Outra Dimensão escrita por ACLFerreira


Capítulo 42
Onde estamos?


Notas iniciais do capítulo

Boa noite, turma!
Decidi sincronizar as postagens dos dois sites em que posto, assim será mais fácil controlar. Então, a partir de hoje serão duas postagens até que sejam emparelhadas.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/732391/chapter/42

A balburdia da festa e se esquivar dos sempre atentos guardas Hyuuga. Como herdeira da Casa principal, sempre tivera alguém em seu encalço, principalmente após a tentativa de sequestro que resultara na morte do pai de Neiji, seu tio Hizashi. Aprendera a despistá-los a muito quando queria ficar sozinha.

No alto do Monte, apoiada na grade de proteção, ela pensava nas voltas que sua vida estava tendo nas ultimas semanas. Sempre pensara que seu pai a achava jovem demais para se casar, que seu velho esperaria mais alguns anos antes de entrega-lo a alguém e agora isso. O que seu pai e o Conselho estavam escondendo?

De repente, um zumbido chamou sua atenção…

 

Naruto andava, despreocupadamente, em direção ao seu local de observação favorito: o alto do Monte Hokage.

A festa já estava se encerrando e muita gente se encaminhava para as suas casas, mas ele estava absolutamente sem sono. Tsunade dizia que ele sofria de TDAH, embora ele não entendesse o que exatamente significava, e havia lhe dado alguns remédios para controlar as crises de insônia, mas a verdade é que odiava os tais comprimidos. Só tomava quando realmente sentia que precisava descansar… ou seja, nunca.

De repente, se deteve ao ver uma luz ofuscante e alguns ninjas parados diante do que parecia ser um portal. De repente, um deles lançou um golpe contra alguém que estava fora de sua área de visão e ele ouviu apenas um grito que o fez correr o mais rápido que conseguiu.

Felizmente, Hinata foi mais rápida do que o golpe, mas, mesmo assim, foi atingida pela rajada e jogada a vários metros de distância. Ela se levantou e se pôs em posição de defesa, a mente ainda confusa.

O ninja tornou a atacar, mas, desta vez, foi interceptado e forçado a voltar a formação encarando o novo oponente.

— Ah, dois pelo preço de um… Parece que hoje é meu dia de sorte.

Os quatro oponentes fizeram vários selos em sincronia e lançaram de encontro aos oponentes, mas viram-se de encontro a uma barreira de chakra que deteve o ataque. Assim que o humanoide se desfez, quase imediatamente, um dragão de água surgiu coberto de eletricidade, mas acertou apenas clones. No entanto, uma série de bolas de fogo os atingiu, forçando-os em direção ao portal que usaram para se transportar.

— Querem nos derrotar? Por que não nos seguem?

O grupo ultrapassou o portal, desaparecendo.

— Hei, esperem, não acabamos com vocês – gritou Naruto, correndo em direção ao portal.

— Naruto! – gritou Hinata, seguindo-o e logo após Sasuke os seguiu.

— Esperem – gritou Sakura, esticando as mãos, mas não conseguiu impedi-los. – Ah! Será que sou a única sensata aqui? – resmungou, antes de segui-los.

 

Dois meninos conversavam animadamente junto a cachoeira quando sentiram um chakra diferente e imensurável muito próximo deles. Os garotos imediatamente se assustaram, mas a curiosidade falou mais alto e foram em direção a ele.

Não muito longe da cascata, se chocaram ao se depararem com a cena. Dois corpos, um homem e uma mulher, estavam sobre a relva, aparentemente desmaiados, mas vivos. O homem de cabelos escuros e revoltos e a mulher de estranhos cabelos cor de rosa bem claro.

Os dois meninos se aproximaram, estranhando não ver nenhum ferimento, mas o mais baixo dos meninos deu um pulo e saiu se arrastando pela relva ao ver o símbolo gravado na parte de trás do quimono do rapaz deitado de costas.

— O que foi, Hashirama?

— Um… um Uchiha.

O outro fitou o símbolo bordado e o rosto do homem. Não se lembrava de já ter visto aquele homem alguma vez e conhecia todos os membros do seu Clã… embora Hashirama não fizesse a menor ideia do fato.

De repente, ele começou a se levantar, assustando os dois meninos. Ele finalmente abriu os olhos negros que logo assumiram o tom avermelhado característico dos Uchihas, fazendo o mais baixo dos meninos se esconder atrás do companheiro.

— O quê? Aonde eu estou?

Como se tivesse se lembrado, ele olhou ao redor rapidamente e pareceu se tranquilizar um pouco ao ver a jovem ainda inconsciente.

— Vocês… não viram mais ninguém?

Os dois balançaram a cabeça muito rapidamente.

— O que foi que aconteceu?

— Eu tentei avisar que não era prudente atravessar aquele portal – disse alguém, fazendo-o se voltar para a companheira que segurava a cabeça. – Ninguém nunca me ouve, o que se pode fazer?

O homem suspirou, revirando os olhos.

— Brigue com o Naruto quando o encontrarmos.

A mulher voltou-se para os meninos que ainda estavam paralisados de medo, mas o menino de cabelos castanhos a fitava em choque. Agora, vendo os olhos esmeraldinos, achava que ela era muito familiar.

— Sakura? O que faz com um Uchiha?

— Como você sabe meu nome? Eu nunca te vi antes.

— Sakura, sou eu, o Hashirama.

— Hashirama Senju?

Os outros dois os fitaram com espanto.

— Sim! Nós crescemos juntos, não se lembra?

— Não comigo! Com a minha trisavô.

O menino piscou muito rapidamente.

— A Sakura é muito jovem para já ter netos…

A mulher suspirou, enterrando a cabeça entre as mãos.

— Estamos ferrados. Era um portal de espaço-tempo.

Sakura se levantou, olhando ao redor e reconhecendo a paisagem nos limites de sua Aldeia natal que ainda não existia. Depois voltou-se para os meninos.

— Precisamos encontrar nossos amigos e descobrir uma forma de voltar para casa. O problema é que não fazemos a mínima ideia de como fazer isso. Pode sentir o chakra do Naruto?

O rapaz imediatamente balançou a cabeça em negativa.

— Ótimo…

De repente, um raio veio na direção deles, mas a menina se pôs na frente dos meninos e foi atingida por toda a carga. Ela se ajoelhou, as mãos no tórax, mas lentamente os ferimentos começaram a se fechar, mas seu corpo já estava exausto por conta da jornada e ela desabou novamente inconsciente.

Hashirama, em estado de choque, apenas olhou a jovem deitada de lado. Só então havia percebido que ela também possuía um símbolo bordado na parte de trás de seu quimono e não era do Clã Haruno.

— Temos que leva-la a um ninja médico – disse Madara, não gostando nada do ferimento da mulher que tinha acabado de salvá-lo.

— Certo, mas o que sugere? – disse o homem, ajoelhado junto a companheira. – Ela não pode ir até seu Clã e nem eu posso ir com o Hashirama. Se não percebeu, qualquer das opções estaremos ambos mortos.

— Eu posso leva-la – disse Hashirama, surpreendendo os dois. – Tamiko pode muito bem cuidar dela.

— Se pensa que ela sairá de minha vista…

— Não acho que tenha escolha… além disso, Uchihas não são famosos por conhecerem ninjutsu médico.

— Ele te pegou, companheiro!

O homem suspirou, impaciente.

— Pode leva-la! Vamos providenciar uma maca.

 

No final, a maca fora uma excelente sugestão. Embora a mulher não fosse alta, ainda era maior do que ele e o caminho que normalmente faria em menos de uma hora se arrastou por quase cinco.

Ao verem ao longe se aproximar puxando a maca improvisada, os membros do Clã correram ao seu encontro despejando muitas perguntas que giravam em torno de quem era a jovem mulher e o que acontecera. Logo Tamiko e outros Haruno vieram ajudar na remoção da jovem ferida e a levaram para o barracão que fazia as vezes de enfermaria.

As horas foram se arrastando, mas ele foi receber noticias dela ao amanhecer.

Ele estava indo se encontrar com os irmãos para o café da manhã quando um dos empregados informou que seu pai solicitou que fosse vê-lo a sós.

— Com licença, pai!

Botsuma estava voltado para a imensa janela que dava visão a Aldeia, mas se voltou quando ouviu a porta do cômodo se abrir. Ele então se sentou sobre os calcanhares e fez um gesto para que o filho fizesse o mesmo.

— Recebi o relatório sobre a jovem que chegou com você ontem a tarde. Parece que ela está se recuperando satisfatoriamente e não terá sequelas do ocorrido, o que por si só já é um milagre. A questão agora é onde você a encontrou e por que ela tem o símbolo dos Senju sem ser uma.

O menino pensou por um momento.

— Sinceramente, eu não sei. Tudo o que sei é que estava na cascata, como sempre faço, quando eu senti a presença de alguém muito poderoso. Eu fui ver e a vi deitada na relva, inconsciente, e ferida. O que eu podia fazer?

O líder ficou em silêncio por vários segundos, analisando o garoto. Nunca sabia quando ele estava dizendo a verdade ou estava mentindo. O que era uma excelente característica para um líder, o que ele seria desde da morte do irmão mais velho no verão anterior.

— Ela não tem características físicas dos Uchihas, na verdade ela me lembra Sakura ou como ela será dentro de mais alguns anos – disse o líder, franzindo os lábios. Tinha a jovem órfã como a filha que nunca teve e seus três filhos sobreviventes a viam como uma irmã. Ela tinha a mesma idade de Itama e vivia em sua casa, embora o Clã Haruno estava sempre a protestar. Como filha única do velho líder do Clã, seria a próxima chefe quando tivesse idade o suficiente.

— Ela disse que é trisaneta da Sakura, por isso a semelhança – revelou o menino, surpreendendo o pai. – Parece que eles foram pegos por um portal de espaço-tempo e acabaram aqui sem ter como voltar.

— Eles?

— Parece que ela não estava sozinha, mas eu não vi mais ninguém – acrescentou rapidamente, sério, mas seu pai desconfiou.

— Não é totalmente descabida a possibilidade. Os Haruno vivem conosco a tanto tempo que um de seus descendentes ter se unido a um de nós pode ter ocorrido. Vou mandar alguns guerreiros para investigar nos arredores, mas o que me preocupa não é isso – disse, fazendo o menino olhá-lo quando ele puxou um protetor de testa de tecido vermelho, mas que tinha um símbolo gravado na placa de metal ao centro. – Uma pessoa, duas informações diferentes e esse símbolo não conheço de lugar algum.

— Ela veio do futuro, sabe-se lá o que aconteceu entre hoje e a época dela.

Botsuma ainda o fitou por longos segundos antes de completar:

— Ela ficará em observação pelas próximas horas e então poderemos interroga-la. Volte depois do almoço, quero que esteja aqui quando estivermos conversando.

O menino assentiu e partiu, mas encostou na porta, respirando profundamente. Porque o símbolo gravado naquele protetor de testa era o mesmo que um dia idealizara como a marca de Konohagakure.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!!!
E só para constar, para quem não sabe, TDAH é a sigla de Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade, um tipo de transtorno neurológico, que surge na infância, geralmente como fator genético, e em muitos casos, acompanhando o indivíduo em sua vida adulta.
As principais características ou sintomas são a desatenção, a hiperatividade e a impulsividade, resultando na dificuldade de relacionamento com a família e com outras crianças e professores no ambiente escolar. Ainda na escola, os portadores do TDAH são descritos como "inquietos", "agitados", "desobedientes" ou que "vivem no mundo da lua", gerando dificuldades de aprendizagem provocadas pela falta de concentração.
Além do fator genético, existem outras teorias sobre as causas do surgimento do TDAH em determinados indivíduos, como por exemplo, ingestão de álcool e nicotina durante a gravidez, problemas no parto e sofrimento do feto, exposição ao chumbo, etc.
O tratamento do TDAH é feito à base de medicamentos ou de técnicas psicoterapeutas. A fase de tratamento deve ser acompanhada por profissionais especializados nas áreas de Neurologia, Psicologia, Psiquiatria, Fonoaudiologia e outras. Alguns medicamentos usados no tratamento são os psicoestimulantes à base de metilfenidato, comercialmente vendidos como Ritalina ou Concerta. Somente um médico especialista pode fazer o diagnóstico e indicar o tratamento mais adequado.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Outra Dimensão" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.