Outra Dimensão escrita por ACLFerreira


Capítulo 52
Kurama?


Notas iniciais do capítulo

Boa noite, galera!!!!!!
Tenho que ser rápida, amanhã vou madrugar....



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Lentamente, o rapaz despertou, provocando tensão nos três que o acompanhavam. Afinal, não sabiam o que havia acontecido enquanto estava em seu subconsciente.

Ele começou a coçar a nuca, tentando aliviar a tensão, e por fim os fitou.

— O que aconteceu? – perguntou Killer B, sério.

— Kyuubi não ficou muito feliz com a minha visita, mas duas visitas deixaram ela pensativa – disse, finalmente encarando o padrinho. – Você sabe quem são meus pais, não é?

O velho Sanin suspirou, cruzando os braços.

— Claro que sim! Afinal, foi em minha homenagem que lhe deram esse nome.

— E o velho Sandaime nunca lhe revelou o que foi que meu pai lhe disse antes de morrer?

— Teremos de perguntar a ele quando voltarmos, mas algo me diz que você sabe.

— O plano de Danzou é recriar a Besta de Dez Caudas, Juubi.

Os três mais velhos arregalaram os olhos. Aquilo era… loucura, para dizer o mínimo. Mas Shimura era louco varrido, disso ninguém mais duvidava.

— É para isso que ele está caçando Kyuubi e seus irmãos.

— Para reuni-los e recriar o poder da Besta primordial – disse Jiraya, fechando os olhos, antes de resmungar: – Mas isso é impossível! Para isso, ele precisaria da última parte que o próprio Sábio dos Seis Caminhos escondeu onde ninguém nunca poderia encontrá-la.

— Não sei como ele planeja fazê-lo, mas é essa a sua intenção.

— Ele precisaria da ajuda dos Otsutsuki para tanto – comentou Killer B, fazendo todos encará-lo. – O lendário Clã da Lua, descendentes diretos de Rikudou Sanin.

— E qual seria o interesse deles em uma guerra? Afinal, eles nunca se interessaram em interagir com os terráqueos. Sempre foram muito reclusos dentro dos domínios que Rikudou deixou a eles – perguntou Jiraya, duvidando naquela versão dos fatos.

— Shimura deve ter feito uma proposta irrecusável – disse Killer B, levantando-se lentamente. Olhou para Naruto lembrando-se da vez que lutou contra o pai dele durante a Terceira Guera ninja e não conseguiu deixar de pensar que adoraria lutar contra ele e descobrir se ele fazia juz a própria genética se era mesmo verdade que era filho de uma Uzumaki.

Só não tinham tempo para isso, pensou, sentindo algo muito estranho se aproximar da localização deles e a grande agitação do lado de fora. Parecia que Motoi e Ken estavam com problemas.

O grupo saiu do interior da cachoeira e foram encontrar os dois companheiros em posição de luta. Nitidamente, eles haviam já entrado em confronto com algo ou alguém, mas agora não parecia haver mais nada por ali.

Depois das explicações de base, os grupos se despediram e cada um voltou para o próprio caminho.

Em poucas horas, o grupo estava de volta a Aldeia e foram reportar os desdobramentos das últimas horas.

Bateram na porta e ouviram um “entre” abafado. Apenas a Hokage estava na sala como sempre assinando papéis a esmo. Não que ela apreciasse essa parte da função, na verdade ela odiava, mas não havia como fugir da burocracia.

Ela se deteve ao ouvir a porta se abrir.

— Tsunade Baa-chan, onde está o Jiji? – foi logo perguntando Naruto, fazendo a mulher suspirar. Sua vontade era soca-lo, mas não estava com disposição nem para isso desde dos últimos acontecimentos.

— No hospital. Houve uma emboscada há alguns quilômetros da Aldeia. Parece que o grupo de Asuma tropeçou em um grupo de Renegados e o estrago só não foi maior porque mandei reforçar a segurança na floresta ao redor da Aldeia. Mesmo assim, o estado dele é muito grave. Sakura e Hinata estão operando-o há horas – disse, levantando-se.

Sua vontade era estar lá ajudando, mas seu próprio sensei insistira que permanecesse ali esperando pela volta de Jiraya e Naruto. Não conseguia parar de pensar na dor que o velho Hokage estava sentindo. Primeiro a esposa morrera subitamente e, anos depois, recebera o corpo do filho mais velho aos pedaços. E agora seu outro filho, que fazia apenas duas semanas se casara as pressas depois de receber a noticia de que ia ser pai, estava entre a vida e a morte.

O coração do velho Sandaime não podia suportar tanta tristeza.

O grupo ficou em silêncio por vários momentos antes de Jiraya tomar a palavra:

— Naruto queria esclarecer algumas coisas com ele.

— Seja o que for vai ter que esperar! O que aconteceu, Naruto?

O rapaz cruzou os braços, no fundo entendendo que não era uma boa hora para confrontar o velho.

— Meus pais falaram comigo – revelou, surpreendendo a Hokage. – Eles disseram que, antes de morrerem, depositaram parte de seus chakras no selo, algo como um dispositivo de segurança para quando eu tentasse acessar o chakra da Kyuubi. Foi quando eles nos contaram que haviam revelado ao Jiji quais eram os reais planos de Shimura. Ele quer reunir as nove Bijuus não para poder controla-las, mas para despertar a Besta primordial, Juubi.

Tsunade ficou em silêncio por longos momentos.

— Então foi por isso que eles perderam a paciência com Shimura e atentaram contra a Raiz naquela noite – resmungou, suspirando e balançando a cabeça. Nunca compreendera porque eles fizeram vista grossa para com as atitudes do Conselheiro por tantos anos sabendo das consequências de suas ações, às vezes desconfiava que aqueles arrogantes pensavam que assim poderiam melhor controlá-lo, e agora isso. – Eu nunca fui partidária de mantê-lo dentro do Conselho depois do que aconteceu quando éramos jovens, na verdade queria mata-lo cada vez que era obrigada a ouvir seus discursos, mas… Despertar a Juubi, achar que é capaz de controlá-la… É insano.

— Kurama me disse que apenas o Sábio dos Seis Caminhos foi capaz de contê-lo.

— Sim, minha avó me contou a história. Até hoje mesmo os Uzumaki não foram capazes de decodificar o intrincado Selo que ele usou e sinceramente não consigo acreditar que Shimura pense que é capaz – disse, socando a mesa a ponto de rachá-la e se levantou. – Mas daquele lá podemos esperar qualquer coisa.

— Meus pais pediram a ajuda de Kurama para impedir que isso acontecesse e ele ficou de pensar – disse o rapaz, fazendo-a olhá-lo em dúvida.

— Kurama?

— Foi como a chamaram. Só não tiveram tempo de dizer porquê e ele pareceu surpreso ao ser chamado assim.

— Acho que ninguém se preocupou em perguntar a ele se tinha um nome – disse Akira, irônico. – Porque esse certamente soa como um nome, muito mais que Kyuubi no Yoko.

— E como seus pais saberiam disso? Acho que nunca saberemos.

A Godaime suspirou e voltou a encará-los.

— Tente continuar conversando com ele, Naruto! Espere alguns dias, deixe-o refletir sobre o que é melhor, e o aborde. Acho que uma abordagem agressiva pode não funcionar muito bem diante das circunstâncias.

O garoto assentiu.

— Estão dispensados…

O gurpo se foi enquanto a Godaime e Jiraya foram em direção ao hospital ver como estava a situação.

Encontraram o Sandaime sentado na sala de espera, sozinho, parecendo infinitamente muito mais velho do que na verdade era. Seu semblante permanecia impassível devido aos muitos anos passados em reuniões intermináveis, mas o conheciam o suficiente para saber que a aparência externa podia enganar.

Ele ergueu os olhos ao sentir os dois entrarem.

— Já terminaram a operação? – perguntou Tsunade, séria.

— Não! – disse ele, fitando o corredor que levava as salas de cirurgia. – Mandei os outros embora, não adiantava nada ficarmos aqui, não ajudaria.

— E a Kurenai?

— Tensão é tudo o que ela menos precisa nesse momento.

— Ela não sabe?

— Se o pior acontecer, ela só vai sofrer um golpe – disse, balançando a cabeça em descrença.

De repente, ouviram passos no corredor e se voltaram. Sakura caminhava devagar, suspirando de cansaço, fazendo o velho senhor se levantar.

— Sem rodeios, menina! Te conheço desde que usava fraldas.

A menina de cabelos cor de rosa o olhou séria.

— Ele sofreu danos graves em vários órgãos internos. Tivemos que remover o baço, parte do fígado e um rim, mas felizmente conseguimos estabilizá-lo. Por enquanto, mas os próximos dias é que dirão se ele aguentará. Infelizmente, os danos foram permanentes e, lamento dizer, ele não tem mais condições de cumprir missões. Mesmo que se recupere, é o fim de sua carreira – revelou, fazendo o homem se sentar, pois suas pernas falharam.

— Pelo menos, ele está vivo. O resto se ajeitará com o tempo – disse, depois de um momento. – Posso vê-lo?

— Estão levando-o para o CTI, poderá vê-lo pela manhã. Pode aproveitar e ir dar a noticia a esposa dele – disse ela, erguendo as sombrancelhas. Não conhecia Kurenai muito bem, mas, pelo pouco que sabia, certamente ela estaria ali velando pelo marido.

Hiruzen estreitou os olhos, mas decidiu que era melhor acatar. Mas antes de sair ainda disse, devolvendo a ironia:

— Recebemos uma mensagem do País da Tempestade, parece que sua afilhada nasceu saudável – disse, fazendo-a corar. Depois que contara sobre a verdadeira situação de Konan durante a missão em Amegakure, todos especulavam se o bebê sobreviveria e, posteriormente, se sairia daquela sem sequelas.

Só podia pensar que estava feliz por Konan e Yahiko. Um bebê saudável era sempre uma bênção.

A Aldeia estava silenciosa, todos descansavam. Apenas um ou outro atravessava a noite trabalhando, mas a Vila permanecia quieta.

As famílias colocavam suas crianças para dormir e os jovens namoravam, tudo era paz e silêncio naquela noite de primavera, mas como nem tudo eram flores. Tudo estava quieto demais.

Foi quando um estrondo sacudiu a Aldeia…


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Notas finais do capítulo

Agora vou dormir, até semana que vem....



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