Outra Dimensão escrita por ACLFerreira


Capítulo 37
Sacrifícios


Notas iniciais do capítulo

Boa noite, amigos! Esse vai ser o último capítulo da Saga da Aldeia da Chuva. Para alguns, pode não ser o final esperado, mas as coisas caminharam nessa direção.



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A equipe se espalhou pelo ambiente desconhecido sem saber muito o que estava acontecendo. Por isso, o chefe do esquadrão parecia tão preocupado. Isso sem contar que ele sabia bem que Jiraya não iria apreciar nem um pouco o fato de estarem ali.

— Esperem – disse Ino, em um sussurro, fazendo todos se deterem.

— O que foi? Encontrou alguém?

A jovem olhou ao redor, uma sensação estranha a tomando. Só lembrava de ter sentido algo assim uma única outra vez, quando lutara com Sakura durante o Exame Chunin três anos antes.

E agora sentia a mesma energia estranha de quando tentara invadir a mente dela.

— Acho que encontrei a Sakura.

O outro jovem de rabo de cavalo olhou ao redor.

— Pode senti-la?

— Talvez! Venham…

O grupo a seguiu sem contestar, mas Shikamaru olhava desconfiado para sua jovem companheira.

— Como você a sentiu quando ninguém mais conseguiu?

— Quando lutei com a Sakura no Exame, se lembra quando entrei na mente dela?

— É, e acabou sendo expulsa e perdendo a partida.

— Havia algo muito estranho e distinto dentro da mente dela. Algo que eu nunca tinha visto ou ouvido falar durante os anos que passei estudando os pergaminhos do meu Clã. Parecia um Chakra, mas não era o dela.

— Um Chakra adicional dentro dela? Como se ela fosse um jinchuuriki?

— Sim e não! Essa energia tinha similaridades o bastante com a própria energia dela a ponto de me fazer acreditar que era dela mesma.

— Como se a energia dela tivesse sido repartida de alguma forma?

— E foi essa mesma energia que eu senti agora.

 Antes que Shikamaru pudesse questioná-la ainda mais, uma adaga foi jogada contra eles, fazendo-os se afastarem. Quando ergueram os olhos, se depararam com uma figura estranha que literalmente pousou diante deles.

De repente, a mulher inclinou a cabeça, em dúvida.

— Ninjas de Konoha?

— Sim! Quem é você?

Uma sombra surgiu atrás da mulher e os fitou por longos segundos, antes de suspirar, dizendo:

— O que estão fazendo aqui?

Eles relaxaram ao se deparar com a figura conhecida.

— A Godaime nos enviou – respondeu Asuma, guardando sua arma. – Só o que não sabíamos que estávamos caminhando para uma armadilha.

— Nós também não. A proposito essa é a Konan… aluna do Jiraya-sama. Ela é… era da Aldeia da Chuva.

O grupo assentiu, olhando desconfiados para a estranha mulher de cabelos roxos.

— Onde estão os outros?

— Nós nos dividimos achando que desse jeito cobriríamos uma área maior. Só que parece que encontramos um inimigo em cada esquina. Estamos tentando encontrar a Central de Controle do domo.

Os companheiros assentiram.

— Apreciaríamos companhia – completou a outra mulher, dando-lhes as costas.

— Sakura, podemos mesmo confiar nessa mulher? – perguntou Asuma, sério.

— Salvei a vida dela. Deve-me uma.

— E isso quer dizer…

— Uma amiga eterna, acredite…

 

Novas explosões ecoavam por todos os lados e sons entregavam que os quatro grupos se aproximavam da localização uns dos outros. O que acusava que também se aproximavam do centro da Vila e ao fim da jornada.

Ao chegarem perto o bastante para visualizar a Torre, Sasuke agachou, tentando ter uma visualização melhor do que acontecia ao seu redor. Alguns ninjas montavam guarda aparentando com estátuas, mas o ninja sabia que não podia se enganar. Se eles faziam mesmo parte da Ne, como era evidente pelas máscaras que usavam, era melhor não subestimá-los.

— Temos que atacar todos de uma única vez – disse, voltando-se para os companheiros.

— Acha mesmo que os outros vão fazer o mesmo?

— Acha mesmo que estamos com ninjas inexperientes aqui? – perguntou Kakashi a Suigetsu, fazendo-o se encolher. Como um Hozuki legítimo, o jovem era muito forte, mas era também medroso e esquivo. – Se fossemos, Jiraya-sama não nos teria escolhido.

— Trouxe sua espada?

— Nunca saio de casa sem ela – disse o rapaz, apoiando a lâmina nos ombros. Era a mesma espada que fora de Zabuza, o primeiro ninja de elite que eles haviam enfrentado quatro anos antes.

— Então, vamos! Você fica aqui, Karin – disse e, antes da jovem dizer alguma coisa, ele se foi.

Suigetsu se desfez em água aproveitando a umidade no ar enquanto os outros usaram a velocidade para atacar.

Os ninjas foram atacados um a um e metade já estava no chão quando se deram conta do que estava acontecendo. Sasuke estava cercado por vários ninjas quando um jutsu muito familiar atingiu vários ao seu redor.

Naruto pousou ao seu lado, sorrindo.

— Precisa de uma mãozinha aí, companheiro?

O moreno o olhou pelo canto do olho, agastado, mas, antes que pudesse responder, outra figura se juntou aos dois.

— Não é uma boa hora para as suas piadas, Naruto – resmungou Sakura, usando a pistola de água para abrir caminho. – Quantos ainda temos a nossa frente?

— Já conseguimos eliminar boa parte deles – disse Yahiko, se unindo aos companheiros. – Acho que não existe mais nada.

— Então vamos!

O grupo entrou na Torre e percorreram corredores sem fim tentando achar o centro nervoso do domo. E acharam no meio do prédio.

Bem acoplado a coluna principal do prédio, aquela que o mantinha de pé, era a própria fonte de energia da estrutura. Um pergaminho estava colado ao redor da viga mestra e os kanjis escritos nele brilhavam.

— Isso é loucura! – disse Shikamaru, analisando o pergaminho. – Podemos espalhar papéis bomba ao redor da viga e acioná-los quando estivermos o mais longe possível daqui.

— É uma boa ideia – disse Konan, mas, antes que eles pudessem realizar o plano, as kanjis do pergaminho que permaneciam inertes de repente foram acionados e explodiram, destruindo a coluna.

Um som inconfundível se fez ouvir, fazendo todos olharem assustados ao redor enquanto o prédio cedia e uma porta de súbito descia prendendo-os exatamente onde estavam.

De súbito, algo surgiu como que por encanto e reforçou a estrutura do prédio. Um rapaz pálido havia lançado algo semelhante a osso e fazia um tremendo esforço para manter a estrutura.

— Não vou aguentar muito tempo! Vão…

— Não podemos deixar você aqui.

— Eu já estou morto, Sasuke, sabe disso – disse, uma lágrima solitária descendo de seu rosto. – Pelo menos posso fazer minha morte valer a pena… salvando os únicos amigos que tive. Saiam daqui, ainda há tempo.

O Uchiha rosnou, parecendo inconformado, enquanto Sakura apenas esmurrou a porta colocando-a abaixo.

— Sasuke, vamos embora!

Ele ainda ficou ali alguns segundos até se voltar.

— Sasuke… vou te esperar do outro lado, amigo – disse, com um sorriso. Mas seus olhos, em minutos, se tornaram vazios quase ao mesmo tempo em que toda a estrutura vinha abaixo.

Os aliados do lado de fora viram, estarrecidos, quando a torre desabava sobre a própria estrutura e vinha abaixo. O domo aos poucos se desfez e, para alivio dos amigos, varias sombras se projetaram do meio da fumaça, sujos de terra e poeira.

 

— Não encontramos, Shimura – resmungou Yahiko, os braços cruzados.

— Imagino que ele nunca esteve aqui – disse Jiraya, chamando a atenção de todos. – Acho que a intenção dessa armadilha nunca foi nos matar, foi para nos testar.

— Faz sentido – disse Kakashi, pensativo, olhando a Aldeia ao longe. – Treze anos, muita coisa podia ter acontecido e ele não fazia a mínima ideia do nível atual dos nossos jovens. Estudar o inimigo para um ataque preciso sempre foi o forte do Shimura.

Os três jovens ninjas da Aldeia da Chuva pareciam contrariados, mas foram obrigados a admitir que era uma opção bastante plausível.

— Fiquem em segurança… e mandem noticias – disse Jiraya, rindo, enquanto Nagato o abraçava em lágrimas. Para ele, todos os seus discípulos eram como seus filhos e aqueles três, que apesar de toda adversidade e sofrimento, haviam permanecido fieis aos seus princípios eram seu maior orgulho.

— Pode deixar, Jiraya-sensei – disse Yahiko, sorrindo, arrastando o companheiro para longe dali.

Mas Konan ainda permaneceu parada, olhando para Sakura.

— Não precisava ter me ajudado.

— Fiz apenas o meu trabalho. Ninguém pode culpa-la por ter nos julgado mal.

— Mesmo assim, obrigada. Te devo uma.

A mais jovem sorriu e partiu, acenando. No entanto, ainda disse, enquanto se afastava com os demais:

— Só cuida do meu afilhado.

Ela ainda pode ver a expressão de pura perplexidade da mais velha enquanto partia.

 

Mal chegaram a Aldeia, a equipe foi fazer o relatório da missão na Torre. Tsunade ouviu atentamente tudo o que aconteceu e então os dispensou, orientando-os a passar no hospital para exames de rotina. Ela se surpreendeu por Jiraya não tê-la repreendido por ter enviado uma equipe de apoio contra sua vontade, mas sabia que teria de ouvir mais tarde.

O grupo foi deixando a sala aos poucos enquanto a Hokage olhava pensativa pela janela, mas ela percebeu que alguém ainda se encontrava ali.

— Quer mais alguma coisa, Sakura?

— Por que me selou? – perguntou, sem delongas, pois sabia que ela odiava enrolações. Ao vê-la erguer as sobrancelhas, foi mais clara: – O selo tinha “UZUMAKI” escrito em letras garrafais, porém o último Uzumaki de sangue puro de Konoha morreu antes do meu nascimento. O que me deixa com apenas duas opções, mas uma delas era um bebê de menos de seis meses quando eu nasci.

Tsunade não a contradisse, apenas suspirou.

— Por quê?

— Para te proteger. Ninguém podia saber quem você era até que a hora certa chegasse, então aqueles que ameaçaram a vida de seu bisavô não teriam mais coragem de lançar mão de sua vida.

— Quem eu sou? Por que ninguém pode saber disso?

A Hokage a olhou por longos momentos antes de lançar a bomba:

— Você é minha prima, Sakura… é uma Senju, membro da família principal de nosso Clã.


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Notas finais do capítulo

No próximo capítulo, faremos algumas hentais (todos merecem um social afinal), esperem e verão.



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