da Hyuuga lhe tirou de seus pensamentos.

— Então, pegou o número do quarto? – questionou, mesmo sabendo que não precisaria daquela informação para chegar ao local.

— Sim. – ela esboçou um sorriso acolhedor para o rapaz e ambos segiram para o elevador.

O quarto onde Naruto estava ficava no terceiro andar, no final de um corredor não muito movimentado. Mais para o meio do largo corredor, havia algumas cadeiras para visitantes em espera, já que naquele setor era comum ter paciente que só podiam receber uma pessoa de cada vez, por conta de seu estado, mas o mesmo estava vazio.

A garota parou diate a porta, podendo ler os dizeres "Namikase Naruto" na placa de identificação ao lado da mesma.

— Meus pais estão ai dentro. – o loiro a interrompeu no momento em que iria puar a porta do quarto, que no caso era de correr.

— Anh?

— Eu vi eles subindo quando chegamos então... – começou a explicar, mas Hinata o interrompeu quando fez uma pausa no fim da frase.

— Tudo bem, eu espero aqui fora. – disse a morena, voltando e sentando-se numa das cadeiras acolchoadas.

Naruto a fitou por um momento; não entendia como ela podia ser compreensiva e gentil ao ponto de dobrar o caminho de volta para casa, depois de uma manhã exaustiva, para ficar sentada numa cadeira no terceiro andar de um hospital só para ele poder passar alguns míseros minutos perto de seus pais e de seu corpo.

Resolveu não ficar se perguntando aquilo e logo atravessou a porta. Hinata o observou ir, colocando os fones de ouvido assim que o garoto desapareceu.

 

Pouco mais de vinte minutos se passaram e um médico, acompanhado de uma enfermeira, entrou no quarto; não demoraram muito e logo já estavam passando pela Hyuuga novamente, o médico comentava algo com a enfermeira, provavelmente sobre Naruto, mas Hinata não conseguiu ouvi-los por conta da música que ouvia.

Cinco músicas depois, o rapaz saiu do quarto. Assim que o viu, a morena tratou de tirar os fones e guardá-los, seguindo para fora do hospital. Durante o caminho, não muito longo, os dois permaneceram em silêncio.

 

— Como foi? – Hinata perguntou. Já estavam praticamente na metade do caminho para a estação e seguiam a pé por uma rua pouco movimentada.

— Er... talvez me mudem de hospital, pra um com uma ala mais especializada nesse tipo de coma, já que o médico que costumava cuidar de mim também foi transferido e esse novo doutor não bota muita fé numa recuperação. – o Uzumaki explicou.

— Entendo... pelo menos agora sabemos que seus pais ainda acreditam que você pode voltar, ou seja... – Hinata fez sinal para que o próprio terminasse a linha de raciocínio.

— Não precisamos nos preocupar com meu corpo..? – Naruto questionou um pouco hesitante.

— E-exato! – a garota exclamou – Com seus pais cuidando do seu "eu" físico, não precisamos nos preocupar com a possibilidade de algo acontecer com seu corpo. Já o caso da folha roubada vai ser um...

— Problema! – disse Naruto, parando repentinamente e mantendo seu olhar fixo num ponto alto.

— É, mas não precisa fazer essa ca- – a Hyuuga parou, virando-se para o loiro, que imediatamente a interrompeu.

— Cuidado! – o garoto gritou. Com o susto do aviso repentino, Hinata também gritou, fechando os olhos com força. Seguiu-se o som de uma explosão.

Quando voltou a abrir os olhos, o rapaz a segurava no colo e ambos se encontravam a metros e metros do chão; no local onde estavam anteriormente, na calçada, estava coberto de fumaça, e por uma fração de segundo, a jovem pôde ver uma cratera formada no concreto.

Naruto pousou no telhado de um prédio, mas quase no mesmo instante uma esfera de energia negra se aproximou em alta velocidade, o forçando a saltar novamente para o edifício ao lado. Hinata por sua vez, tinha pavor de altura e só fazia gritar toda vez que o Uzumaki pulava para outros telhados, desviando das esferas explosivas que os perseguiam.

— Naruto... – a morena o chamou aflita, quando finalmente pararam – o que foi isso? – perguntou, o observando tomar guarda ou se preparar para algo.

— É Naruto, por que não diz para sua amiga o que foi isso? – um voz se manifestou, atraindo a atenção do adolescentes para a porta se saída do telhado.

— Kurama... – disse o loiro por entre os dentes.

Três caudas balançando sobre o teto da porta, era tudo o que conseguiam ver, mas num movimento rápido a criatura saltou e desceu ao mesmo nível que os outro dois. Hinata engoliu em seco vendo a forma humanoide de Kurama; tinha o mesmo porte físico que Naruto, preferindo permanecer sobre quatro "patas", era coberto por uma camada vermelha fulminante que se assemelhava a sangue, em sua cabeça tinha duas formas que lembravam orelhas de raposa e seus olhos brilhantes eram completamente brancos, refletindo uma luz avermelhada.

— Q-quem...?? – a Hyuuga sussurrou com a voz falha.

— Digamos que é um velho conhecido. – o Uzumaki respondeu, sem tirar os olhos da raposa.

— Oh, então ele não falou de mim? Nem de como eu peguei isso? – Kurama falou fingindo estar ofendido enquanto olhava para uma folha enrolada que segurava com um de seus rabos e que a garota logo percebeu que pertencia ao livro – Achei que você fosse mais sensível, garoto.

Dito isso, Kurama sorriu de um jeito medonho e em seguida abriu a boca, chegando a quebrar a própria mandíbula para fazer outra bijuu dama (não que isso fosse um problema para ele). Naruto tratou de pegar Hinata no colo novamente, desviando do tiro que causou outra explosão.

Para a surpresa do rapaz, a entidade o seguiu após lançar o ataque; com um salto, Kurama golpeou o Uzumaki com uma de suas caudas, o separando da garota. Entendendo cada vez menos tudo aquilo, a Hyuuga apenas assistia Naruto desviar freneticamente das investidas da raposa; nessa briga, os dois chegavam a subir alguns metros, e cada encontrão gerava uma rajada de vento forte. Ela o viu criar uma esfera de energia em sua mão esquerda e arremessar contra outra investida de Kurama. Em certo momento, as posições se inverteram e Naruto acabou em cima da saída para as escadas, enquanto o kitsune ficou na frente da garota, de costas para a mesma.

"Ela... está com medo...", pensou assim que vislumbrou a imagem de Hinata em pé atrás de Kurama, perigosamente perto e praticamente se encolhendo. Os milésimos de segundos que gastou pensando isso foram uma brecha mais que perfeita para o kitsune avançar.

— Naruto!! – a garota gritou desesperada.

O alerta não chegou a tempo. Apesar de ter tentado desviar das garras da raposa (que de um jeito ou de outro ainda acertaram seu rosto), Naruto teve o pé enroscado por uma das, agora quatro, caudas de Kurama, que fez o garoto de brinquedo o jogando de um lado para o outro.

— Não faça isso... – Hinata pediu num fio de voz enquanto assistia à sena – ... vai machucá-lo... – seus olhos perolados ardiam e ela podia sentir as lágrimas se formando.

Naruto foi jogado novamente, mas dessa vez seu tornozelo se desvencilhou do rabo de Kurama. O garoto capotou duas vezes após o impacto, ficando entre a Hyuuga e o kitsune; a garota olhou para o loiro, que tinha alguns arranhões, mas o mais preocupante era uma espécie de rachadura em seu ombro direito.

Kurama tomou posição, abrindo a boca para novamente fazer uma bijuu dama pequena e não muito carregada, apenas o suficiente para finalizar a luta. "Vai destruí-lo!"

— Para!! – Hinata gritou. o Uzumaki a olhou por cima dos ombros, com certa dificuldade em se mover – Não faça isso! Ele vai morrer!

Ignorando qualquer apelo da humana, a raposa simplesmente atirou a esfera negra na direção do rapaz caído. Hinata sentiu como se seu corpo se movesse sozinho, um formigamento estranho percorrer seus braços. Esticou sua mão na direção em que a bijuu dama vinha, como se no intuito de pará-la ou de tirar Naruto dali a tempo e, nesse simples movimento, uma barreira de ar se formou.

Como uma onda, se moveu na direção da entidade, destruindo a bijuu dama e direcionando a explosão da mesma para Kurama. O impacto da parede de ar e a explosão lançaram Kurama para outro prédio, destruindo parte do telhado tanto de onde estava quanto de onde foi parar, o que gerou uma coluna de fumaça.

— Naruto. – o chamou, lembrando-se que o loiro ainda estava caído no chão e correndo até ele – V-você vai ficar bem? Aaaah, o que eu f-faço...?

— Hi... nata... – o Uzumaki disse, enquanto se esforçava para sentar – S-só vá pra casa...

— Que???

— Eu vou aparecer... lá de todo jeito. – sorriu fraco, tentanto acalmar a garota.

— M-mas... – a morena olhou na direção em que Kurama foi lançado. A fumaça não tinha dissipado muito, mas era possível ver que a raposa não estava mais lá.

— Vai... eu vou ficar bem.

O som de sirenes se manifestou e, contra sua vontade, Hinata se viu obrigada a ir. Como a porta para as escadas havia sido destruída, não teve muita dificuldade em descer os andares; encontrou alguns bombeiros e teve que fingir ser moradora do prédio, após a pequena encenação, a Hyuuga se misturou à multidão e correu para a estação.

 

Naruto foi transportado para perto de Hinata três vezes antes da garota chegar em casa. Na primeira vez, ainda estava fraco e teve que se apoiar nela para se manter em pé, mas com o passar do tempo os ferimentos foram sumindo, inclusive a rachadura em seu ombro. "Deve ser por causa do Izanami", concluíram.

 

Chegando em casa, trataram de tentar descobrir o que exatamente aconteceu naquela luta. Gastaram cerca de suas horas para chegar a uma conclusão.

— Essa palma de ar que você fez deve ser como meu rasengan. – comentou Naruto, fazendo a esfera que acumulava energia giratória em diferentes sentidos – Se bem que isso não ajuda, já que nem eu sei como posso fazer isso...

— Hm... aqui no livro, no capítulo de curiosidades gerais, diz que cada objeto dá uma defesa mágica para o seu portador quando há algo errado com o feitiço. – a morena enfatizou. "Kurama", o loiro não pôde dexiar de pensar.

— Faz sentido. – o rapaz deu de ombros.

O silencio pairou no ambiente, durando alguns longos minutos, chegando a deixar um clima tenso. A situação em que estavam se agravava cada vez mais e isso era mais que óbvio.

— Naruto... – ela o chamou – ... não vamos poder esperar as provas passarem, né?


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Notas finais do capítulo

É isso meu povo
espero que tenham gostado desse capítulo e tals
Me desculpem mais uma vez pela demora e até o próximo fragmento dessa bela bagaça ♥ ♥ ♥



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