Outra Dimensão escrita por ACLFerreira


Capítulo 39
A profecia


Notas iniciais do capítulo

Bom dia, amigos!!! Desculpem-me por semana passada, esqueci completamente de vocês. Então, vamos a mais um capítulo!!!



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Sakura ainda lutava para acreditar no que estava ouvindo. Olhava para as pessoas a sua frente com uma expressão totalmente incrédula lutando bravamente para manter a raiva e a sensação de injustiça sobre controle.

Logo no café da manhã, recebera uma notificação para se apresentar sozinha em um dos campos de treinamento, mas, quando ali chegara, fora surpreendida pela presença dos Conselheiros e pelo anuncio que se seguira.

— Acho que não compreendi ao certo o que acabaram de dizer.

— É simples – disse a mulher, a expressão indecifrável. – Estamos aqui para uma avaliação real de suas habilidades, queremos ver pessoalmente do que é capaz.

— No final do teste, definiremos o que será feito futuramente com relação a sua família – disse o outro, também indecifrável, mas ela podia sentir o puro escarnio que alimentavam. Dava para acreditar nisso? Com coisa que ela tinha alguma coisa a ver com o que ocorrera aos seus antepassados.

— E como seria esse… “teste”?

O homem estalou os dedos e, quase instantaneamente, vários Anbus surgiram cercando-a. Ela analisou ao redor, sem demonstrar emoção, deu um passo atrás ao mesmo tempo em que puxava uma de suas adagas do estojo de armas. Sorte sua que nunca saia de casa sem ela.

— Não podem estar falando sério.

Os ninjas mascarados atacaram todos de uma única vez, mas ela facilmente desviou usando a força bruta para derrubar alguns. No entanto, eles continuavam vindo, então, já irritada, fez vários selos em uma velocidade surpreendente e invocou um dragão de água derrubando os que restavam.

Os dois Conselheiros apenas observaram em silêncio enquanto a mulher, apenas com alguns arranhões, os encarar.

— Estão satisfeitos agora?

O homem simplesmente sorriu enquanto um enorme dragão em chamas avançava explodindo tudo ao redor.

 

Sasuke andava pela Vila, pensativo. As palavras de seu pai no dia anterior ainda rondavam sua mente e não conseguia se concentrar em mais nada.

— SASUKE!!!!!!!

Ao ouvir o grito estridente de Naruto decidiu ignorar, mas devia saber que ele não era de desistir facilmente.

Seu amigo o alcançou rapidamente, mas, antes que ele pudesse dizer qualquer coisa, ouviram uma forte explosão vinda de não muito longe dali.

— O que foi isso?

Os dois saíram correndo para o local da onde vinha o barulho, mas, ao chegarem lá, se detiveram surpresos com que viam. Mal perceberam que alguns companheiros também se detiveram, em choque.

Ao redor do campo, vários corpos de Anbus estavam espalhados, alguns mortos outros gravemente feridos, enquanto que Sakura mantinha no centro da Arena ferida, mas ainda disposta a lutar. No outro extremo, os dois Conselheiros se mantinham impassíveis com os fatos.

De repente, um jutsu foi lançado contra a jovem, foi quando seus amigos tentaram alcança-la, mas foram impedidos por uma barreira. Sua transparência permitia apenas que assistissem ao que acontecia, mas impedia-os de intervir.

— Mas o que está acontecendo? – perguntou Ino, em choque, olhando a luta desigual. – O que estão fazendo?

— Estão testando-a.

Todos se voltaram para Sasuke, surpresos.

— Testando, mas por quê? – perguntou Naruto, vendo-a se levantar com dificuldade.

— Para provar que eles estavam certos ao fazer o que fizeram com sua família. O bisavô da Sakura deveria ter recebido, por direito de nascença, o direito de carregar o nome de um dos Clãs mais respeitados de todo mundo ninja… o problema foi que seu pai morreu antes que o casamento pudesse ser realizado. Por isso, sua existência e ancestralidade foi escondida por ordem do Conselho e ele e sua mãe exilados da Aldeia da Folha.

— Espere aí! A Sakura não é uma Haruno? – perguntou Ino, confusa.

— Sim e não! Haruno era o nome da família de sua trisavó, o único nome que seu bisavô teve o direito de carregar.

— E qual é o Clã dela?

De repente, antes que ele pudesse responder, um novo jutsu foi lançado contra a kinoichi já cambaleante. Ela tentou se proteger colocando os braços diante do rosto, fazendo assim com que uma nuvem espessa de poeira se erguesse, impedindo que eles vissem o que estava acontecendo. Quando a poeira finalmente baixou, o que viram deixou todos de queixo caído.

Uma imensa barreira de madeira maciça protegia a jovem guerreira cujas roupas já se encontravam rasgadas e cobertas de terra.

A mulher idosa ergueu as mãos e instantaneamente os ninjas mascarados se foram deixando apenas os três no campo ao mesmo tempo em que Tsunade finalmente chegou ao campo e derrubou a barreira com um soco preciso. Ino e os outros médicos correram em direção a Sakura que bravamente se mantinha de pé apesar de seus ferimentos.

— O que estão fazendo? – bradou a Hokage, a fúria fazendo todos estremecerem.

— É apenas um teste, Tsunade! Queríamos saber se ela era realmente capaz de invocar o Mokuton, como você disse.

A mulher colocou-se em frente a sua jovem discípula, como que para protege-la, e os encarou com o olhar mortal.

— Levem-na para o hospital – ordenou, sem se voltar, fazendo os demais finalmente acordarem do torpor. Mokuton, como assim? – Já!

Todos se foram, mas Sasuke e Naruto permaneceram ali.

— Se meu tio-avô estivesse aqui para ver tal infâmia, esse campo estaria lavado por seu sangue podre. Nem mesmo nosso pior inimigo teria sido tratado como o foi sua família desde que meu pai negociou a vida de seu jovem primo. Queria eu que meu tio estivesse vivo naquele dia… porque não estaríamos nessa situação agora – declarou, respirando fundo. Estalou os dedos e seus próprios Anbus surgiram em um sushin. – Eles estão sob custódia a partir de agora e assim permaneceram até que os Clãs possam definir o que se fazer com eles.

— Não pode fazer isso! O Sandaime ordenou que a existência dos filhos de Tobirama Senju fosse mantida em absoluto sigilo e você terá de desobedece-lo para justificar o que está fazendo agora – disse a mulher, com um sorriso cínico.

— Ele impôs tal regra porque vocês o obrigaram a isso. Era isso ou Daisuke Haruno teria sido sacrificado, um bebê que não tinha seis meses de idade.

— Ele era um bastardo… teria sido uma desonra aos Senju. Fizemos um favor ao seu Clã.

— Meu tio certamente não teria concordado – ironizou a Hokage, dando-lhes as costas ao mesmo tempo em que os Anbus os cercavam.

 

Na Aldeia da Folha, não se falava em outra coisa. Por todos os cantos, todos comentavam em voz baixa os últimos acontecimentos. O choque e a descrença pareciam ser os sentimentos mais perceptíveis, mas quase todos pareciam concordar na decisão que fora tomada na reunião que tivera lugar logo após o incidente no Campo de Treinamento.

Os chefes dos Clãs não esconderam a própria descrença com a revelação sobre o filho desconhecido do Nidaime Hokage, desterrado aos seis meses de idade ao ser considerado pelo Conselho uma vergonha para a Aldeia. Tal resolução não era incomum com nukenins, mas jamais se tivera noticia de tal ato praticado contra uma criança. Reação pior tiveram ao saberem que ele também tivera seu chakra selado, uma punição clara por sua existência considerada infame. Quando fora revelado que a resolução continuara a ser praticada para com seus descendentes a fim de esconder a verdade, já haviam decidido destituir o antigo Conselho e eleger um novo.

Foi decidido que o novo Conselho teria um membro de cada Clã e mais um eleito democraticamente dentre a população sem Clã, trazendo-os finalmente para o Centro das decisões da Vila. O que deixou todos do lado da Hokage para trazê-los em direção aos novos dias.

Hiruzen Sarutobi via com orgulho tudo o que acontecia. Finalmente, o pequeno Daisuke tivera a justiça que merecia, mesmo que tardiamente, e seus descendentes poderiam enfim assumir seus lugares de direito.

 

Agora que os problemas finalmente vão começar, pensou Itachi, suspirando.

Ainda agradecia por ter dado baixa da Anbu antes do incidente com o antigo Conselho porque, sinceramente, teria sido capaz de matá-los. Como se atreviam a tratar assim um membro leal da Aldeia? Seus antigos companheiros pareciam pensar da mesma forma embora não admitissem abertamente.

O Clã é que fora pego totalmente de surpresa. Embora nem sempre a convivência com os Senju tivesse sido pacifica, muitos achavam que os antigos rivais eram ainda mais frios do que os Uchihas, principalmente Tobirama, e por isso nunca cogitaram na possibilidade dele ter deixado para trás um herdeiro ilegítimo. Não alguém tão certinho quanto o Nidaime.

Naquele momento, ele estava deixando a casa dos pais depois do treinamento com seu irmão. Nem tivera tempo de questioná-lo sobre o que estava acontecendo, considerando o fato de que tinha quase certeza de que ele escondia um relacionamento com a recém-descoberta membro do Clã Senju, mas algo lhe dizia que ele não fora pego totalmente uma surpresa.

As luzes de sua casa ficaram visíveis ao dobrar a esquina e uma sensação de calma o tomou. Não era segredo para ele que o Conselho do Clã estava considerando a destitui-lo como herdeiro, mas na verdade não se importava. O que queria era ter mais tempo para ficar ao lado de sua família agora que…

Afastou o pensamento. Não era hora de pensar nisso.

— Posso lhe falar? – ouviu uma voz familiar que o fez se voltar. Shisui se pôs ao seu lado quase imediatamente.

— Não devia estar com uma de suas namoradas? – ironizou, rindo entre os dentes. Seu velho amigo era conhecido por ser um mulherengo inveterado, mas tinha a impressão de que só o que faltava era a mulher certa para derrubá-lo.

Mas o rapaz não sorriu. Seu olhar era sombrio.

— Cuidado com o seu irmão!

— O que está acontecendo? O que descobriu? – perguntou, preocupado. Sabia que ele era um estudioso obcecado, se enterrando nos pergaminhos antigos com uma paixão poucas vezes vista.

— Sakura Senju, Sakura Haruno, tanto faz… o destino é o mesmo. Há uma profecia datada da época que Kaguya foi selada – disse o rapaz, surpreendendo Itachi.

— E o que diz essa profecia?

— Ela disse… que um dia retornaria pelas mãos de seus quatro filhos… para trazer a paz ou para trazer a guerra?

Quatro filhos? Mas Kaguya só teve dois… não é?, pensou Itachi, fitando a escuridão. Mas de repente foi como se um raio o tivesse atingido.

Quatro filhos, os quatro Clãs descendentes de Kaguya.


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